O Grupo Brasileiro
de Tumores Ginecológicos (EVA) abre o ano de 2025 com o radar de monitoramento
que visa um futuro livre da doença por meio da maior adesão à vacinação contra
o HPV e ao teste HPV-DNA, além da oferta de tratamento adequado a partir da
identificação de lesões pré-câncerreprodução_video_MovimentoNacionalPelaVacinação
O Janeiro Verde acontece em todo o território
nacional, com palestras, campanhas educativas e distribuição de material
informativo, em hospitais, postos de saúde e nas redes sociais. De acordo com o
Instituto Nacional de Câncer (INCA), o Brasil deverá registrar aproximadamente
17 mil novos casos de câncer do colo do útero em 2025, sendo o segundo tumor
maligno mais comum na mulher (atrás apenas do câncer de mama) e o câncer
ginecológico mais comum no país.
A oncologista clínica Andréa Gadêlha Guimarães,
presidente do Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA), ressalta que a
eliminação do câncer do colo do útero é uma meta possível. “O câncer do colo do
útero é um dos tipos de câncer mais preveníveis, graças à vacinação contra o
HPV e estratégias efetivas como o Papanicolau e o teste molecular para detecção
para detecção do vírus HPV”, ressalta.
7 ANOS DO MOVIMENTO “BRASIL
SEM CÂNCER DE COLO DO ÚTERO” - Criado em 2018,
o movimento "Brasil Sem Câncer de Colo do Útero" conta com o apoio de
mais de 20 sociedades médicas e visa reverter a desinformação que ainda
prevalece sobre o câncer de colo do útero e promover mudanças fundamentais nas
políticas públicas de saúde. Entre suas responsabilidades para 2025 está o
monitoramento da efetividade da volta da vacinação contra o HPV nas escolas e
do acesso ao teste de DNA para detecção do HPV.
A expectativa do Grupo EVA é que, ao aplicar a
vacina nas escolas, será possível atingir uma grande parte da população de
forma eficiente e inclusiva, cujo objetivo é criar uma geração de jovens
protegidos contra o câncer do colo do útero. Em relação ao teste de HPV-DNA,
além de ser uma tecnologia eficaz para detecção e diagnóstico precoce, traz a
vantagem do aumento do intervalo de realização do exame. Enquanto o rastreio
por meio do exame Papanicolau deve ser realizado a cada três anos e, em caso de
detecção de alguma lesão, de forma anual, a nova testagem é recomendada a cada
cinco anos. O Ministério da Saúde acredita que, com essa mudança, haverá melhor
adesão e facilitará o acesso ao exame.
Na prática, a testagem molecular para detecção do
vírus HPV é uma estratégia de rastreio mais sensível. Ela identifica mais
pacientes em risco, detectando não a lesão pré-maligna, mas sim ela age antes
disso, identificando se a pessoa apresenta infecção por algum HPV de alto
risco. Portanto, o exame permite a descoberta antes que se tenha alguma lesão
pré maligna. Além disso, a coleta do HPV-DNA é mais fácil, permitindo à mulher
a autocoleta.
Por meio do monitoramento, o Grupo EVA vislumbra
ver o Brasil avançar rumo ao cumprimento das três metas principais para a
eliminação global do câncer do colo do útero, que são ter 90% das meninas de 9
a 14 anos vacinadas contra o HPV; 70% das mulheres de 35 a 45 anos com teste de
HPV-DNA realizado e 90% das mulheres com lesões iniciais devidamente tratadas.
Sobre o Grupo Brasileiro de
Tumores Ginecológicos (EVA) – O EVA é uma
associação sem fins lucrativos, atualmente presidida pela ginecologista
oncológica Andréa Gadêlha Guimarães, gestão de 2025-2026, composta em sua
maioria por médicos, com missão de combate ao câncer ginecológico, com foco na
educação, pesquisa e prevenção, promovendo apoio e acolhimento às pacientes e
aos familiares.
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