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terça-feira, 6 de outubro de 2020

Segurança: cuidado ao entrar no avião da saúde

Estou aqui em uma reflexão sobre segurança: faço-a usando a mim e a meus familiares – mas vale a qualquer um de nós.

Chegarão logo dias em que novamente teremos a possibilidade de viajar, vez ou outra, explorar lugares, culturas, ares diferentes. Quando desta hora, e dependendo de fatores diversos, um deles a distância, a melhor alternativa será o avião. Rápido, eficaz, com excelente nível de segurança.

Agora já estamos no ar. Altitude de cruzeiro, 11 mil pés. De repente, uma turbulência. Descobrimos, tarde demais, pela comissária de bordo, que não há piloto ao manche. Com vistas a baratear despesas e “ampliar” o acesso, o comando está sob guarda de um condutor de carinho de cachorro quente – ou de qualquer incauto não habilitado.

Deus do Céu! Nem dando asas à fé me vejo enfrentando situação dessas. Há momentos na vida – todos, aliás – que profissionalismo, capacitação e destreza são indispensáveis.

Certamente, você, assim como eu, não adentraria ou colocaria familiares e amigos em um voo às cegas. De nada adianta ter bilhete de ida de graça, quando não existe certeza de que volta haverá.

Isso vale para a aviação e tantas outras áreas nas quais a vida – a nossa vida e da comunidade – depende da perícia de um terceiro, a saúde por exemplo. Indigno-me, portanto, toda vez que vejo qualquer um ofertar a poltrona de avião sem piloto profissional a outrem, sendo que ele jamais a ocuparia.

É o que tem ocorrido, com risco proporcional ou maior, com certos gestores públicos e maus políticos que conchavam o tempo inteiro para que os brasileiros vulneráveis socialmente recebam bilhete livre para Medicina sem médico.

Eles pensam que há pessoas de segunda categoria e a elas se dispõe a entregar atendimento em saúde de segunda. É inadmissível. Gente é gente, o somos e sabemos. Saúde é direito de todos. E medicina, só com médico.

A prática da Medicina é tipificada como crime no artigo 282 do Código Penal, quando exercida sem a devida formação e autorização do órgão competente ou fora dos demais limites da legislação. Ainda no arcabouço legal, a Lei 12.842/2013 especifica as atividades privativas da Medicina.

São garantias jurídico-institucionais à assistência de qualidade aos pacientes e nortes de segurança aos avanços interdisciplinares para o Sistema Único de Saúde.

Contudo, a invasão de competências específicas da Medicina não para. Mira a Ginecologia e Obstetrícia, a Dermatologia, a Cirurgia Plástica, a Oncologia, a Acupuntura, entre outras, trazendo incertezas e perigo a pacientes.

         A Acupuntura, em particular, sofre ataques até mesmo no Congresso Nacional, onde tramita projeto de lei flexibilizando o exercício a não-médicos. A propositura abre a possibilidade de prática até por formados em cursinhos técnicos.   

Registro que acupuntura é procedimento terapêutico invasivo. Pode ter consequências graves (incluindo óbitos), decorrentes de prática sem diagnóstico ou com diagnóstico incorreto. E provocar adiamento da intervenção adequada e/oi agravamento de quadro.   

         O Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura repudia – com toda razão - a catastrófica iniciativa. Nós da Sociedade Brasileira de Clínica Médica, somos solidários.

Defender a boa Medicina, a saúde e a vida é o que faz de nós dignos de ser médicos. E, sem médico, não há medicina nem saúde integral e universal.

 


Antonio Carlos Lopes - presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica


Outubro Rosa

  66 mil mulheres terão diagnóstico de câncer de mama no Brasil em 2020


De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 1,38 milhões de novos casos e 458 mil mortes pela doença acontecem por ano. Somente no Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima 66 mil novos casos em um ano. A Sociedade Brasileira de Mastologia aponta que cerca de 1 a cada 12 mulheres terão um tumor nas mamas até os 90 anos de idade. Por isso, previna-se! Realize o autoexame e não deixe de fazer a mamografia, caso você tenha mais de 40 anos.

O câncer de mama é um tumor maligno que se desenvolve quando um conjunto de células passa a se dividir descontroladamente.  De acordo com o Dr. Fernando Pontes, Mastologista da Clínica Mantelli, a mama está em constante transformação, com o passar dos anos a gordura vai aumentando e o tecido mamário vai diminuindo e em algum momento durante esse processo pode ocorrer um erro na divisão celular e iniciar o processo da doença. 

Para esclarecer as principais dúvidas sobre essa doença o, mastologista da Clínica Mantelli, Dr. Fernando Pontes respondeu alguns mitos e verdades sobre Câncer de Mama:

 

Fumar aumentam as chances de uma mulher desenvolver Câncer de Mama? 

Verdade. Pacientes que fazem uso de mais do que um maço de cigarro por dia há pelo menos dez anos tem um risco 60% maior de desenvolver a doença em comparação com aquelas quem fumam menos ou que não são fumantes.

 

Não possuir histórico de câncer de mama na minha família, elimina a  chance de ter a  doença?

Mito. Infelizmente não é assim, pois o câncer de mama é multifatorial, somente uma pequena porcentagem dos casos está relacionada à predisposição familiar. A maioria é esporádica e o risco aumenta com o envelhecimento, obesidade, sedentarismo, má alimentação e consumo de álcool.

 

Amamentar reduz o risco de Câncer de Mama?

Verdade. Todos sabemos que o ideal é amamentar durante pelo menos os 6 primeiros meses de vida do bebê. Além dos já conhecidos benefícios do leite materno para o recém-nascido, o aleitamento propicia o desenvolvimento total da mama, o que diminui o risco de mutações. Portanto, amamentar diminui o risco de ter câncer de mama.

 

O líquido parecido com leite saindo do mamilo pode ser câncer?

Mito. Mulheres que não estão amamentando podem ter um líquido parecido com leite saindo do mamilo, mas isso não é sinal de câncer de mama. A situação é conhecida como galactorreia, saída de leite pelo mamilo fora da época da amamentação e pode ser um sinal de desregulação hormonal, mas não está relacionada ao aumento do risco de câncer de mama. Esse tipo de preocupação deve existir quando acontece saída de sangue ou um líquido translúcido por um dos mamilos. Nesse caso, a avaliação e investigação são necessárias.

 

Mulheres obesas têm maior risco de desenvolver o Câncer de Mama?

Verdade. Sim. As mulheres obesas apresentam maior risco de desenvolver câncer de mama. Principalmente aquelas que estão na pós-menopausa. Além de mulheres obesas apresentarem piores chances de cura quando comparadas as com peso adequado.

 

O câncer de mama só aparece como um "caroço" no seio?

Mito. Existem outras formas que esse mal pode se manifestar: como o nódulo, popularmente conhecido como caroço, como uma secreção papilar sanguinolenta ou transparente, ou até mesmo não apresentar sintoma algum (nas fases iniciais). Por isso a importância de se fazer um rastreamento adequado com mamografia anual após os 40 anos e o auto exame mensalmente. Agende sua consulta de rotina e faça sempre os exames preventivos.

 

O açúcar aumenta o risco de Câncer de Mama?

Verdade. As quantidades elevadas de açúcar na alimentação podem aumentar o risco de câncer de mama. A glicose é necessária para o nosso organismo, mas em excesso pode também aumentar o risco de outras doenças crônicas. Controle o consumo do açúcar e mantenha uma dieta balanceada, rica em alimentos naturais, os grãos integrais e muita água.

 

Desodorante pode causar Câncer de Mama?

Mito. Não há nenhuma evidência científica que comprove que desodorantes causem câncer de mama.

 

O consumo de álcool aumenta o risco de Câncer de Mama?

Verdade. Consumir bebidas alcoólicas em excesso pode aumentar significativamente o aparecimento do Câncer de mama, entre a pré e pós-menopausa em 5% e 9%, respectivamente.
Estudos foram comprovados que o álcool afeta o risco de Câncer de mama por meio da alteração dos níveis hormonais e das vias biológicas associadas, ou seja, por meio dos carcinógenos gerados durante o metabolismo do etanol.

 

Estresse pode contribuir para o desenvolvimento do Câncer de Mama?

Mito. Atualmente, não há evidências de que o estresse seja uma causa direta para surgimento do câncer, porém estudos apontam que este fator pode apresentar ligação com a doença, já que impacta o funcionamento adequado do sistema imunológico, responsável por combater as células cancerosas.


Algumas pessoas, sob situações de estresse, podem ter respostas comportamentais negativas para a saúde, como aumento no consumo de álcool e tabaco, piores hábitos alimentares, e falta de exercício e sono, todos associados a aumento do risco de câncer.


Certamente, diminuir as situações de estresse ou aprender a lidar com elas colabora muito com a nossa qualidade de vida, e deve ser um objetivo a ser seguido independente da questão do câncer.

 

Menstruar muito jovem e entrar na menopausa tarde aumentam o risco de ter Câncer de Mama?

Verdade. O risco pode aumentar, pois mulheres que menstruam por mais tempo ao longo da vida, ficam mais expostas aos hormônios progesterona e estrogênio. O estrogênio estimula as células da glândula mamária a se reproduzirem e esses hormônios em excesso, podem sim aumentar as chances de desenvolver câncer de mama. Portanto, quanto mais tempo de menstruações, maior é o risco.

 

Sutiã causa Câncer de Mama?

Mito! Até o momento não existe nenhum estudo científico que comprove esta relação. O câncer de mama na maioria dos casos, é provocado por mutações genéticas que ocorrem de maneira aleatória e esporádica (85% - 90% dos casos) ou herdadas (10%-15% dos casos). Primeira menstruação precoce, ausência de amamentação, primeira gravidez e menopausa tardias, alimentação inadequada, tabagismo, alcoolismo, obesidade, sedentarismo, são alguns fatores que aumentam as chances de desenvolvimento da doença.

Procure utilizar um sutiã de tamanho confortável que não comprima as mamas e os vasos linfáticos, obstruindo a circulação. Além disso, visite seu mastologista anualmente.

  

O gengibre é um aliado no tratamento do Câncer?

Verdade. O gengibre é sim um aliado no tratamento quimioterápico de pacientes com câncer, pois pode ajudar a controlar sintomas como náuseas. O ideal é que seja consumido in natura e não como suplemento ou cápsulas.

 

Ficar sempre perto de antenas, celulares e torres de energia aumentam o risco de desenvolver Câncer?

Mito. Não há nenhuma comprovação científica de que radiação de celulares, eletromagnéticas, micro-ondas e aviões possam causar tumores. Até o momento, os estudos feitos para determinar a relação desses tipos de radiação com o aparecimento de câncer não mostraram nenhuma evidência de que isso ocorra. Mas, o assunto permanece "em aberto” e mais pesquisas são necessárias para se chegar a uma conclusão. É importante ressaltar que a radioatividade em altas concentrações pode representar riscos para desenvolver um câncer.

 



 Dr. Fernando Pontes - CRM-SP 134871 - Mastologista e Cirurgião Oncoplástico de Mamas membro da Sociedade Brasileira de Mastologia.

 

Clínica Mantelli 

https://clinicamantelli.com.br/


Dia Mundial da Visão alerta sobre a importância da saúde ocular

Pandemia aumentou número de pessoas com a Síndrome do Olho Seco (SOS)


Em 8 de outubro, é celebrado o Dia Mundial da Visão. Globalmente, pelo menos 2,2 bilhões de pessoas têm uma deficiência visual ou cegueira, das quais pelo menos 1 bilhão tem uma deficiência visual que poderia ter sido evitada ou que ainda não foi tratada, segundo dados da Organização Mundial da Saúde.

Em tempos de pandemia, a data chama ainda mais a atenção para a importância da saúde ocular. Segundo o Prof. Dr. Renato Ambrósio Jr, médico oftalmologista, o número de pessoas com a Síndrome do Olho Seco aumentou e esse problema decorre de um comportamento acentuado com o isolamento social que é passar muitas horas do dia diante da tela do computador ou celular.

Esse hábito pode deixar o olho seco, irritado e cansado. "Isso acontece por, normalmente, piscarmos de 15 a 20 vezes por minuto. No entanto, diante de um monitor ou do celular, as piscadas são menos frequentes e diminuindo assim a lubrificação natural", comenta Ambrósio.

Outro fator que pode agravar a Síndrome do Olho Seco é a chegada de uma nova estação. A primavera traz irregularidade climática e baixa umidade, o que interfere diretamente no ressecamento da lágrima.

Para Ambrósio, a recomendação é que todo paciente seja avaliado por um profissional para a melhor orientação, porém para amenizar a irritação e secura dos olhos, é possível fazer uso de lágrima artificial. "A lubrificação dá um benefício do ponto de vista de qualidade de visão e também de vida", diz.

Além disso, é preciso estar atento para não coçar os olhos pois a fricção frequente pode estimular danos na córnea. Outro alerta importante que ganhou destaque durante a pandemia da Covid-19 foi a conscientização de não levar as mãos ao rosto, em especial olhos, nariz e boca, para evitar contaminações.


Quarentena faz aumentar queixa de dores na coluna

Pesquisa mostra que 50% das pessoas que tinham dor crônica na coluna pioraram durante o isolamento social e o trabalho em home office

 

O corpo começa a sentir as consequências da nova rotina para dar conta do home office, das aulas online, de tarefas na casa e cuidar dos filhos. O ambiente de trabalho dentro de casa sem uma estrutura adequada, a casa para limpar e a falta de exercício físico são as principais reclamações de quem passou a conviver com dores na coluna durante o isolamento social por causa do novo coronavírus.

Uma pesquisa da Fiocruz revelou que 50% das pessoas que tinham dor crônica na coluna pioraram durante o isolamento social e o trabalho em home office. Os motivos vão da falta de atividade física, uso excessivo do computador e às mudanças nas tarefas domésticas.

Entre os problemas que podem surgir estão a dor no nervo ciático. Mas sabe por que um nervo é capaz de provocar tanta dor? 

Segundo Rafael Barreto, médico ortopedista especialista em coluna, o ciático é o nervo mais longo do corpo humano e é responsável pelos movimentos dos músculos das pernas. Ele inicia na coluna lombar e se estende até o dedão do pé. "Algumas das causas possíveis da dor no ciático são a presença de uma hérnia de disco,

de estenose do canal (estreitamento) e espondilolistese, que é um distúrbio da coluna em que um osso (vértebra) desliza para frente sobre o osso abaixo dele", explica. 

Entre os sintomas estão: pontadas, queimação ou dormência na parte inferior da coluna, pinçadas na parte de trás da coxa, sensação de formigamento e perda de sensibilidade, dor que se intensifica gradualmente ao se movimentar. 

Barreto explica que a prevenção para a dor ciática é a mesma para todas as doenças da coluna. Isso exige mudanças no estilo de vida como controle de peso, atividade física regular, exercícios que estabilizam e fortalecem a região lombar e abandono do tabagismo.

Os tratamentos podem ser desde repouso, uso de analgésicos, fisioterapia e, em alguns casos, técnicas de intervenção em dor com bloqueios ou cirurgias minimamente invasivas como a endoscopia de coluna.

"É muito importante manter o corpo ativo, fazer intervalos e alongamentos ao longo da rotina de trabalho, cuidar da postura ao sentar no sofá ou ficar longos períodos em frente ao computador, televisão ou vídeo game e usando o celular", orienta o médico.

Uma alternativa para manter-se saudável durante o isolamento social proposto como estratégia de controle do novo coronavírus é desenvolver uma rotina de exercícios em casa. Além do aspecto emocional, o isolamento e a falta de atividade podem prejudicar o corpo e trazer prejuízos metabólicos mesmo nos mais saudáveis.


Meditar melhora sintomas físicos e mentais do tratamento de câncer de mama

Médica, que venceu a doença, explica como a técnica pode ser benéfica para as pacientes que enfrentam o diagnóstico e terapia


Os seios são símbolos importantes da feminilidade e da maternidade. Por isso, o diagnóstico de câncer de mama pode ser avassalador para a mulher, que passa a temer pela vida e também pelos efeitos do tratamento, como perda da autoestima, da sensibilidade e até da descaracterização de seu corpo.

"A gente sente como se fosse perder o seio e a identidade, busca respostas, se sente culpada por achar que fez algo errado para merecer a doença e tem de enfrentar a ideia da própria mortalidade muito de perto. É bastante difícil. A paciente desenvolve astenia, fadiga, náuseas, vômitos, insônia, tristeza, ansiedade, vergonha, isolamento social, crise existencial e espiritual", conta a Dra. Renata Isa Santoro, cardiologista pediátrica que venceu um câncer de mama diagnosticado em 2016, no auge da sua carreira.

O tratamento inclui quimioterapia com efeitos colaterais intensos, como dores no corpo, náusea, vômito, dores abdominais, falta de apetite, fadiga e queda de cabelo. Há estresse físico e emocional. "Após o diagnóstico e durante todo o tratamento, a ansiedade, os distúrbios do humor, a depressão e a dor necessitam de atenção. Todos esses sentimentos são gerados a partir do medo: de morrer, de não aguentar o tratamento, de ficar feia, de não se adequar mais à sociedade, do abandono, raiva, isolamento, de não ter mais a sua vida de volta", destaca.

As terapias integrativas surgem como coadjuvantes do tratamento quimioterápico para dar mais qualidade de vida, aceitação, autoconhecimento e autoestima à paciente com câncer de mama. Meditação, ioga e uso de produtos naturais estão entre as recomendações.

"A ASCO (American Society of Clinical Oncology) endossa a diretriz da SIO (Sociedade de Oncologia Integrativa) sobre o uso de terapias integrativas durante e após o tratamento de câncer de mama. A meditação, por exemplo, é indicada para uso rotineiro contra ansiedade, mudanças de humor e outros sintomas", diz Dra. Renata .

No relatório de especialistas da ASCO, as principais recomendações nas diretrizes da SIO incluem o seguinte¹:

- Redução da ansiedade e estresse: meditação, gerenciamento do estresse e ioga.

- Depressão e transtornos do humor: meditação, relaxamento, ioga, musicoterapia.

- Melhorar qualidade de vida: meditação e ioga.

- Redução de náuseas e vômitos: acupressão e acupuntura.

A médica lembra ainda que um estudo² divulgado no fim do ano passado avaliou os efeitos da meditação no estresse psicológico de pacientes com câncer de mama e notou que o estresse psicológico leva a um agravamento da doença, além de gerar outros problemas emocionais.

"No trabalho, foram constatados vários benefícios da meditação nessas pacientes, como melhora da dor, da insônia, do bem-estar emocional, do medo da recorrência, da angústia, da atenção, da satisfação com a vida, da espiritualidade, da aceitação da doença e adesão ao tratamento e no desenvolvimento de mecanismos naturais para enfrentar a doença com menos trauma e sofrimento", cita Dra. Renata, que usou a técnica durante seu tratamento.

 



Dra. Renata Isa Santoro • Médica pela faculdade de ciências médicas de Santos - UNILUS • Especialista em Pediatria pela AMB/SBP • Especialista na área de atuação em Cardiologia Pediátrica pela AMB/SBP/SBC • Especialista em Ecocardiografia fetal e pediátrica pela UNICAMP • Mestrado em Ciências pela UNICAMP • Atuou como Cardiologista Pediátrica, Ecocardiografista e na formação da residência médica em cardiologia pediátrica na UNICAMP de 2007 a 2018

 


¹ Lyman GH, et al: Integrative therapies during and after breast câncer treatment: ASCO endorsement of the SIO clinical practice guidelne. J Clin Oncol. June 11, 2018.

² Araujo RV et al: Meditation effect on psychological stress level in womwn with breast câncer: a systematica review Journal of school of nursing - USP dec 2019.


Calor e mosquitos, como proteger as crianças?

Pediatra orienta como prevenir picadas e doenças transmitidas por insetos


A chegada da primavera trouxe de volta o calor e, com ele, nuvens de pernilongos que têm atormentado os moradores de grandes cidades, como a capital paulista. Médico pediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria, o Dr. Paulo Telles conta que passou a receber diversas mensagens dos pais, preocupados com a proteção das crianças.

"É muito importante lembrar que esses insetos podem ser vetores de doenças sérias, como dengue, malária e febre amarela. Sem contar que podem causar reações alérgicas incômodas, como coceiras, feridas e bolhas que infectam, uma vez que a turminha coça bastante", destaca.

A prevenção ainda é a melhor forma de evitar as picadinhas e há diversas formas:

- Proteção mecânica: janelas fechadas, telas nas janelas, mosquiteiro no berço. "Uso de ventiladores e ar-condicionado pode ajudar bastante também", diz Dr. Paulo.

- Caça aos mosquitos: uso de raquetes elétricas ou panos antes de colocar o bebê no berço ou a criança na cama.

- Inseticida: é uma substância química ou orgânica, derivada de plantas, capaz de matar insetos. As características ideais de um repelente são repelir muitas espécies simultaneamente, ser eficaz por pelo menos oito horas, ser atóxico, ter pouco cheiro, ser resistente à abrasão e à água, cosmeticamente agradável e economicamente viável. Infelizmente, nem sempre estes requisitos podem ser cumpridos. "Os repelentes de insetos vêm em muitas formas, incluindo aerossóis, sprays, líquidos, cremes e bastões", enumera o pediatra.

- Repelentes: podem ser feitos com produtos químicos ou ingredientes naturais. "É importante alertar que pulseira embebida em inseticida; e ingestão de alho ou vitamina B1 oral não são medidas eficazes para repelir insetos, nem o uso de dispositivos ultrassônicos que emitem ondas sonoras", conta Dr. Paulo. Os melhores repelentes são à base de DEET ou de Icaridina.

"A Academia Americana de Pediatria recomenda que os repelentes não contenham mais do que 30% de DEET quando usados em crianças. E Icaridina em concentrações de 20%", ensina.

Confira algumas dicas para usar repelentes com segurança:

· Leia o rótulo e siga todas as instruções e precauções.

· Aplique repelentes de insetos apenas na parte externa das roupas do seu filho e na pele exposta.

· Pulverize inseticidas em áreas abertas para evitar respirá-los.

· Use repelente apenas o suficiente para cobrir as roupas e a pele exposta do seu filho. Usar mais não torna o repelente mais eficaz. Evite reaplicar, a menos que seja necessário.

· Ajude a aplicar repelente de insetos em crianças pequenas. Supervisione crianças mais velhas ao usar esses produtos.

· Lave a pele de seus filhos com água e sabão para remover qualquer repelente quando eles voltarem para dentro de casa e lave suas roupas antes de usá-las novamente.

NUNCA!

- Nunca aplique repelente de insetos em crianças menores de 2 meses.

- Nunca borrife repelente ou inseticida diretamente no rosto. Em vez disso, borrife um pouco nas mãos e, depois, passe no rosto da criança, evitando os olhos e a boca.

- Não borrife repelente de insetos próximo da boca, feridas ou pele irritada.

- Não use produtos que combinem DEET com protetor solar. O DEET pode tornar o fator de proteção solar (FPS) menos eficaz. Esses produtos podem expor demais o seu filho ao DEET porque o protetor solar precisa ser reaplicado com frequência.




Dr. Paulo Nardy Telles - CRM 109556 @paulotelles • Formado pela Faculdade de medicina do ABC • Residência médica em pediatra e neonatologia pela Faculdade de medicina da USP • Preceptoria em Neonatologia pelo hospital Universitário da USP • Título de Especialista em Pediatria pela SBP • Título de Especialista em Neonatologia pela SBP• Atuou como Pediatra e Neonatologista no hospital israelita Albert Einstein 2008-2012 • 18 anos atuando em sua clínica particular de pediatria, puericultura.


Doenças vasculares aumentam em até 30% nos dias quentes

Dados da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular, seção Rio de Janeiro (SBACV-RJ), indicam que as altas temperaturas, comuns da época do verão, aumentam entre 20% e 30% o risco de doenças vasculares, ou venosas, nos membros inferiores. De acordo com os números, normalmente elas são associadas a varizes. Dr. Caio Focássio, cirurgião vascular de SP, conta porque isso acontece.

"O motivo de as altas temperaturas piorarem as doenças venosas no verão é porque o calor provoca vasodilatação, ou seja, a dilatação dos vasos sanguíneos, com uma sobrecarga nas veias dos membros inferiores. Por isso, pessoas com doença vascular prévia tendem a piorar no verão, enquanto as demais podem sentir edemas, dores nas pernas, cansaço, peso, caimbra, ressecamento da pele e coceira - que são intensificadas pelo calor", fala.

Isso porque, nos dias quentes, o calor gera um fenômeno chamado vasodilatação, que retarda o retorno da circulação do sangue dos membros inferiores para o coração. Essa é uma das causas de inchaço nas pernas e pés, típicos dessa época. Os inchaços podem não ter nenhum problema associado, mas também podem representar doenças como varizes, trombose ou edema linfático. Por isso, é importante consultar um especialista se o inchaço for além do normal.

Dr Caio conta que o calor aumenta também a espessura do sangue, subindo a pressão e a frequência cardíaca. A chance de ter a doença é ainda maior para quem já tem colesterol alto, é diabético, hipertenso ou obeso.

Para evitar esses problemas, a recomendação mais importante que o médico deixa é com relação a hidratação: o consumo deve ser entre dois e três litros de líquidos por dia, com preferência para a água. "Além disso é recomendado evitar a exposição direta ao sol por longos períodos, fazer refeições leves, que exigem menos esforço do organismo durante a digestão, e evitar o abuso de sal, que absorve muito líquido e pode colaborar para o inchaço de membros inferiores e superiores", alerta o vascular.

A desidratação no verão pode ter efeitos graves para o paciente que tem doença cardiovascular ou vascular periférica, relacionados à perda do nível de consciência, desmaios e queda de pressão arterial. "É importante cuidar bem da saúde durante todo o ano, controlar a hipertensão arterial, diabetes e sedentarismo que são fatores que podem desencadear sérios problemas", finaliza Dr. Caio que ensina 3 exercícios físicos que melhoram a circulação e o retorno venoso e podem ser feitos dentro de casa:


Alongamento: é considerado um forte aliado da ativação circulatória. Uma dica é apostar em movimentos para esticar as pernas, afinal alongar e esticar aliviam dores e cansaços.


Simulação de andar de bicicleta: deitado no chão ou em um colchonete, assegure-se de colocar as costas contra o chão e as mãos atrás da nuca. Levante as pernas e simule o pedalar durante 1 minuto, descanse e retome.


Flexões dos pés: sentado em uma cadeira com os calcanhares apoiados no chão. Levante as pontas dos dedos e as mantenha elevadas por alguns segundos. Depois, abaixe e levante os calcanhares de forma alternada. Complete 20 repetições com cada pé.

 



FONTE: Dr. Caio Focássio - Cirurgião vascular formado pela Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo e Membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular. Pós graduado em Cirurgia Endovascular pelo Hospiten - Tenrife (Espanha). Médico assistente da Cirurgia Vascular da Santa Casa de São Paulo.

http://www.drcaio.com.br

Instagram: @drcaiofocassiovascular

Doenças do Home Office

 

10 de Outubro Dia Mundial da Saúde Mental

Depressão,  transtornos de ansiedade e bournout  tem aumentando no home office e acomete mais as mulheres


Depois de mais de 6 meses do início da quarenta vivemos o reflexo do isolamento social, provocado pela crise epidemiologia, econômica e social profunda sem precedentes – e dificilmente alguém sairá ileso dos impactos. Resultado: aumento de diagnósticos de depressão, estresse, esgotamento mental, pânico, transtornos de ansiedade. Além das dores na coluna, tendinites, agravamento de problemas circulatórios (varizes), obesidade e o próprio sedentarismo pode vir agravar a saúde como um todo.

A Dra. Edwiges Parra, psicóloga, instrutora de Mindfulness MBCT-D, especialista em Recursos Humanos, nos últimos meses vivenciou o aumento por ajuda no seu consultório, com queixas de medo, ansiedade, depressão e  muitas dores físicas, excesso de telas causadas pela pressão do trabalho e isso leva a um espiral de exaustão mental  e  o isolamento e/ou distanciamento acabam sendo agentes de gatilhos emocionais.

De acordo com os trabalhos desenvolvidos pela Dra. Parra em empresas, o público feminino vem apresentado aumentados níveis de estresse, na tentativa de equilibrar a vida pessoal (afazeres domésticos, cuidados com os filhos e relação conjugal) e vida profissional. Os líderes relatam sobrecarga de trabalho, maior esforço e mais tempo dedicado a realizar as tarefas da empresa. E a geração Z (nascidos após 1997) demonstra mais tédio, desânimo e insegurança com o futuro, o que é representado pelo impacto financeiro e ameaça ao desemprego.

“O medo pode se tornar um problema quando é excessivo, frequente ou quando surge em situações nas quais a maior parte das pessoas não o manifestaria. Nessas situações, ele pode se tornar exagerado ou irracional e, até patológico (desequilibrado), transformando-se em um transtorno de ansiedade ou uma ansiedade aguda, explica Parra.

Segundo a psicóloga os agentes estressores como desemprego, mudanças bruscas de condições financeiras, medo, excesso de telas, e jornadas extensivas de trabalho estão mexendo com o bem-estar mental acarretando:

Síndrome de Burnout - Causado pelo excesso de trabalho. Trata-se do estado físico, emocional e mental de exaustão extrema, que resulta do acúmulo excessivo em situações de trabalho emocionalmente exigentes e principalmente estressantes, que demandam muita competitividade ou responsabilidade.


Transtorno de ansiedade - pode surgir como uma angústia e desencadear para crise de pânico ou depressão e interferem na vida da pessoa a ponto de paralisar a realização de tarefas e interações e relacionamentos. Provocam sintomas como sudorese, medo, aumento da frequência cardíaca e tremores.


O que as pessoas podem fazer para manter a boa saúde mental no home office:

Estratégias funcionais e adaptativas:

  • Exercícios de Relaxamento
  • Distração temporária durantes as crises
  • Exercício Físico
  • Conectar emoções e valores maiores
  • Substituir uma emoção por outra agradável ou apropriada.
  • Consciência plena (Mindfulness)
  • Aceitação
  • Atividades prazerosas
  • Momentos íntimos compartilhados
  • Alimentar-se de bons nutrientes

Adotar uma psicologia do estilo de vida que considere a respiração, consciência, movimento e a transcendência (senso de valor e propósito de vida) como norteadores integrados para uma  vida com melhor longevidade, produtividade e bem-estar.


O que as empresas podem fazer para ajudar seus colaboradores:

É recomendável que empresas adotem medidas preventivas e de apoio para o próximo ciclo que vamos enfrentar, (a quarta onda), que exigirá adaptabilidade para a retomada aos postos de trabalho.


Medidas básicas que podem ser adotadas:

  • Pesquisa Interna de monitoramento do nível de estresse
  • Webinars ministrados por profissionais da saúde debatendo temas de saúde mental para todos os funcionários (esta é uma boa forma de psicoeducação)
  • Webinars voltados especificamente para líderes para discutir temas específicos de gestão e explicitar a importância do autocuidado.
  • Rodas de conversas internas (com a devida segurança)
  • Programas de meditação Mindfulness
  • Incentivo a terapia online (para prevenção e apoio)
  • Protocolos de intervenção nos casos em que houver um prejuízo ao bem-estar mental do colaborador.

 


Fonte: Dra. Edwiges Parra Psicóloga Organizacional, Terapeuta Cognitiva-Comportamental, Instrutora de Mindfulness MBCT-D e Colunista Você RH


Pesquisa aponta que 87% das pessoas foram impactadas por campanhas do Setembro Amarelo

 AÇÕES DA CAMPANHA SETEMBRO AMARELO NO BRASIL IMPACTARAM 87% DAS PESSOAS, APONTA PESQUISA DA TOLUNA

Freepik




Maior parte dos entrevistados pela Toluna viu anúncios em sites e em redes sociais; apenas 30% lembram de ações realizadas por empresas

As campanhas realizadas por entidades e por empresas em relação ao Setembro Amarelo, mês de conscientização para prevenção do suicídio, impactaram 87% das pessoas, indica pesquisa feita pela Toluna com 850 respondentes. 

A forma de comunicação mais efetiva, segundo a pesquisa, foram anúncios em sites na internet: 45% dos entrevistados disseram ter sido impactados nessa mídia. Logo na sequência aparecem as campanhas em redes sociais (43%), os posts de amigos ou conhecidos nessas redes (39%) e anúncios em rádio ou TV (37%).

O Setembro Amarelo é uma campanha de conscientização para a prevenção do suicídio, criada em 2015 no Brasil pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), Conselho Federal de Medicina (CFM) e Centro de Valorização da Vida (CVV), com a proposta de associar a cor amarela ao mês que marca o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. 

Quando perguntados se viram alguma ação promovida por empresas relacionada à campanha, apenas 30% dos pesquisados respondeu afirmativamente; 51% respondeu que não viram, 19% não souberam dizer. As marcas mais citadas foram (em ordem alfabética):  Bradesco, Globo, Itaú, Natura, O Boticário, Spotify, Uber e Unilever.

 PESQUISA MOSTROU QUE 79% ACHAM IMPORTANTE FALAR ABERTAMENTE SOBRE PREVENÇÃO DO SUICÍDIO COM JOVENS NA ESCOLA
Foto: Pixabay

Questionados se conhecem ações voltadas ao Setembro Amarelo feitas pelo governo ou por ONGs, 62% disse conhecer, mas não ter participado. Já 23% disse conhecer e ter participado ativamente das ações, e 15% disse não saber. 

Com relação ao CVV, que atua desde 1962 oferecendo serviço voluntário de apoio emocional em todo o país, 44% dos entrevistados afirmou conhecer e saber sobre o trabalho desempenhado pela entidade; já 43% disse já ter ouvido falar do Centro, mas não conhece seu trabalho; e 12% não conhece a organização. Entre os que conhecem seu trabalho do CVV, 80% considera suas ações satisfatórias. 

A preocupação com o estado mental de outras pessoas foi identificada como predominante entre os participantes da pesquisa. 62% afirmou que costuma ajudar ou já ajudou quem esteja enfrentando esse problema, independente da relação; 34% também disse ajudar, mas especialmente se for da família ou alguma relação muito próxima. Apenas 3% disse não se importar. 

A pesquisa da Toluna também questionou sobre a importância do governo em ações de prevenção ao suicídio. 93% respondeu que os cuidados com a saúde devem ser prioridade; 5% disse que são fundamentais, desde que não gerem custos elevados; 1% afirmou não saber e 1% disse que não, pois o governo tem outras prioridades. 

A escola foi indicada pelos entrevistados como local ideal para abordar temas relacionados à prevenção do suicídio. Questionados sobre a necessidade de falar abertamente sobre o assunto nas escolas, 79% dos respondentes afirmou que sim, é importante falar abertamente sobre suicídio com os jovens; 15% disse ser favorável ao debate com os jovens, mas com cautela e somente com estudantes de ensino médio; 2% respondeu não saber e 2% disse ser contra, com receio de que isso possa incentivar os jovens. Já 1% disse que esse assunto não deve ser debatido nas escolas, mas sim em casa pelos pais. 

A pesquisa ainda questionou os 850 entrevistados sobre a ocorrência de pensamentos suicidas, e se haviam buscado ajuda profissional. 60% respondeu nunca ter pensado em suicídio. Entre os que responderam que sim, 15% disse não ter pedido ajuda, 11% disse ter pedido ajuda a familiares e profissionais, 8% afirmou ter contado só com o auxílio de pessoas próximas e 4% buscou direto ajuda profissional. 

A pesquisa da Toluna foi realizada entre os dias 20 e 22 de setembro de 2020, com 850 pessoas das classes A, B e C, segundo critério de classificação de classes utilizado pela Abep – Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa, onde pessoas da classe C2 tem renda média domiciliar de R$ 4.500 por mês. Estudo feito com pessoas acima de 18 anos, de todas as regiões brasileiras, com 3 pontos percentuais de margem de erro e 95% de margem de confiança.

Recentemente a Toluna passou por um processo de rebranding e tornou-se a marca principal e holding do grupo que conta também com a Harris Interactive e KuRunData. As três empresas têm um histórico de fornecer insights sob demanda para muitas das principais empresas, agências e organizações do mundo, empregando 1.500 pessoas em 24 escritórios em seis continentes. Com 20 anos de inovação, a Toluna reforça sua visão contínua de democratizar a pesquisa de mercado.

 

Toluna

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Sintomas observados na pele ainda não confirmam infecção do Coronavírus, esclarece médica da Sociedade Brasileira de Dermatologia

Mesmo com registros de manifestações cutâneas específicas em pacientes diagnosticados com a Covid-19, a ciência ainda não garante sintomas na pele como marcadores para assegurar a contaminação

 

A pele também é um dos alvos da Covid-19, mas as manifestações cutâneas conhecidas até o momento - ocorridas em decorrência da infecção - não devem servir, ainda, para confirmar a contaminação. "Há alterações dermatológicas, mas nada extremamente específico, que sirva como marcador cutâneo e indique prontamente a presença da infecção", explicou a Dra. Caroline Motta Aguiar, médica dermatologista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (CRM: 175434/ RQE 84833).


De acordo com a profissional, embora alguns estudos já relacionem sintomas observados na pele à lista de impactos negativos à saúde provocados pelo Coronavírus, ainda há poucas publicações científicas confirmando, exatamente, quais seriam as manifestações. A pele, naturalmente, apresenta sinais de doenças internas, a exemplo das disfunções metabólicas, neoplasias, doenças nutricionais, reações adversas a medicamentos ou doenças infecciosas sistêmicas.

"A infecção por COVID-19 ainda é algo muito recente e, por isso, há poucas publicações relatando sintomas de pele associados. O que tem sido observado é que, como outras doenças virais, esta afecção pode sim acometer a pele e manifestar lesões cutâneas variadas", acrescentou a Especialista.

Em um artigo recentemente publicado no Journal of the American Academy of Dermatology (JAAD), foi registrado o caso de um paciente com Coronavírus que apresentou erupção purpúrico-petequial, pequenos pontos de hematoma na pele, com baixa contagem de plaquetas no sangue. No texto, os autores orientam os médicos a ficarem atentos ao surgimento de manchas avermelhadas em todo o corpo dos pacientes ou em uma determinada região - Rash Cutâneo. Segundo os cientistas, este sinal pode constituir um alerta para a Covid-19.

Outro documento, publicado em março deste ano, na seção "Carta ao Editor" do Journal of the European Academy of Dermatology, chamou a atenção para ocorrências em um grupo de pacientes também infectados pelo Coronavírus, internados em um hospital da Itália. Alguns apresentaram o Rash, outros um quadro de urticária "disseminada", espalhada pela pele, e em uma pessoa foram percebidas vesículas similares à varicela (catapora). Os médicos identificaram o tronco como a área do corpo mais acometida pelas lesões. Foram relatadas coceiras leves ou até ausentes, que desapareceram em poucos dias.

"Outras manifestações que têm sido relatadas são: queda de cabelo, aftas orais, vermelhidão em mãos e pés, prurido, que está associado a escoriações inflamadas e degradação cutânea, durante e/ou após o período de infecção, porque o vírus pode apresentar tropismo neutral por fibras nervosas da epiderme, prurigo estrídulo em crianças, que são lesões parecidas com aquelas feitas por picadas de insetos, e alguma outras. São manifestações de diversas formas e tipos e já se sabe de casos em que o único sintoma da doença os cutâneos", completou a Médica.

 


Dra. Caroline Motta Aguiar
CRM: 175434/ RQE 84833


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