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quinta-feira, 17 de maio de 2018

O quintal do vizinho


 Divulgação
 Dados da Receita Federal indicam que, em 2017, mais de 21 mil brasileiros deixaram o país em busca de oportunidades e qualidade de vida


 
Dar um futuro melhor aos filhos, buscar segurança ou sonhar com melhores oportunidades de vida. São diversos os motivos que levam brasileiros a deixar o país. De acordo com dados da Receita Federal, só no último ano, mais de 21 mil foram morar no exterior, um pouco menos do que o triplo dos quase 8 mil que emigraram em 2011. Esse movimento também foi observado entre os estudantes. Segundo dados da Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência, órgão do governo português, o número de brasileiros em cursos de graduação em Portugal cresceu 31% nos últimos em três anos.

Acostumados a trabalhar customizadamente com os clientes de sua agência de intercâmbio, Alexandre Chiacchio e Andrea Caruso, da Education & Management Alliance (http://www.emalliance.net/), orientam as famílias dos intercambistas que querem tentar a vida lá fora, deixando claro que nem tudo são flores. Para ajudar quem está pensando em deixar o país, seguem dicas de como se preparar para essa mudança.


  1. Tenha autocrítica – Na hora de pensar nos prós e contras de ir para outro país, é importante priorizar a razão em vez da emoção. É preciso ter cuidado com as expectativas profissionais, por exemplo. Faça uma reflexão e entenda que, para se sobressair lá fora, o ideal é que você já seja percebido pelo mercado brasileiro como um destaque.

  1. Conheça antes a rotina da cidade - Antes de emigrar, invista um tempo e fique no lugar para o qual pretende se mudar por pelo menos um mês. Estude, vá ao supermercado, faça rede de relacionamento com pessoas de sua área de atuação, conheça a vizinhança, veja o comércio, conheça a prefeitura e outros pontos-chave. Converse com empresários e moradores para identificar oportunidades de negócios. Viva como os moradores.

  1. Faça a equivalência do seu diploma – Essa é uma medida essencial para quem vai emigrar. Por ser um processo burocrático, é importante dar entrada no processo o quanto antes. Isso evita imprevistos.

  1. Cálculo reverso - É importante calcular o custo de vida da cidade onde vai morar, o quanto levar para se sustentar até se colocar no mercado. Isso varia muito de cada lugar, por isso, a importância de passar ao menos um mês por lá. É importante não se esquecer de pôr entre os gastos, além das contas fixas, os costumes e necessidades de cada família, como shows, hábitos pessoais e restaurantes. Na Alemanha, um casal, pagando aluguel, não gasta menos do que 2.500 euros por mês.

  1. Imóvel próprio - Não venda o imóvel que você tem no Brasil antes de ter segurança absoluta de que já está com uma vida estável lá fora. Alugue para ter uma renda fixa.

  1. Empreendedorismo – Se vai empreender, é preciso conhecer toda a legislação previamente, checar se há incentivos para determinada área de empreendedorismo. Em Portugal, o imposto para PME é de 23%, já no Brasil fica em torno de 15%. Então, para iniciar um negócio, é melhor investir no Brasil do que em Portugal.

  1. Imposto de renda:em alguns países pode passar bastante de 40%, inclusive Portugal, dependendo da sua renda. Fique atento a isso.

  1. Segurança pública – Se o motivo da emigração é fugir da violência local, qualquer destino na Europa, na América do Norte ou na Oceania vale a pena.

9.   Quer ganhar muito dinheiro? – Então não é aconselhável ir para Europa e nem para o Canadá. No Canadá, há bastante oferta de emprego, mas o imposto é de quase 50%. Na Europa, todos ganham mais ou menos a mesma coisa. Executivos que querem ir para lá, achando que vão ocupar uma posição semelhante à que tinham aqui, podem mudar de ideia. Para ter a mesma qualidade de vida que tinham no Brasil, são necessários alguns anos. Por outro lado, os EUA continuam sendo atrativos para quem quer viver o sonho americano, montar um negócio e ficar rico. Não é fácil, mas se conseguir unir profissionalismo de excelência, ideias inovadoras e execução primorosa, qualquer lugar do mundo funcionará bem

93% das empresas estadunidenses aderiram ao coach, Brasil segue pelo mesmo caminho


Especialista conta que o crescimento mundial do serviço é reflexo de uma busca de aprimoramento pessoal e profissional

Um mercado em expansão, tanto no cenário mundial quanto nacional, o Coaching tem chamado muita atenção de quem está em busca de uma primeira ou segunda carreira. No Brasil, a contratação desses profissionais teve um aumento de 30% em 2016, segundo uma pesquisa realizada pela International Coach Federation (ICF).
Para Leila Arruda, Coach de alta performance licenciada pela LeaderArt International, o crescimento da procura é devido à uma preocupação em atingir metas pessoais e profissionais.
“Com a crescente presença da tecnologia no nosso dia a dia, as pessoas se colocam em uma redoma de vidro e apresentam apenas o que acham que deve ser visto. Existe uma carência da verdade, uma necessidade de direcionamento profissional para alcançar os objetivos, fora dos posts motivacionais das redes sociais e dentro de uma metodologia a que funciona. ”, explica a Coach.
No cenário mundial, essa é uma carreira consolidada, com formação e regulamentação, além de uma demanda cada vez maior. A pesquisa da ICF revelou que o mercado de coaching possui cerca de 53 mil profissionais em todo mundo.
Nos Estados Unidos, esse mercado movimenta US$ 3 bilhões ao ano, segundo a Association of Executive Search and Leadership Consultants (AESC). Também de acordo com a pesquisa, a grande maioria das empresas estadunidenses (93%) já aderiu ao serviço, e 51% dos executivos acreditam que o coaching é uma ferramenta fundamental para continuar relevante para as companhias.
O sucesso na visão empresarial vem do aprimoramento. De acordo com a Leila, após o processo de coach, as pessoas ficam mais analíticas e flexíveis: “Diferente do consultor, o coach não resolve o problema, ele faz o próprio cliente resolver. Assim, quando surgir um novo desafio ou objetivo, ele vai saber lidar sem contratação de terceiros, ficando verdadeiramente mais próximo de quem quer ser.”
Mesmo já consolidada lá fora, o serviço ainda está em ascensão no mercado brasileiro, e é considerado uma “profissão do futuro”, ou seja, um setor que vale a pena o investimento.
Por isso, a SEMrush, plataforma de marketing digital, realizou um levantamento sobre quais as profissões do futuro foram mais pesquisadas na internet nos últimos seis meses. O termo “Coach” despontou em primeiro lugar na lista, com média mensal de 370 mil buscas.
“O brasileiro demorou para buscar o serviço pois naturalmente tem uma dificuldade de se responsabilizar pelos próprios atos. A metodologia do Coach costuma diminuir a mania de colocar a culpa nos outros e incentiva autoconhecimento. ”, conta a especialista.


Educação Integral amplia perspectivas das novas gerações


A Educação Integral é reconhecida como um caminho para melhoria da aprendizagem e redução de desigualdades. A opinião da população brasileira concorda com a afirmação: nove em cada dez brasileiros acreditam que essa concepção de ensino é necessária para o futuro das novas gerações, segundo pesquisa do Instituto Datafolha.

E mais: a mesma pesquisa evidencia o entendimento da população de que a melhora do nível do ensino, a ocupação de tempo com atividades qualificadas, a redução da criminalidade e a preparação para o mercado de trabalho são as principais vantagens da Educação Integral. Apenas 12% dos entrevistados indicam que a importância é apenas para manter as crianças ocupadas enquanto os pais trabalham.

E certamente, quando falamos de Educação Integral, não nos referimos a um apanhado de atividades para ”ocupar” as crianças e jovens. Também não se trata apenas de aumentar o tempo de exposição à aprendizagem. Para que ela se concretize, é necessário pensar em diferentes estratégias atreladas a uma diversificação de espaços e conteúdos que, de forma articulada, garantam a qualidade do processo educacional e contribuam para a ampliação de repertórios, melhor convivência e participação na vida pública, fluência comunicativa e ampliação de perspectivas de futuro.

A percepção da população em relação ao tema apresenta sinergia com estudos na área. Avaliações de impacto já realizadas apontam que a oferta da Educação Integral traz grandes contribuições no desenvolvimento de habilidades cognitivas e socioemocionais, na redução dos índices de evasão e na diminuição de desigualdades na aprendizagem dentro da escola.

Reconhecendo a importância do desenvolvimento pleno das crianças, adolescentes e jovens, o Plano Nacional da Educação estabelece, em sua meta 6, a ampliação da oferta dessa modalidade. Até 2024, 50% das escolas públicas precisarão oferecer jornada em tempo integral, atendendo a 25% dos alunos da Educação Básica. Mas alcançar estes índices não é um desafio simples. É preciso o envolvimento de diversos atores, somando grandes esforços.

Nesta linha, o Plano apresenta algumas estratégias para a concretização da meta. Uma delas traz a parceria entre Organizações da Sociedade Civil (OSCs) e escolas como uma possibilidade para ampliar a carga horária e o número de alunos participantes em atividades, de forma articulada com a rede educacional de ensino.

Sabemos que inúmeras OSCs têm desenvolvido projetos interessantes e com grande potencial de transformação. Uma boa medida é a relação das organizações que participam do Prêmio Itaú-Unicef, realizado pelo Itaú Social e Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), que em 2018 está com as inscrições abertas para sua 13ª edição e comemora 23 anos de história. Nessa trajetória, foram mais de 17.000 projetos inscritos e cerca de 1.750 cidades beneficiadas. A cada edição, no processo de avaliação das ações, é possível perceber a diversidade e relevância das ações na garantia de direitos, em especial, o da Educação. 

Na medida em que oferecem conteúdos diversificados e oportunizam às crianças e jovens a circulação e apropriação do local onde vivem e a ampliação de conhecimentos e experiências, as OSCs assumem papel fundamental para o desenvolvimento das múltiplas dimensões humanas. E, neste sentido é importante garantir a qualidade pedagógica das ações. O entendimento e a definição das demandas, a intencionalidade e os objetivos de aprendizagem precisam ser claramente definidos entre as equipes gestoras e educadores envolvidos. 

O aprimoramento constante das ações ofertadas a crianças, adolescentes e jovens, é condição essencial para garantir seus direitos e, assim, contribuir para a construção de um País com oportunidades iguais para todos. 


 


Camila Feldberg - gerente de Fomento do Itaú Social


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