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sexta-feira, 17 de agosto de 2018

Para 84% dos consumidores, economia do país continua crítica, revelam CNDL/SPC Brasil


Indicador de Confiança marca 41,0 pontos no mês de julho. Desemprego elevado, aumento dos preços e alta dos juros são os principais fatores apontados


Ainda sem recuperar as perdas ocasionadas pela crise, a maioria dos consumidores brasileiros avalia que a economia vai mal. É o que mostra o Indicador de Confiança do Consumidor (ICC) da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Na sondagem de julho, 84% dos consumidores disseram que o cenário atual se mantém ruim ou muito ruim. Desse universo, 73% atribuem como principal razão o elevado índice de desemprego no país. Também pesa a percepção de que os preços vêm aumentando (59%), as taxas de juros seguem em alta (39%) e o dólar está mais caro (26%). Além dos que consideram o quadro ruim, 13% acham que é regular e apenas 2% acreditam que esteja bom.

De acordo com a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, o ambiente econômico em lenta recuperação tem afetado a confiança das pessoas, com impacto na retomada do consumo. “O achatamento da renda e o desemprego mostra que, no dia a dia do consumidor, pouca coisa evoluiu com relação ao período mais agudo da crise. A recuperação da confiança requer uma retomada mais vigorosa da economia, que aqueça o mercado de trabalho, mas isso não deve ser visto no horizonte dos próximos meses”, analisa a economista.

Se por um lado a maior parte dos consumidores tem a percepção de que a economia vai mal, por outro a visão sobre as próprias finanças é um pouco melhor. O percentual dos que consideram crítico o momento atual é de 43%. Além desses, 11% avaliam a vida financeira como boa e 46% regular. Nesse caso, o custo de vida alto (53%) e o desemprego (41%) são as principais razões dos insatisfeitos com a situação do bolso. Na outra ponta, os poucos que dizem estar com a vida organizada atribuem esse fato ao controle das finanças (61%).


Ainda em um cenário de pessimismo, Indicador de Confiança marca 41,0 pontos em julho

Praticamente sem evoluir desde janeiro de 2017, o Indicador de Confiança do Consumidor registrou 41,0 pontos em julho. Na comparação com o mesmo mês de 2017, o indicador ficou praticamente estável – quando o resultado foi de 41,4 pontos. Já ante junho passado, houve um avanço de 2,2 pontos, reação pós-paralisação dos caminhoneiros.

Pela metodologia, o indicador varia de zero a 100, sendo que resultados acima de 50 pontos demonstram o predomínio de otimismo, ao passo que abaixo de 50, o que prevalece é a visão pessimista.




O Indicador de Confiança é composto pelo Subindicador de Cenário Atual, que registrou 28,8 pontos mês passado — próximo ao de junho, que foi de 28,9 pontos —, e pelo Subindicador de Expectativas, que cresceu ao passar de 48,6 pontos em junho para 53,2 pontos em julho.
 


41% dos entrevistados acreditam que economia permanecerá ruim nos próximos seis meses; 58% estão otimistas com vida financeira  

Dados do Indicador de Expectativas do Consumidor referentes ao mês de julho mostram que os entrevistados seguem pessimistas em relação aos próximos seis meses, embora os resultados sejam melhores do que quando se avalia o presente: 41% acreditam que o desempenho da economia se manterá crítico, enquanto 36% não se consideram nem otimistas nem pessimistas. Por sua vez, outros 18% mostram-se otimistas. Entre os que não apostam em um cenário favorável, o fator desemprego é novamente mencionado como causa dessa baixa expectativa (57%). Em segundo lugar, aparecem os escândalos de corrupção (51%) e o receio do descontrole dos preços (46%).

Entre os que disseram estar otimistas com os próximos meses da economia, mais da metade (53%) não sabe ao certo explicar suas razões. Além desses, 22% têm percebido as pessoas mais otimistas com a economia e 18% notaram que os preços pararam de aumentar.

Pensando no futuro da própria vida financeira, o otimismo fica mais evidente: 58% dizem ter boas expectativas para o segundo semestre. Os pessimistas, por sua vez, somaram 10% dos consumidores, enquanto 26% disseram que as perspectivas não eram boas ou ruins. Entre os que não têm boas perspectivas para as próprias finanças, a razão mais citada é o receio de que a situação econômica do país piore (58%). Em segundo lugar, aparece a situação financeira ruim do momento (50%), os preços ainda aumentando (49%) e a falta de perspectivas entre os que estão desempregados (17%), ao lado do medo de perder o emprego (17%).

A sondagem também revela que, em julho, 46% dos consumidores afirmaram que o alto custo de vida tem atrapalhado a vida financeira das famílias. O desemprego apareceu em seguida, mencionado por 20%. Se o custo de vida prejudica o orçamento familiar, foi nos supermercados que a maior parte dos consumidores sentiram o aumento dos preços: 91% notaram aumento em relação a junho. Nas contas de luz, houve percepção de alta para 90% dos entrevistados.



Metodologia

Foram entrevistados 801 consumidores, a respeito de quatro questões principais: 1) a avaliação dos consumidores sobre o momento atual da economia; 2) a avaliação sobre a própria vida financeira; 3) a percepção sobre o futuro da economia e 4) a percepção sobre o futuro da própria vida financeira. O Indicador e suas aberturas mostram que há confiança quando os pontos estiverem acima do nível neutro de 50 pontos. Quando o indicador vier abaixo de 50, indica falta de confiança.  




www.spcbrasil.org.br/



Brasileiro gasta, em média, R$ 3.587 por ano com seguro automotivo, aponta estudo da TEx


Levantamento mostrou, ainda, que seguro no Rio de Janeiro é 28% mais caro do que em São Paulo


Na hora de comprar um carro, o preço do seguro é uma das informações importantes que devem ser avaliadas pelo consumidor. Um levantamento realizado pela TEx, insurtech líder em soluções para o mercado de seguros, aponta que o brasileiro paga anualmente, em média, R$ 3.587 por um seguro de automóvel. E, dependendo do estado, o seguro pode custar até três vezes mais que em outras regiões.

O estudo levou em consideração 2,3 milhões de cotações realizadas por corretores de seguros por meio da plataforma da TEx, o TELEPORT, entre os dias 21 de maio e 20 de junho de 2018. Os dados mostraram que o estado brasileiro com seguro mais barato é Santa Catarina, com média de R$ 2.932, enquanto o mais caro é encontrado em Roraima, na região Norte, com custo anual médio de R$ 8.720.

Entre as descobertas, o levantamento mostrou também que no Rio de Janeiro o custo de um seguro automotivo é, em média, de R$ 4.187 ao ano, 28% mais caro que o seguro pago pelos paulistas, no valor de R$ 3.273. Em termos gerais, o Norte tem os seguros mais caros do País. Os sete estados da região se encontram entre os 12 que têm o seguro mais caro. Já na região Nordeste, Pernambuco e Rio Grande do Norte são os estados que se destacam por terem o seguro mais barato, no valor de R$3.194 e R$3.074, respectivamente.

Segundo a Fenaseg, o número de carros roubados ou furtados cresce a cada ano, tanto nas capitais brasileiras como nas cidades do interior, exigindo cada vez mais medidas extras de segurança por parte de seus proprietários. “São vários os fatores que impactam na formação da média de cada estado, entre eles o número de veículos segurados e o perfil dos modelos mais procurados, por exemplo. Entretanto, os índices de violência, que refletem no número de sinistros, acabam sendo o fator mais importante na definição do prêmio”, diz Emir Zanatto, diretor de Operações da TEx. “Isso explica, por exemplo, porque o seguro é mais caro no Rio de Janeiro do que em São Paulo, que tem o quarto mais barato do Brasil, abaixo da média nacional”, explica.

Ele ressalta que o objetivo da empresa - que conecta mais de 500 corretoras às 17 principais seguradoras que atuam no Brasil - com a pesquisa é de levar informação para o mercado e contribuir para o desenvolvimento da indústria. Para o consumidor que está buscando adquirir um seguro, a recomendação é que procure um bom corretor. “Os corretores têm todo o conhecimento para auxiliar na escolha da melhor opção para o perfil do interessado, além de dar todo o apoio necessário no caso de um sinistro. É um profissional fundamental para quem quer contratar um seguro e ter a melhor proposta, garantindo proteção do assegurado”, completa.

Confira as médias de seguro em cada estado, de acordo com a pesquisa:

UF
Seguro  Médio
RR
R$ 8.720,00
TO
R$ 6.439,00
MT
R$ 4.985,00
AP
R$ 4.648,00
PA
R$ 4.598,00
AC
R$ 4.501,00
GO
R$ 4.436,00
PI
R$ 4.193,00
RJ
R$ 4.187,00
AM
R$ 4.121,00
RO
R$ 4.007,00
AL
R$ 4.005,00
MA
R$ 3.998,00
MS
R$ 3.919,00
CE
R$ 3.895,00
ES
R$ 3.820,00
BA
R$ 3.632,00
Brasil
R$ 3.587,00
DF
R$ 3.563,00
SE
R$ 3.463,00
RS
R$ 3.398,00
PE
R$ 3.343,00
MG
R$ 3.320,00
PR
R$ 3.298,00
SP
R$ 3.273,00
PB
R$ 3.194,00
RN
R$ 3.074,00
SC
R$ 2.932,00

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