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terça-feira, 3 de agosto de 2021

Anvisa aprova Cabometyx® para o tratamento de câncer de fígado

Estudo aponta aumento da sobrevida dos pacientes e redução no tamanho do tumor


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) acaba de aprovar o Cabometyx® (levomalato de cabozantinibe), como medicamento para uso oral para o tratamento de adultos com hepatocarcinoma que falharam ao tratamento prévio com sorafenibe. O medicamento já havia sido aprovado no país para o tratamento do câncer de rim avançado ou metastático. O Cabometyx® também já é comercializado nos Estados Unidos e na Europa.

"A partir de agora, os pacientes com câncer de fígado passam a ter mais uma opção importante para tratar a neoplasia. Embora não existam estatísticas atualizadas no Brasil, o câncer de fígado tem alta letalidade no país. Além disso, este câncer não apresenta sintomas no início, algo que dificulta o diagnóstico", destaca Dra. Luciana Povegliano, líder de Oncologia Médica da Ipsen Brasil, empresa responsável pelo medicamento.

A aprovação tem como base o CELESTIAL, estudo clínico multicêntrico, randomizado 2:1, duplo-cego, controlado por placebo, em pacientes diagnosticados com hepatocarcinoma, que é o tipo mais agressivo e mais incidente de câncer de fígado1,2,3. Neste estudo, 470 indivíduos Child Pugh A (escala que de classificação de doenças hepáticas) previamente tratados com sorafenibe, receberam 60 mg de cabozantinibe uma vez por dia, enquanto 237 indivíduos no grupo controle receberam placebo.

O estudo mostrou mediana da sobrevida global (SG) de 10,2 meses no braço cabozantinibe e de 8 meses no braço placebo, mostrando um benefício de SG de 2,2 meses para cabozantinibe1,2,3. O grupo tratado com o Cabometyx® apresentou uma mediana de 5,2 meses sem que o tumor progredisse quando comparado à mediana de 1,.9 meses dos indivíduos que receberam placebo1,2,3.

Os algoritmos mais recentes sugeridos pela ESMO - European Society for Medical Oncology e pela NCCN - National Conprehensive Cancer Network demonstram a indicação terapêutica do cabozantinibe no tratamento sistêmico do HCC avançado de 2ª linha4,5. A ESMO coloca como a indicação de uso de Cabometyx® nos pacientes BCLC-C (escala de classificação de nódulos hepáticos) nível 1A, enquanto a ESMO indica como categoraia 1 o uso de cabozantinibe em segunda linha nos pacientes com hepatocarcinoma.

Sobre o câncer de fígado

Duas vezes mais frequente em homens, o câncer de fígado pode ser primário, quando começa no próprio órgão ou metastático, quando se origina em outra parte do corpo, e com a evolução da doença, migra para o fígado¹. O metastático é mais incidente¹. É responsável por cerca de 90% de todos os cânceres de fígado e houve mais de 840.000 novos casos de câncer de fígado em todo o mundo em 2018. É o quinto câncer mais comum e a segunda causa mais frequente de morte relacionada ao câncer em todo o mundo.6,7

No início, a neoplasia é silenciosa, os sinais e sintomas aparecem em estágios mais avançados e consistem em dor abdominal, massa abdominal, distensão abdominal, perda de peso inexplicada, perda de apetite, mal-estar, icterícia (tonalidade amarelada na pele e nos olhos) e ascite (acúmulo de líquido no abdômen) ¹. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o número total de mortes no país, em 2019, relacionados ao câncer de fígado é de 10.902 pessoas, sendo 6.317 homens e 4.584 mulheres8.

Além de hábitos inadequados de vida, como a obesidade que pode levar ao diabetes e ao excesso de gordura no fígado e consumo exagerado de álcool que pode resultar em cirrose, os vírus das hepatites B e C também estão entre as causas do câncer de fígado.


Sobre Cabometyx (cabozantinibe)

Cabometyx está atualmente aprovado em vários países no mundo para o tratamento de carcinoma renal avançado de risco intermediário ou baixo não tratado anteriormente e para o tratmento hepatocarcinoma em adultos que já foram tratados previamente com sorafenibe.

 


Ipsen

 

Referências:
1.Abou-Alfa, G.K., et al. Cabozantinib in patients with advanced and progressing hepatocellular carcinoma. NEJM. 2018;379:54-63. Available at: https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa1717002. Accessed August 2019. 2. Signorovitch, J.E., et al. Matching-adjusted indirect comparisons: a new tool for timely comparative effectiveness research. Value Health. 2012;15(6):940-7. Available at https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22999145. Accessed August 2019 3. Bruix, J., et al. Regorafenib for patients with hepatocellular carcinoma who progressed on sorafenib treatment (RESORCE): a randomized, double-blind, placebo-controlled, phase 3 trial. Lancet. 2017;389(10064):56-66. Available at: https://www.thelancet.com/journals/lancet/article/PIIS0140-6736(16)32453-9/fulltext. Accessed August 2019 4. Vogel A, Martinelli E. "ESMO Guidelines Committee, Updated treatment recommendations for hepatocellular carcinoma (HCC) from the ESMO Clinical Practice Guidelines," Annals of Oncology (2021)

5. NCCN version 5 disponível em https://www.nccn.org/professionals/physician_gls/default.aspx Acesso em março de 2021.

6. European Association for the Study of the Liver. EASL Clinical Practice Guidelines: Management of hepatocellular carcinoma. J Hepatol. 2018;69(1):182-236. Available at: https://www.journal-of-hepatology.eu/article/S0168-8278(18)30215-0/pdf. Accessed October 2020

7. American Institute of Cancer Research. Liver cancer statistics. Available at: https://www.wcrf.org/dietandcancer/cancer-trends/liver-cancer-statistics. Accessed October 2020.

8. Inca. Disponível em https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-figado. Acesso em março de 2021.

9. Cabometyx® Bula do Produto. Bulário ANVISA. [última verificação em 12/03/2021].


Principais apresentações da Alzheimer’s Association International Conference (AAIC 2021)

Pesquisa apresentada no Congresso Internacional da associação de Alzheimer (AAIC) sugere que a covid-19 está associada à disfunção cognitiva de longo prazo e aceleração da patologia e dos sintomas da doença de Alzheimer. Esses estudos estão entre várias pesquisas inovadoras apresentadas na AAIC 2021.

"Esses novos dados apontam para tendências que mostram que as infecções pelo coronavirus levam a um declínio cognitivo duradouro e até mesmo aos sintomas de Alzheimer", disse Heather Snyder, PhD, vice-presidente de relações médicas e científicas da Associação de Alzheimer americana. "Com mais de 190 milhões de casos e mais de 4 milhões de mortes em todo o mundo, a covid-19 devastou o mundo inteiro. É imperativo que continuemos a estudar o que esse vírus está fazendo com nossos corpos e cérebros. "

 

Outros dados apresentados na AAIC 2021 incluem:

Melhorar a qualidade do ar pode reduzir o risco de demência.

A prevalência global de demência deve quase triplicar para mais de 152 milhões até 2050.

Adultos transgêneros e de gênero não binário nos Estados Unidos são mais propensos a relatar piora da memória e pensamento, limitações funcionais e depressão do que as pessoas cisgênero.

Comunidades de cor, historicamente sub-representadas nas pesquisas sobre demência, estão mais dispostas a participar se forem convidados, se quiserem contribuir para o objetivo do estudo ou se tiverem um membro da família com demência.

Com a aprovação acelerada do FDA de aducanumabe (Aduhelm, Biogen / Eisai) para comprometimento cognitivo leve (MCI) e doença de Alzheimer leve, há uma nova energia e interesse em outros tratamentos na linha de terapia de Alzheimer / demência.

Os relatórios AAIC 2021 incluíram novos dados e análises dos medicamentos anti-amilóides em investigação, donanemab (Eli Lilly) e lecanemab (Biogen / Eisai), além de uma ampla variedade de outras abordagens, incluindo: estratégias anti-tau, anti-inflamatórias e alvos de neuroproteção, bem como medicina regenerativa.

"Na Alzheimer Association, uma organização de saúde voluntária líder na pesquisa, atendimento e apoio à doença de Alzheimer, acreditamos que estamos vivendo em uma nova era de avanços. Este ano, estamos vendo dezenas de novas abordagens de tratamento na AAIC que estão ganhando impulso em testes clínicos", disse Maria C. Carrillo, PhD, diretora científica da Associação de Alzheimer. "É uma doença cerebral complexa e provavelmente vai precisar de várias estratégias de tratamento que abordem a doença de maneiras diferentes ao longo de seu desenvolvimento. Esses tratamentos, uma vez descobertos e aprovados, podem ser em conjunto poderosas terapias.

AAIC é o principal fórum anual para a apresentação e discussão das últimas pesquisas sobre Alzheimer e demência. O evento de conferência híbrida neste ano foi realizado virtualmente e pessoalmente em Denver, Colorado, e atraiu mais de 11.000 participantes, incluindo mais de 3.000 apresentações científicas.

 

A covid-19 tem sido associada a disfunção cognitiva de longo prazo e aceleração dos sintomas da doença de Alzheimer

Desde o início da pandemia da covid-19, muito se aprendeu sobre o SARS-CoV-2. No entanto, permanecem dúvidas sobre o impacto de longo prazo do vírus em nossos corpos e cérebros. Novos dados apresentados no AAIC 2021 da Grécia e da Argentina sugerem que os idosos frequentemente experimentam declínio cognitivo de longo prazo, incluindo falta persistente de olfato, após a recuperação da infecção pelo coronavírus.

Esses novos dados são os primeiros relatórios de um consórcio internacional, incluindo a Associação de Alzheimer e equipes de quase 40 países, que estão investigando os efeitos de longo prazo da covid-19 no sistema nervoso central.

 

Vários estudos sugerem que melhorar a qualidade do ar reduz o risco de demência

Uma boa qualidade do ar pode aprimorar a função cognitiva e reduzir o risco de demência, de acordo com vários estudos apresentados no AAIC 2021. Os principais resultados incluem:

Reduções em partículas finas (PM 2.5) e poluentes relacionados ao tráfego (NO2) ao longo de 10 anos foram associadas a diminuição de 14% e 26%, respectivamente, no risco de demência e declínio cognitivo mais lento em mulheres americanas idosas, com base nos resultados do Women's Health Initiative Memory Study: Cognitive Health Epidemiology Outcomes (WHIMS-ECHO).

Em um estudo francês, uma redução na concentração de PM 2.5 em 10 anos foi associada a uma redução de 15% no risco de demência por todas as causas e a uma redução de 17% no risco de Alzheimer.

A exposição de longo prazo aos poluentes do ar foi associada a níveis mais elevados de beta amiloide em uma grande coorte dos Estados Unidos, mostrando uma possível conexão biológica entre a qualidade do ar e as mudanças físicas no cérebro que definem a doença de Alzheimer, de acordo com uma equipe da Universidade de Washington.

 

Previsão que os casos globais de demência tripliquem até 2050

Espera-se que as tendências positivas no acesso à educação global diminuam a prevalência de demência em todo o mundo em 6,2 milhões de casos até 2050. Enquanto isso o tabagismo, alto índice de massa corporal e o açúcar elevado no sangue possam aumentar a prevalência quase na mesma proporção: 6,8 milhões de casos. Uma equipe da Universidade de Washington modelou essas projeções a partir de dados de saúde coletados e analisados ​​por um consórcio global de pesquisadores entre 1990 e 2019 como parte do estudo Global Burden of Disease. Na AAIC 2021, também foi relatado:

A cada ano, cerca de 350.000 pessoas desenvolvem demência de início precoce (antes dos 65 anos) em todo o mundo, de acordo com pesquisadores na Holanda. Atendendo à necessidade de serviços para essa população, a Associação de Alzheimer ajudou a lançar o Estudo Longitudinal da Doença de Alzheimer de Início Precoce (LEADS) para examinar a progressão da doença de início precoce.

De 1999 a 2019, a taxa de mortalidade nos EUA por Alzheimer na população geral aumentou significativamente de 16 para 30 mortes por 100.000, um aumento de 88%, de acordo com pesquisadores da Emory University.

 

Adultos transgêneros têm maior probabilidade de apresentar comprometimento cognitivo subjetivo e depressão

Adultos transgêneros e de gênero não binários nos Estados Unidos são mais propensos a relatar problemas de memória e raciocínio, limitações funcionais e depressão, em comparação com adultos cisgêneros (não transgêneros), de acordo com dois estudos relatados em AAIC 2021. Os principais resultados incluem:

Adultos transgêneros, ou pessoas que se identificam com um gênero diferente daquele atribuído a eles no nascimento, tinham quase duas vezes mais probabilidade de relatar perda de memória (comprometimento cognitivo subjetivo ou CCC).

Também apresentaram mais do que o dobro da probabilidade de relatar limitações funcionais relacionadas ao CCC, como capacidade reduzida de trabalhar, ser voluntário ou socializar, de acordo com pesquisadores da Emory University.

A prevalência de depressão foi significativamente maior para adultos transgêneros e de gênero não binários (indivíduos que se identificam fora do binário masculino / feminino) (37%) em comparação com adultos cisgêneros (19,2%), de acordo com uma equipe da Universidade de Wisconsin.

Pouco se sabe sobre demência e declínio cognitivo entre indivíduos transgêneros. No entanto, os adultos transgêneros experimentam um maior número de fatores de risco para demência, incluindo doenças cardiovasculares, depressão, diabetes, uso de tabaco ou álcool e obesidade. As desigualdades sociais também podem desempenhar um papel no aumento do risco de declínio cognitivo.

 

Abordando a diversidade nos ensaios clínicos da doença de Alzheimer

No AAIC 2021, o National Institute on Aging (NIA), parte dos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA, lançou uma nova ferramenta online, o Outreach Pro, para ajudar pesquisadores e médicos a aumentar a conscientização e a participação em ensaios clínicos na doença de Alzheimer e outras demências, especialmente entre comunidades tradicionalmente sub-representadas.

Outros resultados importantes relatados pela primeira vez na AAIC 2021 incluem:

Indivíduos historicamente sub-representados estão mais propensos a se voluntariar para um ensaio clínico se forem convidados a participar (85%), quiserem contribuir para o objetivo da pesquisa (83%) ou tiverem um membro da família com a doença (74%), de acordo com uma equipe da Universidade de Wisconsin.

Também foi constatado que os entrevistados afro-americanos, latinos e nativos americanos são muito mais propensos a se voluntariar se convidados por uma pessoa do mesmo grupo étnico e estão mais preocupados do que os brancos com a interrupção do trabalho e das responsabilidades familiares, com disponibilidade de transporte, e nos cuidados com os filhos.

Os critérios de exclusão de ensaios clínicos de Alzheimer comumente usados ​​têm o potencial de afetar desproporcionalmente afro-americanos e hispânicos / latinos, o que pode explicar seu número reduzido de inscrições em pesquisas, de acordo com pesquisadores do NIA.

 

Sobre o Congresso Internacional da Associação de Alzheimer (AAIC)

O Congresso Internacional da Associação de Alzheimer (AAIC) é o maior encontro mundial de pesquisadores com foco no estudo do Alzheimer e outras demências.

Como parte do programa de pesquisa da Associação de Alzheimer, o AAIC atua como um catalisador para gerar novos conhecimentos sobre demência e promover uma comunidade vital de pesquisa universitária.

 


Rubens De Fraga Júnior - professor titular da disciplina de gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná. Médico especialista em geriatria e gerontologia pela SBGG.

 

Fonte: AAIC 2021 https://alz.org/aaic/releases_2021/overview.asp


No Agosto Dourado, SOBOPE afirma que o aleitamento materno pode prevenir até câncer

 Entidade também explica o que deve ser feito nos casos em que o bebê ou a mamãe tiver recebido o diagnóstico de câncer

 

Ele sacia a fome, impulsiona o viver, contribui para uma melhora nutricional, reduz a chance de obesidade, hipertensão e diabetes, diminui também os riscos de infecções e alergias, além de provocar um efeito positivo na inteligência. Não estamos falando de nenhum remédio milagroso, mas do leite materno que é o protagonista deste mês de agosto: o Agosto Dourado.

 

Segundo a Dra. Maristella Bergamo, oncologista pediátrica da Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE), há estudos que apontam a associação entre o aleitamento materno e a menor incidência de casos de câncer. “Já está bem estabelecida a associação entre aleitamento materno e redução na prevalência do câncer de mama, e tem sido atribuído ao aleitamento materno índices menores de câncer de ovário e útero. Para a criança, estudos também indicam algum fator de proteção. Recente meta-análise (que incluiu 45 artigos, com mais de 400 mil indivíduos), mostra relação entre amamentação e menores índices de leucemia na infância, e também sugere essa relação nos casos de neuroblastoma”. 

 

Mesmo quando o câncer já foi diagnosticado, o leite materno também é um poderoso aliado. Nos casos de crianças em idade de amamentação que desenvolvam algum tipo de câncer, por exemplo, o Retinoblastoma, ou seja, um tumor que surge na retina e é responsável por 15% dos cânceres no primeiro ano de vida a orientação da Dra. Maristella é: “Deve-se continuar a amamentação, pois tanto do ponto de vista nutricional quanto psicológico é extremamente importante”. 

 

No caso inverso, isto é, quando a mãe descobre algum tipo de câncer, as medidas variam caso a caso. “Cada caso deve ser individualizado. Por exemplo, uma mãe diagnosticada com um tumor cerebral, que precisará passar apenas por uma cirurgia, não tem necessidade de interromper a amamentação. Pode programar a ordenha para manter o aleitamento nos dias em que estará internada e após, seguir normalmente com a prática”, explica a Dra. Maristella Bergamo.

 

Já quando se faz necessário o uso da radioterapia ou até quimioterapia, os cuidados devem ser mais intensos. “No caso da mulher precisar ser submetida a radioterapia, a depender do local irradiado, a amamentação pode ser mantida. Mulheres que recebem quimioterapia não devem amamentar, devido ao risco da medicação passar para o bebê através do leite”, explica a oncologista da SOBOPE. Por sua vez, as mulheres que desenvolvem o câncer de mama também devem interromper a amamentação. “Nesses casos, geralmente a amamentação deve ser interrompida, pois a mãe será submetida a tratamento na mama que pode diminuir a produção de leite, como a cirurgia ou radioterapia. Se submetida a quimioterapia, a amamentação deve ser interrompida também”, esclarece a Dra. Maristella.

 

A recomendação mundial é de que o aleitamento deve ser exclusivo até o 6 meses e complementado com adição de alimentos variados até os 2 anos ou mais. Porém, segundo pesquisa da Organização Mundial de Saúde (OMS), no Brasil, apenas 39% das mães utilizam o leite materno como alimentação exclusiva de seus bebês  até os seis meses. A meta para 2025, de acordo com a Assembleia Mundial de Saúde, é atingir cerca de 50 % dos recém-nascidos. 

 

Segundo a Dra. Maristella Bergamo, o Agosto Dourado é importante justamente para que consigamos atingir esta meta: “Com educação e informação, acho possível chegarmos à meta estabelecida. Conscientizar toda população da importância da amamentação estimulará as mães a insistir nessa prática, e as pessoas próximas a ela e ao bebê, como familiares, amigos, empresas, creches a apoiarem e incentivarem a amamentação”.

 

De fato, o papel das pessoas próximas à mulher é fundamental. “Uma antiga campanha do ministério da Saúde trazia uma frase que me marcou bastante: Quem tem peito dá leite, quem não tem dá força. A família ou pessoas do convívio devem sim apoiar e "amamentar" junto, dando todo suporte necessário desde pegar um copo d'água até acordar a noite para ajudar nos cuidados com o bebê. Deve estimular a mãe e dessa forma contribuir para a saúde e bem estar tanto dela quanto da criança”, finaliza a Dra. Maristella Bergamo, oncologista pediátrica da SOBOPE.


Agosto Dourado: especialistas chamam a atenção para a importância da rede de apoio à amamentaçã

 

Shutterstock
Pessoas próximas à lactante como o pai da criança, um parente e até mesmo um amigo, devem auxiliar a mãe no período de aleitamento com ajudas práticas

 

Entre os dias 1º e 7 de agosto é celebrada a Semana Mundial de Aleitamento Materno (SMAM) criada para a realização de atividades que buscam promover o leite materno como alimento exclusivo até o sexto mês de vida, se estendendo até os dois anos ou mais.

A campanha, que em 2022 completa 30 anos de existência, é comemorada no Brasil desde 1999 e faz parte das ações do Agosto Dourado, criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) em 1991 com o objetivo de prover, incentivar e dar informações acerca da importância da aleitamento materno.

A amamentação é, isoladamente, a estratégia que mais contribui para a diminuição da mortalidade infantil em todo o mundo, conforme a OMS (Organização Mundial da Saúde). Dados do Ministério da Saúde apontam que o leite materno pode reduzir até 13% a mortalidade por causas evitáveis em crianças menores de 5 anos. Além disso, os riscos de desenvolver um câncer de mama reduzem em 6% a cada ano que a mulher amamenta.

Para a enfermeira Rosimeire da Silva Criscuolo, supervisora do Programa Parto Seguro, gerenciado pelo CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim", em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, a campanha é importante para planejar, divulgar e executar ações para promoção da amamentação.

"Estas ações estão focadas na sobrevivência, proteção e no desenvolvimento da criança. Com o Agosto Dourado reforçamos, que apoiando o aleitamento materno, os benefícios são de curto, médio e longo prazo e levam a um impacto positivo na saúde, na economia e nas questões sociais."

A cor dourada foi escolhida para representar a campanha pois o leite materno é considerado por especialistas padrão ouro de qualidade.

Além dos benefícios à saúde da criança e da mulher, a enfermeira ressalta a importância do gesto para o desenvolvimento intelectual, cognitivo, social e emocional da criança, fortalecendo o vínculo entre mãe e filho para toda a vida.


Rede de apoio à amamentação

Neste ano, a campanha recebeu tema "Proteja amamentação: uma responsabilidade compartilhada" que, além conscientizar à sociedade acerca das vantagens do aleitamento materno, tem o objetivo de divulgar a importância da Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactantes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras (NBCAL), que protege as mulheres e suas famílias do marketing, não ético.

Por fim, outra bandeira importante que a campanha levanta é a necessidade de fortalecer a importância da rede de apoio à amamentação, que se trata de um grupo de pessoas que podem contribuir de alguma forma com a mãe lactante

Segundo a enfermeira, essa rede pode ser composta por diferentes pessoas, desde o marido, um parente, um amigo próximo, um vizinho ou até uma instituição que dê suporte para mulher que esteja amamentando.

"À essas pessoas cabe o auxílio prático com os afazeres domésticos, compras no supermercado, cuidados com outros filhos, cuidar da alimentação, hidratação e repouso da mãe, além de respeitar e apoiar suas decisões. A mulher deve ser preparada, assim como as pessoas à sua volta, pois elas devem atuar como sua rede de apoio", explica a especialista.


Blues puerperal durante a amamentação

A enfermeira chama atenção para os riscos do blues puerperal, um estado efêmero que atinge cerca de 50% a 80% das mulheres no período do pós-parto, entre o quarto e quinto dia devido às alterações hormonais e de adaptação ao novo papel de mãe.

De acordo com Rose, isso pode interferir na amamentação e nos cuidados com o bebê, pois a mulher passa por momentos de altos e baixos, com crises de choro, tristeza, euforia, frustração, ansiedade, exaustão e insônia, esquecendo até mesmo de si mesma em alguns casos.

"A mulher deve ser ajudada e tranquilizada por sua rede de apoio e pelos profissionais de saúde, pois essa trata-se de uma fase de adaptação."

Segundo a enfermeira, para casos de blues puerperal não há necessidade de medicação, mas é necessário que a mãe seja observada e acompanhada.


Programa Parto Seguro

No Programa Parto Seguro, a amamentação é abordada capacitando sistematicamente os colaboradores, para auxiliar a mãe, o bebê e seus familiares no manejo de aleitamento materno.

Segundo a enfermeira, entre as ações práticas, os profissionais do programa orientam as mães sobre como reconhecer os sinais de fome do seu bebê, além de oferecer o peito à criança, observando questões como a boa pega e a posição do bebê. Eles também ensinam a auto ordenha para esvaziamento da mama, quando necessário.

"Oferecemos informações relevantes às mulheres, além de ajuda prática, fortalecendo o processo antes do nascimento e durante toda a internação, para que a mãe saia de alta fortalecida, para a prática do aleitamento materno", finaliza a especialista.

 


CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim"


O Dia Nacional de Combate ao Colesterol alerta para a importância da prevenção de doenças cardiovasculares

Quatro em cada dez adultos sofrem com níveis de colesterol elevados


Celebrado anualmente em 8 de agosto, o Dia Nacional de Combate ao Colesterol alerta para a importância da prevenção e do diagnóstico precoce das doenças cardiovasculares. A patologia é um tipo de gordura essencial para o funcionamento de células do cérebro, nervos, músculos, pele, fígado, intestinos e coração, no entanto, o descontrole é capaz de levar ao infarto e à insuficiência cardíaca.

De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), no Brasil quatro em cada dez adultos têm comprovadamente um alto nível de colesterol, o correspondente a cerca de 18,4 milhões de pessoas, que correm o risco de ter algum problema agudo. A SBC afirma que, no Brasil, esses problemas associados ao sistema circulatório causam duas vezes mais mortes que todos os tipos de câncer somados.

Outro dado interessante vem da Organização Pan- Americana da Saúde (OPAS/OMS), que aponta que as doenças cardiovasculares estão entre as que mais matam no mundo.

Predisposições genéticas, obesidade, diabetes, hipertensão e sedentarismo são os principais causadores que favorecem a elevação dos índices do colesterol. Além disso é interessante lembrar que uma dieta equilibrada também ajuda na prevenção, já que a má alimentação é um dos grandes fatores de risco e o consumo excessivo de gorduras saturadas e gorduras trans, que estão presentes em alimentos ultra processados podem potencializar o risco.

Um acompanhamento médico acompanhado de exames pode ajudar a reduzir essa marca elevada, mas muitas vezes, visitas de rotinas ao médico pode não fazer parte do orçamento doméstico. Uma das soluções interessantes é a VidaClass, plataforma que pode ajudar nos cuidados com a saúde com um custo mínimo.

"Consultas com especialistas e exames de rotina são indispensáveis para manter uma boa saúde. Eles mostram com mais clareza o que está acontecendo em nosso corpo e salva vidas. Ter opções de atendimento médico de qualidade e mais acessíveis também contribui para o diagnóstico precoce", destaca Vitor Moura, CEO da VidaClass.

Visando a promoção de saúde de qualidade e o combate precoce às doenças, a plataforma VidaClass oferece consultas e exames com um preço acessível para que toda a população tenha acesso a saúde de qualidade. As consultas custam a partir de R$35,00 e exames a partir de R$2,80. O beneficiário também tem acesso a serviços de telemedicina, seguros com internação hospitalar, e entrega em domicílio de medicamentos pelo VC Delivery.

Além disso, o paciente também pode contar com o serviço de coleta de exames à domicílio com atendimento especializado para àqueles que possuem dificuldade de locomoção ou têm uma rotina agitada e não encontram tempo para se deslocar até a clínica.

"Sabemos o quanto são importantes a prevenção e o diagnóstico precoce das doenças cardiovasculares. Estamos sempre atentos e por isso buscamos uma forma de facilitar para que todos consigam ter acesso aos atendimentos médicos com preços que cabem no bolso", completa o CEO.



VidaClass


Especialistas discutem a necessidade da implementação eficiente da atrofia muscular espinhal no teste do pezinho

 - A atrofia muscular espinhal, também conhecida como AME, afeta aproximadamente 1 em cada 10.000 nascidos vivos e é a principal causa genética de morte em bebês[1];


- Evento online é uma iniciativa do jornal Correio Braziliense, em parceria com a Biogen. Empresa acaba de lançar policy paper inédito sobre a relevância da triagem neonatal para AME;

 

A importância da triagem neonatal para os pacientes com atrofia muscular espinhal (AME) foi tema de debate na última edição do Papo Com Especialista. O evento, transmitido ao vivo, foi mediado por Sibele Negromonte, subdiretora da Revista do Correio, e contou com a participação de Diovana Loriato, diretora nacional do Instituto Nacional de Atrofia Muscular Espinhal (INAME), Dra. Vanessa Romanelli, bióloga e doutora em genética, e Dr. Marcial Francis Galera, especialista em pediatria e genética médica e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Genética Médica e Genômica (SBGM).

O objetivo do encontro foi discutir a importância da implementação rápida e participativa da AME no Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN), conhecido popularmente como teste do pezinho. A Lei nº 14.154/2021[2], aprovada em maio deste ano, inclui o rastreamento, de forma escalonada, de outros 14 grupos de doenças que poderão identificar até 53 tipos diferentes de enfermidades e condições de saúde. A AME foi incluída, mas só deverá entrar no PNTN na quinta e última fase de ampliação do programa. O diagnóstico da doença é realizado por meio de teste genético, e pode ocorrer em dois momentos da doença: na fase pré-sintomática, quando identificada por histórico familiar ou por meio da triagem neonatal; e na sintomática, a partir da identificação do atraso nos marcos motores de desenvolvimento do bebê.

Durante o evento, o Dr. Marcial Francis Galera explicou melhor sobre a doença e a primordialidade de um diagnóstico precoce na vida da criança. O especialista ressaltou a necessidade de uma intervenção adequada dos sintomas, que são progressivos e podem, em alguns casos, apresentar uma evolução fatal, além da importância da triagem neonatal, em especial, para os casos assintomáticos. ‘’A triagem neonatal passa a ser de extrema relevância, visto que, quando identificamos as enfermidades precocemente, podemos estabelecer as abordagens apropriadas, que vão desde terapias medicamentosas, até terapias de suporte de maneira geral’’, reforça o pediatra.

Nesse contexto, a bióloga e doutora em genética, Vanessa Romanelli, esclareceu que a triagem neonatal é uma série de procedimentos médicos que tem como objetivo identificar se o recém-nascido tem alguma doença que pode ser tratada precocemente, a fim de evitar complicações citadas anteriormente pelo Dr. Francis. A AME será incluída especificamente no procedimento denominado teste do pezinho, realizado através da coleta de uma gotinha de sangue, do calcanhar do bebê, entre o 3° e 5° dia de vida. Ainda segundo a geneticista, a técnica já existente para a detecção de outras doenças que fazem parte do PNTN é diferente da qual será necessária para incorporar a AME no Programa de Triagem Neonatal. Contudo, ela oferece a vantagem de poder combinar, em um mesmo exame, outras doenças também previstas na ampliação do teste do pezinho. ‘’É preciso que haja uma colaboração e orientação entre federação, estados e municípios, para que os laboratórios de triagem tenham direcionamentos, estabeleçam protocolos e viabilizem a implementação dos exames que vão propiciar a inclusão da AME na triagem neonatal’’.

Já a diretora nacional do INAME, Diovana Loriato, comentou seu caso pessoal com a doença e como o impacto do diagnóstico interfere não só na vida do paciente, como na dos familiares. A representante da sociedade civil reforçou que o diagnóstico tardio é extremamente prejudicial, pois ‘’o que já foi perdido não poderá ser recuperado’’.

A atrofia muscular espinhal é uma doença complexa que exige um tratamento holístico, transitando por três eixos, sendo eles, farmacológico, equipe interdisciplinar e apoio de dispositivos tecnológico, como respiradores. Os três componentes combinados possibilitam um bom resultado e uma melhor qualidade de vida não só para a criança, como para sua rede de cuidadores. "A aprovação do Projeto de Lei nº 14.154/2021 foi um marco e uma conquista, mas o jogo não está ganho. É preciso que toda a sociedade civil, comunidades médicas, científicas e imprensa, se unam para acompanhar e cobrar que a regulamentação seja feita de forma rápida e adequada." finaliza Diovana.



 

Conheça o Juntos pela AME:

Juntos pela AME é uma plataforma on-line sobre a atrofia muscular espinhal (AME), doença rara e a maior causa genética de morte em crianças com menos de dois anos de idade no mundo. O Juntos pela AME reúne, em um único lugar, informações, dados referenciados e materiais educativos sobre a atrofia muscular espinhal.
O policy paper "A relevância da triagem neonatal na atrofia muscular espinhal" é uma iniciativa da Biogen, empresa de biotecnologia com foco em neurociência. Foi desenvolvido pela IQVIA, com o apoio de associações de pacientes. Para acessar gratuitamente o documento completo, clique aqui .

 

Referências
[1] Farrar MA, Kiernan MC. The Genetics of Spinal Muscular Atrophy:Progress and Challenges. Neurotherapeutics; 2015; 12:290-302.
[2] Lei 14.154/2021. Governo do Brasil. https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/lei-n-14.154-de-26-de-maio-de-2021-322209993. Accessed: July 2021


Não existe leite materno fraco: todos são ricos em nutrientes e anticorpos que protegem o bebê

A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) em amamentar bebês até os seis meses, de forma exclusiva, com leite materno, não deve ser ignorada. De acordo com a pediatra do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Miquelina Lucia Santarsiere Etchebehere, o aleitamento materno é capaz de prevenir doenças e suprir as necessidades nutritivas da criança.

Todo esse poder está na composição natural do leite materno, que tem a composição calórico proteica ideal e é rico em anticorpos - classificados como imunoglobulinas. São essas moléculas que auxiliam na prevenção de doenças no bebê. Segundo a médica, a transferência de anticorpos maternos ajuda a evitar processos alérgicos e doenças autoimunes que possam surgir no futuro.

"Os anticorpos de algumas doenças que a mãe já teve e carrega com ela, inclusive adquiridos por vacinas, são passados por meio da amamentação. Esse processo é importante para a formação de uma imunidade forte ao bebê", reforça.

Além da estruturação do sistema de defesa do organismo, o leite materno contém todas as demandas proteicas e energéticas que o bebê precisa. Neste contexto, a pediatra ressalta que não existe leite fraco, e que é sim possível apenas alimentar o bebê por meio da amamentação até os seis meses de idade.

"Todos os leites possuem a mesma concentração de nutrientes. O importante é que a criança esvazie o peito a fim de conseguir todo aporte energético que a mamada possibilita, pois o leite apresenta concentrações de gordura diferentes durante o ato de amamentação", complementa a especialista.

Os benefícios, porém, não se limitam ao bebê. A amamentação também é positiva para mãe. "O mais importante no momento da amamentação é o vínculo materno, mas o ato também ajuda a mãe a perder peso, por ter um alto gasto calórico", conclui Miquelina Lucia Santarsiere Etchebehere.

 

 

Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos

Rua Borges Lagoa, 1.450 - Vila Clementino, Zona Sul de São Paulo.

Tel. (11) 5080-4000

Site: www.hpev.com.br
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Dia nacional da saúde: as fakenews estão tão boas como um roteiro de série, mas nem Black Mirror nem Arquivo X, está na hora de conhecer a verda

Felipe Magalhães, especialista em clínica geral, nefrologista e coordenador de conteúdo do Jaleko, estreia no canal da plataforma um quadro sobre esses mitos da medicina que são um desserviço, principalmente para os estudantes da área de saúde


Às vezes é impossível de acreditar, mas a apuração de 2020 é que pelo menos 79 denúncias foram feitas contra médicos e enfermeiros que foram acusados de disseminar fakenews em plena crise sanitária do Coronavirus. Deste total, 40 casos foram abertos para sindicâncias. Para o levantamento, o portal G1 entrou em contato com as assessorias de todos os 27 conselhos regionais de medicina e de enfermagem.

Felipe Magalhães, especialista em clínica médica e coordenador de conteúdo da maior plataforma de streaming para estudantes de medicina - o Jaleko, vê a importância de ensinar os futuros médicos e a população, sobre o cuidado com a informação.

E para comemorar o Dia Nacional Saúde no Brasil (05/08), Magalhães estreia seu programa no Youtube do Jaleko e desvenda muitos dos mistérios da medicina que foram disseminados de forma errônea e perigosa.

 

Já faço o programa Listas Jaleko dentro do canal, que de certa forma desmistifica alguns pontos, mas quando vi o tanto de informações equivocadas que estão à solta na internet, mesmo antes do COVID-19, percebi a importância desse novo passo para para os estudantes de medicina, profissionais da saúde e sociedade. Os assuntos serão os mais diversos como: infarto em jovem mata mais, vitamina C para gripe, hipotiroidismo gera obesidade, entre outros. – Felipe Magalhães

 

E para completar, o especialista em clínica médica, também desvenda as maiores Fakenews da pandemia:


- Vírus criado em laboratório: em algum lugar um virologista levantou essa questão, e apesar do governo Chinês negar e as evidencias científicas mostrarem que não é o caso, as pessoas insistem em compartilhar. Esse contexto leva parte da população a não querer se vacinar com a CoronaVac, produzida pela chinesa Sinovac.


- Mascaras oferecem riscos à saúde: asfixia por retenção de gás carbônico. Essa é uma das fakenews mais perigosas também. Não é real, claro, pois as máscaras são porosas, deixando espaço para que a pessoa consiga respirar, mas evitando as gotículas de saliva externas. Existem diversos atletas mostrando como é possível fazer esportes com elas, além, é claro, dos próprios médicos que realizam cirurgias que as vezes passam de 8 horas sem tirar as máscaras.


- Cloroquina: uma briga eterna no país. A hidroxicloroquina é um medicamento contra malária e, por vezes, é ministrado em pacientes com algumas doenças autoimunes. Porém, até a Organização Mundial de Saúde, e agora até o Ministério da Saúde do Brasil, já atestaram a ineficácia, portanto, não é recomendada como tratamento precoce e a pessoa só está ingerindo medicação sem resolver o problema.


- DNA humano e microship: Por favor, nós não estamos em um capítulo de BlackMirror nem Arquivo X.  Portanto, vacina boa é vacina no braço. Nosso DNA é alterado por um monte de coisas o tempo todo, e nosso corpo inclusive possui mecanismo de correção. Agora, microship com bluetooth que tem todas as nossas informações e passa para grandes empresas chama-se celular, e não vacina.


- O novo coronavírus não resiste ao calor: O problema é que até uns 50 ou 60 graus célsius ele resiste bem, então não é um solzinho de 30 ou 40 graus que vai matar, portanto, não adianta aglomerar na praia. E lembre-se que mesmo no sol a nossa temperatura interna se mantém relativamente estável, ou seja, em média entre 36º e 37º.

 


Fonte:

Felipe Magalhães – clínico geral e diretor científico do Jaleko.


Médico alerta sobre os riscos de não higienizar corretamente lentes de contato

Nas olimpíadas, uma judoca perdeu as lentes no tatame. Quando as encontrou, limpou com saliva e colocou nos olhos. Oftalmologista fala sobre essa ação e os impactos que podem causar à saúde ocular


Durante os jogos olímpicos, a judoca Katharina Menz surpreendeu ao perder a lente de contato e ao encontrá-la no tatame a alemã não titubeou, pegou do chão, passou saliva, devolveu ao olho e continuou a luta.

Dr. Hallim Féres Neto, oftalmologista do Conselho Brasileiro de Oftalmologia explica que a atitude da atleta é um alerta para todos que fazem uso de lente de contato. "Limpar as lentes com saliva e recolocá-las com a mão suja não é recomendado devido a chance de contaminação", explica o especialista.

A saliva contém bactérias que podem grudar no olho, e provocar uma úlcera de córnea. Essa situação pode, inclusive, levar à perda de visão, ou evoluir até mesmo para um transplante de córnea.

Caso venha a acontecer uma situação parecida como a da judoca, é imprescindível que a lente seja imediatamente descartada ou lavada corretamente, se for gelatinosa.

O médico listou alguns cuidados indispensáveis para quem faz uso de lente de contato:

Mantenha cuidados diários de higiene;

Higienize as lentes antes e depois de usá-las;

Limpe também o estojo das lentes de contato;

Respeite o prazo do fabricante;

Escolha as soluções higienizadoras corretas;

Não as use por mais tempo do que o recomendado pelo seu oftalmologista.

 


Dr. Hallim Feres Neto @drhallim  - CRM-SP 117.127 | RQE 60732 - • Oftalmologia Geral • Cirurgia Refrativa • Ceratocone

• Catarata • Pterígio • Membro do CBO - Conselho Brasileiro de Oftalmologia • Membro da ABCCR - Associação Brasileira de Catarata e Cirurgia Refrativa • Membro da ISRS - International Society of Refractive Surgery • Membro da AAO - American Academy of Ophthalmology


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