O
câncer de mama é tipo o mais comum entre as mulheres, depois do de pele
não melanoma. No Brasil, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer
(Inca), o câncer de mama responde por cerca de 25% dos novos casos
registrados anualmente da doença. Pesquisa divulgada pelo Inca para o biênio
2016-2017 aponta a ocorrência de 57.960 mil casos novos de câncer de
mama no país em 2016.
Apesar de os números serem grandiosos, segundo o médico Carlos Frederico Lima,
mastologista e cirurgião oncológico daFundação do Câncer, o câncer de
mama é um tumor curável, em até 98% dos casos, se detectado na fase inicial,
reduzindo significativamente a necessidade da mastectomia (retirada dos seios),
tão temida pelas mulheres.
Somente o exame de mamografia pode mudar a curva da doença. Uma das barreiras
para a detecção precoce do câncer de mama é o medo. Muitas mulheres têm receio
do exame e demoram a procurar orientação médica para realização da mamografia.
No Brasil, a recomendação do Ministério da Saúde é a realização da mamografia
de rastreamento (quando não há sinais nem sintomas) em mulheres
entre 50 e 69 anos, ou antes disso caso haja histórico
familiar de câncer de mama ou a indicação do profissional de saúde.
Pesquisas científicas mostram que o desenvolvimento de até 13 tipos tumores
está relacionado a comportamento. Com a adoção de medidas simples é possível
reduzir a incidência do câncer de mama. Confira algumas dicas importantes que
a Fundação do Câncerpreparou para a campanha mundial Outubro
Rosa:
· Procure um
profissional de saúde
O autoexame é uma maneira importante de a mulher
conhecer o próprio corpo e perceber possíveis alterações, mas, muitas vezes, o
tumor não consegue ser percebido apenas através do toque. Especialmente na fase
inicial - quando o nódulo tem tamanho muito reduzido e, consequentemente, a
chance de cura é maior - é imprescindível a realização da mamografia para
detecção da doença. Por isso, a premissa básica é: faça acompanhamento regular
com um especialista, que irá avaliar clinicamente a paciente e fazer as
prescrições de acordo com o seu perfil e necessidades.
· Pratique
atividade física
A prática de atividade física diminui em cerca de
1/3 os riscos de desenvolver câncer de mama. Pratique 30 minutos de exercício
aeróbico, pelo menos três vezes na semana, ou de acordo com as suas
necessidades. Procure um profissional da área para pedir orientação na escolha
da atividade física e acompanhamento para ter uma prática mais adequada.
· Controle a
alimentação
Uma dieta equilibrada evita o sobrepeso e melhora a
qualidade de vida. Alimentos industrializados, enlatados e
conservados contêm agentes cancerígenos na composição e devem ser
evitados. É o caso das carnes processadas, defumadas, curadas ou salgadas
(carne de sol, charque e peixes salgados) e embutidos, como salsicha,
linguiça, mortadela e salame. Dê prioridade aos vegetais e coma pelo
menos cinco porções ao dia de frutas, legumes e verduras. São alimentos ricos
em vitaminas essenciais, sais minerais e fibras, além de substâncias
antioxidantes que protegem contra a maioria dos tipos de câncer.
· Não fume
O cigarro contém cerca de 4.720 substâncias
tóxicas, que levam a uma série de doenças, entre elas, o câncer. O
tabagismo é considerado a principal causa de morte evitável pela Organização
Mundial da Saúde (OMS) – 4,9 milhões pessoas (mais de 10 mil por dia) morrem
todos os anos em decorrência do cigarro – e estima-se que 30% de todos os casos
de câncer são devido ao tabagismo. Por isso, não fume e proteja-se da fumaça do
cigarro. Deixar de fumar é uma das decisões mais importantes na vida de um
fumante e para quem convive com quem fuma. Sempre vale a pena!
· Não
consuma álcool
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o alcoolismo causa entre 2% e 4%
das mortes por câncer, sendo um dos fatores de risco para o desenvolvimento de
diversos tumores, incluindo o de mama, principalmente se o uso for combinado
com o tabaco. Além do câncer, o consumo de álcool está associado a mais de 200
tipos de doenças, entre cardiovasculares, mentais e hepáticas. Reduzir a
frequência do consumo pode diminuir as chances de desenvolver a doença, mas
a escolha mais saudável é não beber ou evitar ao máximo a ingestão de
bebidas alcóolicas.
Fundação do Câncer