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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Praias e piscinas pedem atenção redobrada com os olhos



Oftalmologista do H.Olhos – Hospital de Olhos Paulista dá dicas de prevenção e cuidados para aproveitar o melhor da estação


O verão está no auge, com muitas pessoas de férias e aproveitando as altas temperaturas para se refrescar nas praias e piscinas. É um período para relaxar, mas sem deixar de lado alguns cuidados com a saúde dos olhos. Para evitar situações que estraguem o momento de descanso, o Dr. Ibraim Viana Vieira, oftalmologista do H.Olhos – Hospital de Olhos Paulista, elenca algumas dicas.


Na água
Ambientes aquáticos, naturais ou artificiais, podem concentrar diversas bactérias, vírus e protozoários que provocam infecções oculares. A conjuntivite, inflamação da membrana que reveste a parte externa do globo ocular, é uma delas. O sal do mar e o cloro das piscinas são outros agentes que irritam os olhos, podendo causar vermelhidão, ardência e a sensação  de olho seco. Ao sair da água, é recomendado usar um colírio lubrificante para melhorar esses sintomas e “lavar” a superfície ocular.


Atenção às lentes de contato
Nessa época do ano, quem necessita de óculos de grau, muitas vezes, prefere utilizar lentes de contato para não precisar se preocupar com a perda do objeto ou mesmo por questões estéticas. Entretanto, não é indicado nadar usando as lentes, uma vez que agentes infecciosos podem se aderir à sua superfície ou mesmo à superfície da córnea, levando a infecções graves. Se a exposição à água for inevitável, são indicadas as lentes de descarte diário, que, depois de utilizadas, devem ser jogadas fora.


Uso de óculos escuros
Óculos escuros são itens obrigatórios ao tomar sol para blindar os olhos dos raios UVA e UVB. Mais do que acessórios estéticos, auxiliam na prevenção de uma série de lesões oculares. Entre elas, ceratite – caracterizada pela inflamação na córnea; aparecimento de pterígio – crescimento de uma membrana fibrovascular sobre a córnea; e catarata – que se trata da opacificação do cristalino. É importante destacar que ao adquirir um par de óculos escuros, deve-se verificar a qualidade das lentes, que devem ser capazes de filtrar entre 99% e 100% de toda a radiação ultravioleta (abaixo dos 400 nm) e filtrar a chamada radiação azul (entre 400 e 500 nm). Os óculos devem possuir um selo que ateste a proteção UV. Optar por modelos de procedência duvidosa é mais crítico do que não usar nada, pois causa a dilatação da pupila devido à baixa luminosidade, permitindo a entrada dos raios nocivos.


Protetores solares e repelentes

Ao utilizar protetor solar ou repelente de insetos, é importante evitar o contato com olhos, devido ao risco de lesões decorrentes dos produtos químicos.  O ideal é lavar as mãos imediatamente após a aplicação e, no caso de transpiração excessiva, retirar o repelente da região do rosto, pois pode escorrer para os olhos. Caso ocorra algum descuido, recomenda-se enxaguar a região com água mineral ou filtrada.

Se mesmo com todos esses cuidados e prevenções algum tipo de irritação ocular aparecer, como vermelhidão, coceira, dor, secreção ou incômodo pela incidência de luz, é fundamental procurar um oftalmologista e evitar a automedicação. Qualquer terapia sem a devida orientação de um médico pode agravar o problema.




Hospital de Olhos Paulista
www.holhospaulista.com.br



Estudo associa incontinência urinária feminina às estrias adquiridas na gravidez



Diagnóstico precoce possibilita tratamento preventivo, efetivo e indolor


Um estudo associando os fatores da incontinência urinária feminina com a existência de estrias graves foi elaborado e publicado pelo Prof Dr Paulo R Cunha, pesquisador e professor da Fac. Med. Jundiaí. Em forma de artigo, o dermatologista traz detalhes sobre esta importante descoberta que poderá revolucionar a prevenção e o tratamento do público feminino, uma vez que a distopia urogenital é um assunto de interesse multidisciplinar, como dermatologia, obstetrícia, ginecologia, urologia, uroginecologia e geriatria.

Publicado em dezembro de 2016 em uma das revistas científicas mais importantes e disputadas do setor, Journal of the European Academy of Dermatology and Venereology, o artigo foi baseado em estudos analisados ao longo dos últimos dez anos e foi intitulado "Estrias como um fator preditivo para distopias urogenitais – incontinência urinária e atrofia vulvovaginal”. 

O tema, ainda pouco explorado, despertou interesse de especialistas principalmente sobre questões de tratamento precoce e cuidados com a saúde da mulher. Segundo Dr Paulo Cunha, a incontinência urinária (e também outras distopias urogenitais) afetam milhões de mulheres no mundo todo. Dentre essas mulheres, 65.9% daquelas com idade entre 40 e 50 anos apresentaram quadro de estrias durante a gravidez ou puberdade.

A associação entre estes dois casos clínicos aparentemente dissociados têm na verdade relação direta, isso porque ambos ocorrem em decorrência da alteração de colágeno e fibras elásticas no organismo da mulher. Seja na região geniturinária, ou em áreas afetadas por estrias, a falta de colágeno e as alterações das fibras elásticas são as grandes vilãs no corpo das mulheres que sofrem de incontinência no período do início da menopausa. 

A boa notícia é que quando identificada precocemente (antes mesmo dos sintomas), a incontinência urinária e distrofia vulvovaginal podem ser tratadas efetivamente, de forma indolor e sem efeitos colaterais com laser de CO₂. Segundo o Dr Paulo Cunha, o laserCO₂ serve como poderoso estimulante para produção de colágeno e fibras elásticas, garantindo que a mulher mantenha sua qualidade de vida e autoestima. Em apenas 3 sessões do tratamento é possível recuperar o tecido da região e prevenir a incontinência urinária, tão comum entre as mulheres.





 Prof. Dr. Paulo R Cunha - Vice-Presidente da Internacional Society of Dermatology, chefe do departamento de Dermatologia da Fac. Med. Jundiaí, professor titular de Dermatologia da Fac. Med. Jundiaí, Livre Docente pela Faculdade de Medicina da USP e Pós-Doutorado na New York University.





Hipertensão e pré-hipertensão são subdiagnosticadas e subtratadas em crianças



O estudo centrou-se em crianças com pressões anormais do sangue em todo os Estados Unidos, e é o primeiro a mostrar um subdiagnóstico generalizado destas condições, por pediatras, em crianças de 3 a 18 anos


Hipertensão e pré-hipertensão em crianças, muitas vezes, não são diagnosticadas, de acordo com um novo estudo publicado no Pediatrics.  A avaliação centrou-se em crianças com pressões anormais do sangue, nos Estados Unidos, e é o primeiro a mostrar um subdiagnóstico generalizado destas condições por pediatras em crianças e adolescentes de 3 a 18 anos.

Para chegar a essas conclusões, os pesquisadores analisaram os registros eletrônicos de saúde de 400 mil crianças de quase 200 centros pediátricos de cuidados primários em todo o país, entre 1999 e 2014. Eles descobriram que apenas 23% daqueles que tinham pressão arterial consistente com hipertensão, mesmo com várias visitas aos prestadores de cuidados primários, foram diagnosticados com a doença. E que apenas 10% dos pacientes com sintomas de pré-hipertensão foram diagnosticados. Das crianças e adolescentes com diagnóstico de hipertensão arterial, há pelo menos um ano, apenas 6% dos que precisavam de medicação anti-hipertensiva receberam receita médica.

Segundo as conclusões, embora mais de 95% das crianças e adolescentes tenham sua pressão arterial elevada medida, os médicos que cuidam das crianças não estão colocando todas as peças do quebra-cabeça juntas em termos de interpretar os resultados e seguir as orientações adequadas para o tratamento.

De acordo com o estudo, os pediatras são mais propensos a diagnosticar hipertensão e pré-hipertensão em crianças altas, do sexo masculino, com sobrepeso ou obesidade e a reconhecer as doenças em crianças com valores de pressão arterial mais anormal e / ou pressão arterial mais frequentemente aferida. Os pesquisadores descobriram que o subdiagnóstico também pode ocorrer nessas populações.

Doenças de adulto cada vez mais cedo

“A nova realidade para os pediatras é que estamos lidando cada vez mais com crianças que estão desenvolvendo condições crônicas, como a hipertensão, diabetes tipo 2, dislipidemias, que, antes, eram previamente vistas principalmente em adultos. O estudo mostra que muitos pediatras não estão respondendo a esta nova realidade, não só subdiagnosticando a hipertensão, mas, muitas vezes, não  fornecendo tratamento recomendado às crianças com a condição, a fim de minimizar os riscos para a saúde”, afirma o pediatra e homeopata Moises Chencinski (CRM-SP 36.349).

A hipertensão (pressão arterial elevada) é uma das dez doenças crônicas mais comuns na infância e predispõe à hipertensão na idade adulta. “Crianças com hipertensão também pode mostrar sinais precoces de doença cardiovascular, que se não tratados podem aumentar a morbidade e a mortalidade, a longo prazo”, diz o pediatra, que é membro do Departamento de Pediatria Ambulatorial e Cuidados Primários da Sociedade de Pediatria de São Paulo.

Em 2007, os mesmos pesquisadores haviam descoberto, estudando dados de aproximadamente 15.000 pacientes pediátricos, dentro de um sistema de saúde menor, que menos de 25% das crianças com hipertensão eram diagnosticadas. O estudo atual utilizou "grandes dados", combinando dados de registros de saúde eletrônicos de quase 200 centros pediátricos de cuidados primários dos EUA para mostrar um resultado muito semelhante em nível nacional.




Moises Chencinski




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