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quinta-feira, 2 de agosto de 2018

A Arca de Noé do século XXI


A falsa polêmica sobre existir ou não mudança do clima no planeta é assunto que já aborrece os especialistas da área. Afinal, se a grande maioria dos cientistas diz que sim, e essa maioria estuda e pesquisa nos institutos de maior reputação no mundo todo, por que ir atrás daquela meia dúzia que continua negando o fenômeno?  Parece que se há polêmica, então há matéria jornalística, e vale o esforço da cobertura. Aí reside o problema. Dar atenção ao que não é substantivo é apenas uma opção. Portanto, não cobrir os negacionistas que refutam a existência da mudança do clima deveria ser uma alternativa mais relevante para os meios de comunicação - assim como não dar ouvidos aos extremistas na política e na guerra poderia ser uma opção para impulsionar democracias e economias mais saudáveis. Abrir as principais vitrines do mundo na mídia impressa ou virtual é um ato de grande responsabilidade. Quem guarda essa chave poderia pensar mais a sério antes de dar o palco para notícias cujas consequências são destrutivas. Uso esse exemplo para chamar atenção do que considero que deveria ser bem mais exposto na mídia do que a negação do aquecimento global ou sensacionalistas em busca de mídia para sua projeção e busca por poder. 

Se você entende que o cenário das mudanças climáticas é para valer, seja porque leu os estudos publicados aos milhares, seja por ter observado os exemplos recentes de eventos climáticos extremos, como as secas e incêndios na Grécia, Califórnia ou Portugal, certamente vai ficar curioso para entender quais as consequências desse fenômeno. As perdas globais por incêndios atingiram níveis recorde no ano passado - e isso pode piorar à medida que a ameaça da mudança climática cresce. Somos novamente atingidos por uma grande seca no sudeste do país e a escassez hídrica começa a bater em nossa porta, sem que tenhamos agido suficientemente para combater o problema no curto e longo prazo. Quebrar recordes de diferentes safras agrícolas no país também são sinais a que precisamos ficar atentos. 

Vale a pena ir um pouco além e investigar as consequências disso para as diferentes formas de vida no planeta. Há cientistas que alegam que estamos vivendo a 6ª maior extinção de espécies da história, numa fase chamada de Antropoceno – a época geológica em que humanos se tornam a principal causa de alterações do planeta. Estamos perdendo espécies de plantas e animais em grande escala, muitos dos quais sequer chegamos a conhecer. Com esse processo acelerado, tornam-se ainda mais urgentes as ações de conservação ambiental, principalmente aquelas em terras públicas (áreas protegidas) e privadas (reservas legais ou áreas de preservação permanente obrigatórias nas propriedades). Além de conservar, é fundamental também restaurar áreas degradadas, a fim de resgatar a capacidade de produção de alimentos, promover segurança hídrica, reter carbono no solo e estocá-lo nas plantas.

O lado bom da história é que vivemos um grande despertar de atores que têm se dedicado à restauração florestal (ou de outros tipos de vegetação) e à produção agropecuária sustentável, convencidos que ainda temos oportunidade de salvarmos algumas regiões e espécies no planeta de uma devastação ainda maior. Do lado da conservação, sofremos também com a falta de investimento em parques e áreas de conservação, pois o que é considerado bem público não tem recebido a devida atenção, muito menos investimento. E o mais irônico disso tudo é que é justamente nessas áreas que reside a nossa esperança: milhões de espécies de fauna e flora que podem nos salvar das situações extremas em que o aquecimento global está nos colocando. De onde virão as sementes para o reflorestamento de áreas degradadas, se nossas áreas preservadas pegarem fogo ou sucumbirem às secas? De onde virá a água para abastecimento e produção, se comprometermos as áreas protegidas?

Para sairmos da ação de alguns poucos voluntaristas, o ideal seria que, além dos governos, houvesse um forte engajamento do setor privado, para que pudéssemos dar escala às ações para salvar espécies relevantes de fauna e flora para as futuras gerações. Muitas das ações necessárias podem acontecer na forma de negócios, de micro a grande porte, gerando economia relevante. Os negócios de impacto social e ambiental, neste momento da história, tornam-se peça chave para os desafios planetários. 

Estaríamos vivendo um momento "Arca de Nóe"? O que falta para a sociedade despertar? Além da oportunidade de uma nova economia como aqui descrito, temos opção ímpar a cada eleição. Nosso voto na urna pode ser a diferença entre ter políticas que negam os problemas aqui relatados ou ter gestores responsáveis e comprometidos com as atuais e futuras gerações e com soluções para esses desafios que afetam a todos nós.







Rachel Biderman - diretora-executiva do WRI Brasil e membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza



quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Cães e gatos em condomínios: a higienização correta



Alguns cuidados se fazem necessários para a saúde do homem e dos seus bichinhos


Não há adulto ou criança que resista à alegria de um animal de estimação, afinal, não é por menos que eles são considerados excelentes companhias, inclusive para benefícios na saúde de seus donos, como: aliviar o stress, a ansiedade, a solidão, diminuindo a pressão arterial e os riscos de doenças cardíacas. Além é claro, da interação social. Porém, dividir a casa e os espaços com o "amigo bicho" exige cuidados com eles – que se tornam praticamente parte da família – e com todos os humanos que convivem direta ou indiretamente com o animal.

Nos condomínios horizontais ou verticais, há ainda maior necessidade de cuidados. Uma delas é cumprir as regras estabelecidas nos estatutos, como evitar que os animais façam muito barulho, destruam móveis dos locais comuns, invadam o espaço privado de outros moradores e incomodem ou ataquem pessoas. Afinal, a maioria das pessoas respeita quem tem animais, porém nem todos gostam ou querem ser chateados por eles.

Uma das maiores polêmicas é a limpeza, já que muitos desses bichos de estimação não foram educados para defecar no local correto e fazem suas necessidades em qualquer lugar. Mas, além dos donos terem que retirar as fezes dos locais - por onde os melhores amigos passaram - para não terem que pagar multa, o condomínio precisa dar uma especial atenção na limpeza, para que isso não se torne um risco à saúde dos condôminos ou visitantes.

Além de causar incômodo por causa do cheiro desagradável, as fezes deixadas nos locais compartilhados nos condomínios - como parques, jardins, ruas, calçadas, estacionamentos, salões sociais, elevadores e corredores - podem transmitir doenças. Os especialistas alertam que os dejetos são eliminados com ovos de parasitas, que podem provocar doenças como o bicho geográfico, lombrigas, entre outros males. Com isso, os homens e até mesmo o próprio animal correm riscos com a saúde. As crianças correm ainda mais, pois nem sempre têm noção de higiene e pegam em areia, grama e qualquer coisa ou lugar.

Além da consciência dos donos dos animais, as equipes de higienização dos condomínios precisam estar atentas para eliminarem qualquer tipo de resquício de contaminação. Para isso, a higiene deve ser redobrada para que a limpeza possa reduzir ao máximo a incidência de doenças, já que elimina contágios com ações adequadas, como lavagem e produtos higienizadores apropriados.

Para locais de grande circulação, como nos condomínios, é recomendável a contratação de serviços profissionais, em que as pessoas encarregadas da limpeza tenham conhecimento sobre a melhor forma de higienização geral – incluindo resquícios de fezes de animais - e qual frequência ideal para o serviço. Para isso, o mais indicado é a contratação de empresas especializadas, que trabalham com a terceirização do serviço e oferecem serviços de limpeza para pequenos, médios e grandes condomínios, tanto residenciais como comerciais. Empresas confiáveis possuem funcionários treinados especificamente para este tipo de trabalho, como os auxiliares de limpeza e auxiliares de serviços gerais. Esses profissionais recebem um treinamento com instruções teóricas e práticas sobre atendimento a clientes, postura profissional, cronograma das atividades diárias e programadas, tipos de produtos e suas finalidades e, principalmente, conhecem técnicas de higienização de ambientes. E para garantir o bom resultado, esses profissionais possuem encarregados que fiscalizam se o trabalho está sendo desenvolvendo de acordo com as instruções.

O síndico e os responsáveis pela manutenção do condomínio devem ficar atentos às áreas mais necessitadas de limpeza, porém também é dever de todos os condôminos contribuir com a organização e a higiene, tanto de seus apartamentos quanto das áreas sociais, para que o local esteja limpo e bem apresentável.




Amilton Saraiva - especialista em condomínios da GS Terceirização www.gsterceirizacao.com.br


Você sabe como alimentar seu gato corretamente?


Veterinária da Hill’s Pet Nutrition, Brana Bonder, dá dicas para fazer o manejo certo da alimentação dos felinos


Quando se passa a ter um animal de estimação em casa, logo no primeiro momento o tutor prioriza a compra de brinquedos, da casinha e de um alimento que atenda as necessidades de saúde do pet, porém, muitas vezes, acabam esquecendo de questionar sobre a quantidade correta da alimentação para cada espécie.

Os gatos, por exemplo, são os que mais sofrem com essa conduta. “É muito comum os tutores não controlarem a quantidade oferecida de alimento ao gato. Por mais que o animal consuma pequenas quantidades ao longo do dia, é importante mensurar o volume fornecido para prevenir a obesidade e monitorar a ingestão alimentar. Outro erro comum é deixar a caixa de areia na mesma área na qual se encontram as tigelas de água e comida. Isso pode interferir no consumo alimentar do gato ou o animal pode até mesmo evitar de urinar no local, o que aumenta a chance de desenvolver doenças do trato urinário”, explica Brana Bonder, médica-veterinária da Hill’s Pet Nutrition.


O jeito certo

Para garantir que o felino seja alimentado de uma forma correta, o indicado é oferecer o alimento específico para fase de vida em pequenas porções com quantidades mensuradas várias vezes ao dia. “Este manejo imita o comportamento natural de caça”, acrescenta a veterinária. A médica  reforça que em cada fase de vida o animal possui diferentes necessidades nutricionais. “O gato filhote, por exemplo, precisa de um alimento que tenha maior teor de proteína e gordura, se comparado ao gato adulto. Essas particularidades devem ser respeitadas”.

Outro ponto que não deve ser esquecido é ofertar o alimento em tigelas/pratos rasos para que os bigodes não toquem as laterais. Além disso, não esqueça de fornecer água limpa e fresca. Em casas multigatos, o ideal é que cada pet tenha sua própria "estação" de água e alimento em local calmo”, explica.

Levando em consideração esse cenário, a Hill´s Pet Nutrition preza por equilíbrio nutricional em todas as fases de vida do gato. “Nossos alimentos têm complexo de antioxidantes com benefícios comprovados, ingredientes de alta qualidade e fácil digestão, que contribuem para a condição corporal ideal, manutenção da saúde da pele e pelagem brilhante”, finaliza.

Por isso, não se esqueça de sempre conversar com o médico-veterinário para fazer o manejo alimentar correto para seu felino.


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