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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Sobre Palestras Motivacionais, Manchetes Sensacionalistas e a Crítica pela Crítica


“Ontem, uma das notícias que mais apareceu na minha timeline foi: ‘Prédio é evacuado no ABC após 50 funcionários pularem ao mesmo tempo em palestra motivacional’, vinculada no G1 e em vários outros portais de notícias.

Eu, como a maioria das pessoas que comentou a matéria, achei que 50 pessoas tinham se jogado do prédio por conta de algo que tinha sido ‘trabalhado’ na palestra. 

A notícia circulou em muitos dos meus grupos de WhatsApp (afinal, sou da área), virou motivo de chacota e altas críticas tanto em relação à palestra motivacional como ao título da matéria.
Fui dormir com esse monte de informação na cabeça e hoje acordei com essa reflexão que compartilho com vocês.


Sobre Palestras Motivacionais

Me considero uma pessoa de sucesso em diversos aspectos da minha vida e confesso que muitas das minhas grandes decisões foram tomadas depois de assistir alguma palestra motivacional. Sempre gostei de ouvir gente que chegou aonde eu queria chegar: contar seus segredos. Até os mais clichês sempre me despertavam alguma coisa.

Motivação vem de dentro, eu sei. Mas inspiração vem de fora.
Funcionou para mim. Me beneficiei muito das vezes que tive a oportunidade de ouvir pessoas inspiradoras, mas é claro que não funciona para todos.

Em relação ao fato amplamente divulgado ontem, muitos comentários eram ofensivos e diziam que ‘motivação é salário no bolso’, ‘a empresa devia gastar a grana da palestra distribuído para os funcionários’, ‘autoajuda é pura enganação’, mas qualquer pessoa que estude, no mínimo, Maslow sabe que são diversos os fatores motivacionais e que ‘auto-ajuda’ tem lá seus benefícios (eu particularmente desconheço ajuda mais efetiva do que aquela que decidimos oferecer a nós mesmos).

De qualquer forma, minha intenção aqui não é defender ou criticar, mas trazer um outro ponto de vista. Eu acredito que qualquer ação realizada por uma empresa com o intuito de promover reflexões, conscientização, capacitação e crescimento pessoal e profissional para o seu time é válida.

Em relação ao pulo coletivo, desconheço o contexto, mas provavelmente essa deve ter sido uma das técnicas utilizadas pelo palestrante para elevar a energia do grupo, mudar o padrão de fisiologia ou criar algum gatilho emocional para, a partir disso, aumentar o nível de retenção da mensagem. Tem fundo científico.


Sobre Manchetes Sensacionalistas

A matéria em si não me pareceu sensacionalista. O título sim, mas cumpriu seu propósito: o de fazer as pessoas lerem a matéria. Claro que muita gente não leu e espalhou a notícia de forma ainda mais sensacionalista, dedicando seu tempo a escrever sua opinião antes de mesmo de conhecer conteúdo da matéria. Parece um ciclo vicioso.

Gramaticalmente o título está perfeito. Talvez nosso lado sensacionalista é que tenha feito ele ficar ainda melhor.
A questão é: nos dias de hoje a tragédia ganha mais atenção e boa parte disso se deve ao nosso comportamento. 

Se o jornal faz isso e ganha audiência, o que ele vai fazer? Se esforçar para criar headlines poderosas, que sejam lidas, compartilhadas e até criticadas. A qualidade dos comentários é menos importante: o foco está no número de visualizações.

A gente criou esse monstro. Bora agora aprender a conviver com ele e selecionar melhor nossas fontes, afinal, em terra onde a informação é abundante, curadoria faz toda diferença.


Sobre a crítica pela crítica

Eu sempre me questiono sobre os tantos paradoxos que vivemos nos dias de hoje. 

As pessoas aplaudem atos de empatia e compaixão e continuam julgando muito antes de, ao menos, tentar compreender. 

As pessoas criticam a palestra, a matéria, as empresas, criticam tudo num nível de superficialidade surreal. Será que se dão ao trabalho de olhar um pouco mais a fundo antes de emitir sua opinião?

Nesse caso, por exemplo: o que os participantes da palestra acharam da atividade? O que empresa tem colhido de resultados positivos ao investir nesse tipo de evento? O quanto esse palestrante tem contribuído com as pessoas?

Acho legal emitir opinião sobre o que nos interessa (eu mesma adoro e estou fazendo isso nesse exato momento), mas, por vezes, a sua opinião fala mais sobre você do que sobre o outro. Por isso, vale avaliar se ao invés de apenas criticar, convidar as pessoas à reflexão não torna sua comunicação mais efetiva.


Em tempos onde tudo parece raso e desconexo, análises rasas e deturpadas tornam o julgamento ainda mais preconceituoso.

Do lado de cá, de algumas coisas eu tenho certeza: palestras motivacionais me tornaram alguém melhor, manchetes sensacionalistas cumprem seu papel e a crítica pela crítica não leva ninguém a lugar a nenhum”.





Carol Manciola - Consultora, Palestrante, CEO e Co-Fundadora da Posiciona Educação e Desenvolvimento. Autora do livro “Os Cês da Vida”. Importante leitura e reflexão.



Instituto Ayrton Senna e Fundação BB anunciam parceira com foco na alfabetização plena de 300 mil crianças


Acordo deverá beneficiar municípios de várias regiões. Além de promover a alfabetização plena, os projetos também buscam enfrentar importantes desafios nacionais, como dificuldades na gestão de políticas públicas de alfabetização pelas secretarias de ensino e alta taxa de distorção idade-série


O Instituto Ayrton Senna e a Fundação Banco do Brasil anunciam, nesta sexta-feira (22), uma parceria com foco na alfabetização plena de milhares de crianças brasileiras. Dessa forma, além de garantir que os alunos possam ler, escrever e contar adequadamente, os projetos também buscarão desenvolver competências como colaboração, curiosidade e autoconfiança, conhecidas como socioemocionais e com grande influência no sucesso escolar e futuro desses estudantes, garantindo-lhes o desenvolvimento integral. O acordo deverá beneficiar cidades em mais de dez estados, de quatro regiões brasileiras, por meio da formação de cerca de dois mil educadores que atuam nas redes públicas municipais e que poderão impactar quase 300 mil crianças.

Para cumprir o objetivo da alfabetização plena, o Instituto Ayrton Senna, com o apoio da Fundação Banco do Brasil, levará às secretarias de educação (listadas abaixo) diversos de seus projetos educacionais (também listados abaixo). Além de contribuir para o aumento da proficiência escolar por meio de metodologias próprias, os programas também buscarão reduzir outros dois importantes desafios nacionais: as dificuldades de gestão das políticas públicas de alfabetização pelas secretarias de ensino e a alta taxa de distorção idade-série (alunos com mais de dois anos de atraso escolar).

Segundo dados da Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA), 55% das crianças brasileiras ao final do terceiro ano do Ensino Fundamental, com oito anos de idade ou mais, não sabem ler ou contar adequadamente. A maior causa da manutenção dessa triste realidade encontra-se na ineficácia dos processos de alfabetização. “É preocupante ver que, em pleno século 21, ainda não conseguimos alfabetizar plenamente nossas crianças, algo que deveria ser básico. Este assunto é urgente”, afirma a presidente do Instituto Ayrton Senna, Viviane Senna. Segundo Viviane, a fragilidade de uma alfabetização plena acarreta efeitos nefastos ao longo dos anos, como reprovações, distorção idade-série e evasão, comprometendo não apenas a vida do estudante, mas também o entusiasmo para sua formação como cidadão autônomo e protagonista no mundo.

No último levantamento feito pelo Instituto Ayrton Senna, de 2017, 77% dos alunos participantes dos projetos educacionais da organização recuperaram a defasagem escolar; 79% dos estudantes não alfabetizados terminaram o ano adequadamente alfabetizados; enquanto que 80% das crianças com dificuldade de leitura e escrita finalizaram o ano com aprendizado adequado. 

Para o presidente da Fundação Banco do Brasil, Asclepius Soares, o acordo reforça o propósito de valorizar a vida das pessoas por meio da educação. “É uma honra contar com essa parceria, pois sabemos que investimento social em educação faz a diferença na vida dessas crianças e jovens, transformando realidades”, diz.

A assinatura da parceira será realizada nesta sexta-feira (22), na sede do Banco do Brasil, em Brasília (DF). Além de Viviane e Asclepius, participam da cerimônia de celebração o vice-presidente de Governo do Banco do Brasil, João Pinto Rabelo Junior e o vice-presidente de Gestão de Pessoas, Suprimento e Operações do Banco do Brasil, Antônio Gustavo Matos do Vale, além do diretor de Desenvolvimento Global do Instituto Ayrton Senna, Emilio Munaro.


Localidades atendidas pelo acordo:

Manaus (AM)
Santarém (PA)
Fortaleza (CE)
Salvador (BA)
Tocantins - Estado (TO)
Juazeiro (BA)
Ribeirão Pires (SP)
Tatuí (SP)
São Vicente (SP)
Teresina (PI)
Feira de Santana (BA)
Maceió (AL)
Porto Velho (RO)
Águas Mornas (SC)
Alfredo Wagner (SC)
Angelina (SC)
Anitápolis (SC)
Antônio Carlos (SC)
Biguaçu (SC)
Canelinha (SC)
Florianópolis (SC)
Garopaba (SC)
Major Gercino (SC)
Nova Trento (SC)
Palhoça (SC)
Paulo Lopes (SC)
Rancho Queimado (SC)
Santo Amaro da Imperatriz (SC)
São Bonifácio (SC)
São João Batista (SC)
São José (SC)
São Pedro de Alcântara (SC)
Tijucas (SC)


Soluções educacionais do Instituto Ayrton Senna:



Sobre o Instituto Ayrton Senna:

Há mais de 20 anos, o Instituto Ayrton Senna contribui para ampliar as oportunidades de crianças e jovens por meio da educação. Sua missão é desenvolver o ser humano por inteiro, preparando para a vida no século 21 em todas as suas dimensões. Impulsionados pela vontade do tricampeão de Fórmula 1, Ayrton Senna, de construir um Brasil melhor, atua em parceria com gestores públicos, educadores, pesquisadores e outras organizações para construir políticas e práticas educacionais baseadas em evidências. Está em permanente processo de inovação, continuamente investigando novos conhecimentos para responder aos desafios de um mundo em constante transformação.
Partindo dos principais desafios da educação identificados por gestores e educadores com quem trabalham no dia a dia, produzem, sistematizam e validam conhecimentos críticos para o avanço da qualidade da educação, em um trabalho conjunto com as redes públicas de ensino. Todo o conhecimento produzido é compartilhado com mais atores por meio de iniciativas de formação, difusão, cooperação técnica e transferência de tecnologia.
As ações são financiadas por doações, recursos de licenciamento e por parcerias com a iniciativa privada. Considerando iniciativas voltadas para o Ensino Fundamental e o Ensino Médio, o Instituto está em 16 estados e aproximadamente 600 municípios, apoiando a formação de cerca de 45 mil profissionais por ano e beneficiando a educação de mais de 1,5 milhão de alunos anualmente.www.institutoayrtonsenna.org.br



Sobre a Fundação Banco do Brasil:

A Fundação Banco do Brasil tem a sua história entrelaçada com o amadurecimento do Terceiro Setor brasileiro e com os números exitosos na redução da pobreza no Brasil. Atua desde 1985 pelo desenvolvimento sustentável do País e pela transformação social dos brasileiros que mais precisam. Ao longo dessa trajetória, destacam-se ações de geração de trabalho e renda, desenvolvimento comunitário e meio ambiente, permeadas por projetos de educação, transversais a todas as iniciativas. Em seus 33 anos de história, a Fundação BB cresceu e se tornou uma das mais importantes instituições do País na busca pela inclusão socioprodutiva dos segmentos mais vulneráveis da sociedade.
A educação é um eixo que a Fundação BB  atua de forma estratégica por meio do Programa AABB Comunidade e das tecnologias sociais certificadas na área de educação. O Programa AABB é uma tecnologia social que oferece complementação escolar para crianças e adolescentes da rede pública de ensino, com idades entre 6 e 18 anos incompletos. Nos últimos dez anos a Fundação investiu R$ 164,5 milhões no programa e atendeu 575 mil crianças e adolescentes em 458 municípios. Das 986 tecnologias sociais certificadas no pela Fundação BB, 331 são da área de educação.O Banco de Tecnologias Sociais está disponível neste link http://tecnologiasocial.fbb.org.br

 

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