Há riscos de partos prematuros, ruptura da bolsa e
até de morte súbita
Imagem retirada da internet
A diabetes gestacional é um distúrbio
caracterizado pelo aumento do nível de açúcar no sangue nas grávidas e que pode
levar a futuros problemas de saúde, tanto para a mãe, quanto para o bebê.
Um estudo realizado recentemente nos Estados
Unidos com mais de 21 mil gestantes revelou que o consumo excessivo de batatas,
antes da gravidez, pode ser um dos fatores que aumentam o risco das mulheres
desenvolverem a diabetes gestacional.
O ginecologista e obstetra Dr. Domingos Mantelli,
reforça que a diabetes gestacional geralmente ocorre em grávidas que têm
tendência de desenvolver a doença, isto é, mulheres que já eram diabéticas ou
que tiveram resistência periférica aumentada por conta da ação da insulina.
“Durante a gestação a placenta produz um hormônio chamado Lactogênico
Placentário, substância que faz com que aumente o risco de diabetes
gestacional”, revela o médico.
O diagnóstico é feito por meio de dosagem de
glicemia de jejum, além do teste oral de tolerância à glicose (TOTG), exame que
mede a curva glicêmica da paciente.
Além de aumentar o peso do bebê, a diabetes faz
com que uma quantidade maior de glicose fique no sangue da mãe e,
consequentemente, obriga o pâncreas do bebê a produzir mais insulina para poder
queimar essa glicose. Todavia, mesmo com o ganho de peso, os bebês ficam
extremamente frágeis após nascimento, já que costumam ter crises de
hipoglicemia pela alta produção de insulina.
Mantelli alerta que o fato da diabetes estar
descontrolada pode trazer várias consequências para a saúde da mãe e do
filho como, por exemplo, trabalho de parto prematuro, ruptura prematura de
bolsa, risco maior de morte súbita, peso excessivo ao nascer, além de diversas
alterações físicas prejudiciais.
Para o ginecologista, existem alguns cuidados e
tratamentos que devem ser feitos de acordo com o grau de diabetes, podendo
controlar por intermédio de dieta ou insulina. “Basicamente, o tratamento é
feito com mudanças nos hábitos alimentares, atividades físicas e aplicação de
insulina para regular a glicemia. Estes cuidados evitarão que o bebê sofra os
efeitos deletérios de uma carga glicêmica tão alta”, conclui.
Dr. Domingos Mantelli - ginecologista e obstetra, com formação em neurolinguística
e atuação na área de medicina psicossomática. É formado pela Faculdade de
Medicina da Universidade de Santo Amaro (UNISA) e possui residência médica na
área de ginecologia e obstetrícia pela mesma instituição. Também é autor do
livro “Gestação: mitos e verdades sob o olhar do obstetra”.