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terça-feira, 15 de outubro de 2024

Mês das Crianças: ensinar educação financeira desde pequeno pode prevenir problemas no futuro

GetNinjas convidou especialista para explicar como os pais podem introduzir conceitos de finanças para os filhos e ensiná-los a investir desde cedo


Em 2024, o endividamento das famílias brasileiras permanece elevado, atingindo 78,5% das famílias, cenário que é ainda mais grave entre as famílias com renda até três salários mínimos, em que o endividamento chega a 81%. Além disso, um levantamento realizado pelo Serasa indicou que o endividamento começa cedo na vida de muitos brasileiros, com jovens e adolescentes já acumulando dívidas antes dos 18 anos. Esse quadro evidencia a necessidade urgente de uma maior conscientização sobre a importância da educação financeira desde a infância.

 

Foi pensando nisso que o GetNinjas, maior aplicativo para contratação de serviços do Brasil, convidou o educador financeiro Claudio Munhoz, profissional cadastrado na plataforma, para falar sobre a importância de ensinar crianças desde cedo a lidar com dinheiro, o que pode ser uma ferramenta poderosa para evitar problemas futuros.

Estudos apontam que famílias que ensinam princípios financeiros para seus filhos, como controlar gastos, poupar e investir, têm maior probabilidade de formar adultos financeiramente conscientes. “A educação financeira é uma habilidade essencial para a vida, assim como aprender a ler e a escrever”, afirma o especialista. Segundo ele, o ideal é começar com conceitos simples e práticos, como o valor das coisas e a importância de economizar para alcançar um objetivo.


 

Dinheiro não pode ser tabu

 

Por acreditar se tratar de um tema “adulto”, muitos pais acabam evitando falar sobre dinheiro com seus filhos, no entanto, essa falta de diálogo pode levar as crianças a desenvolverem uma relação problemática com seus gastos no futuro. “As crianças absorvem o comportamento dos pais em relação às finanças, e se não houver orientação, a tendência é que repitam os mesmos erros", defende o consultor.

Outro erro é dar a impressão de que o dinheiro "aparece magicamente", sem explicar como ele é obtido. Pais que não envolvem seus filhos em decisões financeiras diárias, como economizar para a compra de brinquedos ou escolher opções mais baratas no supermercado, perdem oportunidades valiosas de aprendizado.

 

Para isso, o especialista destaca a importância de os pais darem mesadas de maneira estratégica aos filhos, oferecendo valores compatíveis com a realidade financeira da família. Pesquisas indicam que, em média, pais brasileiros oferecem de R$ 50 a R$ 100 mensais como mesada para seus filhos, valor que deve ser administrado com responsabilidade.

 

Devem ser estabelecidas regras claras sobre o uso da mesada, os pais devem incentivar a criança a dividir o valor entre gastos imediatos, poupança e, eventualmente, doações. Assim, além de aprender a administrar o próprio dinheiro, ela também desenvolve empatia e consciência social. Contudo, é importante que os pais evitem condicionar a mesada a tarefas obrigatórias da casa, como arrumar a cama ou lavar a louça. Isso pode distorcer a percepção da criança sobre o que é uma responsabilidade familiar e o que é uma troca financeira justa.


 

Ter o supermercado como escola

 

O supermercado é um estabelecimento que pode ser uma verdadeira sala de aula para as crianças quando o assunto é educação financeira. Esse ambiente permite que os pequenos entendam, na prática, a diferença entre preços e valores. "Ao envolver a criança nas escolhas, como comparar preços de produtos, ela aprende que o dinheiro tem um limite e que nem sempre podemos ter tudo o que queremos de imediato”, explica Munhoz.

 

Esse exercício também ajuda a criança a priorizar o que é mais importante e a perceber como escolhas feitas no dia a dia afetam o orçamento familiar. Outra dica é dar à criança uma pequena quantia para comprar algo, incentivando-a a tomar decisões sobre o que cabe no orçamento dela.

 

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