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terça-feira, 2 de janeiro de 2018

Por que as crianças precisam da fantasia



Quando fadas com suas varinhas mágicas, monstros e heróis invencíveis decidem invadir as escolas, eles provam que de fato têm superpoderes: ajudam na aprendizagem. O papel das histórias fantásticas na infância não se limita ao entretenimento. Elas trabalham a linguagem de forma mais eficaz que narrativas realísticas, aumentando a possibilidade de a criança fixar o novo vocabulário.

Pode parecer contraditório, mas justamente por conta da violação das expectativas, são também fundamentais para a compreensão das inúmeras possibilidades que a realidade apresenta.

Os efeitos do mundo do faz de conta sobre a cognição infantil vêm sendo investigados pela neurociência com resultados reveladores. No ano passado, pesquisadores da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, constataram que as crianças assimilam melhor um vocabulário novo quando as palavras são introduzidas em meio a histórias fantásticas.

O estudo, liderado pela professora Deena Weisberg, do Instituto de Pesquisa em Ciências Cognitivas, avaliou dois programas educativos aplicados em 154 crianças em idade pré-escolar. Aquelas que tinham contato com os novos conceitos por meio de contos realísticos mostraram desempenho mais fraco na hora de explicar os significados dos vocábulos aprendidos.

Essa fascinação das crianças por acontecimentos extraordinários é evidente já nos primeiros meses de vida. Em 2015, pesquisadores da Universidade de John Hopkings, em Baltimore, testaram o efeito de eventos mágicos sobre a atenção e as brincadeiras de 110 bebês de 11 meses. Perceberam que tendem a olhar mais atentamente e por muito mais tempo para um objeto quando ele desafia as leis da física. A chance de ocorrer algo inesperado, que fere suas expectativas, naturalmente mantém as crianças mais atentas – o que explica, em parte, o sucesso das histórias fantásticas na aprendizagem.

Mas a experiência com bebês revelou que a ação da fantasia no imaginário infantil vai além do aspecto da atenção. Depois de assistirem a uma cena em que algo desaparece repentinamente ou flutua, os bebês tendem a investigar a realidade – deixando um objeto cair para testar a gravidade, por exemplo. Para Weisberg, pensar sobre possibilidades irrealistas pode também ajudar na criação de contrastes informativos que levam à compreensão das estruturas do mundo real.

A partir dessa perspectiva, as histórias ganham função fundamental na construção do senso de realidade – que pode começar com a certificação de que objetos não flutuam e bichos não falam e seguir por questionamentos bem mais sofisticados que necessitam de contrapontos para serem formados e esclarecidos.

Partindo da simples constatação da necessidade do contato com o absurdo para se reconhecer o real, podemos transferir para os heróis e vilões dos contos de fada uma nova responsabilidade: a de ensinar às crianças a administrar seus próprios medos.

Talvez isso explique a popularidade milenar das histórias universais carregadas de tragédias, bruxas malvadas e figuras assustadoras. Podem ter cumprido um importante papel no desenvolvimento das habilidades linguísticas das crianças, mas dificilmente tenha sido essa a intenção dos Andersen, irmãos Grimm e tantos outros que evitaram poupar seus leitores do contato com desgraças fantásticas.

A fascinação inata das crianças pelos horrores e aventuras que o mundo imaginário oferece pode nascer de uma necessidade de dar forma ao impossível para saber reconhecê-lo antes que ele se torne medo.

Ainda bem que a força das histórias populares é grande a ponto de sobreviver a uma época em que as crianças são protegidas de tudo: das brincadeiras que trazem um mínimo risco, dos objetos cortantes, das professoras bravas e de qualquer frustração e tristeza.

Muitos contos clássicos já ganharam versões suavizadas e muitos desenhos perderam seu humor negro para garantir que a infância aconteça toda no mundo cor-de-rosa. Mas se as crianças continuam buscando representações extremas do bem e do mal nas histórias fantásticas, não estranhem: instintivamente, elas buscam referências.

E muitas vezes encontram nas histórias mais extraordinárias e sombrias, que as mantêm atentas, que lhes ensinam as maravilhas da linguagem e lhes mostram o que muitos pais e professores ignoram: que é preciso conhecer para distinguir. É preciso descobrir o irreal para ter segurança no mundo real da mesma forma como o contato com a frustração é essencial para o reconhecimento da satisfação.


(HuffpostBrasil - 17/11/2017)






Michele Müller - jornalista especialista em neurociências e neuropsicologia educacional, pesquisadora, escritora e mestre em ciências da educação.


Fonte: www.blogdogaleno.com.br/




Como proteger a casa durante a ausência no período de férias?



Vai sair e aproveitar as férias de janeiro? Fique atento à segurança

Férias são sempre boas oportunidades de recarregar as baterias, se divertir com os amigos ou a família e aproveitar bons momentos juntos de relaxamento e lazer. Mas imagine chegar em casa e encontrar objetos espalhados por todo chão, ou simplesmente não encontrar nada. Esta situação desagradável é muito comum de acontecer durante o período das férias escolares de janeiro, afinal, os criminosos sabem que a maioria das residências estão desprotegidas e os velhos truques para tenta enganá-los já não funcionam mais. Mas algumas medidas podem ser tomadas para evitar tudo isso.

Para pessoas que moram em condomínios (sejam de casas ou apartamentos), a dica é evitar, ao máximo, divulgar o itinerário de sua viagem para os outros. Agir com discrição pode impedir que pessoas mal-intencionadas saibam que o lar está vazio. Se for passar muito tempo fora, é importante deixar avisado o zelador e o porteiro, e também deixar uma autorização com alguém no caso de alguma pessoa ou empregado precisar entrar no seu apartamento durante a ausência. Por mais que se confie em funcionários da residência, por exemplo, faxineira ou jardineiro, eles podem inocentemente comentar com alguém de fora, que pode não ser uma pessoa bem intencionada.

A portaria conhece a rotina do condomínio, e é muito difícil os profissionais desta área não perceberem a ausência de algum morador. Por isso, é recomendável que os porteiros sejam contratados através de uma empresa terceirizada confiável, que ofereça um treinamento especializado de atendimento, discrição e segurança preventiva. A empresa, profissional e especializada, realiza contratações após verificar o histórico profissional e pessoal do porteiro e também ao investigar possíveis antecedentes criminais, sua conduta e por indicação. Quando contratados diretamente pelo condomínio, geralmente a contratação não dispõe de todos esses recursos, aumentando o risco de maus profissionais adentrarem em um ambiente onde a segurança deveria ser prezada e mantida.

Como em toda e qualquer residência, a atenção deve ser intensificada também quanto ao fechamento correto de portas, grades e janelas, e objetos valiosos precisam ser colocados em um lugar seguro e longe de serem vistos facilmente, caso ocorra alguma invasão. Para prevenir a entrada indesejada de mal-intencionados, pode-se instalar um sistema de segurança 24h, com alarmes e circuito interno de câmeras. E ainda, não é indicado deixar a luz acesa durante o tempo em que estiver fora, porque na verdade pode ser uma evidência de que não há ninguém em casa, além de poder ser um gasto desnecessário de energia. É importante, também, pedir a um vizinho ou uma pessoa de confiança para visitar sua casa sempre que for possível. Isto indica que o lar não está vazio e engana os ladrões.

Os cuidados com a segurança durante as férias não devem ser apenas quanto a ações criminosas, é crucial também se certificar de que registros de água e gás, por exemplo, foram bem fechados, para assim evitar eventuais desperdícios e acidentes. Estes procedimentos de segurança garantem tranquilidade à família que irá curtir a viagem, sem ninguém precisar se preocupar se irá encontrar surpresas desagradáveis ao voltar.






 Amilton Saraiva - especialista em condomínios da GS Terceirização: www.gsterceirizacao.com.br




Saiba quais cuidados ter com crianças em tratamento durante o verão



O verão já começa em 21 de dezembro e, junto a ele, também chegam as férias escolares. Nesse período, crianças e adolescentes tendem a ficarem mais expostos ao sol e ao calor, aproveitando ao máximo as piscinas e praias, mas é preciso ficar atento às altas temperaturas. Os pais sabem que nessa hora os cuidados com hidratação, proteção solar e alimentação devem ser redobrados.

Crianças que passam por tratamento oncológico, por estarem mais suscetíveis a infecções, precisam se atentar a alguns detalhes que podem fazer a diferença. Sônia Vianna, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE), explica que a exposição ao sol em excesso deve ser evitada, visto que alguns quimioterápicos provocam sensibilidade na pele e o sol pode manchá-la.

“É importante, também, que evitem locais com aglomerações, alimentos com procedência desconhecida, contato com crianças que tenham doenças infecciosas e locais que favoreçam o desenvolvimento do mosquito da dengue”, comenta.

Além disso, a fadiga e o cansaço são sintomas que podem estar associados ao tratamento, portanto, os pais devem evitar oferecer atividades muito enérgicas ou manter a criança em locais com pouca ventilação.

Para aproveitar melhor o período de altas temperaturas, a SOBOPE aconselha:

- Utilizar roupas leves, claras e soltas, pois facilitam a transpiração;


- Preferir alimentos ricos em água, como frutas, que devem ser higienizadas de maneira adequada;


- Beber água ou suco natural com frequência, principalmente nos intervalos entre as refeições;


- Proteger-se do sol com protetores solares de fator maior do que 30 FPS e ações complementares, como chapéus e óculos escuros.






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