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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

A FARSA DO VAZAMENTO DE BEBIANNO


No dia 19, ouvi alguns discursos no Senado e fiquei preocupado. Que vazamento foi esse, capaz de causar tal reboliço? À noite, a Globo não falava de outra coisa. Seus comentaristas tratavam de “levantar” a matéria com esforços de halterofilismo. Exibiam fragmentos como se estivessem falando de Renato Duque, de Joesley Batista, de Palocci, de mensagem levada pelo “Bessias”, de lista da Odebrecht, de revelações estarrecedoras. Vazou, vazou! Parem as máquinas! Conversa por WhatsApp é ou não é conversa? A matéria era apresentada no mesmo estilo dos velhos escândalos para ampliar a suposta semelhança. Os noticiários matutinos vieram no mesmo tom. A Globo, cada dia mais Globo.
        Manhã seguinte, em jornal, li com atenção a totalidade dos diálogos. Realmente um escândalo! Realmente um escândalo a tentativa de tratar daquele assunto de um modo escandaloso. Desonestidade pura e simples. Nada, absolutamente nada há ali que justifique sequer um ponto de exclamação. São afirmações lineares sobre um desentendimento entre o ministro e o presidente, situação na qual se pode escolher quem tenha razão por mera questão de gosto, mas na qual resulta vão qualquer esforço de as transformar em diálogos do submundo.
        Aliás, de minha longa experiência com temas e condutas inerentes à política, eu diria que nem em política secundarista, de grêmios estudantis (e por aí andei muito na minha adolescência) um assunto desses ganharia a dimensão que a ele tentaram atribuir os referidos veículos. Tenho certeza de que aqueles adolescentes com espinha no rosto, numa situação assim, saberiam que tentar extrair ganho político de tal fato ajudaria muito mais o atacado do que o atacante.
        Por outro lado, volto à primeira frase deste artigo, na qual digo que fiquei preocupado com as primeiras informações. O motivo da preocupação mudou, mas ela persiste porque a sequência de episódios e de reações dos veículos da extrema imprensa deixa claro uma total indiferença com os destinos do país. Não apenas um desejo de causar ao governo todo mal possível, mas a total desconsideração às consequências das respectivas posições editoriais. A quem serve desestabilizar um governo que conta seus primeiros dias? Certamente não ao leitor destas linhas. Certamente não aos conceitos e propostas que orientaram os resultados eleitorais vitoriosos em outubro do ano passado.
        Hoje (21/02), circulam áudios de um novo “vazamento” produzido a partir de um diálogo entre  Onix Lorenzoni e o presidente sobre a conversa que aquele iria ter com Bebianno (até agora advogado de Bolsonaro) em que este mostra preocupação com os honorários advocatícios que passaria a pagar. Diferentemente de Lula, que tem uma legião de advogados e não se importa com os custos, Bolsonaro se preocupa com isso, sim. Mas sua preocupação vazou porque o telefone do chefe da Casa Civil estava aberto numa ligação com alguém de O Globo.
        Convenhamos, estaremos no melhor dos mundos quando inabilidades passarem a conduzir nossas ocupações e preocupações!




Percival Puggina - membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.



quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

Cachorros levam donos para o cinema neste domingo no Frei Caneca


Ingresso a 5 reais para pré-estreia do filme A Caminho de Casa


Neste domingo (24) às 10h, o Shopping Frei Caneca recebe seus filhos peludos para assistirem à pré-estreia do filme A Caminho de Casa. A sala de cinema será totalmente envelopada e preparada para receber os cachorrinhos que terão auxilio de monitores e adestradores durante toda a sessão. Além disso, água e ração estarão disponíveis para eles o tempo todo.

          “O mercado de pets cresce exponencialmente e nós, do Shopping Frei Caneca, estamos atentos a isso e abraçamos essa ação inédita. Temos a filosofia pet friendly há tempos e nossos clientes cada vez mais vem com seus amigos inseparáveis fazer compras e passear aqui no empreendimento. A experiência, além de inovadora, será incrível”, avalia Andreia Perini, gerente de Marketing do Shopping frei Caneca.

          O filme conta a trajetória emocionante de Bella, uma cadela que embarca em uma jornada épica percorrendo mais de 600km em busca de sua casa após ser separada de seus queridos humanos e entrará em cartaz no dia 28 de fevereiro.




Serviço

Pré-Estreia com Pet do filme A CAMINHO DE CASA

Data: 24 de fevereiro.
Horário: 10h.
Local: Espaço Itaú Frei Caneca – Sala 1.
Versão: Dublado - 2D.
Valores: Inteira: R$ 50,00 | Meia: R$ 25,00 | Dog: R$ 5,00 (não será cobrada taxa de conveniência).
Serão 150 lugares à venda.
Informações importantes: No dia do evento, os convidados e seus pets deverão acessar o Espaço Itaú de Cinema (piso 3) exclusivamente pelos elevadores 19 e 20 nos Pisos Térreo, G1 e G4, portando seu ingresso online e de seu pet na versão impressa ou no celular.
Shopping Frei Caneca
Rua Frei Caneca, 569 – Cerqueira César
Informações: (11) 3472-2075


Animais de rua: um problema que demanda participação coletiva


Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (CRMV-SP) alerta sobre problemas e aponta soluções para melhorar o cenário de animais de rua nas cidades


A grande quantidade de animais nas ruas das cidades ainda é um problema sem solução. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), existem mais de 30 milhões de animais abandonados no Brasil, entre cães e gatos.

Em virtude desse cenário, o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP) alerta sobre estes problemas e aponta medidas que visam diminuir os casos de abandono, proliferação e contaminação de doenças relacionadas aos animais de rua. Segundo o presidente da Comissão de Políticas Públicas do CRMV-SP, Carlos Augusto Donini, “o debate e a solução efetiva desses desafios devem envolver população, órgãos públicos, universidades e ONGs”.

As soluções apontam em quatro direções:
  • A consolidação e atualização dos dados que norteiam os programas de controle;
  • A identificação (classificação) e localização dos animais ditos abandonados (uma vez que são confundidos com os “semidomiciliados”, que vagam pelas ruas, mas tem proprietários);
  • A atitude de negligência e irresponsabilidade de indivíduos que não mantém a guarda adequada e  segura de seus animais;
  • Ausência de uma efetiva política pública integrativa, consorciada e participativa sobre Proteção e Saúde Animal.
Atualmente os focos de combate a esse problema concentram-se quase que unicamente nas castrações e vacinações. “Há muito por fazer. Essas ações isoladas não são eficazes a médio e longo prazos. Sem um programa completo e continuo sistematizado não haverá avanços significativos”, pondera o médico-veterinário.


Os reflexos para a população

Além dos problemas sofridos pelos próprios animais de rua, a população também pode ser afetada. Segundo a presidente da Comissão de Saúde Pública do CRMV-SP, Adriana Vieira, o contato direto com esses animais pode expor o indivíduo a riscos elevados de zoonoses, ou seja, de doenças que são transmissíveis aos seres humanos.

“Outro risco é desse animal, estando arredio, acabar atacando. Sem falar de outros agravos ao ser humano como, por exemplo, os acidentes de trânsito, quando o motorista tenta desviar de um animal”, comenta.

Segundo o CRMV-SP, é recomendável à população entrar em contato com prefeitura para verificar se há algum serviço responsável pelo recolhimento ou cuidados com esses animais. Em algumas cidades, inclusive, existem programas comunitários voltados a animais. Em caso de interesse no resgate é importante que sempre se busque a orientação de um médico-veterinário.


Animais de rua e os animais silvestres

Além do contato com os seres humanos, os cães e gatos também se relacionam com os animais silvestres, localizados em parques e áreas de florestas urbanas. E as consequências deste encontro são prejudiciais a ambos os lados na maioria das vezes.

“Quando os animais de rua acabam entrando nas áreas verdes e parques naturais, onde vivem os animais silvestres, eles predam a fauna. Ou seja, comem as espécies. Os gatos, por exemplo, comem muitas aves. Já os cães atacam veados, ouriços, macacos, entre outras espécies que vivem na área urbana”, afirma o presidente da Comissão de Médicos-Veterinários de Animais Selvagens do CRMVSP, Marcello Nardi.

Além da predação, que também pode ser inverso (ou seja, animais selvagens que atacam os animais domésticos), outro risco gerado pela população de animais de rua é a transmissão de doenças como, por exemplo, a cinomose, a parvovirose e a sarna. “Já vimos casos de cinomose em cachorro do mato, em quati; sarna de cão em cachorro-vinagre; sarna notoédrica (comum em gatos) em gambás”, exemplifica o Dr. Nardi.




Sobre o CRMV-SP

O CRMV-SP tem como missão promover a Medicina Veterinária e a Zootecnia, por meio da orientação, normatização e fiscalização do exercício profissional em prol da saúde pública, animal e ambiental, zelando pela ética. É o órgão de fiscalização do exercício profissional dos médicos-veterinários e zootecnistas do Estado de São Paulo, com mais de 35 mil profissionais ativos. Além disso, assessora os governos da União, Estados e Municípios nos assuntos relacionados com as profissões por ele representadas.


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