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segunda-feira, 1 de março de 2021

Confira 10 dicas para aumentar a concentração dos alunos no ambiente virtual

Segundo a especialista em mindfulness e fundadora da Mindkids, Daniela Degani, pais e professores podem colaborar para que as crianças tenham um melhor rendimento nas aulas on-line


O ano letivo de 2021 já começou e, em meio a diferentes posicionamentos sobre a retomada ou não das atividades presenciais nas escolas, uma realidade é certa: as aulas on-line continuarão a fazer parte do dia a dia dos alunos, demandando estratégias conjuntas de pais e professores para atrair a atenção e manter o foco das crianças nas aulas à distância.

"Quando uma criança está brincando, por exemplo, ela 'esquece' do mundo ao redor, de tão concentrada que está naquela atividade lúdica. Entretanto, muitas vezes, esse poder de concentração não é notado no ambiente escolar - e, em tempos de aulas virtuais, o problema se agrava ainda mais", observa Daniela Degani, instrutora certificada pela Mindful Schools dos EUA, pelo Mindfulness Training Institute, Inglaterra, e fundadora da MindKids, meditação para crianças e jovens, que também capacita educadores para a prática do minfulness em sala de aula.

A seguir, a especialista elenca 10 dicas para pais e professores ajudarem as crianças a terem mais concentração durante as aulas on-line:


Dicas para os pais:

• Ajude seu filho a ter uma boa noite de sono;

• Acorde-o com antecedência e cuide para que ele tenha uma boa alimentação pela manhã, com um café reforçado;

• Estimule a realização de atividades físicas, já que os exercícios ajudam na liberação da serotonina, um hormônio que ajuda no aumento da concentração;

• Cuide para que o ambiente onde ele terá aulas seja confortável e organizado;

• Pratique mindfulness em família.


Dicas para os professores:

• Apresente diariamente aos alunos o plano daquela aula;

• Proponha a realização de uma atividade por vez; permita que seus alunos finalizem algo antes de iniciar outra tarefa;

• "Quebre o gelo", propondo um quizz lúdico entre um conteúdo mais denso e outro;

• Converse abertamente com os alunos sobre como eles acham que poderiam melhorar a concentração;

• Pratique mindfulness, nem que seja por poucos minutos, durante a aula, com todos os alunos, em grupo.


E como praticar mindfulness?

Confira também uma dica para a prática da meditação visando a atenção plena (mindfulness) das crianças:

• Meditando os sons: essa é uma ótima prática para começar a meditar com as crianças. Você vai precisar do som de um sino, que pode ser um sino físico ou de aplicativo de celular (apps de meditação costumam oferecer a possibilidade de programar por quantos segundos o sino tocará, como o gratuito Meditation Timer, por exemplo). Explique à criança que você tocará o sino e que, aos poucos, o som irá diminuir. Convide-a a prestar atenção ao som do início ao fim e a ver se ela consegue perceber o exato momento em que não escuta mais nenhum som. Antes de tocar o sino mais uma vez, pergunte se a criança sugere alguma outra forma de tentar ouvir melhor. Às vezes, espontaneamente, elas sugerem fechar os olhos ou você pode convidá-la a fazer isso. Após repetir o processo, proponha o exercício da escuta aos sons ambientes, percebendo os sons da rua, do vizinho, do cachorro ou do próprio corpo.

Outras dicas e sugestões de atividades podem ser consultadas no e-book "Mindfulness para Foco & Atenção", disponível gratuitamente para download no site: https://conteudo.mindkids.net/mindfulness-para-foco-e-atencao


LIVRE-SE DA SÍNDROME DO IMPOSTOR E CONQUISTE MAIS!

Você já teve a sensação de que não merece o sucesso que conquistou em alguma área da sua vida, ou que as pessoas ao seu redor estão exagerando quando elogiam sua competência? Já pensou que talvez só tenha alcançado seus objetivos por mera obra do acaso, e que em algum momento sua "farsa" será exposta? Se alguma destas situações lhe pareceu familiar você pode estar sofrendo da Síndrome do Impostor.

A Síndrome do Impostor é um processo psicológico de autossabotagem em que a pessoa tem crenças e comportamentos que a inviabilizam de avançar na vida. Nesse processo, as pessoas se entendem inferiores e inseguras com relação às possibilidades que podem ou devem seguir, por meio de um caminho muito autocrítico, motivado principalmente pela comparação com outras pessoas e, a partir daí, achando-se insuficientes ou inferiores.

A presença deste fenômeno pode ser notada tanto no campo acadêmico quanto no corporativo, e em pessoas das mais diversas áreas e gerações. Essas pessoas vivem num estado de ansiedade motivado pela preocupação em serem "descobertas", tendo em vista que não se consideram qualificadas para ocupar suas posições.

Um dos caminhos para superar essa percepção de incapacidade é fazer um bom exercício de autoconhecimento, buscando entender o que nos faz ser desejados e bem quistos nos lugares que ocupamos, valorizando o que somos e as habilidades que temos.

E, nesse processo de autoconhecimento, vale olhar também para seu planejamento de vida, analisar os atributos que você tem e entender como eles contribuíram para que você tenha chegado onde está. Se te falta algo - seja conhecimento, comportamento ou outra questão - o olhar para dentro de si vai permitir que você identifique de forma mais ágil o que te falta e, a partir disso, crie condições para se desenvolver e atingir seus planos.

Mas esse processo jamais deve vir acompanhado de um olhar de autossabotagem e insuficiência. Afinal, qualquer pessoa pode conseguir o que quiser, desde que se organize, planeje e que, através do autoconhecimento, consiga identificar seus pontos fortes, sem se deixar abalar pela comparação com os outros.

Na prática, escrever ou arrumar uma maneira de visualizar as informações de suas conquistas em um só lugar te dará a possibilidade de entender tudo que você já fez e ainda é capaz de fazer, e te dar mais ferramentas para continuar conquistando. Seja por meio de apps, planilhas, agenda, planner ou com ajuda de um coach ou psicólogo, tenha em mente que o sucesso parte do fazer, todos os dias, pouco a pouco.


 

Rodolfo Ribeiro - CEO da 7waves - app gratuito com mais de 4 milhões de objetivos de vida cadastrados por pessoas de 124 países - que une as mais avançadas técnicas de inteligência artificial, ciência de dados e análise do comportamento humano para recomendar dicas e oportunidades que ajudem as pessoas na descoberta, planejamento e conquista de objetivos pessoais e profissionais.

 

5 dicas de segurança contra vazamentos de dados

O recente vazamento de dados de 223 milhões de brasileiros, identificado no final de janeiro, resultou na exposição de diversas informações pessoais como números de CPF, endereços, fotos, dados de imposto de renda, INSS, entre outros. Considerado um dos maiores casos desta natureza no mundo, infelizmente não foi um evento isolado. Em seguida, houve novo incidente expondo mais de 100 milhões de números de celular e outras informações sigilosas, gerando ainda mais preocupações para todos.

Mesmo com a implementação da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), os vazamentos de dados e as fraudes digitais cresceram na pandemia - de acordo com a FEBRABAN (Federação Brasileira de Bancos), as instituições registraram no ano passado um aumento de 80% nas tentativas de ataques online.

Para o consumidor, é importante seguir algumas dicas para mitigar o risco de um fraudador utilizar seus dados pessoais de maneira indevida.

Confira cinco dicas de segurança contra vazamento de dados selecionadas por Fabrício Ikeda, Diretor de Prevenção a Fraudes da FICO América Latina:

• Desconfie de sites de verificação de dados vazados. Muitos deles foram criados propositalmente para capturar dados pessoais e enganar ainda mais a população. Se o site está pedindo muitas informações além do CPF, investigue realmente sua veracidade.

• Monitore seus dados ou histórico de crédito. Além de serviços disponibilizados por alguns birôs de crédito para monitorar seus dados, o BACEN disponibiliza o serviço chamado Registrato para consultar contas e algumas movimentações financeiras.

• Consulte os dados de seus parentes, pois informações de pessoas falecidas e adolescentes também estavam contemplados no recente grande vazamento de dados. Os fraudadores podem usar dados reais de pessoas que não estão vivas ou de não-bancarizados para tentar obter algum produto financeiro, criar identidades sintéticas, gerar faturas falsificadas ou até para praticar extorsão.

• Monitore as transações de suas contas e cartões. Com muitos dados pessoais, os fraudadores poderão tentar invadir algumas contas. Portanto, habilite alertas sobre pagamentos ou transferências, caso exista esse serviço em sua instituição financeira.

• Altere suas senhas ou habilite fatores de autenticação fortes. Alguns serviços permitem que você recupere sua senha ao responder algumas perguntas de desafio, porém se esses dados foram vazados, qualquer um poderia modificá-la. Sempre que possível utilize senhas fortes (há muitas dicas disponíveis) e duplo fator de autenticação.

 

 

Public Relation - FICO

milladelfino@fico.com

 

Aplicativo para concessão de financiamento habitacional requer cuidados

 

Com a redução dos atendimentos nas agências da Caixa Econômica Federal, inúmeras reclamações têm aparecido pela falta ou falha na prestação de serviços e também na já sabida inoperância dos sistemas de telemarketing. Com isso, o mercado imobiliário vem sofrendo, já que a dificuldade na obtenção dos novos financiamentos está intimamente ligada às restrições de acesso às agências. Contudo, um novo sistema pode auxiliar na melhoria das operações.


Atualmente, a Caixa conta com o aplicativo Caixa Tem, que poderá sofrer uma alteração muito importante com a abertura da possibilidade de iniciar o procedimento de concessão de financiamento habitacional, conforme o presidente da Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH), Vinícius Costa. “Para o mutuário conseguir um financiamento hoje, ele precisa de um representante da Caixa em sua cidade para fazer toda a intermediação, em especial, a entrega de documentos e organização da pasta do financiamento”, conta.

 

No entanto, com a possibilidade de virtualização do procedimento, o procedimento pode ser mais fácil. “Tudo poderá ser feito diretamente pelo próprio mutuário. É uma desburocratização do procedimento que tende a facilitar a concessão de novos financiamentos. Contudo, como toda e qualquer operação eletrônica, muita cautela é preciso para evitar problemas”, explica Vinícius Costa.


Mas para recorrer a esta facilidade, ele recomenda cuidado. Primeiramente, para baixar o aplicativo da Caixa, é necessário certificar que se trata do verdadeiro. De acordo com o presidente da ABMH, app's piratas são responsáveis diretos por coleta de dados pessoais e danos ao patrimônio dos cidadãos. “Em segundo lugar, é ler com bastante atenção todas as informações contidas no app para regularidade do procedimento. Importante guardar o print das etapas do procedimento também para evitar problemas posteriores de não envio de documentos, adequação do sistema ou de não contratação de produto ou servi&c cedil;o (venda casada).”


Para não acontecer como houve na concessão da pausa durante a pandemia, Vinícius Costa recomenda que o mutuário fique bastante atento a todas as etapas do procedimento da liberação do financiamento e das regras. “Assim como ocorre no procedimento comum junto às agências, a entrega de documentos não garante a concessão do financiamento. Por isso, após encerrar o procedimento de envio dos documentos, a aprovação deve ser acompanhada de perto.”  

 


Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação - ABMH

 

Entenda como funciona o mercado de moedas no Brasil

50 mil brasileiros negociam moedas no exterior; entenda como foi o desempenho dessa categoria de investimento em 2020

 

O mercado futuro de moedas é considerado novo no Brasil e cerca de 50 mil brasileiros negociam moedas fora do país, de acordo com a Infinox Capital.

Esse tipo de investimento serve para proteção ou a negociação do preço das moedas, como o euro, real e iene japonês, contra o dólar, por exemplo, em datas futuras. Além disso, a entrada nos contratos está disponível para pessoa física e jurídica, o que os diferenciam são os tipos de investimentos e contratos de moedas.

“Para começar a negociar nos pares de de FX, abreviação de troca de moedas em inglês, basta que o investidor tenha acesso a alguma corretora local”, explica Victor Hugo Cotoski, executivo da Infinox Capital – trading inglesa que forma mercado futuro no Brasil. Para exemplificar esse tipo de investimento Cotoski ilustra a seguinte situação:

Se você deseja negociar dólares americanos contra euros, deve-se procurar o código EUP em sua plataforma de negociações disponibilizada pela corretora, desta forma, é possível comprar ou vender conforme a análise feita. Lembrando que os vencimentos dos contratos são mensais.

Caso o investidor queira realizar alguma especulação sobre os preços das moedas estrangeiras é possível, como a cotação do dólar americano contra a libra, que leva o código GBPUSD, ou dólar contra euro (EURUSD). Todos os pares possuem um código e contrato específico na bolsa de valores brasileira, a B3, conforme mostra a listagem abaixo:

 

Código dos pares de moedas e contratos específicos na bolsa de valores brasileira, a B3
Infinox Capital

 

O que é o mercado à vista

O câmbio entre moedas estrangeiras é realizado de forma eletrônica, por meio do mercado de balcão, que é feito diretamente entre as partes ou com a intermediação de instituições financeiras, ou seja, o mercado à vista. A disponibilidade desse tipo de mercado é 24 horas por dia, nos cinco dias úteis da semana.

“Esse tipo de operação deve ser efetivada por instituições autorizadas a operar no mercado de câmbio à vista pelo Banco Central do Brasil. Por este motivo os mini contratos futuros são instrumentos criados para investidores do varejo especularem ou se protegerem em relação as moedas”, explica o executivo da Infinox.

 

Perfil dos investidores

Qualquer pessoa que deseja abrir uma conta de investimentos em alguma corretora ou banco deve preencher um documento que avalia o perfil do investimento dela.

Os perfis conservadores ou moderados, por exemplo, não são adequados para esse tipo de modalidade, pois o mercado futuro de moedas é destinado para a categoria das pessoas que estão dispostas a enfrentar riscos.

Vale destacar que contratos carregam uma grande oscilação e possuem alavancagem, no qual é possível negociar com um volume maior que o depositado em conta, podendo assim gerar ganhos maiores proporcionalmente ou perdas superiores às margens de garantia, de acordo com Cotoski.

“O mercado de moedas proporciona um enorme leque de diversificação e potenciais rentabilidades, porém, é importante frisar que as perdas podem ser maiores que os ganhos. Cabe ao investidor definir seus limites e objetivos com a modalidade”, comenta o executivo da Infinox Capital.

 

Dificuldade de entender o mercado de moedas

Como é uma modalidade de investimentos nova no Brasil, os interessados no mercado de moedas têm algumas dúvidas se estão negociando um contrato à vista, derivativo ou produto futuro.

“Cerca de 98% dos 50 mil brasileiros em média que fazem a negociação em FX, mercado de câmbio no exterior, acreditam estar negociando no mercado à vista de moedas. Porém, é importante entender que esse mercado em específico é institucional e muitos se confundem, negociando derivativos achando que estão negociando contratos cheios e interbancários, ainda não existe acesso do varejo ao interbancário e muitos são enganados ou acreditam realmente estar negociando contra bancos e governos, por exemplo”, comenta Cotoski.

 

Desempenho de 2020

Durante o ano passado, o investidor que ficou atento ao dólar australiano, e comprou a moeda frente ao dólar americano (AUDUSD) teve ganhos acima de 20% em cerca de oito meses.

A Austrália é conhecida como o termômetro da Ásia e Oceania, portanto, sempre que há alguma atividade econômica que vai bem na região, a moeda tende a valorizar. Outro fator que podemos destacar é o peso do petróleo, sobre a economia australiana, quando houve uma queda brusca no preço do barril e chegou perto de zero em 2020, a cotação do par AUDUSD caiu fortemente.

Abaixo, a Infinox Capital aponta o desempenho da cotação do petróleo contra o par AUDUSD:

 Desempenho da cotação do petróleo contra o par AUDUSD
Infinox Capital

 

Na coluna vertical à esquerda está o preço do barril de petróleo, na cor verde, na coluna da direita a cotação do par AUDUSD, na cor azul dos últimos 5 anos.

Cotoski explica que a movimentação é correlacionada, portanto, quando o petróleo chegou a conotações negativas no mercado futuro, ou seja, muita oferta e zero demanda, o preço do par chegou a ser cotado a 0.560.

Após a contínua recuperação da economia na região e no mundo, o preço da commodity segue um movimento de recuperação e se relaciona com o AUD, que leva a cotação para cima. Atualmente, a negociação está em 0.773, cerca de 26% de ganho em 10 meses.

“O investidor que está atendo a essas relações, podem tirar proveito e investir em moedas. Esse é apenas um pequeno exemplo entre centenas de conexões no mercado de moedas” – nos conta o executivo da trading inglesa.

 

Anywhere office: qual será o papel das cidades inteligentes no futuro do trabalho?

Se o home office foi a realidade do trabalho em 2020 para muitas pessoas, em 2021, com a chegada da vacina contra a Covid-19 e a possibilidade de leve flexibilização do distanciamento social, cada vez mais colaboradores de empresas de todo o mundo devem experimentar o que chamamos de anywhere office. Trata-se de uma versão ampliada e flexibilizada do trabalho remoto, na qual é possível, como o próprio nome diz, trabalhar não apenas de casa, mas de qualquer lugar – como coworkings, cafés e até espaços públicos.

A alternativa passa a ser uma possibilidade atraente para empresas e funcionários que viram os benefícios do trabalho sem deslocamentos, mas que ainda encontram pontos frágeis no trabalho em casa, como problemas com a internet e falta de interação com outros profissionais ou ambientes. 

O maior desafio desse movimento é, numa primeira análise, das empresas. Elas precisarão redobrar os esforços para garantir que a gestão, o acesso e a segurança de informações não sejam prejudicados pela distância. De acordo com dados da pesquisa TIC Empresas, o uso de serviços em nuvem vem crescendo em empresas brasileiras de todos os portes. O armazenamento de arquivos ou banco de dados, por exemplo, subiu de 25% das empresas em 2017 para 38% delas em 2019. Ainda segundo a pesquisa, a proporção de utilização da nuvem é maior conforme o tamanho da empresa cresce. Mesmo assim, a tendência é que essa tecnologia acabe se disseminando com as necessidades do trabalho remoto. Em 2019, o e-mail em nuvem já estava em 63% das grandes empresas, 54% das médias e também já era realidade para 36% das pequenas. 

Outra pesquisa, feita pela Oxford Economics e pela Society of Human Resources Management (SHRM), a pedido da SAP SuccessFacors, já durante a pandemia, mostrou que mais da metade dos líderes de RH do Brasil e do mundo esperavam que a Covid-19 aumentasse ainda mais a flexibilidade do trabalho remoto ao longo deste ano. 

E, se a ideia é trabalhar de qualquer lugar, as boas iniciativas de empresas privadas e gestores públicos fazem toda a diferença nesse novo formato. A maneira como a cidade é pensada é diretamente impactada pela forma como as pessoas trabalham. Com a força de trabalho distribuída nos mais variados pontos da cidade – e não mais concentrada em algumas regiões – a mobilidade, o transporte público e a infraestrutura tecnológica precisam ser pensados com esse enfoque também. As cidades devem dar o suporte que empresas e colaboradores irão demandar. Redes de wi-fi gratuitas podem ser um grande trunfo para permitir que as pessoas tirem proveito dos ambientes públicos e realmente ocupem seus espaços.

Uma cidade inteligente é aquela também que se adapta à flexibilidade imposta pelo dia a dia – e ainda mais por uma pandemia. Se as redes públicas podem ser de grande ajuda para acessos pontuais, espaços com estrutura mais robusta podem ser a solução para os escritórios flexíveis. Coworkings hoje oferecem qualidade de internet muito superior que as redes domésticas e semelhante a que os colaboradores acessavam nas empresas.

Além disso, permitem espaços para reuniões e dinâmicas, que devem passar a dividir espaço com as videoconferências. Mas nem só de tecnologia é feito o sucesso do anywhere office. Manter a equipe motivada e a comunicação sem ruídos é essencial. Para os colaboradores, os desafios passam pela organização, capacidade de driblar as distrações e, talvez o mais importante, continuar se sentindo parte de um mesmo time. 




Carla Carolina Vieira - supervisora de Recursos Humanos no Instituto das Cidades Inteligentes (ICI).

 

5 dicas para utilizar streamings sem ir à falência

 Período de teste, divisão da assinatura e rodízio de serviços estão entre as alternativas para assistir filmes e séries preferidos sem pesar muito no bolso

 

Não é difícil encontrar alguém que passe horas olhando os catálogos de streaming. Afinal, esses serviços de transmissão de filmes e séries estão cada vez mais em alta. Aqui, o grande desafio é arcar com os investimentos para acompanhar todos os últimos lançamentos. Sendo assim, a equipe da Allya , HR tech com foco em benefícios corporativos e bem-estar financeiro, separou as principais dicas para aqueles que desejam continuar vendo suas obras preferidas sem pesar no bolso.


Aproveite o período de teste

Os streamings disponibilizam os conteúdos gratuitamente ao longo de sete dias no mês. Então, use ao máximo esse período para avaliar se vale a pena ou não pagar pela assinatura.


Divida a assinatura

Amigos são úteis em muitas ocasiões, inclusive no momento de dividir as assinaturas dos streamings. Ao se juntar a eles nessa jornada, é possível criar ótimas memórias em conjunto sem pagar muito por isso. Mas é importante cada um ter o próprio perfil para não ter confusão no acompanhamento dos conteúdos e estar atento ao limite de perfis e telas simultâneas permitido por cada serviço.


Faça um rodízio

Maratonou a temporada daquela série que você esperou o ano inteiro? Então, chegou a hora de migrar para outro streaming.


Planeje-se!
Se acompanhar filmes e séries for verdadeiramente um hobbie, não há mal nenhum em investir nesse tipo de lazer, desde que haja uma organização financeira. Uma sugestão é encarar as assinaturas dos streamings como um gasto fixo no orçamento. Ou seja, ter em mente que o valor desse serviço deve ser suprido mensalmente.



Procure por descontos
Atualmente, marcas de benefícios, telefonia e e-commerces têm parcerias para disponibilizar descontos aos usuários em plataformas de streaming. Então, não deixe de conferir no trabalho se há um acordo com uma dessas empresas de benefícios corporativos ou nos serviços que você utiliza no dia a dia.

Gostou das alternativas? Então, fique de olho no Instagram da Allya para mais dicas sobre bem-estar financeiro: @allyabrasil.

www.allya.com.br


Gerar conhecimento sobre compras públicas é fundamental para a economia

A Nova Lei de Licitações, aprovada no Senado em dezembro, promete ser um avanço no mundo das compras públicas, uma modernização necessária que irá trazer mais transparência, eficiência e economia para o poder público. Mas para que esse cenário se concretize, é preciso difundir conhecimento – tanto para o público do setor como para a sociedade - sobre como funcionam as compras governamentais e sua importância direta na gestão dos recursos públicos.

As compras públicas representam uma fatia em torno de 12% do PIB brasileiro, alcançando mais de R$900 bilhões ao ano em 2019.  Entretanto, apesar de termos mais de 20 milhões de CNPJs registrados como ativos no Brasil, menos de 300 mil deles atuam no segmento. 

Há três grandes motivos para o receio dos empreendedores em investir. O primeiro deles é o fato de o processo de vender para o governo ter regras diferentes das vendas para empresas privadas, ritos legais que geram certa resistência em empreender nesse tipo de operação. 

O segundo é o desconhecimento das oportunidades reais que o setor gera: muitos empresários acreditam que há apenas demandas milionárias nas compras públicas, o que não é verdade, pois o segmento abrange também milhares de operações de pequeno porte, muitas vezes abaixo da marca dos R$10 mil. Para pequenas e micro empresas, por exemplo, existe um leque significativo de benefícios, como uma cota reservada de até 25% para participação nos pregões, determinada pela Lei Complementar 147/2014 a fim de garantir ampla competição com as empresas maiores, e o Decreto 8.538/2015, que determina tratamento diferenciado para os pequenos empreendedores nas contratações públicas de bens, serviços e obras no âmbito da administração pública federal.

 Por fim, o medo de não receber o dinheiro pelo que foi vendido e entregue é outro fator que ainda afasta os empresários das compras governamentais - e que também gira em torno da falta de conhecimento da legislação do setor sobre o pagamento de um compromisso público. Há regras claras também para isso e elas estão disponíveis a toda a sociedade. 

Fica claro que a falta de informação é um impeditivo para a participação de mais empreendedores nas compras públicas. Vender produtos e serviços para o setor público é uma grande oportunidade de negócios que não pode ser desprezada por empreendedores de qualquer porte. Mesmo em tempos de pandemia, os governos continuam comprando, já que as necessidades de cada município não param e precisam ser supridas. São demandas que vão desde medicamentos e insumos hospitalares até alimentos para preparação de merendas escolares, sacos de lixo, viaturas, serviços de elaboração e revisão de cálculos judiciais, etc. Os municípios precisam e compram de tudo o tempo todo.

Para facilitar esse volume imenso e contínuo de aquisições, buscando maior economicidade e transparência aos processos licitatórios, o Governo Federal editou em 2019 o Decreto nº 10.024, tornando obrigatória a realização de pregões eletrônicos também para os estados e municípios, sempre que utilizarem os recursos das transferências voluntárias da União. Elas representam a principal fonte de renda para mais de 90% dos municípios brasileiros. O decreto limita irregularidades nas licitações públicas, de modo que toda a população se beneficia dessas práticas e da adesão de mais agentes. O processo eletrônico de compras é mais fácil, mais ágil e diminui os custos. 

Acreditamos firmemente que unindo disseminação de conhecimento especializado com capacitação dos profissionais e a facilidade de realizar as aquisições via plataformas digitais, as compras públicas podem movimentar ainda mais a economia brasileira.

 


Leonardo Ladeira - CEO do Portal de Compras Públicas, govtech detentora da maior plataforma privada de pregão eletrônico do país.


Boas práticas de uso de fertilizantes: produzir mais preservando a vida

Em meio a pandemia que estamos mergulhados, a preocupação com alimentação toma uma grande importância em nossa vida, não somente para evitar o ganho de peso, mas principalmente para aumentar nosso estado imunológico. É nesse momento que buscamos uma alimentação equilibrada. Mas afinal, o que é uma alimentação equilibrada? Segundo os nutricionistas, alimentação equilibrada é aquela que oferece pelo menos um alimento de cada grupo (energético, construtores e reguladores) em uma mesma refeição. Esse equilíbrio irá fornecer os nutrientes indispensáveis para atender as necessidades fisiológicas de nosso corpo. 

Da mesma forma, as plantas necessitam de uma nutrição equilibrada para suas necessidades fisiológicas, ou seja, é através do equilíbrio nutricional que as plantas podem produzir as folhas, as flores e os grãos e frutos. Em condições de carência, os fertilizantes complementam os nutrientes no solo. Assim, é por intermédio dos fertilizantes que é feito o equilíbrio nutricional das plantas e, consequentemente, o nosso almejado equilíbrio.

 

O nosso equilíbrio nutricional passa pelo solo, sem nutrientes suficientes no solo não se produz alimentos nutricionalmente balanceados.

 

Nos últimos 40 anos, o Brasil saiu da condição de importador de alimentos para se tornar um grande provedor para o mundo. Foram conquistados aumentos significativos na produção e na produtividade agropecuárias. O preço da cesta básica, no Brasil, reduziu-se consideravelmente e o país se tornou um dos principais "players" do agronegócio mundial. Hoje, se produz mais em cada hectare de terra, aspecto importantíssimo para a preservação dos recursos naturais.

 

O manejo correto dos fertilizantes tem como principal propósito adequar a oferta de nutrientes às necessidades da cultura e minimizar as suas perdas provenientes dos campos. O manejo correto dos fertilizantes deve seguir a aplicação da fonte certa, da dose certa, na época certa, e no lugar certo (Manejo 4C). Esse é o fundamento para o uso eficiente dos fertilizantes, necessárias para o manejo sustentável da nutrição das plantas e para o aumento da produtividade das culturas.

 

Os fertilizantes são o caminho para a produção sustentável de alimentos.

 

A escolha da fonte de fertilizantes está conjugada com a necessidade da cultura e as proprie­dades do solo. O ajuste da quantidade de fertilizante a ser aplicada com a necessidade da cultura é o caminho para evitar a deficiência nutricional da planta, prevenindo contra os baixos rendimentos e a qualidade nutricional dos alimentos. Disponibilizar os nutrientes para as culturas nos períodos de maior necessidade permite maior efetividade entre a disponibilidade e a demanda da cultura. Aplicação dos nutrientes onde as culturas podem absorvê-los é decisivo na eficiência de uso do fertilizante.

 

As boas práticas de uso de fertilizantes irão diminuir o desmatamento. Com o aumento da produção estaremos preservando milhões de hectares de florestas. O fornecimento de nutrientes em quantidades equilibradas necessárias para as plantas, os fertilizantes garantem rendimentos consistentes. Assim, o manejo sustentável das plantações agrícolas estará evitando o desmatamento e a perda de importantes ecossistemas.

 

O fertilizante é um grande aliado para a preservação de florestas.

 

Com a aplicação de nutrientes ao solo, com o uso de fertilizantes, estaremos restaurando a fertilidade do solo e proporcionando a capacidade produtiva do solo, evitando a degradação do solo. A recuperação do solo permitirá seu recobrimento pelos vegetais, impedindo que toneladas de solo seja perdido anualmente, causando assoreamento de rios. Os solos degradados representam ameaças para a segurança alimentar e nutricional da população, mas também o aumento de problemas ambientais. A evolução de solos degradados é a desertificação.

 

O fertilizante cumpre importante função no combate a solos degradados e a desertificação.

 

Um solo fértil é responsável por remover o CO2 da atmosfera. Os fertilizantes aumentam a produção de biomassa, o que representa a captura de carbono nas terras aráveis. Parte da biomassa permanece no solo, podendo o solo armazenar de 180 a 1100 toneladas de CO2 por hectare, na forma principalmente de raízes e caules.

 

O fertilizante pode aumentar o sequestro de carbono nas terras agrícolas.

 

Com objetivo de melhorar a percepção da população em relação às funções e os benefícios dos fertilizantes, foi estabelecida no Brasil, em 2016, a iniciativa Nutrientes Para a Vida (NPV). A NPV possui visão, missão e valores análogos aos da coirmã americana, a Nutrients For Life. Sua principal missão é destacar e informar a respeito da relevância dos fertilizantes para o aumento da qualidade e segurança da produção alimentar, colaborando com melhores quantidades de nutrientes nos alimentos e, consequentemente, com uma melhor nutrição e saúde humana.

 



 

Valter Casarin - engenheiro agrônomo, coordenador científico da  iniciativa Nutrientes para a Vida.


Entrega das declarações de Imposto de Renda 2021 começa nesta segunda-feira (01/03)

Devem declarar, até o dia 30 de abril, os contribuintes que receberam rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 em 2020

 

A partir de hoje (01/03), a Receita Federal começa a receber as declarações de Imposto de Renda (IR) 2021, ano-base 2020, cujo prazo termina no dia 30 de abril. Após esse período, o contribuinte estará sujeito a multa por atraso no envio do documento. De acordo com a tabela, devem declarar o IR os contribuintes que receberam rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 em 2020. Neste ano, a expectativa da Receita é de que 32 milhões de declarações sejam enviadas.

Uma das novidades é a ampliação do número de contribuintes aptos a usar a declaração pré-preenchida, disponível aos usuários com acesso a conta gov.br (acesso.gov.br), além dos dados que tenham certificado digital. Esse tipo de declaração possibilita a inclusão de diversas informações prestadas à Receita Federal por meio de outras fontes. Mas, apesar dessa vantagem, é preciso que o contribuinte verifique, corrija ou complemente os dados.

Assim como no ano passado, as restituições serão pagas em cinco lotes, não mais em sete, como era feito até 2019. Com a medida, o primeiro lote do Imposto de Renda será liberado no dia 31 de maio e os demais no dia 30 dos respectivos meses (junho, julho, agosto e setembro de 2021).

A gerente executiva contábil e financeira da Fecomércio MG, Luciene Franco, ressalta os benefícios de se fazer a declaração com antecedência. “Ao se antecipar ao prazo final e reunir toda a documentação necessária à declaração, o contribuinte evita possíveis imprevistos. Em caso de inconsistência, por exemplo, ele terá tempo hábil para fazer as correções. Além disso, conseguirá receber a restituição devida em um prazo menor”, esclarece Luciene.

 

Auxílio emergencial

Os contribuintes que receberam o auxílio emergencial em virtude da pandemia de Covid-19 são obrigados a declarar o Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF), caso tenham recebido, junto com o benefício, outros rendimentos tributáveis em valor anual superior a R$ 22.847,76. Nessa situação, o contribuinte também deverá devolver as parcelas recebidas do auxílio emergencial.

De acordo com o governo federal, cerca de 3 milhões de declarações possuem algum tipo de devolução a ser feita. O contribuinte pode verificar se a sua situação se enquadra nesse caso acessando o site do Ministério da Cidadania (https://www.gov.br/cidadania/pt-br/servicos/auxilio-emergencial).

 

Quem deve declarar

Por outro lado, está obrigado a declarar o Imposto de Renda 2021 quem se encaixa em qualquer uma das situações abaixo: 

  • Recebeu mais de R$ 28.559,70 de renda tributável em 2020 (incluindo salário, aposentadoria ou aluguéis). O valor é o mesmo da declaração do Imposto de Renda no ano passado;
  • Recebeu mais de R$ 142.798,50 em atividade rural em 2020;
  • Ganhou mais de R$ 40 mil isentos, não tributáveis ou tributados na fonte no ano (como indenização trabalhista ou rendimento de poupança);
  • Teve posse ou propriedade de bens de mais de R$ 300 mil;
  • Obteve renda com a venda de bens (casa, lote, entre outros);
  • Comprou ou vendeu ações na Bolsa de Valores;
  • Passou a morar no Brasil em qualquer mês de 2020 e ficou aqui até 31 de dezembro;
  • Vendeu um imóvel e comprou outro em um prazo de 180 dias, usando a isenção de IRPF no momento da venda, ou;
  • Recebeu o auxílio emergencial em 2020 e teve rendimentos tributáveis acima de R$ 22.847,76.

Transportadoras do Estado de São Paulo não podem utilizar os créditos de ICMS de pneus

A Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo (SEFAZ/SP) não permite que empresas de transporte utilizem os valores do ICMS de pneus, um dos insumos mais utilizados na prestação deste tipo de serviço, como créditos no recolhimento deste tributo.

O ICMS é um imposto não cumulativo. E isto está definido na Lei Complementar nº 87/1.996. Nesta mesma legislação, no artigo 155 § 2º, incisos I e II da Constituição Federal, é permitido às empresas de transporte descontar do valor apurado a título do referido imposto os créditos calculados em relação às operações que tenha como resultado a entrada de mercadoria, nos termos estabelecidos pelo artigo 20 desta mesma lei.

Aqui cabe uma explicação para tornar mais claro o entendimento desta regra. Diante da apuração do ICMS, o contribuinte pode aproveitar os créditos de todos os insumos utilizados na prestação do serviço, na produção ou na fabricação de bens ou produtos destinados à venda.

No Estado de São Paulo, no entanto, as transportadoras têm sofrido uma restrição indevida no seu direito de apropriação dos créditos de ICMS. E isto se aplica mais especificamente na aquisição de pneus para a frota.

A SEFAZ/SP adota um entendimento totalmente restritivo sobre o conceito de “insumo” para fins de creditamento de ICMS dos pneus. Tal postura se ampara na Lei nº 6.374/89 c/c o Decreto nº 45.490/00, que regulamenta o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços no Estado de São Paulo. Pois esta legislação nada estabelece quanto aos insumos passíveis de gerar créditos de ICMS no caso de prestação de serviço de transporte. Pela Decisão Normativa CAT 01/2001, o SEFAZ/SP permite somente o aproveitamento de crédito de ICMS sobre o combustível.

Em face da equivocada interpretação restritiva imposta pela SEFAZ/SP, qual é a saída para as empresas transportadoras impossibilitadas de aproveitar o crédito na aquisição de pneus para a sua frota?

Para irmos diretamente ao ponto, não há outra alternativa a não ser recorrer ao Judiciário por meio de um especialista tributário para que se autorize a compensação e a utilização dos créditos e, se for o caso, dos valores correspondentes ao quinquênio anterior à propositura da eventual ação judicial.

 


Leandro Nagliate – OAB/SP 220.192. Advogado formado em 2003 pela PUC de Campinas, é especialista em direito canônico, previdenciário e tributário. Leandro é sócio da Nagliate e Melo Advogados, em Campinas.


Governo federal reabre programa de renegociação de dívidas

A pedido do Sebrae foram reabertas novas possibilidades que irão beneficiar pequenos negócios


Os donos de pequenos negócios ganharam novas regras e novos prazos para renegociar as dívidas com a União. Após solicitação do Sebrae, a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN) publicou a portaria 2.381, de 26 de fevereiro de 2021, reabrindo os prazos para ingresso no programa de Retomada Fiscal, que traz de volta vários editais que estiveram abertos até dezembro do ano passado.

A norma permite a negociação de débitos inscritos na dívida ativa da União até 31 de agosto, ou seja, prevê a negociação de débitos futuros. Os empreendedores terão até o dia 30 de setembro para solicitar a adesão ao programa. O presidente do Sebrae, Carlos Melles, explica que a edição da portaria foi requisitada em razão dos fortes impactos que a pandemia do coronavírus vem causando nas empresas de micro e pequeno porte há um ano.

“Essa medida abrange vários tipos de débitos e é uma excelente oportunidade que as micro e pequenas empresas devem aproveitar para colocar as suas contas em dia e fazer pagamentos e parcelamentos com descontos de multas e juros”, reforça Melles. A nova portaria também cita como objetivo permitir a "retomada da atividade produtiva em razão dos efeitos da pandemia causada pelo coronavírus", assim como havia sido apontado na criação do programa, em setembro.

O presidente do Sebrae destaca que o instituto da transação tributária é a maneira mais moderna de regularizar débitos com a Receita Federal e com a PGFN. “No ano passado, conseguimos aprovar junto com o Congresso Nacional a Lei Complementar 174 estendendo esses institutos também para as micro e pequenas empresas. Tanto a Receita Federal quanto a PGFN lançaram editais, em 2020, com diferentes medidas para possibilitar essa renegociação”, relembra Melles.

Entre elas está o edital de débitos de pequeno valor que possibilitou que as micro e pequenas conseguissem pagar seus débitos ou parcelar com descontos de multas e juros ou até do valor principal.  Outras modalidades permitiram que as empresas, principalmente os pequenos negócios, conseguissem provar para o Fisco as dificuldades econômicas-financeiras informando seu volume de vendas e comprovando decréscimo no faturamento. “É possível fazer essa renegociação de dívidas com descontos de multas e juros em prazo muito favorecidos que chegam até 133 meses”, pontuou o presidente do Sebrae.


Programa

O Programa de Retomada Fiscal envolve a concessão de regularidade fiscal, com a expedição de certidão negativa de débitos; a suspensão da apresentação a protesto de Certidões de Dívida Ativa; a autorização para sustação do protesto de Certidão de Dívida Ativa já efetivado e a suspensão de execuções fiscais e dos respectivos pedidos de bloqueio judicial de contas bancárias, entre outras medidas.


Imposto de Renda - Saiba como declarar seu veículo

Quem é obrigado a declarar imposto de renda pessoa física e possui veículos motorizados deve ficar atento para não esquecer de informar estes valores. Para não ter problema com estes dados, basta acessar a ficha "Bens e Direitos" do formulário e escolher o código "21 - Veículo automotor terrestre". No campo "Discriminação", o contribuinte deverá informar marca, modelo, ano de fabricação, placa ou registro, data e forma de aquisição do carro.

Se o veículo tiver sido adquirido em 2020, deixe o campo "Situação em 31/12/2019" em branco, preenchendo apenas o espaço referente ao ano de 2020. Do contrário, o contribuinte deve repetir a informação declarada no ano anterior. "Este item diz respeito ao custo de aquisição do carro, e é importante frisar que o valor não muda com o passar do tempo", explica o diretor executivo Richard Domingos, da Confirp Consultoria Contábil.

"Isto porque a Receita Federal não está preocupada com desvalorização do veículo, mas no que você pode obter em relação ao ganho de capital com ele em caso de compra ou venda. Essa conta é sempre dada pelo preço de venda de um bem menos o seu preço de compra", explica Mota, complementando que o valor preenchido na declaração deve ser exatamente o mesmo que foi lançado pela primeira vez no seu formulário do IR.

É importante frisar que diante do provável prejuízo na venda do veículo, a Receita não tributará o antigo proprietário do automóvel, mas registrará que ele se desfez do bem. Se o veículo não faz mais parte do patrimônio do declarante, o caminho é deixar o item "Situação em 31/12/2020" em branco, informando a venda no campo "Discriminação", especificando inclusive o CNPJ ou CPF do comprador.

"Em caso de financiamento o correto é lançar os valores que foram efetivamente pagos como valor do carro no exercício de 2020, somados os valores pagos em anos anteriores. O contribuinte não precisará informar nenhum valor em "Dívidas e Ônus Reais", mas apenas lançar o desembolso total, entre entrada e prestações, no campo "Situação em 31/12/2020", detalhando no campo "Discriminação" que o veículo foi comprado com financiamento", explica o diretor da Confirp. Ainda segundo ele, não devem ser lançados na ficha em "Dívidas e Ônus em Reais" o saldo das dívidas referente a aquisições de bens em prestações ou financiados, nas quais o bem é dado como garantia do pagamento, tais como alienação do carro ao banco, financiamento de imóveis ou consórcio.

No caso de consórcio, o caminho certo é declarar todo o gasto com o consórcio feito no ano em "Bens e Direitos", com o código "95 - Consórcio não contemplado". "No ano em for premiado com o carro, você deixa em branco o campo da situação no ano do exercício, e abre um item novo sob o código "21 - Veículo automotor terrestre"", explica o diretor da Confirp Contabilidade. Um erro muito comum é lançar o consórcio como dívida e depois o carro como bem.

Para finalizar Welinton Mota lembra que continua como opcional na DIRPF 2021 ano base 2020 a inclusão das informações complementares sobres, veículos, aeronaves e embarcações. Os dados que o sistema pede são número do RENAVAM e/ou registro no correspondente órgão fiscalizador. Mas o diretor reforça que, mesmo não sendo obrigatório, é interessante inserir essas informações.

 

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