PREVENÇÃO
Em São Paulo, devem ser vacinadas um milhão de
meninas contra HPV
Para o estado, serão
enviadas 2,1 milhões de doses. Em 2015, a vacina passa a ser oferecida para as
adolescentes de 9 a 11 anos e em 2016 às meninas de 9 anos.
A partir de 10 de
março, o Sistema Único de Saúde (SUS) passa a oferecer a vacina contra o
Papiloma Vírus Humano (HPV), usada na prevenção do câncer de colo do útero.
Neste ano, serão vacinadas meninas de 11 a 13 anos. Em São Paulo, 1 milhão de
adolescentes deverão ser imunizadas, apenas em 2014. A estratégia de vacinação
nas unidades da rede pública do país e nas escolas, além da campanha de
mobilização ao público-alvo, foram apresentadas, nesta quarta-feira (22), pelo
ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
A vacina estará
disponível nos 36 mil postos da rede pública durante todo o ano, como parte da
rotina de imunização. O Ministério da Saúde, no entanto, está incentivando às
secretarias estaduais e municipais de saúde que promovam, em parceria com as
secretarias de educação, a vacinação em escolas públicas e privadas. Para
orientar esta mobilização, já foi distribuído informe técnico aos estados e
municípios e, em fevereiro, inicia a capacitação a distância aos profissionais
de saúde e professores. Também está previsto reforço nas escolas sobre a
importância da vacina para adolescentes, pais e professores, com distribuição
do Guia Prático sobre HPV.Cada adolescente deverá tomar três doses para completar a proteção, sendo que a segunda seis meses depois e a terceira cinco anos após a primeira dose. Em 2015, a vacina passa a ser oferecida para as adolescentes de 9 a 11 anos e em 2016 às meninas de 9 anos. A meta do Ministério da Saúde é atingir 80% do público-alvo, composto por 5,2 milhões de meninas. A vacina contra HPV garante proteção de 98% contra o câncer de colo do útero.
Para o primeiro ano de vacinação, o Ministério da Saúde adquiriu 15 milhões de doses. Em São Paulo, serão enviadas 2,1 milhões de doses ao longo de 2014. Será utilizada a vacina quadrivalente, que confere proteção contra quatro subtipos (6, 11, 16 e 18). Os subtipos 16 e 18 são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer de colo do útero em todo mundo. O vírus HPV é uma das principais causas de ocorrência do câncer do colo de útero - terceira maior taxa de incidência entre os cânceres que atingem as mulheres.
CAMPANHA - O Ministério da Saúde
preparou uma campanha informativa para orientar a população sobre a importância
da prevenção contra o câncer do colo de útero. Com tema “Cada menina é de um
jeito, mas todas precisam de proteção”, as peças convocam as meninas para se
vacinar. Na campanha, as mulheres também são alertadas de que a prevenção do
câncer de colo do útero deve ser permanente. As informações serão veiculadas
por meio de cartazes, spot de rádio, filme para TV, anúncio em revistas,
outdoors e campanhas na internet, especialmente nas redes sociais.
SEGURANÇA - A vacina contra HPV tem
eficácia comprovada para proteger mulheres que ainda não iniciaram a vida
sexual e, por isso, não tiveram nenhum contato com o vírus. Hoje, é utilizada
como estratégia de saúde pública em 51 países. A sua segurança é reforçada pelo
Conselho Consultivo Global sobre Segurança de Vacinas da Organização Mundial de
Saúde (OMS).
O HPV é um vírus
transmitido pelo contato direto com pele ou mucosas infectadas por meio de
relação sexual. Também pode ser transmitido da mãe para filho no momento do
parto. Estimativa da Organização Mundial da Saúde aponta que 290 milhões
de mulheres no mundo são portadoras da doença, sendo 32% infectadas pelos tipos
16 e 18. O Ministério da Saúde orienta que mulheres na faixa etária dos
25 aos 64 anos façam o exame preventivo, o Papanicolau, anualmente. A vacina
não substitui a realização do exame preventivo e nem o uso do preservativo nas
relações sexuais.
Carlos Américo
Agência Saúde – Ascom/MS