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quarta-feira, 15 de janeiro de 2025

Vacinação contra HPV e exames regulares são a principal forma de prevenção do câncer do colo do útero

Especialista do IBCC Oncologia explica os principais sintomas e tratamentos desse tipo de câncer

 

O câncer do colo do útero é uma condição que atinge muitas mulheres. Estima-se que 17 mil casos  serão diagnosticados entre 2023 e 2025, de acordo com o Ministério da Saúde. O diagnóstico precoce desta neoplasia é muito importante para o tratamento, pois se descoberto na fase inicial pode ser curado.

Esse tipo de câncer instala-se na parte inferior do útero e, em quase todos os casos, é originado por uma infecção persistente por tipos específicos do Papilomavírus Humano (HPV).

"A condição pode inicialmente se desenvolver sem apresentar sintomas evidentes. No entanto, à medida que a doença progride, alguns sinais podem surgir, como sangramento vaginal anormal, sangramento durante a relação íntima, dor pélvica e corrimento vaginal incomum com odor desagradável", explica Thais Almeida, oncologista no IBCC Oncologia, hospital especializado no tratamento de câncer.

A prevenção é uma estratégia fundamental quando se trata de câncer do colo do útero. O principal método de prevenção é a vacinação contra o HPV, recomendada e disponível no SUS para meninas e meninos dos 9 aos 14 anos de idade com esquema de dose única. A vacina protege contra cepas (tipos) de alto risco do HPV que podem causar o desenvolvimento do tumor. 

Almeida ainda ressalta que o HPV é um vírus com diversas variações, logo, a vacinação previne os tipos mais frequentes do vírus, porém não todos, sendo, outra importante forma de prevenção o uso  de preservativo masculino ou feminino nas relações íntimas. 

“A realização regular do exame de Papanicolau, cuja frequência depende da idade e do histórico médico, também pode ajudar na identificação de mulheres com alto risco para lesões pré-cancerosas ou cancerosas, possibilitando a realização de medidas de redução de risco ou até mesmo diagnóstico precoce, quando há maiores chances de cura”, reforça a especialista. 

As diretrizes brasileiras estão em fase de atualização devido a incorporação dos testes moleculares para detecção do HPV de alto risco ao SUS em 2024 como forma de rastreamento do câncer do colo do útero, segundo o Ministério da Saúde. 


Formas de se diagnosticar

Além do Papanicolau,  outro exame que é importante para o diagnóstico é a colposcopia que  é um exame ginecológico visual que utiliza um colposcópio para ampliar a imagem do colo do útero, ajudando na visualização de áreas anormais, além de permitir a realização de biópsias. 

“Caso a biópsia se mostre necessária durante a colposcopia (retirada de um pequeno fragmento de tecido do colo do útero para que seja analisado em laboratório), poderá ser confirmado  o diagnóstico de lesão pré cancerígena ou câncer e determinado o tipo de tumor”, comenta a especialista.


Tratamentos

O tratamento  pode variar conforme o estágio da doença.  As possibilidades podem incluir a remoção apenas do colo do útero nas lesões pré malignas até cirurgias  para remover o tumor, com variações que vão de procedimentos menos a mais invasivos. Além disso, a radioterapia utiliza radiação para destruir as células cancerosas, enquanto a quimioterapia faz uso de medicamentos para combater o câncer.

“Também há a terapia alvo, que se baseia em medicamentos que atuam especificamente em alvos moleculares nas células cancerosas. Informação, autocuidado e adesão às medidas preventivas são essenciais para evitar o câncer do colo do útero”, explica Thais Almeida. O especialista ainda reforça que é essencial procurar um profissional de saúde em caso de sintomas, pois a detecção precoce aumenta significativamente as chances de cura.

 

IBCC Oncologia
https://ibcc.org.br/


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