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quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

A ameaça invisível dos produtos químicos eternos na saúde

Em um ano é possível ingerir mais de 70 mil partículas de microplástico, composto que pode demorar 5 anos para se decompor

 

Estima-se que mais de 12 milhões de toneladas de plásticos sejam despejadas nos oceanos anualmente, transformando-se em partículas menores que 5 milímetros, conhecidas como “microplásticos”. Esse material já foi encontrado em alimentos, água e até no ar, evidenciando a gravidade do problema e despertando atenção global pelos riscos que representam à saúde humana e ao meio ambiente. 

A positiv.a, líder ecológica de produtos de limpeza e autocuidado do Brasil, tem se destacado no combate a esse vilão quase invisível. Com uma produção consciente e sustentável, a marca que tem um portfólio 40% zero plástico, adotou o material 100% reciclado pós-consumo para os demais, transformando mais de 77,7 toneladas desse plástico em novas embalagens.

Para Marcella Zambardino, cofundadora e Diretora de Impacto da positiv.a, esse é um comprometimento que todas as empresas devem assumir. "É nossa responsabilidade, como consumidores e empresas, repensar o uso do plástico e buscar alternativas mais seguras. Pequenas mudanças no dia a dia podem fazer uma enorme diferença para o planeta e diretamente para nossa saúde", afirma. 

Estudos indicam que um ser humano pode ingerir até 70 mil partículas de microplásticos por ano e, entre elas, estão os Per- and Polyfluoroalkyl Substances (PFAS), conhecidos como “produtos químicos eternos”. Esses compostos podem levar de 2,7 a 5,3 anos para serem eliminados pelo corpo humano e estão associados a sérios riscos à saúde, como problemas de desenvolvimento, comprometimento do sistema imunológico, redução da eficácia de vacinas, danos ao fígado e rins, além de um alto potencial cancerígeno. 

“Ainda que sejam microscópicos, os PFAS estão por toda parte, impactando nossa saúde de formas ainda pouco compreendidas. Estudos recentes já identificaram a presença desses compostos no sangue humano, é impossível ignorar dados tão alarmantes e prejudiciais”, alerta Marcella. 

O impacto ambiental também é significativo e pode ser irreversível. Estima-se que 14 milhões de toneladas de microplásticos estejam presentes nos oceanos, afetando diretamente a fauna marinha e, consequentemente, a cadeia alimentar humana. Essa contaminação não apenas compromete os ecossistemas, mas também representa uma ameaça direta à saúde humana, já que os microplásticos acabam retornando ao nosso prato por meio da ingestão de peixes e frutos do mar. 

“Para combater os PFAS e outros microplásticos, a redução do consumo de plástico é essencial. Sempre que possível opte por produtos embalados em papel ou alumínio. Precisamos incentivar práticas de consumo mais conscientes e promover alternativas que minimizem a contaminação”, conclui Marcella Zambardino, Diretora de Impacto da positiv.a.


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