O computador fica mais lento quando tem vírus?
Malwares afetam um sistema operacional mais do que o outro? Para responder à
essas e outras perguntas que circulam por aí, a ESET, empresa líder em detecção
proativa de ameaças, preparou uma lista desmistificando algumas das principais
lendas da segurança digital.
Atualizações automáticas prejudicam o desempenho do
meu aparelho
Antigamente, realmente era possível que um sistema
ficasse lento ao ser atualizado, ou mesmo que o computador travasse. No
entanto, este inconveniente foi ficando no passado e hoje os updates ajudam o
usuário a manter seu computador seguro e funcionando normalmente. Estas
atualizações geralmente corrigem possíveis falhas do sistema, que deixariam o
dispositivo vulnerável, isso vale para celulares, PCs e outros.
Os vírus deixam meu dispositivo lento ou danificado
Mais uma lenda fundamentada em informações do
passado, quando as infecções causavam lentidão nos sistemas. Atualmente, os
malwares buscam mostrar propagandas ou conseguir dados sigilosos dos usuários.
Para conseguir isso, muitas vezes, o invasor não deseja que seu vírus seja
notado, portanto, as ameaças são desenvolvidas para passarem despercebidas,
provocando o mínimo de mudanças possível. Já nos dispositivos móveis, ter um
vírus instalado pode fazer com que a bateria acabe mais rápido, mas
dificilmente o aparelho será danificado, já que ninguém ganha nada com isso.
Não tenho nada que interesse a um cibercriminoso
É bastante comum as pessoas acharem que somente
famosos sofrem vazamentos de informações ou roubo de dados sigilosos, pois são
pessoas que despertam a curiosidade da população e, geralmente, possuem boa
condição financeira. No entanto, o mais comum são pessoas desconhecidas
sofrerem com malwares, roubo ou vazamento de dados, já que o acesso a dados
simples como nome e número de CPF são suficientes para que um criminoso faça um
empréstimo em nome da vítima, por exemplo. Um dado que comprova isso é que o
Brasil é um dos países mais atingidos por golpes no Whatsapp na América Latina.
Se recebi a mensagem de um amigo, não é golpe
Mesmo ao receber uma informação de alguém
conhecido, o link pode ser uma ameaça. Muitas vezes, as pessoas compartilham
informações sem verificar a fonte e, com isso, podem propagar notícias falsas,
que o manterão desinformado, ou mesmo algo mais perigoso. Em um ataque de
phishing, por exemplo, as pessoas são levadas a uma página falsa, na qual serão
incentivadas a compartilhar dados pessoais, como nome completo, e-mail,
telefone e até dados bancários em troca de prêmios, brindes ou resgate de
dinheiro.
Malwares atacam somente Windows
Este é mais um mito das antigas. Ele existe pelo
fato de que até alguns anos atrás, o Windows era o sistema operacional mais
utilizado, portanto, os atacantes virtuais desenvolviam muitas ameaças para
essa plataforma. No entanto, atualmente, outros sistemas muito utilizados
possuem diversas ameaças detectadas. De acordo com pesquisa da ESET, no
primeiro semestre de 2018, o Android teve um total de 322 falhas de segurança,
sendo que 23% delas foram críticas. Enquanto isso, o iOS, foi teve 122
vulnerabilidades detectadas, sendo 12% delas críticas.
Posso instalar um vírus assistindo vídeos?
Muitas mensagens circulam por aí alertando sobre um
vídeo que estaria espalhando vírus. Porém, hoje em dia, a maioria dos vídeos
são hospedados em plataformas como YouTube e Vimeo e não representam riscos se
assistidos diretamente de lá. Porém, se o vídeo tiver que ser baixado no
computador ou celular, aí sim a ameaça pode existir. Vale ficar de olho no
formato do arquivo para saber se de fato é um vídeo, já que o arquivo pode ser
um trojan ou possuir extensão dupla, contendo código malicioso, deve-se ter em
mente que isso não ocorre somente com vídeo, pode ocorrer com uma foto ou mesmo
com aplicativos relacionados. Extensões como .mp4, .mov, .avi e .wmv são as
mais comuns para vídeos.
Posso ter meu celular clonado apenas por atender
uma ligação?
Outra mensagem comum é o alerta para não atender à
ligações de um determinado número, pois seu celular será clonado. Trata-se de
mais um boato, talvez um dos mais antigos que circulam desde a popularização
dos aparelhos móveis. A ESET esclarece que a clonagem de um número é sim
possível por meio de outras formas mais complexas, mas não ao simplesmente
atender uma ligação.
"Para aproveitar a internet com segurança, é
necessário que o usuário se livre de antigas crenças e se conscientize da
melhor maneira de proteger seus dispositivos contra malwares, phishings e
outras ameaças. O melhor caminho é sempre o bom senso na hora de navegar,
evitando o preenchimento de informações em sites desconhecidos, e possuir um
antivírus robusto instalado, para melhorar a proteção contra as principais
ameaças que qualquer dispositivo pode enfrentar", aconselha Camillo Di
Jorge, country manager da ESET no Brasil.
Para mais informações, acesse:
http://www.welivesecurity.com/br/
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