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quinta-feira, 17 de setembro de 2020

Transtorno Opositivo Desafiador - Quando a Birra se Torna Um Transtorno Neuropsiquiátrico

Especialista afirma: O tratamento deste Transtorno é interdisciplinar e depende de três bases: Medicação, Psicoterapia comportamental e Suporte Escolar.

 


Sentir raiva, perder um pouco o controle, irritar-se vez ou outra ainda que “por motivos não muito sérios”, faz parte de todos nós humanos, sejamos adultos ou crianças.

Sim, crianças também podem ter seus momentos de raiva, indignação e irritação e isso começa muito, muito cedo, quando ainda se é um bebê. São as chamadas “birras infantis”.

O problema, no entanto, começa quando estas birras começam a tornar-se graves e contínuas. É aí que devemos nos preocupar, pois a criança pode estar desenvolvendo o Transtorno Opositivo desafiador- TOD e precisará ser tratada.

Quem vai nos explicar tudo sobre este assunto é a Neurologista infantil e da adolescência, Dra. Gladys Arnez, especialista em Transtornos comportamentais na infância e adolescência e também em tratamento do autismo. Ela está a frente da Neurocenterkids, na região do ABC, em São Paulo.

O Transtorno Opositivo Desafiador é um Transtorno Neuro Psiquiátrico, que está dentro de um grupo de Transtornos Comportamentais Destrutivos da infância, sendo mais comum na pré-adolescência e na adolescência, porém, pode surgir antes destas fases.

O TOD é uma condição responsável por comportamentos que são completamente restritivos em ambientes sociais. As crianças e os adolescentes incluídos neste quadro, costumam manifestar momentos de raiva, insubordinação, teimosia constante, hostilidade, sentimento de vingança e uma grande dificuldade em obedecer a regras quando solicitadas.


“É fundamental saber diferenciar o TOD da Birra , diz a Dra. Gladys Arnez, que explica: “A Birra”, é um comportamento imaturo e transitório da criança, na procura de expressar o que ela está sentindo ou conseguir o que ela quer, sendo mais comum em crianças com idades  entre 10 meses e 2 anos e normalmente estes episódios, passam antes dos 4 anos, principalmente quando os pais dão menos importância.

De acordo com a Dra. Gladys Arnez, o que difere o Transtorno Opositivo Desafiador da “birra” é que o TOD caracteriza a criança como sendo sempre muito irritável, opositora e que o tempo todo, com ou sem motivo, faz de tudo pra irritar os outros.  “-É uma criança que não reconhece regras. Ela é sempre do contra, está sempre testando limites, não se importa com o sentimento dos outros, está sempre contra a família, amigos e não assume a responsabilidade dos seus erros, além de não ter medo de punição, fazendo com que tenha maior probabilidade de se envolver com drogas ou apresentar comportamentos ilícitos mais tarde.”- diz a especialista.

Devido a este tipo de comportamento estas crianças acabam sofrendo bullying por diversas vezes e/ ou perdendo oportunidades de eventos de escola, passeios e até amizades. Infelizmente até mesmo entre os pais e irmãos, eles são mal falados, tratados diferentes e vistos como “ovelhas negras”

Estudos mostram que em 50% dos casos, a associação com o TDAH é frequente e deve ser observada e investigada, além de deficiência intelectual, transtorno Bipolar e muitos outros quadros, os quais pode-se fazer o diagnóstico diferencial.

 

As Causas:

Quanto ao TOD, não se tem uma causa definida, mas acredita-se que a base dos relacionamentos familiares parece ser um fator importante para o desenvolvimento do distúrbio: violência doméstica, abuso sexual, abuso físico, negligência, abuso de álcool e drogas pelos pais, bem como conflitos familiares, podem desencadear o Transtorno na criança.

Para fechar um diagnóstico correto é necessário ter no mínimo 6 meses de causa e apresentar pelo menos 4 dos sintomas principais que são: Irritabilidade; Comportamento desafiador; Agressividade; Impulsividade; Dificuldades de relacionamento com colegas; Comportamento vingativo; Raiva e Ansiedade.


O tratamento deste Transtorno é interdisciplinar e depende de três bases: Medicação, Psicoterapia comportamental e Suporte Escolar.

A medicação ajuda na maioria dos pacientes e melhora a auto regulação de humor frente às frustrações; a Psicoterapia tende centrar em alterações comportamentais na família com medidas de manejo educacional (conversar com a criança, dar bons exemplos, ter paciência ao falar, explicar o motivo das ordens dadas, etc.); e, em relação ao Suporte escolar, deve-se oferecer reforço, apoio e abertura para um bom diálogo, pois esta abertura melhora o engajamento do aluno opositor às regras escolares.

 

Se o seu filho tem TOD, aí vão umas dicas:


-Tenha cuidado ao discutir algo da relação de casal perto da criança (caso more c/ o cônjuge)               

– Nunca use de agressividade e Violência;
– Fortaleça a autoestima da criança, fazendo-a sempre se superar em boas ações;
– Em absolutamente todas as situações utilize a boa conversa;
– Trabalho em equipe com Práticas de esportes e atividades em equipe geram disciplina, assim como, cooperação e dinamismo;
– Repreender sempre, porém, com calma e sabedoria;
– E tenha Paciência!

 

Dra. Gladys Arnez - médica Pediatra e Neurologista Infantil e da Adolescência, especialista em Transtornos Escolares e Comportamentais, mestranda em Neurociências com ênfase no Tratamento do autismo e está à frente da Clínica Neurocenterkids, em São Paulo.

www.clinicaneurocenterkids.com.br

Instagram: @clinica_neurocenterkids

 

BRANCA(O) DE LUTO E OS SETE SINTOMAS: DICAS PARA SUPERAR MOMENTOS DE PERDA

Não existe uma só pessoa na face da Terra que não conheça a prodigiosa fábula “A Branca de Neve e os Sete Anões”. Aquela em que a alabastrina protagonista cantarola, logo no início da trama, à beira de um poço artesiano: “Um dia eu serei feliz. Sonhando assim.” A moça pálida, entretanto, ao buscar ventura, só não sabia que precisaria passar por uma labiríntica jornada.

E que fatídica peregrinação seria essa? Assim como acontece na trama, o indivíduo que almeja encontrar o seu príncipe ou princesa encantada(o), necessita passar pelo caminho que o psicanalista suíço Carl Jung denominou de “individuação”. Isto é: atrever-se rumo à sombria floresta interna, perder-se e, só assim, poder acoplar as suas partes rumo ao happy ending.

Na visão do fundador da psicologia analítica, individuar-se é tornar-se um ser unificado e indivisível em que cada pedacinho do psiquismo é reconhecido, aceito e assimilado pelo centro de si mesmo (Self). E como este processo se dá na prática? A primeira etapa, para Jung, parte da vontade de abrir mão da fase “sou o dono do mundo” rumo ao processo de luto reparador.

Sabe aquela cena em que Branca está no meio do bosque e, de tamanho terror, cai aos prantos no chão ao dar de cara com múltiplos seres abomináveis? Pois bem, pode-se dizer que os fantasmas, simbolicamente, representam os seus fragmentos mentais dissociados e o choro epifânico o big moment da personagem na narrativa, que cai no abismo da não existência.

Os episódios que vêm em seguida são conhecidos. Lembra-se da cantoria ”Eu vou, eu vou, para casa agora eu vou. Parara-tim-bum, parara-tim-bum!”? De maneira metafórica, ela personifica aquela pequena voz, lá no fundo do inconsciente, que premedita a chegada dos “sete sintomas” pelo qual a pessoa enlutada passará até que o ciclo integrativo se complete.

E quais seriam eles? “Zangado”, o mais rabugento dentre os homenzinhos da trama, alude à raiva que ronda aquele que caiu em enegrecimento. Rejeitar a realidade, inconformando-se com ela, é a maneira envenenada pela qual a bruxa que habita o aparelho psíquico se utiliza para se evadir do desprazer proporcionado pela perda da onipotência de pensamento.

E o que dizer do “Soneca”? Muitas vezes, querer dormir em um lindo “Esquife de Cristal” até que o cavalo branco chegue é o mecanismo de defesa ideal para não sentir tudo aquilo que se foi. Em outras palavras, sonolência em excesso ou estar continuamente em estado de letargia, apesar de ser um sintoma comum, devem ser tolerados e sentidos como parte do processo.

Mãos ao rosto e “Atchim!”. A melancolia e o baixo estado de espírito podem reverberar diretamente no sistema imunológico do desolado. Logo, não é estapafúrdio que resfriados, gripes, dores pelo corpo e demais somatizações deixem os dias menos belos. A dica é: cuide-se. Quanto mais afeto você tiver em relação aos seus sintomas, mais rápido eles irão embora.

Sentindo-se “Dengoso”? A perda do objeto amado possui outra importante consequência: na seara emocional, ainda restam fragmentos do “era uma vez” de outros tempos. Aqueles que, mesmo morando em um palácio, eram engolidos com ódio enquanto lavava os excrementos da Rainha Má. São eles que o(a) perseguem, gerando estados de desamparo e insegurança.

“Feliz” por que comeu a deliciosa torta de maçã? No pesar, o estado exagerado de felicidade nada mais é do que uma estratégia de fuga psíquica. Intitulada mania, quando o sujeito se dá conta, já está dançando e cozinhando para outros pequenos seres diminutos que conhecera outro dia no bosque perto de casa. Isso sem falar da pitoresca habilidade de falar com animais.

Dando muitas ordens por aí? Talvez seja aquela parte de você que, nesta etapa, se comporta como o “Mestre”. Diante do abismo e do caos provocados pela perda, querer controlar o mundo à sua volta é uma forma refratária de compensação: “Controlo o lado de fora para que, ilusoriamente, eu tenha a sensação de que estou conseguindo controlar o lado de dentro”.

Por fim, se você chegou ao aspecto “Dunga” do luto, parabenize-se. Isto significa que, por mais estranha seja a sua mágoa, já é capaz de conviver e se divertir com a sombra daquilo que um dia padeceu. Pegue o seu espelho de mão, admire-se e, só então, profetize a frase: “Espelho, espelho meu. Existe alguém mais inteiro do que eu?”. Verá como tudo terá valido a pena.

 



Renan Cola - psicanalista da É Freud, Viu?


5 práticas simples de autocuidado para a saúde mental

Não é só o corpo que necessita de cuidados, é necessário dar atenção para o bem-estar físico e emocional também

 

Falar sobre autocuidado está muito em alta no momento, principalmente agora durante o período de isolamento social, em que as pessoas estão ficando mais em casa. Viver sob pressão ou até mesmo situações de estresse e preocupações fazem parte da rotina de muitos brasileiros, e está errado quem pensa que autocuidado é apenas beber dois litros de água por dia, passar protetor solar sempre que sair de casa ou praticar exercícios físicos alguns dias da semana.  O autocuidado vai muito além do bem-estar físico, para estar bem consigo mesmo é extremamente importante estar de bem com seu lado emocional também. 

De acordo com o Coordenador do Curso de Psicologia, do Centro Universitário Unimetrocamp, Professor José Anizio Marim, “existem certos cuidados para que nosso lado emocional não adoeça, entre eles, separamos algumas práticas simples, que são fundamentais para melhorar nosso bem estar mental”.


Priorizar: Saber escolher as tarefas mais importantes, deixando algumas para depois. O que é importante para você pode não ser prioridade para os outros.


Escolha: Só você pode decidir o que é importante para suprir as suas necessidades! Evite depender da opinião dos outros para sua felicidade.


Expressão: Saiba conhecer suas emoções e expressá-las de forma real. Evite pensar na reação das pessoas para se manifestar. 


Desacelerar: Com todas as obrigações no dia, é comum que algumas delas sejam feitas muitas vezes no “automático”. Tenha prazer em cada realização. Se errar, comece novamente.


Permissão: Se permita falar “não” para as coisas que incomodam. Não precisa agradar a todos para ser feliz.

 


Centro Universitário UniMetrocamp 


AMANHÃ EU FAÇO - CONFIRA CINCO DICAS DE COMO DRIBLAR A PROCRASTINAÇÃO E TER UM DIA A DIA MAIS PRODUTIVO

Que atire a primeira pedra quem nunca disse a clássica frase "depois eu faço" diante de alguma tarefa pendente. Uma das principais inimigas de qualquer cronograma e produtividade, a procrastinação é mais comum do que se imagina, principalmente quando se trata de atividades que não proporcionem uma sensação de prazer imediato. Isso porque nosso cérebro adora receber estímulos que acionem o circuito mesocortilímbico - também conhecido como circuito cerebral do prazer -, região que produz maiores níveis de dopamina quando recebemos impulsos que nos satisfazem como assistir um filme, comer ou até mesmo rir com alguns memes na internet.


Apesar de ser um comportamento bastante comum, é importante estar de olho e perceber até que ponto a procrastinação tem sido recorrente e se tem atrapalhado o andamento e a qualidade do seu trabalho ou da sua rotina de estudos. A fim de dar uma força extra para não deixar para amanhã o que pode ser feito hoje, Milene Rosenthal, psicóloga e cofundadora da Telavita, clínica online de psicoterapia que conecta pacientes a profissionais da psicologia, separou algumas dicas de como evitar o problema e impulsionar sua produtividade. Confira!


Faça em doses homeopáticas: somos seres imediatistas e sempre em busca de prazeres imediatos, logo tarefas muito complexas ou longas acabam "cortando nosso barato". Por isso, é interessante, sempre que possível, transformá-las em mini atividades, para serem realizadas pouco a pouco. Desta forma, além de não precisar fazer "na marra" ou na correria para obedecer aos prazos, você ainda estimula o seu cérebro ao proporcionar a sensação de dever cumprido a cada passo dado;


Comece pelas urgências: nem sempre é possível desmembrar suas tarefas em pedacinhos. Por isso, tenha em mãos uma lista de pendências e elenque-as por ordem de prioridade. Assim, fica mais fácil de desenvolver o senso de urgência e tirar da frente aqueles "pepinos" inadiáveis;


O dia tem 24 horas - utilize isso a seu favor: no começo pode até parecer maçante, mas elaborar uma rotina bem organizada e separar momentos do dia para cada afazer é sempre o melhor o caminho. Veja, um dia tem exatos 1440 minutos, logo, ter isso em mente facilita na hora de separar instantes para trabalho, estudos, refeição e, até mesmo, a descompressão;


Nem sempre o ócio é seu inimigo: nem sempre ser uma pessoa muito ocupada é sinônimo de produtividade. Logo, ter alguns momentos ociosos e de procrastinação (com parcimônia e responsabilidade, claro) podem ser uma ferramenta poderosa no quesito criatividade! Como dito acima, com uma rotina bem organizada, é possível tirar uns instantes do seu dia para simplesmente "descarregar" o cérebro. A justificativa é bem simples: a felicidade nos estimula mentalmente, nos auxiliando, inconscientemente, a termos ideias e soluções mais criativas e fluidas;


Não se cobre demais:
seja por cansaço, estresse ou realmente algum bloqueio criativo no dia, por mais que seu cronograma esteja bem organizado, é inevitável que alguns dias simplesmente não saiam como planejado. E está tudo bem! Nestes momentos, respire fundo, respeite seu tempo, converse com seu gestor e/ou professor e, se for o caso, sinalize que o dia está sendo improdutivo. Desta forma, será possível reorganizar as demandas, respirar fundo e recomeçar no próximo dia mais centrado.


Especialista dá dicas de como ajudar durante o ensino remoto dos alunos de 03 a 05 anos

Por meio de ferramentas é possível assegurar a atenção dos pequenos e ajudar no processo de desenvolvimento durante o isolamento social

 

 

 

Em todo o país, alunos das redes pública e privada, da Educação Infantil ao Ensino Superior, estão tendo aulas e atividades remotas para seguir as recomendações de distanciamento social causada pela pandemia da Covid-19. Diante este cenário, o segmento de Educação Infantil e as demandas das escolas que possuem este segmento, tem demandado esforço dos docentes/gestores para encontrar alternativas às aulas presenciais.

 

Com a proposta de auxiliar os pais nesse período e apresentar um formato mais adequado para manter as disciplinas escolares dessas crianças, o Professor Douglas Lopes, Assessor Pedagógico do SAE Digital, apresenta algumas dicas e ferramentas que podem ser úteis para assegurar os alunos e ceder a assistência essencial durante as aulas, os exercícios e as atividades extracurriculares que os educadores recomendam.

 

Antes de qualquer coisa, é importante entender que isolamento social não é sinônimo de férias, as crianças necessitam ter a rotina e cumprir a carga horária apresentada pelas escolas. “Ter esse primeiro ponto em mente é ideal para evitar frustrações de pais e filhos, nada de sobrecarregar as crianças, é importante balancear as atividades com brincadeiras lúdicas e interativas, já que nessa faixa etária as escolas costumam apresentar tarefas educativas nestes formatos”, explica o Professor Douglas.

 

Outro ponto a se frisar é: casa não é escola. É importante explicar às crianças que nesse momento o aprendizado será de forma on-line, contando de forma educativa a atual situação ligada a pandemia. Exigir que a criança se comporte da mesma maneira que estaria na escola não é o ideal, isso pode causar irritabilidade aos pequenos e afetar a paciência dos pais. Não é necessário se cobrar tanto quanto ao ensino e resultados, pais não são professores, a proposta é apenas apoiar e ajudar durante esse processo. E a rotina de aprendizado é imprescindível para as crianças, é adequado que seja considerado o espaço e as possibilidades do ambiente domiciliar a partir dos direcionamentos feitos pelas escolas em seus programas.

 

Para deixar a criança mais a vontade é interessante preparar um ambiente adequado para o momento das aulas. “Não precisa mudar a decoração da casa, mas trazer um cantinho com colagens, atividades realizadas pelas crianças, até mesmo, porque esse momento é válido a partir das experiências, das interações e das brincadeiras sobre os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento determinados pelos direcionamentos das escolas, sobretudo, propiciar um ambiente pedagógico ainda que seja em casa estimula o aprendizado”, comenta o professor.

 

Além dessas, o profissional apresenta mais dicas essenciais que podem auxiliar nesse período, são elas:

 

Respeite a vontade da criança - é necessário levar em consideração a vontade das crianças, elas estão em um período de aprendizagem, tudo tem seu tempo mesmo que seja durante as brincadeiras educativas. Respeitar o tempo da criança e evitar comparações é um ponto conveniente para o desenvolvimento.

 

Mantenha contato com a escola -  essa dica é especialmente útil para tempos de ensino à distância. A primeira infância é uma faixa etária muito delicada para acompanhar aulas on-line e o ensino remoto pode não trazer os mesmos resultados.  Para além das atividades extras desenvolvidas em família, se a criança não estiver conseguindo acompanhar as aulas ou tarefas escolares, vale pedir ajuda da escola; 

 

Acompanhamento de um adulto  – estar junto da criança nesse momento é ideal para ajudar no processo de aprendizagem. A criança precisa ter alguém ao seu lado para tirar dúvidas e também para acompanhá-la nas atividades, mas também é importante dar liberdade para que os pequenos realizem as atividades sozinhos. O aluno protagonista é o que queremos.

 

 

Utilize de jogos e brincadeiras - durante esse processo durante o processo usar ferramentas lúdicas e criativas ajudam no aprendizagem e desenvolvimento das crianças. É adequado que essas ferramentas sejam monitoradas e acompanhadas por um adulto e essa ludicidade compõe inúmeras possibilidades, contação de histórias, construção de jogos e brinquedos com materiais recicláveis, construção de fantoches, experiências científicas, experiências culinárias, etc.

 

Como reforço, o SAE Digital tem disponibilizado vídeos interativos voltados para alunos da Educação Infantil em seu canal do  Youtube e também no seu ambiente virtual de aprendizagem - AVA. São três conteúdos por semana com desafios lúdicos e interativos que propõem a investigação da criança e do adulto que a acompanha a realizarem, juntos, determinadas ações, como a construção de brinquedos e experimentos científicos feitos com materiais facilmente encontrados em casa. 

 


O que professor e aluno têm a dizer sobre estudos na quarentena? Conheça dez dicas para manter o rendimento neste período

No Ensino Médio Técnico do Senac São Paulo, a tecnologia já estava presente na rotina de estudo; docentes e alunos contam como aproveitar ainda mais os conteúdos em casa


A pandemia exigiu adaptações. Escolas, professores e alunos precisaram reaprender como se relacionar para continuar com as aulas no primeiro semestre de 2020. Mesmo os estudantes do Ensino Médio Técnico do Senac São Paulo, que já usavam ferramentas como o Microsoft Teams e estavam habituados ao compartilhamento de arquivos e entrega digital de tarefas, sentiram a intensificação do uso, mas conseguiram se adequar e manter os bons resultados.

Sem dúvidas, quando o uso da tecnologia é algo que já faz parte da rotina, fica mais fácil encarar essa transformação na educação. Por isso, com base em suas experiências, professores e alunos do Senac São Paulo elaboraram dez dicas para ajudar quem vai seguir no modelo remoto nos próximos meses. Confira:


1. Durma bem e esteja pronto para as aulas: é importante estabelecer uma rotina com horário para dormir e acordar, respeitando a média de 8 horas de sono. "Uma noite bem dormida, segundo estudiosos do sono, acabam com a preguiça, o que é crucial para um bom aprendizado. Preguiça e bom desenvolvimento não combinam. Energia total!", comenta Regiane Teixeira Moreira, professora de Linguagens e Suas Tecnologias do Senac Campinas.


2. Compartilhe suas necessidades com a equipe pedagógica: Não deixe de manifestar suas necessidades para os coordenadores do curso. Fique atento às orientações da escola e tire todas as suas dúvidas para aproveitar suas aulas. "No começo, todos nós ficamos com dúvida se conseguiríamos acompanhar as aulas, mas o apoio da equipe da escola é fundamental para tirar as dúvidas, e isso tranquiliza e ajuda os alunos, o que facilita o conforto nessa nova rotina de estudos", comenta a aluna Nicoli Rodrigues, do Ensino Médio Técnico no Senac Pindamonhangaba.


3. Em dia com as tarefas: faça todas as tarefas atribuídas no prazo estipulado, pois tudo é pensado e preparado com muita dedicação para continuar ensinando de forma clara e dinâmica. "Temos o suporte dos professores e da equipe toda, que estão fazendo um trabalho incrível para manter o nível de aprendizado que teríamos se estivéssemos na aula presencial. Eles estão fazendo de tudo para ser a melhor experiência para os alunos, sempre dando a maior atenção possível, com ótimas explicações e aulas dinâmicas", afirma Bruno Telles, estudante do Ensino Médio Técnico em Informática do Senac Pindamonhangaba.


4. Tenha o seu espaço e o seu tempo: reserve os horários dos seus estudos e escolha um local da casa. "Selecione um espaço onde consiga montar sua estação de estudo e que possa ser posteriormente desmontada para retornar à função original, por exemplo, a mesa de jantar ou seu próprio quarto", indica Carolina Sampaio Machado, professora de Ciências da Natureza e suas Tecnologias do Senac Ribeirão Preto.


5. Alimente-se e hidrate-se bem: "fast food são deliciosos, mas nada saudáveis, equilibre sua alimentação para manter a energia em alta", recomenda a professora Regiane. Não se esqueça de beber água também.


6. Atenção, estudante está on-line: leia, pesquise, escreva e tente não desviar sua atenção, motive-se e aproveite cada segundo das aulas e dos momentos de estudo. "Comunique às outras pessoas que residem na mesma casa que naquele horário você estará estudando, para evitar interrupções ou distrações", lembra Carolina, do Senac Ribeirão Preto.


7. Permita-se relaxar: é muito importante também ter um momento de descontração para relaxar a cabeça e refletir sobre os conteúdos discutidos durante as aulas. "Pense em pequenas recompensas que poderiam criar para si mesmos, como: assim que terminar de estudar o que planejei, vou assistir um episódio da minha série favorita, para assim manter a motivação", complementa Carolina.


8. Seja colaborativo: que tal fazer anotações em sites que são salvos na nuvem? "Essas ferramentas dão a oportunidade de compartilhar suas anotações com outros alunos e professores, o que proporciona uma aprendizagem colaborativa", complementa Rodrigo Lopes Carbogim, professor de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas do Senac Pindamonhangaba. Afinal, sempre podemos aprender com diferentes pontos de vista e a sua dúvida pode ser a mesma de outra pessoa.


9. Utilize aplicativos e organize-se: aproveite o melhor que a tecnologia pode nos oferecer para facilitar a rotina de estudos, como aplicativos de organização, agenda e listas de tarefas. "Assim, você consegue sinalizar quais são as suas pendências e observa as principais datas de entregas de projetos. Quando o calendário está sincronizado com outros aplicativos, ajuda a notificar o aluno dos principais prazos, evitando a procrastinação", acrescenta Rodrigo.


10. Aproveite os seus próprios interesses: é possível também aliar o que você gosta aos estudos, tornando este momento ainda mais proveitoso. "O estudante precisa ter um foco de estudo a partir dos seus próprios interesses. Por isso, pode acessar conteúdos em vídeos ou podcasts que constroem conexões com as principais situações de aprendizagem do curso", finaliza o professor. Existem ainda outras plataformas digitais de apoio à prática pedagógica que contribuem para o desenvolvimento da criatividade e senso crítico, que são competências e habilidades essenciais para o século 21. Desta maneira, você não estará decorando, mas construindo o seu próprio repertório e, por isso, a aprendizagem será muito mais significativa.

 



Ensino Médio Técnico - Novas Turmas 2021

Matrículas abertas: http://www.sp.senac.br/ensinomedio

 

É preciso cuidar da mente para acabar com o estresse


Hipnose pode ajudar o cliente antes que o problema cause sintomas mais sérios

 

Todos passam por momentos críticos de estresse pelo menos uma vez na vida. Seja por conta do trabalho, problemas de família, dificuldade nos estudos, dificuldades financeiras ou complicações na vida amorosa. O estresse traz angústia, tristeza e raiva da mesma maneira.

“Essa irritabilidade, marca registrada do estresse, acontece por conta da grande demanda emocional para lidar com os problemas que estão ocorrendo na sua vida”, afirma Madalena Feliciano, hipnoterapeuta.

Apesar de ser conhecido pela maior parte da população, pouquíssimas pessoas entendem como ele se desenvolve. A pessoa estressada passa por três fases, conforme explica a especialista:

  1. Alerta: nesse primeiro contato,o estresse não causa danos ou maus resultados, na verdade, aumenta o nível de adrenalina e pode nos fazer passar a noite acordados, por exemplo, para resolver um problema.
  2. Resistência: essa faseé onde as complicações começam a aparecer. Sintomas como irritabilidade, azia, dor muscular, ansiedade e nervosismo são comuns, essa é a fase mais longa, porém é quando tentamos nos recuperar.
  3. Exaustão: os sintomas mais comprometedores ao corpo começam a aparecer, como insônia, extremo cansaço, deficiência sexual, tiques nervosos e hipertensão.

“Quando não conseguimos nos adaptar ou superar essas questões que nos sobrecarregam, o corpo entra em um lento caminho para o colapso. Por isso, é preciso tratar o estresse o quanto antes”, afirma Madalena.

A hipnose é uma das formas mais rápidas e eficazes de tratar o estresse justamente por não tratar somente sintomas, mas resolver a fonte deles, que é emocional.

Uma das principais vantagens é o fato de ser uma terapia livre de medicamentos, puramente baseada na cooperação entre o cliente e o hipnoterapeuta, e geralmente dura poucas sessões.

Através de conversas no estado de transe, o profissional conduz o cliente para lidar com o que lhe causa mais estresse, cortando o mal pela raiz.

 

 

Madalena Feliciano - Gestora de Carreira e Hipnoterapeuta

https://madalenafeliciano.com.br/

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madalena@ipcoaching.com.br

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Rua Engenheiro Ranulfo Pinheiro Lima, nº 118, Ipiranga/SP.

 

Psicóloga Amanda Fitas comenta como saber dosar o ciúme em todas as suas relações

A especialista em relacionamentos inter e intrapessoal explica a sua posição sobre esse sentimento.


Seja o ciúme em uma relação amorosa, seja no convívio entre amigos ou mesmo entre pais e filhos, esse sentimento costuma aparecer sempre em algum momento da vida. Muitas pessoas acreditam que esse sentimento de maneira moderada é benéfico para os relacionamentos, pois o outro se sente valorizado, mas será mesmo supervalorização ou apenas autoestima baixa de quem sente?

Segundo a psicóloga Amanda Fitas, o ciúme vem de sensações como inferioridade e insegurança. “Não tem como dizermos que esse sentimento é algo positivo para a nossa vida, já que gera um incômodo de uma das partes ou até mesmo de ambas”. Ele tem o poder de gerar inúmeras brigas em todos os tipos de relações, por achar que o outro está fazendo algo escondido. 

Por outro lado, as pessoas romantizaram o ciúme e quando o outro não sente em nenhuma situação vivida, acredita-se que é “falta de amor”. “Mas está longe disso, não é saudável! O ciúme vem como uma desconfiança de quem a outra pessoa é”, explica a psicóloga. Em situações que o sentimento é mais brando, que não atrapalha a vida da pessoa e nem daqueles a sua volta, ela pode ir canalizando isso sozinha.

Em casos de excessos, o ideal é buscar por ajuda de um psicólogo e ter esse acompanhamento para cuidar da mente e seus sentimentos. O terapeuta irá, juntamente com o paciente, racionalizar o ciúme e verificar o quanto este sentimento tem limitado a vida dele e afetado as pessoas a sua volta. O profissional também investigará todo o quadro, já que em alguns casos esse comportamento é gerado por outras patologias como o transtorno obsessivo compulsivo (TOC).

 

Muitas pessoas acabam se afastando dos amigos por conta do ciúme de outros. O que você acha disso?

As pessoas acabam achando que o amigo está andando mais com outra pessoa do que ele mesmo. Gerando uma sensação de propriedade, achando que o amigo deva seguir um script do que ela acha certo. E acaba esquecendo que as pessoas são livres, elas têm essas necessidades de trocas com outros, de afeto de terceiros. É importante que elas trabalhem isso em seus interiores para não sofrerem e nem fazer o outro sofrer também.

 

E quando o amigo (a) do casal, na verdade, está de olho na sua esposa (o)?

Quando está em um nível em que as duas pessoas se “olham”, isso é nítido para todos! Quando esse “olhar” é com segundas intenções acaba ficando explícito.

De certa forma, se a situação estiver clara, o ideal é conversar com o seu parceiro e entender se há algum interesse da parte dele, para juntos chegarem em um consenso da sua relação.

 




Amanda Fitas - psicóloga, escritora e palestrante com mais de 1,5 milhão de seguidores nas redes sociais. Autora de 4 livros de relacionamentos que já ultrapassam 40 mil cópias vendidas: “Amores Saudáveis”, “Textos Obrigatórios Para Você Se Relacionar Melhor”, “Aprenda a ser mais interessante” e “Viva um Amor Leve”. Ajuda as pessoas a encontrarem a leveza nas relações e o equilíbrio necessário para desenvolver o amor próprio, a autoestima e autoconfiança, em vários campos da vida. Suas mensagens são simples, diretas e atraentes para todos os públicos.

https://www.instagram.com/amandafitas/


BEM MELHOR COM SEDUÇÃO

Sob o título O Que As Mulheres Querem, a psicanalista Betty Milan escreveu em Veja, faz muito tempo: Há “uma verdade que não é datada sobre o desejo feminino: ele é tão indissociável da liberdade quanto o masculino”. Sustenta que só há entendimento entre os dois sexos “quando o fato de um ser livre é decisivo para o outro”. Neste caso, e só nele, existe a afinidade sentimental verdadeira”.

 

Acrescento: só há sentido em alguém permanecer com alguém se perdurar vontade. Nas coisas do querer, promessa não se sustenta por obrigação. Vale a atenção ao desejo, ao próprio e ao do par. Vivendo-se em liberdade, obediente apenas à atração, está-se fazendo opção de vida, não apenas cumprindo hábitos. Não creio, porém, que a maioria esteja de acordo com o pensamento de Betty e meu.

 

Milan conclui afirmando que a fala amorosa que deveria unir um casal é: “vá em frente, não tenha medo, faça o que você quiser”. Não acredito que se pratique isso por aí. Minhas observações pessoais e alguma leitura permitem-me dizer que poucas pessoas alcançam tal condição de independência existencial; a grande maioria dos casais continua com rigorosa e emocionada fiscalização recíproca.

 

Na verdade, parece-me que, além de limites muito explícitos – traçados por um em relação ao comportamento do outro – há desconfiança, declarada ou não, sempre muito presente. Talvez assim seja porque haja um sofrimento que habita a mente dos amantes, causado pela suspeita doentia que uma parte tem do que a outra poderia estar fazendo, ou até pensando: vai que do pensamento pula para o ato!

 

O “charme” do ciúme, a impaciente possessividade, a padecente insegurança. Será um equívoco, tenha lá o nome que se lhe dê. É problema. Então, que se o resolva dando conta de si, com remédio, com analista... Não é adequado lançar transtornos sobre a pessoa “amada”. Ela, por algum tempo, suportará o fardo, enganando-se que é sinal bem querença, mas logo dará um basta, se tiver estima própria.

 

Por homem ou por mulher (que, sim, também controla), o exercício de sistemas repressivos é desrespeitoso em si. O objeto do meu desejo não é meu, não é, – ou não deveria ser – subordinável a um sistema de controle. O ciúme foi glamourizado como a chama do amor, mas, na verdade, é a “queima” da relação. Esse amor arrevesado é a causa dos não poucos homicídios passionais no Brasil.

 

Sentimentos dolorosos, mesquinhos, exacerbados; não me parecem afetos prestáveis para alimentar uma boa relação. Ademais, não garantem resultado. Duvido que no mundo de hoje, em que as pessoas, mulheres ou homens, circulam pelas ruas, trabalham fora de casa, viajam, têm telefones, dirigem, usam senhas em computador, e o que mais a imaginação permita, possa haver controle eficiente.

 

Os casais ficam distantes horas em cada dia, e é em minutos que os piores pesadelos do vigilante ciumento podem virar realidade. Alguém saiu com alguém que não era o alguém controlador. “Ficou” com esse outro alguém. O padecente das perturbações do amor intranquilo vê todo o seu sôfrego zelo desvanecer-se. É assim mesmo, as coisas da paixão são fugidias, insubordináveis à inspeção.

 

A mim me parece que a única fórmula capaz de manter o laço amoroso se avia com sedução. Manter a atração, cativar a pessoa ao lado, mais ainda ser for a antiga companhia, é muito mais provável pelo feitiço das palavras amorosas, pelo encantamento dos gestos carinhosos do que por uma controladoria sentimental, rompida a qualquer custo por alguma fascinação que atice o gosto lá fora.




Léo Rosa de Andrade

Doutor em Direito pela UFSC.

Psicanalista e Jornalista.


Vencido o primeiro desafio da LGPD

A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) regulamenta o tratamento de dados de pessoas físicas nas suas mais variadas aplicações e ambientes. Essa legislação traz mudanças na forma como os dados são tratados atualmente, ou seja, estabelece regras para coleta, utilização, acesso, reprodução, transmissão, processamento, armazenamento, transferência e destruição dos dados pelas empresas públicas e privadas. No entanto, o trabalho de adequação não é tão simples quanto usualmente divulgado.

Sob o argumento de que muitas empresas não estavam preparadas e que a autoridade nacional de proteção de dados (ANPD) não havia sido criada, projetos de lei adiaram a entrada em vigor da LGPD, que, na versão original, seria em fevereiro de 2020. Após diversas discussões na Câmara e no Senado, a LGPD enfim entrará em vigor em setembro. O primeiro desafio foi vencido. A população já amadureceu o debate e não tolera mais que seus dados sejam coletados, processados e compartilhados sem o seu consentimento.

O segundo desafio reside exatamente na elaboração do projeto de adequação das empresas, que deve ser moldado à realidade e às necessidades específicas de cada uma. Em linhas gerais, o projeto de conformidade à LGPD compreende três fases principais: (I) mapeamento, (II) desenho de soluções e (III) implementação. A execução dessas etapas vai demandar comprometimento e trabalho árduo de profissionais de diversas áreas das empresas, incluindo também advogados (internos ou terceirizados) e profissionais da área de Tecnologia da Informação especializados em proteção de dados.

Em resumo, o desenvolvimento da parte jurídica do projeto requer a revisão minuciosa de todos os processos, documentos, contratos e políticas internas e comerciais, políticas de cookies, de privacidade, termos de uso do website e, é claro, investir pesado no treinamento dos colaboradores. Já, com relação a parte de Tecnologia da Informação envolve diversas providências relativas à observância ao ISO 27.001 e normas técnicas correlatas, tais como desenvolvimento de política de segurança de dados e adaptação de aplicações, ferramentas de controle de privacidade em sistemas e em dispositivos móveis, soluções para criptografar e para anonimizar o banco de dados, dentre outras medidas.

O terceiro desafio, e talvez o mais significativo, consiste no monitoramento do projeto de proteção de dados no cenário pós implementação. A manutenção da conformidade à LGPD deve ser contínua e permanente, com avaliações periódicas sobre o seu funcionamento e efetividade. Além disso, é de extrema importância a realização de treinamentos periódicos e a criação de procedimentos técnicos para a promoção de uma cultura organizacional que privilegie a proteção de dados como elemento intrínseco do trabalho realizado por todos os colaboradores, bem como do feixe de relações contratuais que compõem a empresa (fornecedores, distribuidores, colaboradores, clientes, etc.). Caso isso não seja feito, os prejuízos ao negócio podem ser significativos, tanto no âmbito financeiro, em razão das pesadas multas previstas na legislação (ainda que as punições comecem apenas em agosto de 2021), quanto no âmbito reputacional.

 



Luciana Sterzo - superintendente Jurídica da Tecnobank.

 

O que fazer ao cair em um golpe virtual?

A pandemia foi um prato cheio para crimes cibernéticos. Desde março, a quantidade de golpes virtuais cresceu exponencialmente. E ainda não há indícios de que essa situação seja revertida, afinal, oportunidades de tentar ludibriar o usuário não faltam. E-mail, SMS, WhatsApp ou mesmo o bom e velho telefone – os canais são variados, mas o resultado é sempre o mesmo: no mínimo, uma baita dor de cabeça.

Segundo dados publicados pela ESET, companhia de segurança da informação, os principais ataques no segundo semestre de 2020 envolveram ransomware e tentativas de phishing. E como eles funcionam? O primeiro se trata de um software malicioso que se instala no seu computador e exibe mensagens exigindo algum pagamento para que o sistema volte a funcionar. O segundo tenta se passar por um site oficial para capturar dados de usuários, como o número de cartão de crédito. De acordo com a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), os phishings aumentaram 70% no Brasil pós-Covid.

Ser vítima de qualquer tipo de golpe não deve ser visto como ingenuidade ou ignorância em relação ao uso das redes. Todos somos passíveis de cair nas armadilhas desses grupos, que vão se aperfeiçoando ao longo dos anos. Costumo dizer que se eles não estivessem sempre um passo à frente, tais crimes não ocorreriam. Uma vez que isso acontece, é preciso saber como agir para minimizar possíveis danos.

Comumente, a imprensa divulga a ocorrência de crimes cibernéticos contra a honra, como a exposição de conteúdo pessoal, alteração de páginas públicas (como a Wikipédia) com fins de difamação, calúnia e chantagem. Para tentar combater isso, o Marco Civil da Internet obrigou os provedores de internet a guardar os registros de acesso de todos os usuários por seis meses, para facilitar a identificação de eventuais crimes cometidos no ambiente online. Para isso, cabe à pessoa ofendida mover uma ação no âmbito privado, através de um advogado particular, por meio de uma denúncia de queixa-crime.

Como há variados tipos de golpes, vamos tentar abordar como agir frente aos principais e mais danosos, como compras online ou que envolvam a obtenção de senhas e dados pessoais. Esses estão na esfera do Direito penal público, e a ação pode ser condicionada ou incondicionada, dependendo do caso concreto. Quando for incondicionada o Ministério Público é o titular da ação, pois tem interesse em impedir que aquela conduta se propague e faça mais vítimas.

O primeiro passo é registrar a reclamação no próprio site de compras ou buscar informar a empresa o ocorrido. Para isso, recupere todos os registros e protocolos de compra. Muitas vezes, a empresa também é vítima da situação (por exemplo: o site acessado não era o oficial e a empresa não tinha conhecimento). Fazer a reclamação em sites de consumidores, como o Reclame Aqui, ou sites oficiais, como o Procon, pode ajudar a alertar outras pessoas.

Verifique seu extrato bancário e, caso haja alguma transação suspeita, comunique seu banco. As instituições financeiras estão preparadas para lidar com esse tipo de ocorrência e cancelar as compras.

Pode ser necessário fazer um Boletim de Ocorrência, pelo crime de estelionato, para ajudar a polícia a descobrir quem está por trás da fraude. Hoje, é possível até fazer esses registros pela internet. Para comprovar isso, é preciso provar que o criminoso obteve vantagem ao prejudicar uma pessoa por meio de um esquema fraudulento que a induziu ao erro. Se o crime tiver envolvido até 40 salários mínimos, é indicado abrir uma ação no Juizado Especial de Civil (JEC).

Por fim, é importante ressaltar medidas de prevenção contra golpes virtuais. Não abra links desconhecidos e desconfie de mensagens com assuntos apelativos. ou anúncios em redes sociais com preços muito abaixo do normal. Mantenha seu antivírus atualizado. Lembre-se: bancos não ligam perguntando senhas ou para confirmar transações na internet.  Informações pessoais não devem ser compartilhadas em sites e aplicativos desconhecidos. Além disso, mantenha seu antivírus atualizado e procure o cadeado de segurança ao lado da URL para verificar se a conexão é segura. Se mesmo assim, você acabar sendo vítima de um golpe, não hesite em procurar as autoridades competentes. Em muitos Estados federativos, existem delegacias especializadas em crimes cibernéticos. Caso o crime cometido seja contra a honra, é recomendado a consulta com um advogado especializado em crimes cibernéticos. Atuar preventivamente e com bastante atenção da internet certamente evitará muitos problemas.



 

Dane Avanzi - empresário, advogado e Diretor do Grupo Avanzi.

https://grupoavanzi.com/


Como fica o período de férias em caso de suspensão de trabalho na pandemia

Este ano vem sendo atípico e o resultado desse chamado ‘novo normal’ é que os impactos são sentidos nos mais variados pontos relacionados ao contrato de trabalho. Assim, uma dúvida que fica é como será as férias para quem teve redução ou suspensão da jornada de trabalho.

Em relação a esse ponto, é importante entender que o direito às férias é adquirido a partir da soma de doze meses de trabalho pelo empregado. Assim, no caso de redução de jornada, não se tem o que contestar, o período segue normalmente neste ano. O ponto que pode ser discutido é sobre a soma do período para aquisição das férias quando o contrato de trabalho esteve suspenso.

"Infelizmente não existe na legislação nenhuma fundamentação expressa que preveja o cômputo do período ao qual o contrato de trabalho esteve suspenso. Essa falta de fundamentação pode levar a empresa a pagar as férias sobre o período ao qual o contrato estava suspenso. Assim, se o contrato estava suspenso e as férias têm o cunho de descanso, o empregado não estava trabalhando e nem à disposição da empresa, não parece razoável a contagem desse tempo para fins de período aquisitivo de férias", explica o diretor executivo da Confirp Consultoria Contábil (www.confirp.com), Richard Domingos.

Contudo, ele explica que, como não há definições claras, alguns especialistas defendem a contagem desse período na contagem das férias e outros já se posicionam pela não contagem.

Há uma terceira linha que alguns especialistas defendem, que o período suspenso não deve ser considerado como período aquisitivo e reforçam que a empresa deve pagar as férias desse período de forma proporcional dentro do prazo estabelecido na legislação para evitar a dobra (a empresa pode incorrer na penalidade de pagar o dobro das férias quando paga em atraso).

Assim, se um empregado ficou suspenso 180 dias, logo teria que receber 15 dias de férias e não 30 e essas férias devem ser pagas e gozadas até o 11º mês de completado os 12 meses de contrato (sem a interrupção da suspensão).

"Infelizmente, em muitos casos, apenas o judiciário dirá quem está certo. Nosso direcionamento para nossos clientes é que, em relação a esse tema, a forma da empresa não ter nenhum questionamento sobre o assunto é computar o período suspenso como período aquisitivo, não alterando a programação de férias do trabalhador", explica Richard Domingos.

Como se pode observar é que o campo é bastante abrangente e o tema é bastante fértil. Muito embora muitos especialistas se posicionam de forma conservadora e a favor de que a empresa tenha que pagar toda a conta, muitos outros defendem o lado oposto. O ponto é que a insegurança jurídica e falta de clareza na legislação causam esse tipo de discussão, por falta de um posicionamento pontual por parte do poder executivo e legislativo, caberá ao judiciário a decisão final sobre a questão.


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