Pesquisar no Blog

quarta-feira, 26 de setembro de 2018

“Socorro, meu filho não lê!”


 O hábito da leitura, ou melhor, a falta dele, é um dos assuntos que mais afligem pais e mães de crianças em idade escolar. Preocupados, os adultos muitas vezes pressionam seus filhos ou cobram da escola alguma medida milagrosa que contamine o aluno com o “vírus leitor.” Os resultados produzidos por ambas as medidas costumam ser bastante insatisfatórios.

Mas, afinal, haveria algo de prático que os pais poderiam fazer para que seus filhos desenvolvam o gosto pela palavra escrita? Sim! Seguem algumas dicas preparadas especialmente pelo professor de Leitura Crítica do Colégio Stockler:


Dica #1: Não critique os títulos preferidos por seus filhos.

Deixe de lado a lista de obras cobradas pelos vestibulares e lembre-se que um dos fatores que determinam a construção de qualquer hábito é justamente o quanto de prazer extrai-se daquela atividade. Em vez de criticar as preferências literárias do jovem, experimente aproximar-se do universo dele perguntando o que o atrai naquela obra ou naquele autor.


Dica #2: Não faça do acervo da sua casa um depósito de livros.

Abra mão do compromisso de montar aquela estante bonita, cheia de autores consagrados cujas obras você jurou para si mesmo que lerá algum dia mas que, muito provavelmente, ficarão lá juntando pó. Nada contra a alta literatura, aquela que nos desafia e provoca. Muito pelo contrário! Mas se a sua intenção é incentivar o hábito de leitura em seu filho, de nada adianta criar um depósito de livros que jamais serão abertos ou comentados pela família.


Dica #3: Leia mais por prazer e dê o exemplo.

Apoiados em um sem número de pretextos, das demandas do trabalho aos compromissos familiares, os adultos também deixam os livros para amanhã. Sabemos que as crianças aprendem muito pelo exemplo. Ver os pais imersos na leitura de algo que, de fato, os interessa, é essencial para que elas valorizem o contato com a palavra escrita.

Dica #4: Torne a ida à livraria ou ao sebo um passeio em família.
A visita à livraria convida a criança e o jovem a degustarem os títulos expostos. Quem nunca foi seduzido por uma capa bonita? Saborear a obra antes de comprá-la, ter que escolher entre dois livros bacanas e deixar o outro para depois (olha aí a desculpa para visitar, novamente, a livraria!), puxar conversa com outras crianças que estejam espiando a mesma estante, pedir dicas à equipe de vendedores (eles costumam ser muito bem preparados e dispostos a ajudar!) são apenas alguns dos motivos para ir com os filhos a uma livraria. 


Dica #5: Incentive seu filho a compartilhar livros com os amigos.

Além de permitir a descoberta de afinidades, trocar livros leva ao desenvolvimento de inúmeras habilidades como a capacidade de expressar opiniões, de discordar com respeito e até de lidar com a frustração de o outro não se entusiasmar pela nossa indicação. Para os mais velhos, trocar livros pode render ótimos papos, além de abrir portas para a discussão de temas tão importantes quanto delicados, como amizade, sexualidade e inseguranças sobre a vida adulta.

“Em comum, todas essas estratégias tem a valorização da leitura de fruição. Sabemos que a análise teórica costuma ser o foco das aulas de Literatura na escola. Contudo, se o jovem não conseguir estabelecer um vínculo pessoal com o texto, seja ele um dos livros do Harry Potter ou Sagarana, é improvável que aquela experiência seja significativa para ele,” explica Castro. “No Colégio Stockler, por exemplo, criamos o Clube do Livro para que alunos de todas as séries do Ensino Médio pudessem ler, juntos, títulos de sua escolha. Nosso objetivo é que a análise e a discussão fiquem por conta deles e não do professor.” 






FonteVicente Castro, doutor em Literatura pela USP, professor de Leitura Crítica do Colégio Stockler


A ilegalidade da educação domiciliar no Brasil


No último dia 12 de setembro, o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que o ensino domiciliar não pode ser considerado um meio lícito que garanta o acesso à educação no Brasil. Na decisão, a maioria dos ministros consideraram que, para que a opção fosse válida, teria de estar prevista em lei.

Embora a decisão seja definitiva, a discussão sobre o tema trouxe algumas reflexões sobre essa forma de educar que extrapolam o aspecto legal. Um desses pontos está relacionado à socialização da criança. Críticos desse modelo educacional argumentaram que ela limita o convívio da criança com outros de sua idade ou até mesmo de faixas etárias diferentes. Seria a privação de um convívio social mais amplo e mais rico em experiências. Em poucas palavras, representaria o risco de criar a criança numa espécie de bolha.

Para os defensores do chamado “homeschooling”, porém, essa socialização poderia ser facilmente trabalhada em outros grupos de convivência, como em clubes e em outros momentos que não a educação formal.

O responsável pela educação foi outro item de reflexão. Afinal, nem sempre o pai, a mãe ou a pessoa que se prontifica em fazer essa educação domiciliar tem a preparação, o olhar acadêmico ou o conhecimento teórico e mesmo prático para enxergar as melhores perspectivas, a melhor forma de trabalhar com aquela criança ou aquele jovem, de modo a desenvolver todas as suas potencialidades. 

Por não ser profissional da área, em muitos casos, o responsável por essa educação simplesmente faz pela intuição, sem estudo, o que pode prejudicar o desenvolvimento do educando, limitando as experiências necessárias para seu enriquecimento e formação.

Nesse sentido, deve-se ainda destacar que, muito além dos aspectos legais, a nossa cultura é bem diferente da norte-americana, onde o “homeschooling” é amplamente difundido. Por lá, existe a cultura de criação do filho para mundo. Os jovens saem de casa para fazer faculdade e muitos já trabalham enquanto moram com os pais, passam grande parte dessa fase longe. Aqui, ainda temos o hábito de dar mais acolhimento, o jovem fica por mais tempo debaixo da asa dos pais, o que pode representar um ponto negativo para a educação domiciliar.

Há, contudo, quem use o mesmo quesito como favorável para a educação domiciliar, no sentido de que esse acolhimento justamente permitiria a personalização da educação, de acordo com as necessidades da criança e com os valores da própria família. Os responsáveis pelo educando também conseguiriam ficar muito mais atentos ao desenvolvimento das habilidades de suas crianças, em razão desse acompanhamento bem próximo, totalmente individualizado.

Nesse ponto, porém, também faz-se necessário destacar a realidade de grande parte das famílias brasileiras. Afinal, é preciso muito tempo e dedicação. Não adianta a família ser formada por pessoas que trabalham fora durante todo o dia para tentar dar conta do processo educacional durante a noite, naqueles poucos momentos com o filho. Se não houver a presença consciente da responsabilidade, o desenvolvimento educacional poderá ser prejudicado.

O conteúdo, por fim, é o último ponto de reflexão. No formato da educação brasileira, há exigência do desenvolvimento pedagógico de acordo com material e base curricular específicas para cada etapa escolar. Em casa, como aconteceria esse desenvolvimento? Seria preciso algum tipo de acompanhamento do desenvolvimento da criança, de modo que garantisse que ele acontecesse de forma semelhante ao que acontece na educação tradicional, dada em uma instituição de ensino.

Com tantos pontos de debate, vê-se a complexidade do assunto tratado pelo STF. Embora a falta de regulamentação de lei fosse um dos principais pontos para o não reconhecimento da educação domiciliar, o tema vai muito além.

Agora, após decisão do Supremo, a única educação legalmente reconhecida é a formal, dada dentro das instituições de ensino públicas e privadas do país. A elas cabe a missão de transmitir conteúdo pedagógico e social, que possibilite a cada criança, a cada jovem, formar-se cidadão atuante e consciente de seu papel social.

Claro, sempre contando com o total apoio e acompanhamento dos pais. Afinal, não há escola que garanta educação plena sem contar com a família como parceira permanente nesse processo.






Edson D’Addio - educador e diretor pedagógico do Colégio Palmares


Intercâmbio na adolescência acelera desenvolvimento pessoal e profissional


Adolescente aprende com mais facilidade e tem oportunidade de amadurecimento com High School; Travelmate promove feira para instruir pais e estudantes

O intercâmbio é uma experiência enriquecedora em qualquer idade, porém, quando realizado na adolescência, tem benefícios ainda maiores. Do aprendizado rápido à qualificação profissional por conta da nova língua, conectar-se com uma nova cultura na juventude tem ainda mais impacto na formação da personalidade e da visão de mundo, segundo expertise da Travelmate (www.travelmate.com.br).

“Enquanto os adultos podem demorar até seis meses para absorver o novo conhecimento, em dois meses os adolescentes já estão sonhando na nova língua, o que demonstra a consolidação do conhecimento nesse curto período”, afirma Michele Argenta, gerente de High School da rede. A facilidade é explicada pela maior atividade no hipocampo do cérebro nessa idade, o que estimula o aprendizado, a memória e a busca por recompensa - que é intensificada pela convivência com colegas nativos.

A disponibilidade para focar nos estudos é outro fator que favorece os jovens, já que eles têm mais tempo livre, uma vez que ainda não começaram a carreira. Fora do país, eles podem se dedicar a aprender a nova língua e também aproveitar as matérias orientadas vocacionalmente. Já os mais velhos, muitas vezes, aproveitam gaps da faculdade ou férias para aperfeiçoar o idioma, e nem sempre os cursos menores são suficientes para o resultado que esperam. Quem fica mais tempo no país de destino, por sua vez, muitas vezes precisa trabalhar para bancar o intercâmbio, o que também reduz o aproveitamento.

Financeiramente, o valor do intercâmbio pode variar conforme a idade e o objetivo. O programa semestral de High School custa, em média, US$ 8 mil, incluindo escola, acomodações – em casas de família ou no dormitório da escola, geralmente compartilhado com outro estudante – e gastos rotineiros, como comida, transporte e compras. A média de preços de intercâmbio para adultos é parecida, porém as escolhas podem aumentar as despesas, como a opção por quarto privativo, a possibilidade de aproveitar a vida noturna, já que há mais liberdade para voltar tarde para casa, e fazer pequenas viagens sozinho, por exemplo.

Morar e estudar em outro país na faixa dos 13 aos 18 anos é ainda um fator importante para amadurecer. Os adolescentes passam por uma mudança de comportamento e valores, segundo relatos de pais de intercambistas à Travelmate.

“Se o estudante conviver com uma família hospedeira ou na escola, terá que se acostumar com atividades simples, mas que na maioria das vezes não está habituado a fazer em casa, como arrumar o próprio quarto, organizar os próprios horários e usar o transporte público sozinho. É trabalhoso, mas contribui para seu crescimento pessoal”, aponta a especialista. Acompanhar os estudos na outra língua, conviver com diversas nacionalidades, fazer amizades e adaptar-se aos hábitos alimentares e ao clima são outros desafios.

As exigências práticas para aderir ao programa de Ensino Médio no exterior são boas notas na escola, nível intermediário no idioma do destino e, além do passaporte e vistos – se necessário –, os documentos principais: histórico escolar, carteirinha de vacinação e Application (perfil do estudante).






Travelmate
www.travelmate.com.br

Posts mais acessados