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quarta-feira, 8 de setembro de 2021

Novos modelos de telefones celulares e relógios inteligentes podem interferir em marca-passos e desfibriladores

Após relatos de smartphones e interferência de relógios em dispositivos médicos implantados, os investigadores afiliados ao Center for Devices and Radiological Health (CDRH) da Food and Drug Administration (FDS) dos EUA conduziram um estudo que apoia a recomendação da agência de que os pacientes mantenham todos os dispositivos eletrônicos de consumo que possam criar interferência magnética, incluindo telefones celulares e relógios inteligentes, a pelo menos quinze centímetros de distância de dispositivos médicos implantados, em particular marca-passos e desfibriladores cardíacos.

Suas descobertas aparecem no Heart Rhythm, o jornal oficial da Heart Rhythm Society.

Os investigadores testaram a saída do campo magnético de todos os modelos do iPhone 12 e Apple Watch 6 a diferentes distâncias dos dispositivos. Eles descobriram que todos os dispositivos têm campos magnéticos estáticos significativamente maiores do que 10G nas proximidades, altos o suficiente para colocar dispositivos cardíacos implantados no modo magnético. No entanto, quando uma distância de separação de 15 centímetros ou mais é mantida, os telefones e relógios não acionam o modo magnético.

"Por causa desses resultados, estamos tomando medidas para fornecer informações aos pacientes e profissionais de saúde para garantir que eles estejam cientes dos riscos potenciais e possam tomar medidas proativas e preventivas simples, como manter eletrônicos, como certos telefones celulares e relógios inteligentes, numa distância maior que 15 centímetros de dispositivos médicos implantados e não carregando eletrônicos no bolso sobre o dispositivo médico" ,explicou o investigador principal do estudo, Seth J. Seidman.

"Acreditamos que o risco para os pacientes é baixo e a agência não tem conhecimento de nenhum evento adverso associado a esse problema no momento. No entanto, o número de eletrônicos com ímãs fortes deve aumentar com o tempo. Portanto, recomendamos que pessoas com dispositivos médicos implantados conversem com seus médicos para garantir que compreendam esse risco potencial e as técnicas adequadas para uso seguro. O FDA continuará a monitorar os efeitos dos produtos eletrônicos na operação segura de dispositivos médico", observou Seidman.

 


Rubens de Fraga Júnior - professor titular da disciplina de gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná. Médico especialista em geriatria e gerontologia pela SBGG.


Fonte: Seth J. Seidman et al, Static magnetic field measurements of smart phones and watches and applicability to triggering magnet modes in implantable pacemakers and implantable cardioverter-defibrillators, Heart Rhythm (2021). DOI: 10.1016/j.hrthm.2021.06.1203

 

Porta dos fundos: um papo reto sobre o ânu

Anel, buraco negro, fiofó ou reto mesmo, com inúmeros apelidos, o orifício anal se tornou um tabu, mas seja por saúde ou prazer, precisamos esclarecer pontos importantíssimos sobre ele. E para uma conversa, sem constrangimentos, convidamos o coloproctologista, Dr. Euripedes Barsanulfo Borges dos Reis autor da obra Papo de Reto publicada pela Editora Pandorga.

Segundo o profissional pós-graduado em cirurgia minimamente invasiva pelo CETREX, este é um bloqueio que pode causar impactos enormes na saúde humana, uma vez que alterações no funcionamento das partes baixas do sistema digestivo podem resultar em doenças de potencial gravidade, como as doenças inflamatórias intestinais, o câncer de cólon - quarto mais prevalente no mundo, e até o HPV, que recebe pouca atenção quando relacionada ao câncer anal.

Leia com atenção as dicas do especialista, pois certamente aqui jaz uma de suas dúvidas mais secretas.


  1. Por que as pessoas temem tanto falar sobre este tema?

Por preconceito, desinformação, vergonha ou no caso dos homens, simplesmente por conta do machismo estrutural. A sociedade, com suas normas, tratou de proscrever nossos excrementos e ocultar as partes por onde eles saem, e assim nosso ânus, também chamado na língua portuguesa de “cu”, virou tabu. Falar disso é tido como falta de educação, mau gosto, e por aí vai. É preciso desmistificar algumas crenças referentes ao reto, e eu o faço, tanto no meu consultório quanto no livro, com bom-humor, dicas, recomendações e entendimento fisiológico a todas as pessoas.


  1. Proctologista não é uma especialidade voltada aos homens, assim como ginecologia é para as mulheres?

Não. Este é um erro bastante comum, e uma pergunta que quase todo proctologista já escutou. As pessoas tendem a confundir duas especialidades médicas, a Urologia e a Proctologia, talvez por ambas se valerem do toque retal no exame físico de seus pacientes. E também pelo fato de muitos pacientes ligarem o nome Proctologia à próstata. E aqui vai outra que poucos sabem, quem faz exame de próstata é o urologista. 


  1. Qual a funcionalidade deste buraco negro em nosso bem-estar?

Da mesma forma que muitos pensam que o apêndice não presta para nada, além de causar apendicite, carregam o mesmo conceito sobre o reto e estão errados. O mecanismo de formação de fezes e de sua eliminação são essenciais à vida, independentemente da idade, do sexo, da beleza ou de quanto dinheiro você tem.


  1. Quais doenças estão mais relacionadas a essa área?

O câncer colorretal, câncer anal– que pode ser proveniente do HPV, Síndrome do intestino irritável, Cisto pilonidal, Abscesso perianal, fístula anorretal, fissura anal e as hemorroidas, por exemplo. Vale lembrar que hemorroidas são terríveis, mas não viram tumores. Elas ardem, sangram e causam incômodos inimagináveis, como um singelo peidinho no pós-cirúrgico certamente vai te virar do avesso.


  1. Como é uma evacuação de respeito?

Se você precisa pensar em fazer cocô, eu terei que te ensinar a evacuar novamente. Tire cinco minutos do seu dia, melhor que seja pela manhã, para o seu intestino.  Sente-se no vaso sem distrações, é essencial que você esteja no comando, aliás, não sei se sabe, mas da boca até o ânus, temos mais neurônios do que na coluna vertebral. Fique esperto! Faça uma força leve, nada de se espremer, nos primeiros dias pode não sair nada além de gases, ou bolinhas de carneirinho. Não tem problema. Se limpa e vai cuidar da sua vida, você fará isso pela vida toda. Seu intestino, em algum momento, vai entender que aquele horário do dia, de acordo com seu ciclo circadiano, é o de se programar para jogar tudo para fora. É um treinamento eficaz. Outro hábito importante: beba muita água durante o dia, mais de dois litros, desta forma as fezes não ficam ressecadas e para melhorar a maciez do seu bolo fecal, aumente o consumo de frutas, verduras e legumes.

Por fim, para exercitar seu ânus, faça 5 contrações forçadas por 10 segundos toda vez que lembrar que o tem. Em sua obra Paro de Reto, o Dr. Euripedes Barsanulfo Borges dos Reis traz essas e muitas outras informações, afinal ele sabe bem que ser proctologista está além da fisiologia. É lidar com medos, fantasias, traumas e visões de mundo, com possibilidades, prazeres e tristezas.


Sobre a obra: Papo de reto é um livro tão útil quanto irreverente. O autor trata de temas que são motivos de angústia e sofrimento para muitos de nós. Dúvidas que se o leitor não tem agora, já teve antes, ou terá depois. Trata-se de um livro breve sobre cuidados e curiosidades relativos ao ânus. Traz informações relevantes sobre temas como hemorroidas, câncer retal, sexo anal, colonoscopia, entre outros. O livro é redigido em linguagem bem-humorada e divertida, buscando a superação de tabus relativos ao assunto. A leitura é fluida e instrutiva como uma boa conversa com um profissional de saúde disposto a esclarecer, sem constrangimento, tudo aquilo que o leitor gostaria de saber sobre seu ânus, mas tinha vergonha de perguntar.

 

Dr. Euripedes Barsanulfo Borges dos Reis - nasceu em Uberlândia, em 1981. É médico formado pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), possui título de Cirurgião Geral pelo Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo e foi Médico Residente em Coloproctologista pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Uberlândia. Possui pós-graduação em Cirurgia minimamente invasiva pelo CETREX e em Coloproctologia pelo Hospital Sírio Libanês (SP). Atualmente realiza atendimento ambulatorial em cirurgia geral, coloproctologia e modulação intestinal. Também realiza colonoscopia, manometria anorretal e biofeedback anorretal em clínica própria. É médico concursado no HRSAM como cirurgião geral e está cursando pós-graduações em Nutrologia e Gastroenterologia.

 

Atividade física reduz risco de desenvolver glaucoma, aponta estudo

Declínio do risco poe chegar a 73%


A atividade física é fundamental para a saúde global. Mas, o que você pode não saber é que aqueles que fazem atividades físicas com intensidade moderada a intensa, têm menos risco de desenvolver o glaucoma. Essa foi a conclusão de um estudo feito pela Universidade da Califórnia, publicado pela American Academy of Ophthalmology (AAO).
 
Os pesquisadores relataram um declínio de 73% no risco de desenvolver a doença entre os participantes do estudo mais ativos fisicamente, em comparação aos que eram menos ativos.
 
“Embora anteriormente o estilo de vida não era considerado um fator importante para prevenir o glaucoma, as evidências mais recentes mostram que o exercício físico ajuda a controlar a pressão intraocular (PIO), principal fator de risco para a patologia”, comenta Dra. Maria Beatriz Guerios, oftalmologista especialista em glaucoma”.


 
Cegueira irreversível

O glaucoma é a principal causa de cegueira irreversível no mundo. Dados da Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG), apontam que o glaucoma afeta 2 milhões de pessoas com mais de 40 anos no país. A estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que, em 2040, surgirão mais de 112 milhões de novos casos de glaucoma, graças ao envelhecimento da população.

“Glaucoma é o nome dado a um grupo de neuropatias óticas degenerativas e progressivas. Trata-se de uma doença ocular causada por danos no nervo óptico. O glaucoma é caracterizado pela degeneração das células ganglionares e das camadas de fibras nervosas da retina. O resultado desses danos é a perda irreversível da visão”, explica Dra. Maria Beatriz.

A principal maneira de prevenir o glaucoma é medir a pressão intraocular (PIO), principalmente após os 40 anos. Isso porque é o aumento da PIO que dá início ao processo de degeneração do nervo óptico.


 
O que realmente conta

O lado positivo do estudo é que não é preciso correr uma maratona para ter os benefícios da atividade física na saúde ocular. A recomendação é dar 7 mil passos por dia, o que equivale a aproximadamente 30 minutos diários de caminhada. O ideal é realizar durante 5 dias da semana, de forma moderada a intensa.
 
“Outra descoberta do estudo é que na medida em que a pessoa aumenta a intensidade e o tempo gasto na atividade, a redução do risco de ter glaucoma é ainda maior. Portanto, para quem gosta de praticar corrida, por exemplo, é uma ótima notícia”, comenta a especialista.


 
 Alerta para quem tem glaucoma

Mas, Dra. Maria Beatriz chama a atenção de quem já tem o diagnóstico de glaucoma. “Embora a atividade física seja um fator de proteção contra o glaucoma, quem já tem o diagnóstico, deve ter cuidado na escolha do tipo de exercício”, alerta.
 
“Isso porque algumas atividades, como yoga e treinos de força, por exemplo, podem afetar o fluxo sanguíneo e aumentar a pressão intraocular. Assim, o ideal é sempre conversar com o oftalmologista, que vai orientar sobre a melhor atividade física para cada paciente”, ressalta Dra. Maria Beatriz.
 
Para começar, uma caminhada leve pode fazer muito bem para os olhos e para o coração, literalmente!
 
Dica: Há muitos aplicativos gratuitos para celular que medem a quantidade de passos dada por dia. Essa é uma maneira de medir quantos passos você dá por dia.

 

Médico aponta quais as características e benefícios da gastroplastia endoscópica

Por meio de live no Instagram, o Dr. Sérgio Barrichello, da Clínica HealthMe, aborda sobre o procedimento e ajuda para os pacientes

 

Um dos métodos mais conhecidos para o trabalho de perda e gerenciamento de peso, a gastroplastia endoscópica é uma cirurgia menos invasiva que reduz o tamanho do estômago sem realizar mudanças fisiológicas, baseada apenas na restrição de espaço disponível para alimentos.

Esse procedimento é feito por um aparelho de endoscopia com uma máquina de costura na ponta do aparelho e encaminhada do esôfago até o estômago. Ao chegar no estômago, o profissional faz uma sutura na parede gástrica para diminuir o espaço e, no processo de alimentação, diminui a quantidade de comida para o este se sinta saciado.

"Esse processo de sutura reduz o espaço estomacal e auxilia o emagrecimento em 20% a 25% comparado ao peso inicial do paciente. Além disso, é um procedimento totalmente seguro e não necessita de internação, após o trabalho, o paciente pode retornar para casa normalmente", conta o Dr. Sérgio Barrichello, cirurgião bariátrico da Clínica HealthMe, especializada em procedimentos de perda e gerenciamento de peso.

A gastroplastia endoscópica é formalmente indicada para quem tem o IMC (Índice de Massa Corporal) entre 30 e 40 e não se trata de um procedimento definitivo. A sutura dura em torno de 18 e 24 meses no organismo do paciente e, após isso, o estômago retorna aos moldes próximos do seu tamanho inicial por conta da alimentação, ou seja, não se trata de uma mudança fisiológica, o que torna um trabalho menos invasivo ao corpo humano.

No entanto, o Doutor também aponta que além do trabalho cirúrgico, existem fatores fora do âmbito médico que são fundamentais para o êxito do paciente em concluir seu objetivo após o procedimento. "A cirurgia é apenas um primeiro passo para a perda de peso, após isso, também é necessária uma reeducação alimentar, paciência, força de vontade e um alto nível de comprometimento do paciente. Pois a perda do peso não está atrelada apenas a redução do estômago, mas sim em todo um acompanhamento médico e cuidado do paciente em sua alimentação após o trabalho", completa.


Linfoma: 80% dos casos do câncer que afeta o sistema imunológico tem chances de recuperação quando feito o diagnóstico precoce

 Na última década o termo Linfoma ganhou as manchetes após uma série de personalidades dos meios artístico e político revelarem o diagnóstico da doença.


E não é à toa que ouvir falar sobre esse tipo de câncer está mais comum: no Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que para cada ano sejam diagnosticados ao menos 15 mil novos casos da doença. E, segundo a entidade, por motivos ainda desconhecidos, o número duplicou nos últimos 25 anos, principalmente entre pessoas com mais de 60 anos.


Mas, do que se trata esse tipo de tumor?

De forma simplificada, os linfomas podem ser classificados como Hodgkin, mais raro e que afeta em especial jovens entre 15 e 25 anos e, em menor escala, adultos na faixa etária de 50 a 60 anos, ou não-Hodgkin, cujo grupo de risco é composto por pessoas na terceira idade (mais de 60 anos). Para Mariana Oliveira, hematologista do CPO Oncoclínicas, apesar de não haver prevenção por desconhecimento do que leva ao surgimento da neoplasia, a chave para deter a evolução progressiva do tumor é o conhecimento. "A boa notícia é o fato de os linfomas terem alto potencial curativo. O diagnóstico precoce é fundamental para alcançar o êxito no processo terapêutico, por isso o esclarecimento à população é essencial", afirma.

As chances de remissão em pacientes com linfomas de Hodgkin chega a superar 80% dos casos quando o diagnóstico acontece ainda no estágio inicial, enquanto os não-Hodgkin de baixo-grau (não agressivos) têm altas taxas de sobrevida, superando a marca de 10 anos.


Sintomas e Tratamento

Os sintomas em geral são aumento nos gânglios linfáticos (linfonodos ou ínguas, em linguagem popular) nas axilas, na virilha e/ou no pescoço, dor abdominal, perda de peso, fadiga, coceira no corpo, febre e, eventualmente, pode acometer órgãos como baço, fígado, medula óssea, estômago, intestino, pele e cérebro.
"As duas categorias - Hodgkin e não-Hodgkin -, contudo, apresentam outros subtipos específicos, com características clínicas diferentes entre si e prognósticos variáveis. Por isso, o tratamento não segue um padrão, mas usualmente consiste em quimioterapia, radioterapia ou a combinação de ambas as modalidades", explica Mariana Oliveira.

Em certos casos, terapias alvo-moleculares, que tem como meta de ataque uma molécula da superfície do linfócito doente, podem ser indicadas. "Estas proteínas feitas em laboratório atuam como se fosse um ‘míssil teleguiado’ - que reconhece e destrói a célula cancerosa do organismo", ressalta o médico. Ainda, dependendo da extensão dos tumores e eficácia das medicações, pode haver a indicação de transplante de medula óssea.

Diante dos desafios impostos pela crescente incidência da doença, novas alternativas terapêuticas vêm surgindo para combater os linfomas, especialmente para os que não respondem aos tratamentos convencionalmente indicados. "A medicina tem avançado nos últimos anos principalmente através da terapia celular", afirma a especialista.

Ela conta que o autotransplante ,tratamento no qual é realizada uma quimioterapia mais intensa seguida pela infusão da medula do próprio paciente é uma delas. A terapia com CAR T é outra, e a principal novidade da área. Altamente especializadas, foram desenvolvidas, a partir de uma modificação genética das células, para atacar especificamente o tipo do câncer do paciente e aprovadas pela FDA (Food and Drug Administration), órgão regularizador do setor nos Estados Unidos. As drogas utilizadas nestas situações obtiveram taxas de sucesso que variaram de 50% a 80% dos casos, o que é animador.

E o recente arsenal de combate aos linfomas também incluí a imunoterapia. Com bons resultados apontados por estudos e pesquisas de referência global, o tratamento estimula o organismo do paciente a reconhecer e combater as células tumorais. "De forma bastante simplificada, podemos dizer que os imunoterápicos desativam os receptores dos linfócitos e, assim, permite que as células doentes sejam reconhecidas. Isso faz com que o organismo volte a combater o tumor - e sem causar efeitos colaterais comuns a outras medicações habitualmente adotadas nos processos terapêuticos", finaliza Mariana Oliveira.


SETEMBRO AMARELO - Veja como a nutrição pode ajudar

Estudos sobre suicídio no mundo enfocaram o problema como sendo um transtorno mental, pois vai contra o instinto de sobrevivência do ser humano. Embora a depressão, bem como outras doenças emocionais, sejam um forte fator de risco para o suicídio, ambos estão relacionados à desesperança. Estudos mostram que depressão e risco de suicídio estão intimamente relacionados, pois a grande maioria dos pacientes que tentaram ou cometeram suicídio, na verdade tinham um diagnóstico de depressão ou outro transtorno de humor. Por isso, diagnosticar e tratar a depressão ou outro problema emocional é fundamental. As opções de tratamento abrangem medicamentos, terapia e autocuidado. O autocuidado inclui sono, atividade física e alimentação. Vale lembrar que a comida é tão importante quanto o remédio.


Dieta e bem-estar emocional

A nutricionista Adriana Stavro ressalta que um fator que contribui para a prevenção e melhora da depressão, são os hábitos alimentares. Na meta-análise realizada em 2016 com 21 estudos de dez países, onde avaliou padrões dietéticos e risco de depressão, concluiu que o padrão alimentar caracterizado por uma alta ingestão de frutas, vegetais, grãos integrais, peixes, azeite , laticínios com baixo teor de gordura, antioxidantes e a baixa ingestão de alimentos de origem animal, foi aparentemente associada a uma diminuição do risco de depressão. Já um padrão alimentar caracterizado por um alto consumo de carne vermelha e processada, doces, laticínios com alto teor de gordura , manteiga, batatas e molho industrializados ricos em gorduras, e baixo consumo de frutas e vegetais, está associado a um risco aumentado de depressão.

Em outra revisão sistemática e meta-análise de estudos prospectivos de 2018, sobre qualidade da dieta e risco de depressão, mostrou que a adesão a uma dieta de alta qualidade, foi associada a um menor risco de sintomas depressivos. Um índice inflamatório dietético relativamente baixo, também foi associado a uma incidência mais baixa de sintomas. Associação semelhante foi encontrada para o consumo de peixe e vegetais.

Em um ensaio clínico randomizado de melhora dietética para adultos com depressão realizado em 2017, com 67 indivíduos, divididos em 2 grupos, intervenção e controle. O grupo intervenção na dieta recebeu sessões de aconselhamento nutricional, e se alimentaram com uma dieta mais saudável por 12 semanas. O resultado indicou que, a melhora da alimentação pode ser uma estratégia de tratamento eficaz e acessível para o tratamento, cujos benefícios podem se estender a outras comorbidades comuns.

Veja alguns nutrientes fundamentais para a saúde emocional que a nutricionista Adriana Stavro destaca;

Selênio
Alguns cientistas sugeriram que aumentar a ingestão de selênio pode melhorar o humor, reduzir a ansiedade e diminuir sintomas de depressão. Alguns alimentos fontes de selênio são os grãos integrais, castanha-do-pará, frutos do mar e fígado

Vitamina D
A vitamina D pode melhorar os sintomas de depressão, foi o que mostrou uma meta-análise de ensaios clínicos randomizados, sobre a eficácia da suplementação de vitamina D envolvendo 948 participantes.
Além da exposição solar, alguns alimentos como peixes gordurosos, laticínios fortificados, bife de fígado e ovo também fornecem vitamina D.

Ácidos graxos omega-3 (ʷ3)
A literatura sobre ʷ3 e tratamento da depressão consistem em afirmações sobre a eficácia no tratamento. Comer fontes alimentares de ʷ3 pode reduzir o risco de transtornos de humor e doenças cerebrais, melhorando a função neural, preservando a bainha de mielina que protege as células nervosas. Boas fontes de ʷ3 incluem o salmão, sardinha, atum, arenque, cavala, linhaça, e sementes de chia.

Antioxidantes
Ansiedade e depressão são os transtornos psiquiátricos induzidos por estresse mais comuns. Existe uma defesa natural antioxidante no sistema biológico, para neutralizar as alterações bioquímicas que ocorrem neste período. A defesa secundária é feita por antioxidantes como a vitamina A, C e E, assim como o betacaroteno, selênio e o zinco, e aminoácidos, como cisteína e glutationa. Boas fontes de antioxidantes incluem a abóbora, beterraba, cenoura, couve, damasco seco, melão, ervilha, acerola, brócolis, caju, couve, espinafre, kiwi, laranja, limão, manga, melão, morango, papaia, tomate, arroz integral, amêndoa, amendoim, castanha-do-pará, gema de ovo, gérmen de trigo, milho, óleos vegetais, semente de girassol, aves, cereais integrais, feijões, leite, carne branca, atum, lentilhas, feijões, cebola e alho.

Folato - B9
A vitamina B9, pode ser eficaz no tratamento da depressão e outros sintomas psiquiátricos. O folato ou ácido fólico, também conhecido como vitamina B9, já é conhecido por ser importante para a saúde, e as evidências da relação entre a depressão e os níveis de folato vêm de vários estudos. A B-9 ajuda a proteger o sistema nervoso e reduz o risco e os sintomas de transtornos de humor e depressão. Os alimentos fontes de folato incluem os vegetais de folhas escuras, frutas frescas, nozes, feijões, grãos integrais, lacticínios, carnes e aves e ovos

Lembre-se, a qualidade é mais importante que a quantidade.

 


Adriana Stavro - Nutricionista Funcional e Fitoterapeuta. Especialista em Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT) pelo Hospital Israelita Albert Einstein - Mestranda do Nascimento a Adolescência pelo Centro Universitário São Camilo.


Setembro Roxo: entenda os impactos da doença de Alzheimer no cérebro


Presente no processo de envelhecimento de muitas famílias brasileiras, as demências e especialmente a doença de Alzheimer ainda são desconhecidas do público em geral, em especial os fatores que levam ao desenvolvimento da doença.

 

Mais comuns entre as demências, a doença de Alzheimer é definida pela Associação Internacional da Doença de Alzheimer como uma auto degeneração neuronal, ocasionada pelo mal funcionamento das proteínas betamiloide e tau.

 

Quando essas proteínas não funcionam bem, as sinapses – que são a comunicação entre os neurônios –, deixam de funcionar e esses neurônios morrem, a partir desse mal funcionamento.

 

Essa é uma perda irreparável, como lembra Livia Ciacci, Mestre em Sistemas Neuronais do Supera– Ginástica para o cérebro. “Uma vez instalada não tem como fazer esse neurônio funcionar de novo. A localização e a intensidade que vão acontecendo essas perdas, vão definir os sintomas que o paciente vai perceber”, detalhou.  

 

Contudo, é possível estimular o cérebro ao longo da vida para retardar o aparecimento dos sintomas. Entenda abaixo como isso acontece, além de conferir outras perguntas e respostas frequentes sobre o assunto:


 

·       Qual é a diferença entre as demências e o Alzheimer?

 

A doença de Alzheimer é caracterizada como um transtorno neurocognitivo maior. Isso porque, diferente de outros transtornos – classificado dentro das categorias leve e moderado –, a doença de Alzheimer causa prejuízo cognitivo maior na vida do paciente, fazendo com que ele tenha uma dependência maior de cuidados.

 

“A doença de Alzheimer é um dos transtornos neurocognitivos maiores. Ela pode levar a uma dependência, tem uma evolução lenta e progressiva, que causa perdas irreparáveis, inclusive essas perdas começam no hipocampo e nas áreas corticais que trazem os sintomas característicos de perda de memória, linguagem, desorientação espacial e dificuldade para resolver problemas”, explicou a especialista.

 

 

·       Qualquer pessoa pode ter Alzheimer?


Quando o assunto é a doença de Alzheimer, fatores genéticos tem um peso importante, mas especificamente mutações dos cromossomos 14 e 21.

 

Famílias que apresentam essa mutação, tem maior probabilidade de passar esse fator aos descendentes e eles desenvolverem a doença de Alzheimer, mas este, segundo a especialista, não é esse o único fator. “É muito difícil falar em uma causa para a doença de Alzheimer. Ela é uma doença multifatorial, então todo estilo de vida, nível de educação, estilo de alimentação, atividade física, que a pessoa desenvolveu ao longo da vida, isso vai impactar no processo de envelhecimento dela e pode aumentar ou não a chance de ela desenvolver a doença de Alzheimer”, lembrou.


 

·       O que eu posso fazer hoje para não ter Alzheimer?


Como o Alzheimer é uma doença multifatorial, a prevenção também deve ser feita por vários fatores e o primeiro ponto é cuidar da saúde geral do organismo, observando o controle das doenças crônicas – como diabetes, obesidade, doenças cardiovasculares, hipertensão, sem esquecer da atividade física e alimentação. Uma vez que o corpo está saudável, segundo a especialista, é importante observar de perto a cognição, utilizando estratégias de treino cognitivo para um resultado positivo que podem retardar o aparecimento dos sintomas da doença.

 

“Uma vez que eu tenho metas em cima de um treino cognitivo, com atividades que envolvem novidade, variedade e grau de desafio crescente, essas atividades estimulam a neuroplasticidade, ou seja, a capacidade do sistema nervoso modificar sua estrutura e função em decorrência dos padrões de experiência. Com a neuroplasticidade sendo estimulada, eu consigo uma reserva cognitiva robusta. Essa reserva contribui para que o cérebro seja mais resistente aos danos de uma possível degeneração da idade ou uma doença”, disse.


 

·       Meus pais têm Alzheimer, eu vou ter também?

 

Ter parentes de primeiro grau com a doença não é exatamente uma sentença. É possível fazer muito pelo cérebro, criando reserva cognitiva e se antecipando a qualquer sintoma que venha a aparecer no futuro. Confira dicas importantes que podem ajudar nesta compreensão:


 

·       Estimulação cognitiva e doença de Alzheimer

 

A estimulação cognitiva ou ginástica para o cérebro não cura ou impede o andamento da doença, mas são uma ferramenta a favor da reserva cognitiva que se forma a partir das vivências feitas ao longo de toda a vida, como por exemplo empregos desafiadores que movimentam dados e favorecem a plasticidade do cérebro. Ter uma reserva cognitiva robusta favorece com que a plasticidade do cérebro se mantenha mesmo se a doença se manifestar, evitando assim que os sintomas se agravem rapidamente.


 

·       Como os estímulos cognitivos colaboram neste sentido?

 

A ginástica para o cérebro organiza os estímulos cognitivos. Essa organização de estímulos trás sempre novidade, variedade e grau de desafio crescente, porque não adianta nada quebrar a cabeça em problemas ou desafios, ou colocar o idoso e cobrar que ele seja super desempenhado em resolver problemas, se o estímulo não estiver no grau de dificuldade correto ou evoluindo. Desafios fáceis demais não motivam e difíceis demais causam frustração e o objetivo da ginástica para o cérebro é justamente motivar em prol de uma neuroplasticidade que avança com a reserva cognitiva.


 

·       No caso dos idosos, o que é possível fazer para evitar o aparecimento de sintomas de Alzheimer?


Primeiramente: identificar se você tem na família algum caso ou já passou alguma dificuldade com um familiar com doença de Alzheimer. Se a resposta for sim, é preciso redobrar os cuidados com a saúde e os bons hábitos e nunca parar. Albert Einstein já nos ensinou que a vida se mantém em movimento e não significa que você aposentou e pode ficar a “à toa”. É muito importante nos mantermos ativos e principalmente envolvendo coisas que a gente gosta, mas além das leituras, da convivência social, ter em nossa rotina os treinos cognitivos de atenção, memória, coordenação motora. Tudo isso contribui muito para a agilidade mental, para que você mantenha uma independência, uma autonomia e consiga viver melhores momentos com a sua família até o final da vida.


 

·       Os idosos ficaram muito tempo isolados. Isso pode afetar o cérebro deles de alguma forma contribuindo para o Alzheimer?


Somos seres sociais e dependemos 100% de convivência e a faixa etária dos idosos foi a mais impactada no período de pandemia e isolamento que perdura até hoje.

 “Imagine que este idoso já ficou longe da convivência familiar e sente essa falta. Ele ainda tem insegurança de retornar, porque a vacina não resolveu 100% dos problemas ainda, e todo esse período sozinho pode aumentar muito os casos de ansiedade, depressão e apatia. Isso favorece o quadro de doença de Alzheimer ainda mais se a pessoa já tiver pré-disposição”, concluiu a especialista.

 

 

Serviço 

No próximo dia 22 de setembro o Supera realiza ao vivo para todo Brasil a terceira edição do evento “Despertando a Sociedade para a Saúde do cérebro”. O evento acontece em alusão ao Setembro Roxo – mês de conscientização para o com palestras dedicadas à conscientização sobre o assunto e a presença de vários especialistas que serão transmitidas ao vivo pelo canal oficial do Supera no YouTube para todo Brasil.

Você pode conferir ao vivo a partir das 14h30 pelo canal do Método Supera no Youtube.

 

Para se inscrever, acesse: https://bit.ly/3DzglUc

Campanha reforça importância da rede de apoio e coloca o paciente como protagonista no cuidado com a saúde menta

 

·  Com o mote Bem Me Quer, Bem Me Quero, iniciativa faz alerta sobre depressão e ansiedade, abordando a necessidade do autocuidado, de se querer bem e da importância da escuta ativa e sem julgamentos. 


·  Durante o mês de prevenção ao suicídio, arte exclusiva sobre papel da rede de apoio será exposta em três estações do Metrô de SP. 


 

Com o objetivo de conscientizar a população sobre depressão, ansiedade e prevenção ao suicídio por meio da valorização do autocuidado e do papel fundamental da rede de apoio, a ABRATA (Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos) e a Viatris, empresa global de saúde, lançam a campanha “Bem Me Quer, Bem Me Quero: O diálogo sobre depressão e ansiedade pode salvar vidas”, a ser realizada durante o Setembro Amarelo – mês de prevenção ao suicídio. 

 

A iniciativa é um convite ao acolhimento e à reflexão sobre a importância de fazer parte de uma rede de apoio e ajudar quem precisa, bem como estimular as pessoas a procurar e aceitar ajuda, se tornar protagonista da sua saúde e se querer bem.

 

Depressão e ansiedade são problemas de saúde bastante conhecidos no Brasil. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS)¹, o país lidera o ranking de casos de depressão na América Latina – mais de 11,5 milhões de brasileiros sofrem com a doença – e ocupa o topo do mais ansioso do mundo - cerca de 19 milhões de pessoas têm transtorno de ansiedade no país¹. 

 

Segundo a OMS, a pandemia vem agravando ainda mais esse cenário que já era preocupante - mais de 300 milhões de pessoas em todo o mundo sofriam de depressão antes da crise sanitária². Os motivos vão desde o medo de contágio até o sentimento de perda e luto, além do estresse causado pelos efeitos do confinamento. A preocupação com o aumento significativo no número de casos dessas doenças no mundo nos últimos 18 meses fez com que a entidade lançasse recentemente um alerta às autoridades de saúde³.

 

De acordo com a psiquiatra e membro do Conselho Científico da ABRATA, Alexandrina Meleiro, no Brasil, quase todos os casos de suicídio têm relação com trantornos mentais. Em primeiro lugar está a depressão, seguida do transtorno bipolar e do abuso de substâncias4

 

“Praticamente todos aqueles que tentam ou cometem esse ato têm alguma doença psiquiátrica e as estatísticas mostram que mais da metade deles estava em acompanhamento médico até uma semana antes do episódio. É importante ressaltar que quem pensa em suicídio quase sempre dá sinais, mas a maioria das pessoas não está preparada para identificá-los. Daí a importância do Setembro Amarelo, para ajudar a esclarecer e conscientizar a população sobre o tema”, acrescenta a médica.

 

O atentado à própria vida é a segunda causa de morte entre jovens de 15 e 29 anos no mundo5. No entanto, não é exclusivo dos adolescentes. Alexandrina explica que idosos e populações vulneráveis, como os indígenas, LGBTQIA+, médicos, policiais e membros das forças armadas também são grupos que demonstram alta incidência no Brasil.

 

Arte exposta no Metrô de SP retrata a importância da rede de apoio

 

A campanha adotou o girassol como o símbolo da vida, que, assim como os seres humanos, precisa do apoio de todo o ecossistema para se manter firme, mesmo em dias nublados. Essa é a inspiração da iniciativa, que vai reunir diversas ações, com o objetivo de valorizar o paciente como protagonista de sua própria vida e abordando a necessidade do autocuidado, de se querer bem e da importância da escuta ativa da rede de apoio, sem julgamentos. 

 

A expressão de sentimentos por meio da arte foi um dos caminhos escolhidos pela campanha para chamar a atenção e engajar o público com a causa. O artista visual Apolo Torres, pintor e muralista paulistano, que já exibiu seus trabalhos em diversos países, foi convidado para desenvolver uma arte exclusiva, que retrata a importância do autocuidado e do suporte da rede de apoio na qual o paciente está inserido. 

 

A arte será exposta nas estações de Metrô de São Paulo - Sé, Luz e Consolação - durante o mês de setembro, em uma parceria com o Metrô Social e o Governo do Estado de São Paulo, com o objetivo de sensibilizar para a causa da campanha as milhares de pessoas que passam diariamente por esses locais. 

 

O personagem principal figura no centro da obra, reforçando o protagonismo que o paciente com depressão e ansiedade deve buscar assumir para estar no controle do tratamento e da sua vida. A mulher ao lado ocupa o lugar da rede de apoio, fundamental para quem sofre com esses transtornos, empunhando o girassol e oferecendo o suporte necessário. A flor, símbolo da campanha, representa uma fonte de luz e também proteção, ajudando o personagem a tentar ver o mundo de outra maneira.

 

“A predominância do roxo e do amarelo conversa diretamente com as cores das peças da campanha. Optei pela combinação de tons mais quentes com mais escuros e saturados em um cenário ensolarado e, ao mesmo tempo, chuvoso para representar a mistura de sentimentos pelos quais esses pacientes costumam passar ao longo do processo dessas doenças”, detalha Apolo.

 

O público também poderá apreciar e fazer download gratuito da arte no hotsite da campanha (www.bemmequerbemmequero.com). A página traz diversas informações sobre depressão, ansiedade e suicídio, concentrando todos os conteúdos divulgados, perguntas frequentes sobre os temas, entre muitos outros materiais que podem ajudar quem está passando pelo problema e também a fomentar a discussão desses assuntos na sociedade.

 

Além disso, durante o mês de setembro, a campanha vai desafiar o público, por meio das redes sociais da ABRATA e do artista, a manifestar seus sentimentos por meio de expressões artísticas como música, poesia, dança, arte gráfica, etc. Quem quiser participar poderá postar a arte nas suas redes com a hashtag #BemMeQuero.

 

“Como uma empresa global de saúde, temos consciência do nosso papel junto à sociedade. Sabemos que depressão e ansiedade estão entre as doenças que mais crescem no mundo. Por isso, entendemos que é fundamental promover ações que estimulem o debate sem preconceitos, reforcem a necessidade de o paciente buscar ajuda e incentivem a população a cuidar de si e do outro”, lembra a neurologista e diretora médica da Viatris, Elizabeth Bilevicius.

 

Assumindo o protagonismo e construindo uma rede de apoio eficaz

 

A depressão não tem cura, mas pode ser tratada e seus sintomas controlados. Para isso, é fundamental que o paciente assuma o papel de protagonista da sua vida e busque ajuda profissional e com as pessoas com as quais convive e confia.

 

“O primeiro passo é admitir que se está doente, que precisa de ajuda. É muito comum a negação do problema nesses casos. A partir daí, é importante se abrir com pessoas da sua confiança e estabelecer um diálogo limpo e construtivo, uma vez que a rede de apoio é um complemento fundamental à abordagem clínica. Sabemos que quem conta com esse suporte costuma ter mais adesão ao tratamento”, reforça a presidente da ABRATA, Marta Axthelm.

 

Para fazer parte da rede de apoio eficaz, o primeiro passo é querer participar, ter empatia, disponibilidade de tempo, compreender que se trata de uma doença e escutar sem julgar. A rede de apoio vai bem além da família, são todos aqueles que fazem parte do círculo social mais próximo do paciente e que estejam dispostos a ajudá-lo.

 

Desinformação, preconceito, banalização e tabus são os maiores inimigos da depressão. É comum confundir a doença com tristeza, que é algo que todas as pessoas vivenciam em algum momento da vida e é passageiro. A depressão costuma vir acompanhada de indisposição generalizada, desinteresse em estar com a família e amigos, pelo estudo e trabalho, baixa autoestima, irritabilidade, agressividade, sentimento de inutilidade e sensação de ser um fardo para as pessoas em volta. 

 

O mesmo vale para a ansiedade, que é natural ao comportamento humano e que pode até ajudar na preparação para algo que está por acontecer, como uma entrevista de emprego. “O problema é quando a ansiedade atinge um nível muito alto e passa a atrapalhar a concentração, a atenção, os relacionamentos e as atividades do dia a dia”, esclarece Alexandrina.


 

SOBRE O ARTISTA

Formado em Desenho Industrial pela Universidade Mackenzie (SP) e em Pintura pela School of Visual Arts (NY), Apolo Torres cria trabalhos que passeiam pela pintura clássica, street art e arte contemporânea. Além de exposições individuais no Brasil, Itália e Estados Unidos, o artista visual também conta em seu currículo com participações em festivais e exposições coletivas em diversos países.

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REFERÊNCIAS

 

1.    Organização Mundial da Saúde. Disponível em https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/254610/W?sequence=1. Acesso em 06/07/2021 às 13h42

2.    Organização Pan-americana de Saúde. Disponível em https://www.paho.org/pt/topicos/depressao. Acesso em 09/07/2021 às 11h23

3.    Organização Pan-americana de Saúde. Disponível em https://www.paho.org/pt/topicos/suicidio. Acesso em 06/07/2021 às 14h12

4.    Biblioteca Virtual Ministério da Saúde. Disponível em  https://bvsms.saude.gov.br/10-9-dia-mundial-de-prevencao-do-suicidio. Acesso em 09/07/2021 às 10h38. 

5.    Organização Mundial da Saúde. Disponível em https://www.euro.who.int/__data/assets/pdf_file/0008/507833/Declaration-IMHC-Athens-eng.pd. Acesso em 06/07/2021 às 14h05.

 

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