Pesquisar no Blog

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Hidratação dos olhos requer atenção



Entre os fatores de ressecamento dos olhos estão a deficiência na produção lacrimal e os agentes externos ou ambientais. Diagnóstico e tratamento corretos devem ser feitos por um oftalmologista


O olho humano é um dos mais complexos e delicados órgãos do corpo. Integrados à anatomia dos nossos olhos estão o corpo ciliar, a córnea, a pupila, a íris, a retina, o nervo ótico, entre outras estruturas fundamentais. Todo esse conjunto precisa de cuidados, proteção e hidratação para o bom funcionamento e saúde do globo ocular.

“Naturalmente, algumas pessoas podem ter deficiência na produção lacrimal, pois não conseguem produzir a quantidade adequada de lágrima. Mas agentes externos e ambientais também podem desencadear o ressecamento da superfície do olho. Esse ressecamento provoca vermelhidão, coceira e ardor nos olhos e, em casos mais graves, até mesmo dificuldade de movimentar as pálpebras”, explica o oftalmologista Marcelo Netto, Professor e Doutor em Oftalmologia pela Universidade de São Paulo.

 Todos os órgãos externos do corpo, como pele, olhos, cabelos, unhas e lábios, necessitam de higiene e hidratação corretas. Nos olhos, a hidratação natural ocorre toda vez que piscamos, através da troca constante do filme lacrimal, a lágrima, substância composta por água, sais minerais, proteínas e gordura. A glândula lacrimal é a responsável por esta lubrificação e limpeza, a fim de evitar o ressecamento dos olhos.

O filme lacrimal é composto por três camadas: mucina, aquosa e lipídica, sendo esta última a que impede a evaporação da camada aquosa, hidrata e limpa o organismo. Quando há carência lipídica, a camada aquosa fica exposta, o que aumenta a evaporação do filme lacrimal. Além disso, às vezes, o próprio organismo pode alterar a composição da lágrima – mais de 100 substâncias essenciais para a limpeza e defesa contra micro-organismos.

A baixa produção de lágrimas pelas glândulas lacrimais caracteriza uma doença denominada de Síndrome do Olho Seco, uma disfunção lacrimal que se não tratada pode levar à ulceração das córneas e até mesmo à perda da visão.

 A Síndrome do Olho Seco vem sendo considerada por muitos oftalmologistas com uma epidemia. Acomete, aproximadamente, 20 milhões de brasileiros, o equivale a 10% da população. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Síndrome atinge mais as mulheres, na proporção de três para cada homem.

 Embora ocorra em todas as épocas do ano, a Síndrome é a segunda maior causa de atendimento nos consultórios oftalmológicos durante o inverno, em grande parte devido à baixa umidade do ar – a concentração de poluentes aumenta em até 80% durante o inverno em locais onde há grande número de indústrias e veículos em circulação.

Os sintomas da Síndrome do Olho Seco são ardência, vermelhidão, sensação de areia ou de corpo estranho, coceira, lacrimejamento, cansaço, irritação, visão turva (pode melhorar depois de piscar), desconforto ao ler, assistir televisão ou trabalhar em frente ao computador por muito tempo.


Celular, computador e tablet

Outra síndrome relacionada ao olho seco e pouco conhecida é a Síndrome do Olho Seco Irritativo, quando não há deficiência de produção da lágrima, mas em virtude de fatores externos que provocam a desidratação ocular, como exposição ao sol, vento, ar condicionado, fumaça, poluição.

“Atualmente, a tecnologia tem influência direta nos fatores do olho seco. Comumente, usuários de equipamentos eletrônicos, como computadores, celulares e tablets, reduzem a frequência de piscadas, o que provoca a diminuição na lubrificação dos olhos”, destaca Marcelo Netto.


 Tratamento

A Síndrome do olho seco é uma doença crônica que aparece de forma lenta e que pode causar sintomas imperceptíveis até quadros muitos graves, com sério comprometimento da saúde ocular, bem como na qualidade de vida.

Pessoas com Síndrome do Olho Seco precisam de acompanhamento oftalmológico frequente para evitar que lesões na córnea venham comprometer a visão de forma temporária ou mesmo definitivamente.

A primeira alternativa de tratamento é o uso de lubrificantes artificiais, lágrimas artificiais e colírios, que atuam como substâncias fisiológicas, ou seja, substâncias que já integram nosso organismo, fazendo com que o resultado seja efetivo e instantâneo. Embora o uso do colírio seja simples, o modo correto de aplicação garante a eficácia da solução e também evita o desperdício.

 Existem lágrimas artificiais eficientes para a lubrificação da superfície ocular e alívio da irritação decorrente de olho seco, como as compostas com ácido hialurônico, substância que traz mais viscosidade, hidratação e estabilização do filme lacrimal, e sem conservantes, pois evitam os efeitos colaterais, como vermelhidão, ardência nos olhos e cansaço visual.

 “Mesmo que as lágrimas artificiais sejam livres de prescrição médica, recomenda-se a consulta periódica com um oftalmologista, tanto para indicar o colírio mais adequado para cada caso como para o diagnóstico e tratamento corretos para as deficiências na produção lacrimal, em especial, para o Síndrome do Olho Seco”, finaliza o professor da USP, Marcelo Netto.


 SAÚDE OCULAR: HIDRATAÇÃO DOS OLHOS
  • Piscar regularmente
  • Descansar os olhos
  • Dormir pelo menos 8 horas por noite
  • Beber água constantemente
  • Evitar os fatores desencadeantes
  • Limpar os olhos corretamente
  • Com o tempo seco, há maior dispersão de ácaros e, por isso, é importante lavar e expor ao sol sapatos, roupas e casacos que ficaram guardados por muito tempo no armário
  • Cuidar da higiene das mãos e dos olhos
  • Usar lágrimas artificiais (colírio) diariamente para manter os olhos hidratados e nutridos
  • Consultar um oftalmologista regularmente para exames de rotina




Prof. Dr. Marcelo V. Netto - Médico Assistente e Professor da Universidade de São Paulo, Doutor em Oftalmologia pela Universidade de São Paulo, Fellowship pela Universidade de Washington, Seattle, WA, Pós-Doutor pela The Cleveland Clinic Foundation, Cleveland, OH e Diretor do Instituto Oftalmológico Paulista.





Hora do banho



 

Até na estação mais quente do ano, alguns cuidados precisam ser tomados durante o banho de cães e gatos. O médico veterinário da Max Cat e Gerente Técnico Nacional da Total Alimentos, Marcello Machado dá algumas dicas, confira: 


  1. Banho.   O ideal é que no verão os animais sejam banhados de 15 em 15 dias - mesmo que seja refrescante, o excesso de banho retira a proteção natural da pele do animal, expondo-o mais facilmente a alergias, fungos e doenças dermatológicas. Atenção também para não molhar os ouvidos do pet, coloque algodões para evitar umidade.  
  2. Temperatura da água. Nada de banhos frios, mesmo em dias quentes, a temperatura da água deve ser morna para fria. Realize o banho num lugar sem vento e, de preferência, num dia de sol.
  3. Raças peludas.  Cães e gatos com pelos longos podem tomar banho uma vez por semana no verão e precisam ser secos cuidadosamente.
  4. Escovação dos pelos.  Escove o pet regularmente, isso ajuda muito na saúde da pele, pois remove as células mortas e mantém a pelagem sempre bonita.
  5. Secar. Para secar o pet, use uma toalha felpuda; no caso de animais peludos, utilize um secador, mas deixe o aparelho distante da pele do animal para evitar queimaduras.  Cuide das dobrinhas: em cães como o Sharpei, passe um óleo específico para evitar umidade entre as rugas. Os ouvidos também precisam de atenção, durante o banho coloque um pouco de algodão no ouvido do animal para ajudar a não entrar água. 

Saúde bucal dos animais domésticos requer cuidados



Gengivite e perda dentária em cães são os principais problemas ocasionados pela falta de escovação


Assim como os seres humanos, a saúde do animal também começa pela boca. A falta de escovação pode ser porta de entrada de bactérias responsáveis pela propagação de doenças como inflamação na gengiva e até cardíacas, que podem evoluir para óbito. "Por isso investir na prevenção, com a escovação diária, após as refeições deve ser prioridade. O aumento da longevidade dos cães e gatos tem elevado também infecções causadas a partir da boca" alerta o médico veterinário do Hospital Veterinário da Anhanguera, Felipe Truisi.

Mas nem sempre é uma tarefa simples. "No início é importante acostumar o animal a se familiarizar com a escovação, para que seja um processo prazeroso. Inicialmente a limpeza deve ser feita com um pedaço de algodão enrolado no dedo, realizando movimentos sutis e sempre recompensando o animal para cada comportamento positivo. Caso ele rosne ou tente morder, pare com o processo e dê um determinado tempo até que se acalme. Quando o animal demonstrar bom comportamento, não deixe de fazer afagos, carinhos e dar recompensas, como petiscos. Após se acostumar com o algodão, deve então passar para a dedeira de silicone e adicionar uma pasta dentária própria para cães e gatos", recomenda Felipe.

Segundo o médico veterinário, a escova dental ideal é a que tem as cerdas nos dois lados: uma parte para escovar os dentes da frente (incisivos, caninos e alguns pré-molares), e o outro lado, para escovar os dentes da parte posterior, ou de trás (alguns pré-molares, molares). "No mercado existem diversas escovas para os animais, assim como os enxaguantes bucais para cães, que são despejados no pote de água do animal. Além disso, há diversos utensílios que ajudam na limpeza dos dentes tais como, ossinhos e brinquedos, entretanto, não há nada mais importante ou até mesmo que substitua a própria escovação dentária", reforça o médico veterinário.


Prevenção

Além de realizar a escovação diária, o tutor também deve estar atento a alguns sinais que os animais podem apresentar quando estão com problemas dentários. "O primeiro sinal é mau hálito, outro sinal importante é falta ou queda no apetite, alguns animais ainda podem ter em casos mais severos sangramentos e até mesmo chegar a úlceras bucais", alerta.

Segundo ele, os problemas odontológicos mais comuns em pequenos animais, é a doença periodontal, que pode levar posteriormente há perda dos dentes. "Há também as fraturas dentárias, sendo mais comum em animais de porte grande, como labrador, golden retrivier e pastor alemão, levando a uma exposição da polpa dentária, na qual deverá passar por procedimento para recuperar esse canal. Há também, porém com uma menor incidência tumores na cavidade oral. Já nos felinos, nós também diagnosticamos a doença periodontal, porém os felinos também possuem suas enfermidades características como lesões por reabsorção óssea, úlceras na boca, e graves gengivites", comenta.






Hospital Veterinário da Anhanguera
Av. Dr. Rudge Ramos, 1.701 – Rudge Ramos – SBC
Informações: (11) 4362.9064 | hvetabc@gmail.com




Posts mais acessados