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sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Casos e mortes por Aids caem mais de 30% em SP, na última década


 Balanço do Programa Estadual de DST/Aids mostra redução nas taxas de infecção e mortalidade pela doença entre 2008 e 2017 


A taxa de incidência de Aids no Estado de São Paulo teve queda de 31,3% na última década. É o que aponta o Balanço do Programa Estadual de DST/Aids de São Paulo. Em 2017, a taxa foi de 14,9 casos por 100 mil habitantes, contra 21,7 casos dez anos atrás. Em números absolutos, foram 8.763 casos em 2008, e 6.505 casos em 2017.

A queda da taxa da mortalidade pela doença foi ainda mais expressiva – 39,3% -, principalmente devido ao acesso a tratamento antirretroviral (ARV). Em 2017, foi de 4,8 óbitos por 100 mil habitantes, com um total de 2.146 mortes, em números absolutos. Dez anos atrás, a taxa foi de 7,9 óbitos por 100 mil habitantes, com um total de 3.227 mortes. Ainda assim, no ano passado, 6 pessoas morreram diariamente por Aids em SP, no último ano.

Além disso, pela primeira vez na década, o número de novos casos de HIV apresenta declínio, caindo de 9.185 casos em 2016 para 8.536, no ano passado – queda de 8%. No sexo masculino, a taxa de detecção diminuiu de 42 para 39,1 novas infecções por 100 mil habitantes nos dois últimos anos e, entre mulheres, de 10,1 para 8,9 infecções por 100 mil habitantes. Os dados são preliminares e estão sujeitos a alterações.

“É importante ressaltar que estar infectado pelo HIV não significa ter Aids. Hoje em dia, uma pessoa com HIV que tem acesso ao teste e ao tratamento em tempo oportuno, não irá evoluir para a doença”, afirma o coordenador do Programa Estadual de DST/Aids, Artur Kalichman.

Embora os casos de Aids estejam diminuindo, nessa década, o número de casos novos notificados pelo HIV (vírus da imunodeficiência humana, causador da Aids)  cresceu 3,5 vezes entre homens jovens que fazem sexo com homens em SP. A cada 100 mil homens, o salto foi de de 17,8 em 2008 para 39,1 em 2017, sendo que a  maior concentração é entre jovens de 20 a 24 anos, com 88,3 novas infecções por 100 mil habitantes, no ano passado. 

“É importante ampliar as estratégias de prevenção para que os jovens adotem práticas sexuais mais seguras, e incentivar a testagem para que esta população tenha acesso ao tratamento em tempo oportuno”, avalia Rosa de Alencar Rosa, coordenadora adjunta do Programa Estadual DST/Aids-SP.

Já entre as mulheres, houve queda de 9,3 novos casos de HIV para 8,9 por 100 mil habitantes, na década. A predominância é na faixa etária de 25 a 29 anos, com 13,1 casos a cada 100 mil habitantes. 

Desde 1980 até o primeiro semestre de 2018, foram notificados 267.926 casos de Aids em SP. Somente nos últimos dez anos, foram 82.649 casos, com 27.562 óbitos.



Black Friday x Consumo Consciente


Será que você comprou o que você precisava mesmo?


A Black Friday passou e já estamos pensando nas lembrancinhas de Natal. Alguns aproveitaram para comprar os seus presentes nesta que virou mais uma data de vendas no país, principalmente na internet. Segundo o Ebit, neste ano o varejo online vendeu R$ 1,9 bilhões, com um aumento de 17% em relação ao ano passado. Mas o mesmo órgão esperava a cifra de R$ 2,1 bilhões para este ano.

É interessante que os sites eletrônicos de vendas e, principalmente, a sua parte de logística e processos estão começando a ficar preparados para este dia de boomde atividades. Quem mostra este dado é o site Reclame Aqui, que apontou 2.912 reclamações nas 24 horas do dia da Black Friday, sendo 33% a menos do que no ano passado.

Não só o bombardeio de publicidade na TV, jornais, rádios e internet, mas a invasão de anúncios nos nossos e-mails e mídias sociais. Tudo isso fez com que muitos resolvessem comprar o que talvez não estivessem precisando ou ainda “só para aproveitar o que estava barato”.

Mas também não era apenas a Black Friday, era a semana Black Friday, o fim de semana Black Friday, o mês Black Friday. Engraçado que em minha aula de inglês, Friday era sexta-feira, mas deixa pra lá.

Sim, estamos precisando mexer na economia, mover o consumo para voltarmos a crescer e sair desta recessão que muitos da geração Millenium nunca tinham passado. Precisamos fabricar mais, produzir mais, vender mais e fazer a roda econômica girar. Mas sempre com muita consciência!

O momento é crítico e muito, amigos e amigas estão desempregados buscando vagas há mais de um ano. Mas o motor do consumo vai salvá-los?

Não sei se só isso é suficiente. O que sei é que neste momento precisamos ter ainda mais consciência nas nossas compras e débitos nos cartões de crédito. Precisamos entender o momento econômico do Brasil e do mundo, além destas turbulências políticas pelas quais estamos passando. Para isso, o Instituto Akatu nos ensina a questionar antes de digitar o número do seu cartão:
  1. Por que comprar?Você realmente precisa ou está sendo estimulado por propagandas e impulso do momento? É importante comprar agora ou pode esperar o mês que vem?
  2. O que comprar? Neste momento precisa analisar as opções e escolher algo que as características realmente atendam à sua necessidade, pois atributos demais no produto podem ser desperdícios.
  3. Como comprar? À vista, a prazo, no cartão? Vou conseguir pagar as prestações? Não se somarão às já existentes? Será que o meu momento financeiro permite?
  4. De quem comprar? Este produtor ou empresa é confiável? Esta loja é indicada? Já ouviu falar de algum problema com a empresa sobre mão de obra escrava ou trabalho infantil? Pesquisou o preço?
  5. Como usar? Usar com delicadeza para não quebrar e ter que comprar outro. Usar até o fim, não em função da moda ou da novidade. Lembre-se da energia e dos recursos naturais e pessoais que foram utilizados para o seu produto estar com você.
  6. Como descartar? Depois de usar o que fará com o produto? Ele não desaparecerá como mágica. Você poderá doar? Reciclar? Transformar? Tem que pensar nisso antes de comprar!

Pois é, perguntas que parecem fáceis, mas que no nosso dia a dia não nos fazemos. O consumo consciente tem a ver com você atender as suas necessidades sem com isso afetar a sua condição monetária (entenda-se endividamento), a sua condição produtiva (leia-se trabalho, será que você continuará empregado ou recebendo?) e os impactos diretos no planeta e nas pessoas. Vamos nos desenvolvendo sempre!







Marcus Nakagawa - doutorando em Sustentabilidade pela USP/EACH, mestre em Administração pela PUC/SP; graduado em Marketing e Publicidade pela ESPM/SP; professor da graduação e MBA da ESPM, nas questões de ética, empreendedorismo, responsabilidade socioambiental, empreendedorismo social e terceiro setor. Coordenador do CEDS (Centro de ESPM de Desenvolvimento Socioambiental), idealizador e diretor administrativo da Abraps (Associação Brasileira dos Profissionais pelo Desenvolvimento Sustentável); consultor e palestrante sobre sustentabilidade, empreendedorismo e estilo de vida.


Mudanças do clima contribuem para maior desigualdade social


Nova Delhi - Relatório divulgado hoje pela Climate Trends, uma empresa de pesquisa climática de Delhi, na Índia, conclui que as pessoas expostas a riscos naturais em regiões de baixa renda têm sete vezes mais chances de morrer e seis vezes mais chances de serem feridas ou de terem que se deslocar, na comparação com populações equivalentes em regiões de alta renda. O estudo, que analisou dados relativos à Índia, mostrou que a mudança climática ameaça criar um ciclo vicioso para os pobres do mundo, à medida que um clima mais quente leva mais pessoas à pobreza, aumentando sua vulnerabilidade aos impactos climáticos.

“No momento em que os países se preparam para negociar em outra conferência sobre o clima, desta vez na Polônia, não é admissível deixar de prestar atenção à ciência”, alerta Aarti Khosla, diretora da Climate Trends. “Um aumento adicional nas temperaturas globais afetará mais as pessoas desfavorecidas e vulneráveis por meio da insegurança alimentar, preços mais altos dos alimentos, perda de renda e de oportunidades de subsistência, impactos adversos à saúde e deslocamentos da população. No caso específico da Índia, isso é extremamente preocupante porque o país tem uma grande população vulnerável que pode ser particularmente atingida”, completa.

Em agosto de 2017, as fortes chuvas de monção causaram inundações generalizadas em toda a Índia, Bangladesh e Nepal, levando a pelo menos 1.200 mortes. Quatro estados do norte da Índia foram extensivamente afetados pelas inundações, que danificaram cerca de 805.183 casas e afetaram 18 milhões de pessoas. Um ano depois, em julho e agosto de 2018, Kerala foi varrida por fortes chuvas de monção, levando às piores inundações neste estado do sul do subcontinente indiano desde 1924. Foram registrados 2.378 mm (2.4m) de chuva durante 88 dias, quatro vezes mais que o normal. Grandes partes de Kerala foram devastadas. Segundo as autoridades nacionais, a partir de 6 de novembro de 2018, o número de mortos chega a 504, com 3,4 milhões de pessoas deslocadas para 12.300 campos de socorro e 23 milhões de pessoas afetadas.

Nas enchentes de 2018 em Kerala, uma avaliação dos impactos econômicos no estado constatou que, para os 4,13 milhões de trabalhadores afetados nos cinco distritos mais afetados, cerca de 3,3 milhões de trabalhadores tiveram seus empregos postos em risco. A projeção econômica do setor de turismo de 2019 foi reduzida como resultado da devastação generalizada. Trabalhadores do setor de turismo são suscetíveis a danos indiretos, pois os pontos de atração turística são destruídos pelas enchentes e os turistas evitam visitar as áreas impactadas.

A Índia é fortemente dependente da monção de verão, que responde por cerca de 70% da precipitação anual. Como a mudança climática altera os padrões climáticos, o acesso à água na Índia enfrenta um futuro incerto. Mais de meio bilhão de pessoas na Índia já enfrentam escassez aguda de água, de acordo com o governo daquele país. O Niti Aayog, com 54% dos poços de água subterrânea da Índia em declínio, e 21 grandes cidades devem ficar sem água subterrânea até 2020, afetando 100 milhões de pessoas.

A mudança climática já fez com que as temperaturas globais subissem cerca de 1° C acima dos níveis pré-industriais. A menos que as emissões sejam rapidamente reduzidas, espera-se que as temperaturas subam 1,5° C até 2040, 2° C até 2065 e 4° C até 2100, levando a uma mudança climática descontrolada nos próximos 10 a 12 anos.




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