Um a
cada 23 homens e uma a cada 25 mulheres devem desenvolver a doença entre 2020 e
2022, o que representa 4,3% da população
Números obtidos a partir de uma pesquisa do Instituto Nacional de Câncer (INCA) identificou que cerca de 150 mil brasileiros serão diagnosticados com câncer colorretal entre 2020 e 2022. Cerca de 4,3% da população brasileira corre o risco de desenvolver a doença em algum estágio, o que o torna o segundo tipo mais frequente em ambos os sexos.
Ainda de acordo da pesquisa, o acometimento da doença em números é similar tanto em homens quanto em mulheres. Contrariando a crença popular de que a doença é mais comum em homens, os dados certificaram que, anualmente, cerca de 20.520 homens e 20.470 mulheres estão sujeitos a esse tipo de tumor. Isso significa que há a possibilidade de 1 em 23 homens e 1 em 25 mulheres desenvolverem o câncer.
O médico proctologista do Hospital Felício Rocho, Dr. Rodrigo Almeida explica que esses tumores atacam o intestino grosso que é subdividido em cólon e reto. “Uma característica importante desses tumores é que a maior parte origina de pequenas elevações na parede do cólon ou do reto. Essas anomalias crescem lentamente e às vezes levam anos para se tornarem tumores”, esclarece.
Esse tipo de câncer é um dos mais letais, conforme pesquisa do INCA. O diagnóstico tardio é uma das causas que o torna tão grave. Isso porque alguns homens sentem-se intimidados para realizar os exames periódicos e também para aceitar o tratamento. No caso das mulheres, há um descuido por conta da falsa crença de que a doença agride apenas o sexo oposto.
Apesar de letal, caso descoberto e tratado em tempo hábil, o câncer colorretal tem altas chances de cura. “Quanto mais precoce o tratamento, menor a agressividade e o tempo de tratamento, proporcionando melhor qualidade de vida ao paciente. A retirada dos pólipos e lesões torna o tratamento mais simples. Esse procedimento é cirúrgico, realizado a partir de uma colonoscopia ou por cirurgias com ressecções locais dos tumores”, confirma o médico do Hospital Felício Rocho.
Dr. Rodrigo Almeida ainda esclarece sobre os sintomas e aponta os fatores de risco. “O sangramento ao defecar é o sinal mais comum. Além disso, o corpo pode responder com uma anemia sem causa aparente, principalmente em pessoas com mais de 50 anos, além de diarreia, intestino preso, desconforto abdominal com gases ou cólicas, permanência da vontade de evacuar mesmo após a evacuação, emagrecimento intenso, fraqueza, fezes pastosas e escuras e a sensação de dor na região anal”.
“Estudos científicos apontam que a dieta é um dos fatores de risco mais aparentes. Pessoas que consomem carne vermelha, carnes processadas, como salsicha e mortadela; alimentos gordurosos e poucas verduras e legumes são propícias a desenvolver um tumor colorretal. Além disso, a falta de prática de exercícios, a obesidade, o tabagismo e o alcoolismo também são preocupantes”, explica.
Além destes hábitos, a proximidade dos 50 anos situa
qualquer indivíduo num campo de prevenção maior. “A partir dos 45 anos é
necessária a realização de exames preventivos. Também é bom manter uma dieta
rica em frutas, verduras e vegetais, evitar carnes vermelhas e embutidos,
praticar exercícios físicos, combater a obesidade, não fumar, não ingerir
bebidas alcoólicas em excesso. Fatores hereditários também merecem atenção”,
alerta o médico.
Tratamento
Quando descobertos em fases iniciais e tratados de imediato, os tumores colorretais são menos agressivos. Além de quimioterapia e radioterapia, os pólipos podem ser removidos através de procedimentos cirúrgicos pouco invasivos e que agridem menos o corpo do paciente.
Já nos tumores maiores do cólon a possibilidade de uma cirurgia convencional é maior. O que reforça a questão da prevenção. Enquanto isso, nos tumores do reto existe altas chances de tratamento a partir de radioterapia e quimioterapia antes da cirurgia.
No Hospital Felício Rocho, o tratamento para cânceres colorretalis tem uma atenção maior. A Instuição oferece aos pacientes um novo e moderno Centro Integrado de Atendimentos para tumores colorretais, o Onco-Procto.
Anterior ao Onco-Procto, o hospital realizou cerca de 200
cirurgias abdominais anualmente e mais de 600 procedimentos cirúrgicos para o
tratamento de tumores do cólon, reto e ânus, tratamento de doenças oficiais
como hemorroidas, fístulas e fissuras. Com o novo Centro, o objetivo é ampliar
ainda mais o campo de atendimento e oferecer ao paciente uma melhor qualidade
de vida a partir de alternativas mais eficazes e menos agressivas.