O mau uso do meio ambiente por parte das empresas é algo já não mais aceito diante do mercado. Além de poder transmitir uma péssima repercussão internacional, é comum as companhias perdem valor na falta de zelo com a natureza.
Por isso, preocupar-se com o meio ambiente é,
também, estar atento ao bom funcionamento do seu negócio. Confira a importância
do Direito Ambiental em cinco passos abaixo:
1) Mudança de prática: não se
pode mais explorar o meio ambiente e querer apenas lucrar. As espécies de fauna
e flora são muito valiosas. Dessa forma, temos um potencial enorme para ganhar
com a bioeconomia. As empresas verdes, por exemplo, utilizam da sustentabilidade
o seu valor como companhia. Elas se adequam ao tripé do desenvolvimento
econômico, meio ambiente e atendimento das necessidades humanas.
2) Convergência de necessidades: o
alinhamento de novas tecnologias em favor do desenvolvimento sustentável é uma
prática cada vez mais comum entre as empresas. A atitude é algo que vai
reverter no próprio nome e conceito da companhia.
3) Fique por dentro das leis: no
Brasil, há lei específicas relacionadas ao meio ambiente e sua preservação. Uma
das principais é a 9605/98, que trata sobre os crimes ambientes. A preocupação
com resíduos sólidos está prevista pela Lei 12305/10, dispositivo que explica e
delimita o gerenciamento adequado de tais materiais.
Relacionada à preservação ambiental, a lei
9985/20 trata do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza –
conhecida como lei do SNUC. Em 2012, a lei 12.651/12 revogou a Código Florestal
de 1965 e trata do Novo Código Florestal. Essa provocou muita polêmica,
principalmente em relação às áreas marginais dos cursos de água.
4) Invista em educação: mesmo com
tantos dispositivos, o principal problema do Brasil está relacionado à educação
ambiental. As pessoas deveriam aprender sobre o tema desde pequenas, em
ambiente escolar para formar a conscientização ambiental coletiva. Por isso,
trazer formação aos colaboradores faz com que as pessoas estejam engajadas,
diariamente, com a causa.
5) Nova área: apesar de
relativamente nova, com início na década de 1970 após a Conferência de
Estocolmo, a área do Direito Ambiental vem se destacando cada mais no meio
jurídico. Isso porque o ser humano está percebendo que também faz parte do meio
ambiente – sem a natureza a vida não prospera.
Dra. Cristiana Nepomuceno de Sousa Soares - graduada em Direito e Biologia pela Pontifícia
Universidade Católica de Minas Gerais, em Belo Horizonte. Pós-Graduada em
Gestão Pública pela Universidade Federal de Ouro Preto- MG. Especialista em
Direito Ambiental pela Universidade de Alicante/Espanha. Mestre em Direito
Ambiental pela Escola Superior Dom Helder Câmara. Foi assessora jurídica da
Administração Centro-Sul da Prefeitura de Belo Horizonte, assessora jurídica da
Secretaria de Minas e Energia- SEME do Estado de Minas Gerais, consultora
jurídica do Instituto Mineiro de Gestão das Águas- IGAM, assessora do TJMG,
professora de Direito Administrativo da Universidade de Itaúna/MG, membro da
UBAA- União Brasileira da Advocacia Ambiental. Atualmente é presidente da
Comissão de Direito de Energia da OAB/MG.
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