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domingo, 19 de fevereiro de 2017

Por que a blindagem de veículos cresce no Brasil?



Crise socioeconômica, aumento da violência urbana e sentimento de insegurança são apontados como fatores críticos pelo especialista em blindagem veicular, Glauco Splendore

Apesar de o setor de carros leves amargar consequentes retrações na venda de veículos, ocasionando crise na produção e demissões em massa, o segmento de blindagem de veículos permanece em plena ascensão. Segundo dados da Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin), em 1995, a frota de blindados no país somava 388 veículos. Mais de vinte anos depois, esse montante ultrapassa, com folga, os 160 mil. Um crescimento bastante significativo, responsável por alçar o Brasil à liderança mundial neste tipo de processo, ultrapassando países tradicionais como Estados Unidos e México.
Paralelamente a estes dados, crescem de forma acelerada, em território nacional, os índices de violência urbana, com aumento nos números de homicídios e roubos de veículos. Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, há mais assassinatos no Brasil do que em países que estão em guerra. Na Síria, por exemplo, em quatro anos, morreram 256 mil pessoas. No Brasil, no mesmo período, quase 279 mil. E os casos que mais crescem são aqueles ligados ao latrocínio – roubos seguidos de morte (crescimento de 7,8% em 2015).
Para o especialista em segurança e blindagem de veículos automotivos, Glauco Splendore, a busca por proteção particular é, cada vez mais, uma preocupação das famílias brasileiras, que têm deixado de investir em outras frentes para garantir este tipo de segurança. “Temos notado que o crescimento da violência e a sensação de insegurança vêm acompanhando o desejo de se criar alternativas de proteção. As pessoas, muitas vezes, deixam de fazer viagens ou investir na compra de um veículo zero quilômetro para realizar a blindagem”.
Splendore chama a atenção, ainda, para um outro fator que vem marcando esta crescente busca – o maior envolvimento da classe média. “Se antes quem blindava o veículo era o grande empresário, o artista e o político, hoje, pelo que tenho notado, a classe média vem sendo um dos maiores consumidores deste serviço”.
Com mais de mil blindagens realizadas e uma vasta experiência em todo o processo, o especialista destaca, no entanto, que  não só por tratar-se  de um investimento significativo – custa, em média R$ 57 mil – é preciso garantir a efetiva segurança ao optar pela blindadora parceira. “Estamos lidando com vidas. E vida só tem uma. Não existe margem para erros ou jeitinho”, ressalta.
Obter referências documentais da blindadora, conferir minunciosamente o material utilizado e acabamento interno, conhecer o sistema de testagem e obter garantias de que todos os itens, como vidro, portas, ar-condicionado e comandos do veículo estão funcionando perfeitamente ao sair da fábrica são algumas das orientações do especialista.
Além de todos estes cuidados, o profissional destaca que é, literalmente, vital para garantir a tranquilidade do cliente, conhecer as certificações da empresa e saber se ela segue todas as normas, exigidas pelo Exército Brasileiro para obtenção da licença de blindagem. “Se houve uma falha na blindagem, por mínima que seja já não há garantia da proteção”, ressalta Splendore, que inaugura, neste mês, em São Paulo, a empresa Splendore Blindagem. “É um segmento que deverá ter um crescimento entre 15% a 20% neste ano”, enaltece. 



Inadimplência em escolas privadas faz seguro educacional crescer mais de 80% em 2016



Crise econômica faz instituições de ensino recorreram ao seguro para controlar mensalidades em atraso e manter matrículas de alunos.


O seguro educacional, impulsionado pelo aumento da inadimplência por causa da situação econômica do país, teve forte expansão em 2016:  81,04% em relação a 2015, com prêmios da ordem de R$ 44,01 milhões, levando em consideração o acumulado entre janeiro a novembro de 2016, segundo números da FenaPrevi.  Os índices estão relacionados à inadimplência média que as escolas particulares vem apresentando. Só em São Paulo, este número ficou registrado em 8,83% em 2016. É a taxa mais alta desde, pelo menos, 2011, segundo o Sieeesp (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo).

“Nesse contexto de insegurança e crise financeira, nunca foi tão importante a contratação e manutenção do seguro educacional para a instituição de ensino na tentativa de equalizar ou minimizar as perdas financeiras decorrentes do aumento da inadimplência registrado nos últimos anos”, afirma Bruna Timbó, diretora da LTSeg, corretora especializada em seguros e avaliação de riscos e responsável pela implantação de diversos programas de seguros para instituições de ensino.  Segundo ela, a apólice de seguro educacional é uma ferramenta eficiente de controle dessas perdas. “Mas as vantagens não são apenas da instituição de ensino, os alunos, na realidade, são os mais beneficiados, pois o seguro educacional lhes dá a possibilidade de continuar os seus estudos caso o seu responsável financeiro venha a faltar com a sua obrigação de pagamento das mensalidades”, diz. “Como as taxas para a contratação deste seguro variam entre 0,5% até 2% do valor da mensalidade - percentual baixo se levar em consideração que ele pode garantir o estudo do educando por todo ano letivo ou pelo ciclo de estudo (infantil, fundamental, médio) – a contratação do seguro se mostra altamente vantajosa para todos” continua a Diretora da LTSEG Corretora.

O seguro educacional é um produto aprovado pela Superintendência de Seguros Privados (Susep) e tem a sua comercialização estimulada por todo o mercado de seguros em virtude das inúmeras vantagens que oferece seja para a instituição de ensino, seja para o aluno ou o seu responsável financeiro. Dentre estas vantagens estão a proteção do ensino do aluno segurado nos casos de morte ou incapacidade do responsável financeiro, as despesas médico hospitalares do aluno em caso de acidente ocorrido na escola ou no transporte de casa para a escola, custos com rematrícula, dependência, material escolar e formatura e mesmo a garantia do pagamento de mensalidades em casos de desemprego e perda de renda do responsável financeiro, são exemplos de coberturas adicionais do seguro educacional, lembrando que é preciso observar o que é contratado por cada instituição de ensino. “É um produto completo que atende grande parte das necessidades dos envolvidos numa relação de ensino”, avalia Bruna Timbó.

Embora possua tantas vantagens e benefícios, o seguro educacional ainda é um produto pouco conhecido e pouco implementado pelas instituições de ensino. Desta forma, é interessante que não apenas as escolas, colégios, faculdades e universidades procurem conhecer o produto, mas também os alunos e suas famílias pressionem as instituições de ensino para que disponibilizem essa solução. “O custo atual do seguro é irrelevante quando se tem, em contrapartida, a garantia do ensino ao aluno. Todo pai ou mãe sabe que somente por meio do conhecimento poderemos garantir um futuro melhor para os nossos filhos e o seguro educacional é um alívio que, como responsáveis pelas nossas crianças, devemos nos permitir”, finaliza a executiva.




LTSeg





FGTS: quem está autorizado a sacar?



Poderá ter acesso ao valor total do fundo a pessoa demitida
por justa causa ou que pediu demissão até 31 de dezembro de 2015


            O Governo Federal anunciou em janeiro uma série de iniciativas que visam estimular a economia brasileira. Entre as medidas, está a permissão de saque de valores bloqueados em contas inativas do FGTS - o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço. 

            De acordo com a declaração do presidente Michel Temer, o objetivo da liberação do FGTS é recompor a renda do trabalhador e, por consequência, aquecer a economia. A medida prevê que poderá ter acesso ao valor total do fundo a pessoa demitida por justa causa ou que pediu demissão até 31 de dezembro de 2015, mesmo estando hoje formalmente empregada.    
    
            O advogado do Departamento Trabalhista da ABA, Rafael Joppert, alerta, porém, que a iniciativa não é válida para contas ativas, ou seja, com dinheiro depositado por empregador atual.  “Tem-se por contas inativas do FGTS aquelas que não recebem mais depósito do empregador por conta da extinção do contrato de trabalho”, explica.

            Joppert considera a medida positiva por conta do período de crise econômica e do desemprego recorde pelo qual o país passa, mas questiona a falta de limite para o saque do FGTS e a possibilidade de uso para qualquer fim. 

            “O Governo Federal espera injetar mais de R$ 30 bilhões na economia brasileira, mas vale considerar que pessoas com renda mais elevada e que possuem altas quantias disponíveis podem querer sacar o valor apenas para direcioná-lo à poupança ou outro fundo de investimento – tendo em vista que o FGTS apresenta um rendimento baixo. Nestes casos, o propósito central de movimentação da economia se perde”, enfatiza.

            Existe ainda o questionamento sobre como os setores que fazem uso do FGTS serão impactados. Há quem argumente que áreas como Habitação, Mobilidade Urbana e Saneamento poderão sofrer com a medida. Dentro destes setores se encontra, por exemplo, o projeto de financiamento de moradias Minha Casa Minha Vida. O Governo Federal, porém, garante que a medida não proporcionará impactos negativos.

            O saque das contas inativas será realizado a partir do dia 10 de março. O calendário foi divulgado pelo Ministério do Planejamento no último dia 14 e adotou como base a data de nascimento dos beneficiários. 


Data de nascimento
Saque a partir de
Janeiro e fevereiro
10 de março
Março, abril e maio
10 de abril
Junho, julho e agosto
12 de maio
Setembro, outubro e novembro
16 de junho
Dezembro
14 de julho
                                  



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