Durante a pandemia muitas pessoas perderam o emprego ou tiveram uma diminuição da renda. Cerca de 14,7% da população estava desempregada no primeiro trimestre de 2021. Segundo a Confederação Nacional de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o país chegou ao fim do primeiro semestre com a maior proporção de famílias endividadas em mais de uma década. A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), iniciada em 2010, registrou o endividamento médio das famílias com até dez salários mínimos mensais em 67,8% do total.
Nesse contexto, trocar serviços por produtos é uma
boa opção para quem quer economizar, pois a dinâmica desse mercado possibilita
uma infinidade de opções de negócios. Por exemplo: um personal
trainer pode trocar suas aulas por produtos para sua dieta com um
dono de uma loja de suplementos que está com o estoque parado. Um músico pode
oferecer suas aulas em troca de uma consultoria de marketing digital para
divulgar seu trabalho na internet. Uma manicure pode oferecer seus serviços em
troca de um eletrodoméstico sem uso. Não há regras. Pode ser algo usado ou
novo, basta que as duas partes envolvidas na troca tenham interesse mútuo e
combinem os detalhes da transação.
Uma pesquisa realizada pela GlobalData mostra que o
mercado de “segunda mão” deve atingir US$ 64 bilhões nos próximos cinco anos, se
tornando-se maior do que o segmento de vendas tradicionais até 2024. De
acordo com o levantamento, a projeção é que o setor de revendas cresça cinco
vezes nesse mesmo período, ao passo que o varejo tradicional pode retrair. Em
2029, o mercado de roupas de segunda mão deve aumentar quase duas vezes o
tamanho do fast fashion projetado para o ano.
A pesquisa ainda destaca que o número de mulheres
que adquiriram produtos seminovos aumentou de 56 milhões em 2018 para 62
milhões no ano passado. Esse movimento tem bastante aderência dos zennials (pessoas
com até 24 anos), uma vez que essa faixa etária está adotando o consumo de
segunda mão mais rapidamente do que os outros grupos.
O crescimento do mercado de segunda mão e a
necessidade de economizar devem impulsionar plataformas que promovem a troca de
serviços por produtos ou outros serviços.
Luiz Fernando Gerber - CEO do
Finpli, um aplicativo que facilita a troca de produtos e serviços entre pessoas
por proximidade, usando sistema de geolocalização– finpli@nbpress.com
Finpli