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terça-feira, 20 de abril de 2021

Os jovens no mercado de trabalho

Com pouca idade, é difícil competir com outros candidatos


A adolescência é um período confuso na vida de todos. Nem crianças, mas tampouco adultos, os jovens nessa idade querem ter dos pais mais liberdade e independência e, um dos modos de conseguir isso, é com a contratação e entrada no mercado de trabalho. Entretanto, apesar de muita disposição, saúde e desejo em aprender, as empresas, em sua maioria, não oportunizam vagas de trabalho para pessoas dessa idade, já que acreditam não serem capazes de realizar as funções propostas

Parar de depender dos pais para sair, comprar coisas pessoais e até mesmo poupar dinheiro, é o desejo de muitos jovens. Porém, com o mercado de trabalho cada vez mais condensado, competitivo e, logo, mais exigente, fica difícil para esses de pouca idade e experiência, conseguirem alguma vaga. 

Desse modo, “é preciso que os jovens tenham atitude de destaque, que façam a empresa desejar ter um colaborador como ele”, explica Madalena Feliciano, gestora de carreiras e especialista em recolocação no mercado de trabalho.

De acordo com a pesquisa Juventude e Trabalho do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV), entre 2014 e 2019, as pessoas que têm entre 15 e 29 anos perderam 14% da renda proveniente do trabalho. Isso nos mostra que, quando se veem com idade suficiente para ter uma carteira de trabalho e iniciarem no mundo dos negócios, os jovens encontram, além da dificuldade de serem contratados por não terem experiências anteriores, também outros problemas referentes à idade. Para Madalena, são elas:

  • Demonstrar a sua competência profissional;
  • Encontrar empresas que tenham a ver com a sua ambição;
  • Adquirir inteligência emocional.

“Dessas três dificuldades mais comuns, os jovens acabam por postergar, assim, a sua entrada no mercado de trabalho, de modo que  sua colocação comece a ficar cada vez mais difícil”, explica a gestora. 

Em alguns casos, mesmo estando matriculado em alguma faculdade e tendo algum tipo de formação extra, os jovens ainda assim encontram dificuldades para a sua iniciação no mercado de trabalho. Por isso, para conseguir se destacar e conseguir uma oportunidade, Madalena Feliciano dá algumas dicas:

  • Tenha inteligência emocional: Muito mais do que apenas controlar a ansiedade, uma pessoa inteligente emocionalmente consegue se portar da melhor forma nas mais variadas situações e, por isso, é muito apreciada entre os recrutadores;
  • Dedique-se ao seu currículo: Mostre a eles o que eles ainda não viram. Suas posições de liderança, capacidade de resolver rapidamente algum conflito… O que você tem a oferecer para a empresa?;
  • Nunca pare de aprender: Mesmo que já tenha um currículo com algumas formações e cursos, sempre continue em busca de conhecimento. Isso mostra que você é uma pessoa dedicada e que não fica estagnada na sua zona de conforto;
  • Na hora de buscar um emprego, tenha foco: Não adianta sair entregando mil e um currículos por aí. Decida onde, quando e porquê quer trabalhar em N empresas do segmento X. Faça como uma peneira e filtre o que de fato você quer.
  • Envolva-se em trabalhos voluntários, atividades sociais, este tipo de atitude pode trazer experiências e ainda contribuir com sua carreira

Para conseguir um emprego, “mostrar que é diferente dos outros candidatos é o que te coloca no mercado de trabalho. Apesar de ser jovem, você com certeza tem habilidades que muitas pessoas não têm. Use isso ao seu favor”, finaliza a gestora. 

 



Madalena Feliciano - Gestora de Carreira e Hipnoterapeuta

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O perfil da liderança no novo capitalismo


Hoje caminhamos para um novo capitalismo, o dinheiro, antes concentrado nas grandes corporações, começa a chegar mais facilmente a empresas menores, por diferentes mecanismos, o poder também começa a ser descentralizado porque o conhecimento é disseminado de forma mais rápida e, na medida que isso ocorre, você começa a ter protagonismo vindo de onde outras partes. Antes os grandes bancos, por exemplo, dominavam o mercado, você tinha que pagar uma mensalidade para ter uma conta corrente, hoje tem várias opções gratuitas para manter uma conta.  

Nas companhias, as decisões deixam de ser adotadas lá no “Olimpo”, ou seja exclusivamente ou majoritariamente pelo presidente, esse poder está cada vez mais descentralizado de forma que os times podem decidir como contribuir para a execução da estratégia da empresa e, especialmente, no que diz respeito ao processo de inovação. É fato que ainda há uma forte direção top down pelos executivos, e ainda haverá por bastante tempo, pois a cultura não muda da noite para o dia, mas não tem como negar que os times estão mais participativos. Esse novo cenário também impõe a mudança no perfil do líder, que dentre suas características têm como destaque a orientação de servir. 

 

Antes, para tomar qualquer decisão, era necessário consultar o líder e este, o seu líder. Cada ação demandava: faço isso, faço aquilo, ou ainda: eu faço o que? A resposta, geralmente, seguia um caminho: faça isso. Agora, o líder deixa de dar a resposta correta e passa a ajudar a fazer as perguntas certas para construir, junto com o time, o caminho que precisa ser trilhado para traçar a estratégia da organização, com isso, necessariamente as pessoas se engajam muito mais. Por que? Porque elas estão opinando, se sentem ouvidas. Aqui se aplica a tão aclamada empatia, o líder se coloca no lugar do outro e entende que ele necessita das pessoas contribuindo para a estratégia. O perfil de liderança passa a ser o de uma liderança mais humana que consegue se relacionar com as pessoas, criar um ambiente adequado para  que elas deem o seu melhor. Nesse sentido, a administração via OKRs - Objectives Keys Results - se torna  fundamental, justamente por ter como pilar um modelo de gestão mais ágil, mais ajustada aos tempos em que vivemos e, principalmente, por olhar para cada indivíduo e área da empresa como elementos que compõem o todo, o que ajuda a criar um sentimento de unidade e de colaboração. 

Quanto ao questionamento: esse novo capitalismo é uma passagem para algo ainda a ser descoberto ou chegou para ficar? Tendo a achar que ainda está chegando e vem para ficar. É uma mudança muito importante. As perspectivas financeiras continuam existindo, claro, afinal a longevidade das empresas depende da geração de lucro, mas existe, na minha visão, o papel que as empresas têm não é só o de gerar lucros, mas o de contribuir para o progresso da sociedade de maneira geral. Acredito firmemente que muita coisa boa pode surgir a partir desse novo cenário.

 

 


Pedro Signorelli - tornou-se especialista na implementação do método OKR e, em 2019, criou e fundou a Pragmática Consultoria em Gestão, com o objetivo de ajudar outras organizações em suas jornadas de transformação e gestão. Nos últimos seis anos, atuou no segmento de Telecomunicações em importantes players como a Nextel, na qual fez parte de um dos maiores processos de transformação empresarial do País. Por meio da implementação do método OKR’s permitiu construir um framework de uma organização engajada, que maximiza resultados e que aprende, adaptável conforme o cenário. 

http://www.gestaopragmatica.com.br/ 


Turismo das vacinas preocupa autoridades americanas

Brasileiros estão entre os principais viajantes que buscam a vacinação nos Estados Unidos.

 

Os Estados Unidos tem sido alvo do chamado "Turismo das vacinas", o que tem despertado preocupação nas autoridades de saúde e indignação na população do país. Desde o início da vacinação em massa contra a covid-19 nos EUA, em janeiro, relatos de não-residentes que viajaram de outras localidades em busca de doses das vacinas americanas são cada vez mais frequentes. 

O Departamento de Saúde da Flórida informou que apenas em janeiro, cerca de 52 mil vacinados foram registrados como pessoas que viviam "fora da região", o que pode significar tantos quem mora em outros estados americanos quanto estrangeiros apenas viajando pelos EUA. Da mesma forma, estima-se que cerca de 25% das doses alocadas para a cidade de Nova York foram administradas em não-residentes. 

“Com o avanço do turismo das vacinas, milhares de pessoas que de fato residem nos estados onde as doses estão sendo aplicadas e são dos grupos prioritários (profissionais de saúde, pessoas com mais de 60 anos, pessoas com comorbidades, funcionários de escolas, bombeiros e policiais) sofrem com a falta de agendamentos para vacinação, e já há relatos de escassez de vacinas em diversas localidades” – observou o advogado de imigração brasileiro/americano Felipe Alexandre. 

Para combater o problema causado pelo turismo das vacinas, Florida, Califórnia, Nova York e Texas passaram a exigir comprovantes de residência local para quem busca a vacinação, e a tendência é que outros estados adotem medidas semelhantes.  

Ainda assim, a grande maioria da população com mais de 65 anos continua sendo atendida normalmente mesmos sem apresentar estes documentos, já que para grande parte da comunidade médica a vacinação deve atender a todos, independente de onde residam ou de seus status imigratórios. Além disso, as próprias autoridades sanitárias americanas reconhecem que não há como verificar a validade dos comprovantes apresentados devido ao número limitado de funcionários e ao tempo que isso levaria. 

“Para dificultar ainda mais o controle do turismo de vacinas, existem muitos estrangeiros que não moram nos Estados Unidos, mas possuem imóveis registrados no país, e podem, portanto, se declararem como residentes para “driblar” as autoridades americanas. Muitos brasileiros têm conseguido se vacinar nos EUA desta forma” – frisou Felipe Alexandre, que também é fundador da AG Immigration, escritório americano que tem auxiliado centenas de brasileiros com seus processos de imigração para os Estados Unidos. 

De fato o Brasil, juntamente com o México, são os países que mais tem movimentado o turismo de vacinas nos EUA. Devido a proximidade, milhares de mexicanos tem atravessado as fronteiras, especialmente com o Texas, atrás das doses de imunização. Já para os brasileiros a busca pelas vacinas americanas exige uma logística maior, uma vez que apenas cidadãos americanos, portadores de green card e algumas outras exceções podem atualmente voar do Brasil para os EUA, devido as restrições impostas pela pandemia ao país. 

Os brasileiros interessados nas vacinas, em geral pessoas com maior recurso financeiro, tem viajado inicialmente para países que não sofrem com as mesmas restrições do Brasil, onde permanecem por 14 dias (período de quarentena) e realizam testes de covid-19 antes da viagem aos EUA. Ao finalmente chegar na América, o próximo passo do “turista da vacina” é descobrir aonde estão sendo oferecidas as chamadas “sobra de doses”, isto porque após um dia inteiro de vacinação nos EUA existe a possibilidade de haver uma sobra de doses de imunizantes que não podem ser reaproveitados no dia seguinte, e que portando são administradas para quem se dispor a ficar horas aguardando em filas enormes do lado de fora dos centros de vacinação. 

“A informação das filas para sobra de vacinas se espalhou rapidamente pela comunidade brasileira nos EUA, principalmente em Orlando e Miami. São muitos os relatos de brasileiros que conseguiram ser vacinados mesmo sem morarem no país ou sem fazerem parte do grupo prioritário para receber a vacinação neste momento. Segundo estes relatos foi preciso apenas apresentar um documento de identificação, como uma carteira de motorista ou o passaporte, para receber a desejada dose” – informou Felipe Alexandre. 

Além disso, determinadas vacinas também já estão disponíveis em grandes supermercados e farmácias como Walmart, Walgreens, CVS e Publix, com horário marcado para quem pertencer aos grupos prioritários, sem que seja exigida comprovação de residência local. 

Embora de fato muitos estrangeiros tenham conseguido, o turismo das vacinas é uma prática arriscada e que deve ser cada vez mais combatida nos próximos meses. Não há unanimidade quanto aos procedimentos e cada local tem suas próprias regras. Além disso, existe um debate moral e ético que deve ser considerado na hora de buscar a imunização na frente de pessoas que de fato precisam ser tratadas como prioridade. 

“Embora seja compreensível que as pessoas estejam preocupadas com o contágio e busquem se vacinar o mais breve possível, é preciso ter em mente que para que alguns sejam vacinados desta forma outras pessoas mais necessitadas ficarão sem a vacina. Especialmente neste momento em que o novo governo americano está buscando adotar medidas mais acolhedoras e inclusivas para a chegada de estrangeiros na América, o turismo das vacinas acaba sendo prejudicial para a imagem de outras nações nos Estados Unidos” – completou Felipe Alexandre.

 


Dr. Felipe Alexandre - advogado americano/brasileiro de imigração e fundador da AG Immigration:  Ele é considerado há vários anos pelo “American Institute of Legal Counsel” como um dos 10 melhores advogados de imigração de NY e referência sobre vistos e green cards para os EUA


 

AG Immigration

https://agimmigration.law/

Fone: +1 (407) 728-6033 (11) 4210-3678 

e-mail: info@agimmigration.law  


Educação: não acaba quando termina

2020 nos mostrou ainda mais o quão importante é NUNCA parar de estudar na vida. Se já vivíamos na era em que a aprendizagem acontece ao longo de toda a nossa vida e não em um período determinado (na escola, por exemplo), vemos que hoje o indivíduo tem a capacidade de aprender independentemente da idade, forma e  o contexto na qual ele está inserido. 

Sabemos que há uma uma necessidade emergente e contínua de aprendizado por meio de outros formatos depois da formação profissional e este ano nos mostrou que as possibilidades para isso acontecer são inúmeras! Processos de aprendizagem customizados e pensados no aluno, o estímulo a autoaprendizagem, o ensino híbrido (entre encontros síncronos e assíncronos) e a ampliação de métodos inovadores que estimulam o aprendizado de maneiras diferentes, como gamificação, apps, trilhas de aprendizagem e pílulas do conhecimento, são apenas alguns exemplos de como podemos viver aprendendo.

 

Investir no lifelong learning (aprendizado ao longo da vida, em inglês) significa estimular de maneira voluntária, proativa e permanente o desenvolvimento pessoal e profissional do indivíduo, a partir destas diversas experiências de aprendizagem. Além do ambiente educacional em si, o conceito tem sido adotado no ambiente corporativo para incentivar o fortalecimento de uma cultura organizacional que valorize o processo de aprendizagem entre os profissionais. Afinal, em um mercado de trabalho tão competitivo, já não basta ao profissional o domínio de uma função. É preciso um processo de formação contínuo, que o ajude a desenvolver um conjunto de habilidades pessoais e profissionais para lidar com os desafios do ambiente corporativo e do mercado de trabalho.

 

Após estas reflexões, penso que aprender ao longo da vida é fundamental para buscar se aperfeiçoar e aprofundar em seus conhecimentos para suportar as demandas da própria vida pessoal e profissional. Sabemos que tudo muda e de maneira extremamente rápida. É preciso nos adaptar e readaptar à inúmeras transformações e sermos interessantes ao mundo do trabalho.

Aprender ao longo da vida é uma necessidade de todos!

 



Flora Alves - CLO da SG – Aprendizagem Corporativa e idealizadora do Trahentem®


JOVENS RESPONDEM QUAL É A PRIORIDADE NA ESCOLHA DE UMA VAGA

Entenda quais são as principais motivações dos mais novos para as oportunidades de atuação no mercado de trabalho


Quais aspectos são considerados relevantes na escolha de uma vaga de estágio, emprego ou aprendizagem? Para entender como os jovens encaram essa questão, o Nube - Núcleo Brasileiro de Estágios fez uma pesquisa e perguntou: “além da remuneração, qual é sua prioridade mais importante na escolha de uma vaga?”. O estudo ficou no ar entre 22 de fevereiro e 5 de março de 2021 e contou com a participação de 47.350 brasileiros entre 15 e 29 anos.  

A maioria (54,7% ou 25.920) dos respondentes, apontou como o principal critério as oportunidades de promoção e crescimento. Para o analista de treinamentos do Nube, Everton Santos, os profissionais atualizam suas habilidades e certificações em busca de ascensão e visibilidade. “Portanto, dispor de um ambiente estruturalmente apto para acolher o indivíduo é um diferencial para a empresa fornecer”, destaca. De acordo com ele, a entidade quando oferece esse tipo de iniciativa, aumenta a motivação e engajamento dos times.  

Para 19,5% (9.247) dos participantes, satisfação pessoal com as atividades desenvolvidas é o principal ponto. O especialista explica como estar feliz com as incumbências pode movimentar a escolha, trazendo novas descobertas e aumentando a notoriedade da pessoa no mercado. “Realizar uma auto análise a fim de alinhar seus valores aos propósitos da corporação pode nortear melhores ações de transformação individual e do contexto corporativo”, comenta.  

Uma vaga oferecendo equilíbrio entre labor e vida fora do escritório é a ambição de outros 13,7% (6.508). “É importante garantir espaços em sua rotina para o autocuidado e à qualidade de vida, discernindo com mais clareza as metas e objetivos a serem alcançados dentro da organização. Por sua vez, a companhia pode adotar medidas visando aumentar o engajamento de seus colaboradores a respeito da manutenção do bem estar e boas práticas”, complementa Santos. 

Já 7% (3.355) querem fazer algo significativo para a sociedade. Segundo o analista, elencar escopos é natural para o ser humano e isso se reflete nas escolhas profissionais. “Fazer parte de uma entidade com responsabilidades além do negócio, como questões sociais ou ambientais, relacionadas à diversidade e respeito à liberdade de expressão, gera identificação por parte dos seus funcionários. Isso melhora a satisfação de suas equipes e a qualidade dos resultados apresentados, possibilitando o exercício da cidadania para as equipes”.  

Por fim, 4,9% (2.320) prezam pela segurança no trabalho, sem riscos de desligamento. “São diversas as variáveis a serem analisadas”, destaca o analista. Para esses, “é importante compreender o mercado de acordo com sua função, a instabilidade da empresa em tempos de crise e o seu desenvolvimento pessoal frente às entregas realizadas”, continua. 

Santos finaliza destacando a importância de ficar antenado à realidade atual e à economia porque isso também ajudará na caminhada. “O cenário é incerto, por isso se manter informado, solicitar feedbacks à gestão e realizar boas entregas pode auxiliar a sustentar sua colocação”, conclui. 

 


Fonte: Everton Santos, analista de treinamento do Nube

www.nube.com.br


Solidariedade empresarial é uma das grandes lições da pandemia

Evoluir, constantemente, nas pautas relativas à sustentabilidade é uma das diretrizes de toda empresa responsável. Isso significa respeitar os aspectos socioambientais, zelar pelo bem-estar e desenvolvimento dos colaboradores e das comunidades onde atua, promover a diversidade e a inclusão e – depois do surgimento da pandemia do novo coronavírus – também praticar a solidariedade. Olhando para trás, um ano após o início do período de isolamento social no Brasil, e para o agora, percebe-se que uma das grandes lições para o mundo corporativo foi realmente esta: a relevância da generosidade e do investimento filantrópico como forma de contribuição para a solução de problemas da sociedade. Posicionamento estratégico pelo qual as organizações serão ainda mais cobradas.

Esse movimento já mostrou sua força ao longo de 2020, quando, de maneira emergencial, milhares de companhias realizaram doações pontuais para minimizar situações críticas. Alguns exemplos são a compra de equipamentos e insumos médico-hospitalares para hospitais e outras instituições, bem como a distribuição de alimentos, medicamentos, material de limpeza e higiene, roupas e calçados a famílias e entidades impactadas pela crise provocada pela Covid-19, entre outras iniciativas, nem sempre atreladas ao aporte financeiro. Tudo isso deixou em evidência, dentro e fora das companhias, o quanto o espírito colaborativo é essencial para enfrentar desafios globais, especialmente porque as corporações estão inseridas em uma sociedade onde todos dependem uns dos outros.

É fundamental, portanto, transformar a solidariedade empresarial em uma cultura organizacional, com legitimidade, autenticidade, convicção e coerência, em vez de apenas mantê-la como um recurso momentâneo. Em outras palavras, ampliar o foco, desenvolver um propósito e estabelecer um novo compromisso, de longo prazo, com as comunidades, de modo a contribuir efetivamente para um mundo melhor. Neste momento em que tanto se fala na importância de se construir um legado, nada mais natural do que se sensibilizar com as dificuldades do outro, valorizar o ser humano e, consequentemente, aprimorar o apoio social – o que vai muito além de realizar doações, mesmo que de maneira estruturada.

E, se essa reflexão, por si só, não for suficiente para garantir empresas sempre preocupadas com a responsabilidade socioambiental e com a geração de impactos positivos para a população, vale lembrar que os resultados das companhias não estão mais relacionados somente aos indicadores financeiros. Existe uma transformação tanto no posicionamento do consumidor – cada vez mais consciente e preferindo as marcas que prezem pela sustentabilidade –, quanto dos investidores. Muitos já não se interessam por negócios que não contemplem a tão comentada sigla, em inglês, ESG (environmental, social and corporate governance). Outros estão de olho no engajamento das corporações em relação aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), elaborados pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Todo esse panorama indica que atuar com base nessas estratégias, que agregam, fortemente, o senso de solidariedade, é um caminho sem volta. A empresa que quiser prosperar e assegurar a perenidade precisa, também, pensar e desenvolver o seu entorno. Não há mais espaço para buscar somente metas e resultados, sem dar atenção à consolidação de um propósito mais amplo. Ou seja, à implementação de uma gestão que tenha a humanização entre os pilares do negócio e que contribua para uma transformação social verdadeira.

 



Dênio de Oliveira - presidente da Bem Brasil Alimentos, fabricante 100% brasileira de batata pré-frita congelada e líder em vendas no país.


Como a LGPD afeta o comportamento dos comerciantes?


Muito se tem ouvido falar sobre a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). E como será que fica essa questão agora na Black Friday? Com a chegada da pandemia em 2020, o comportamento dos consumidores mudou e agora a preferência é realizar compras pela internet. Para se ter uma ideia, de acordo com uma pesquisa recente encomendada pelo Google e realizada pela Provokers, 40% dos consumidores pretendem comprar na Black Friday exclusivamente de forma digital este ano.

Com essa tendência, os consumidores precisam ficar por dentro dos seus direitos garantidos pela LGPD, que traz a obrigação das empresas de criar um sistema de proteção das informações pessoais dos consumidores, que geram a possibilidade de identificação das pessoas. Isso é um direito à privacidade. Quando falamos das relações de compra e venda existe um detalhe que o consumidor tem o direito de saber: qual a finalidade do uso dos seus dados pessoais, como vai ser usado, quais os mecanismos de proteção que a empresa oferece - é um dever da organização criar esse sistema de proteção e avisar de alguma forma o seu cliente.

Exemplificando na prática o que eu quis dizer acima, alguma vez você foi ao shopping trocar uma mercadoria que ganhou de presente e o vendedor exigiu que você fizesse um cadastro só para realizar aquela troca? Quando isso acontecer, é preciso ter em mente que a loja deve dizer para que eles precisam dos seus dados - nem que seja para enviar novidades sobre os produtos ou descontos por email (o famoso e-mail marketing), mas você precisa saber qual a finalidade daquilo.

Essa atenção deve ser redobrada em uma época como a Black Friday, onde o consumo de mercadorias tende a aumentar. As empresas precisam se preparar para a data, e informar seus consumidores sobre a finalidade da coleta de dados pessoais e o mesmo precisa se atentar e decidir se quer ou não informar os seus dados. Caso contrário, isso pode gerar um problema judicial.


Como o consumidor pode se proteger?

Antes de efetuar uma compra online, o consumidor deverá verificar se o site oferece informações sobre a empresa, se tem certificado de segurança, se possui telefone para contato caso dê algum problema com a compra, que são direitos clássicos. Em casos de problemas com os dados em compras online, a LGPD é aplicada da mesma forma do que em situações de compras presenciais: a empresa vai exigir somente os dados necessários para a realização da venda e demonstrar qual é a finalidade de uso desses dados. Tudo isso tem que ser mostrado na hora do preenchimento do cadastro.


A Lei entra em vigor em 2021

Apesar das penalidades da lei entrar em vigor apenas no dia 01 de agosto de 2021, já existem casos em que o direito do consumidor permite a aplicação de uma multa, no momento em que há uma denúncia de uma empresa que utilizou os dados de alguma forma sem avisar, com fundamento no direito do consumidor.

Podemos citar como um exemplo recente o caso da construtora Cyrela, em que uma consumidora recebeu uma ligação indesejada de uma empresa oferecendo serviços de decoração. A moça havia acabado de comprar um imóvel da construtora e esse contato estava vinculado a empresa, ou seja, a Cyrela compartilhou os dados pessoais da consumidora com a empresa de decoração, sem pedir permissão. O caso finalizou na justiça com uma indenização de 10 mil reais.

Portanto, a LGPD tem um papel muito importante na proteção de dados pessoais. Sabemos que hoje em dia, com a tecnologia, está cada vez mais fácil o uso de dados para aplicação de golpes. A Black Friday é um momento de consumir com prazer, sem preocupações, mas para isso requer uma atenção dobrada de quem está comprando e, por outro lado, um reforço maior de proteção da parte das empresas com os seus consumidores, a fim de estar em conformidade com a lei.





Rubens Leite - advogado e sócio-gestor da RGL Advogados.


Agricultura de precisão e adubação ambientalmente correta

Em sua propriedade o produtor rural Vicente iniciou um diagnóstico do solo para avaliar a necessidade de fertilizantes. O objetivo era reduzir o custo com a aplicação de fertilizantes. Foi sabendo sobre a utilidade da agricultura de precisão que Vicente encontrou o caminho para fornecer a dose necessária de uma maneira muito localizada.

 

O termo agricultura de precisão, frequentemente abreviado como AP, é um conceito de gestão agrícola moderna que usa técnicas digitais para monitorar e otimizar os processos de produção agrícola. O principal objetivo desta ferramenta é a otimização. Em vez de aplicar uma quantidade igual de fertilizante em uma área inteira, a agricultura de precisão leva em conta as variações dentro da área e aplica doses de fertilizante de acordo com as variações. Isso permite otimizar o uso de fertilizantes, reduzir custos e diminuir o impacto ambiental.

 

“O processo ainda está em andamento, mas quando terminar, poderei saber os teores de nutrientes e o pH quase por metro quadrado”, explica Vicente.

 

Este diagnóstico é ainda mais importante porque, entre 2013, Vicente iniciou o plantio de duas safras, com soja e milho, em sua propriedade de 1000 ha. O manejo foi então alongado e a questão da adubação veio à tona. “Adubar duas culturas representou um custo significativo. Meu objetivo é ser capaz de usar o fertilizante certo no lugar certo”, explica Vicente.

 

O sucesso de uma propriedade não está somente em ter altos rendimentos das culturas, mas também ter um bom retorno econômico. “Nosso desafio está na qualidade da nossa produção, mas também no aspecto ambiental. A agricultura de precisão torna possível atender a esses dois critérios ", diz Vicente.

 

O objetivo da agricultura de precisão é homogeneizar o rendimento das safras, fornecendo a dose certa de fertilizante necessária. Pode, portanto, impactar o balanço econômico da fazenda de duas maneiras: ou, como na propriedade do Vicente, permite reduzir despesas otimizando a compra de fertilizantes, ou permite aumentar a produtividade em certas áreas que anteriormente eram mal adubadas.

 

Mediante o uso da agricultura de precisão é possível obter os mapas de produtividade da propriedade do Vicente. "Os mapas de produtividade são importantes, mas não foram feitos para pendurar na parede, onde fica muito bonito. Eles são sobrepostos aos mapas de diagnósticos do solo, o que fazem tomar maior importância", reitera Vicente.

 

Só é possível alcançar esse resultado, se houver primeiro investimento no processo. O diagnóstico realizado por Vicente representa, por si só, um investimento monetário por hectare. O equipamento para modular a informação também representa um investimento significativo. No entanto, a economia feita com a redução do volume de fertilizantes e outros insumos pode reembolsar rapidamente os custos da aplicação da agricultura de precisão.

 

Com o crescente uso de fertilizantes e produtos fitossanitários foi necessário otimizar o uso para proteger as pessoas e o meio ambiente. A agricultura de precisão conta com ferramentas tecnológicas que auxiliam o agricultor a tomar as melhores decisões possíveis para suas safras, se tornando a ponta de lança da agricultura sustentável.

 

Com objetivo de melhorar a percepção da população em relação às funções e os benefícios dos fertilizantes, foi estabelecida no Brasil, em 2016, a iniciativa Nutrientes Para a Vida (NPV). A NPV possui visão, missão e valores análogos aos da coirmã americana, a Nutrients For Life. Sua principal missão é destacar e informar a respeito da relevância dos fertilizantes para o aumento da qualidade e segurança da produção alimentar, colaborando com melhores quantidades de nutrientes nos alimentos e, consequentemente, com uma melhor nutrição e saúde humana.

 




 

Valter Casarin - engenheiro agrônomo da iniciativa Nutrientes para a Vida

 

 

Permutas são usadas para alavancar vendas em São Paulo

Parceria busca auxiliar empresas
Freepik

Ferramenta é utilizada no projeto Comércio Brasil, desenvolvido pelo Sebrae e a Fundação Instituto de Administração (FIA). Objetivo é de que pequenas e médias empresas tenham uma nova alternativa para manter seus estabelecimentos em funcionamento

 

Em momentos de crise, a união faz a força e as parcerias são fundamentais para manter as atividades em funcionamento. A pandemia trouxe um cenário desolador para pequenas e médias empresas. De acordo com o Relatório Global sobre a Situação das Pequenas Empresas, desenvolvido pelo Facebook, o fechamento dessas empresas aumentou significativamente no início de 2021, sendo que 24% declararam fechamento em fevereiro deste ano contra os 16% da média global de outubro de 2020. É a maior taxa de encerramento de atividades desde maio do ano passado, quando foram registrados 29% de fechamento.

Em São Paulo, o projeto Comércio Brasil desenvolvido entre o Sebrae e a Fundação Instituto de Administração (FIA) busca a conexão e facilitar o relacionamento entre micro e pequenas empresas e compradores (atacado, varejo e representantes comerciais) desde 2016 como forma de identificar oportunidades de negócios e, consequentemente, manter a abertura e o crescimento de empresas. A novidade dessa parceria é a possibilidade de conexão entre empresas fornecedoras e compradoras e o apoio mútuo por meio de permutas.

No início do ano, a XporY.com se tornou a plataforma de permutas oficial do Sebrae e será usada como ferramenta disponível para o projeto Comércio Brasil, que está em atividade desde 2020 em São Paulo. O objetivo é fornecer às empresas que participam do projeto uma alternativa de negócios que não envolva dinheiro, já que muitas empresas passam por dificuldades em movimentar seus estoques e sofrem com a ociosidade dos serviços, deixando os fluxos de caixa parados.

De acordo com o sócio-fundador da XporY.com, Rafael Barbosa, as permutas multilaterais são alternativas importantes para que empresas atingidas pela crise provocada pela pandemia possam continuar movimentando seus negócios. “Dessa forma, o empresário, profissional liberal ou autônomo, além de movimentar seus negócios e acabar com a ociosidade, adquire produtos ou serviços que podem ser usados na manutenção ou compra de matérias-primas para manter as atividades da empresa, sem o uso de dinheiro”, explica Barbosa.

Inicialmente, a opção por fazer negócios por meio de permutas será sugerida aos participantes do projeto por meio dos agentes de mercado, profissionais especializados em identificar oportunidades de negócios e que realizam a intermediação entre as empresas fornecedoras e os compradores. Essas empresas terão a oportunidade de cadastrar suas ofertas gratuitamente na plataforma de permutas, ganhar maior alcance de divulgação para novos possíveis compradores e realizar transações com outras empresas interessadas em seus produtos ou serviços.

“Após essa etapa, a oferta estará disponível para que qualquer interessado entre os mais de 10 mil membros cadastrados na empresa possa adquirir. Após fechar a venda, o ofertante recebe créditos em moedas digitais, que serão usados para adquirir qualquer produto ou serviço que esteja disponível para negócio”, explica Barbosa.


Projeto Comércio Brasil 

De acordo com o coordenador de processos da FIA, Gustavo Buoro, as permutas multilaterais são alternativas para que as empresas também possam criar novas redes de relacionamento. “A fundação se torna uma entidade facilitadora nessa relação, apresentando as oportunidades que a ferramenta oferecida pela XporY.com pode proporcionar no âmbito do projeto”, destaca Buoro.

O coordenador ainda destaca que o projeto é realizado em ciclos de seis meses e busca contemplar 2.140 empresas por ciclo. Na primeira etapa, o projeto contrata pessoas que atuarão como agentes de mercados e seleciona as empresas fornecedoras. Nos cinco meses restantes, são feitas quatro reuniões individuais e uma geral mensalmente com o objetivo de estreitar os relacionamentos entre as empresas fornecedoras e compradores. Cada agente de mercado é treinado para atuar na plataforma de permutas e fica responsável pelo atendimento de até 20 fornecedores.

“O objetivo é que essas empresas tenham condições de atender às demandas das empresas compradoras e, assim, consigam alavancar suas vendas por meio do projeto e também usando o apoio e a estrutura do Sebrae. A expectativa é que esse projeto se fortaleça e, com isso, tenha condições de manter as atividades e o crescimento”, conclui Gustavo Buoro.


Como construir uma comunicação 360° para a sua empresa?

Com a chegada da tecnologia e o boom da internet que se intensificou, principalmente nos últimos anos com a chegada das redes sociais, muitas empresas precisaram criar formas de aparecer no mundo digital. 

E junto com essa tendência, a comunicação também vem enfrentando um processo de transformação, onde hoje já existem diversos canais, que exigem diferentes linguagens, em que as empresas precisam estar presentes. 

E como ter uma comunicação completa em anos digitais? Confira algumas dicas abaixo: 

Invista nas redes sociais: as redes sociais se tornaram canais essenciais para a comunicação de uma empresa, pois são ferramentas que permitem linguagens diversas com diferentes públicos. 

No Linkedin, por exemplo, é interessante criar posts para atingir empresas, CEOs, ou profissionais de RH, pois é lá que eles se encontram. 

Já o Instagram e o Facebook, permitem uma linguagem mais humana, com vídeos, fotos e até reels - que já comentamos muito por aqui.

 

Tenha um site seguro: a maioria das empresas sabe a importância de ter um site hoje em dia, mas o que muitas delas não sabem é que, nem sempre, o site é considerado seguro. 

Por isso, verifique se o seu site é seguro, pois assim torna-se possível fazer com que ações de marketing digital se tornem mais assertivas.

 

Aposte em uma assessoria de imprensa: uma outra forma de intensificar a comunicação da sua empresa é investindo em um serviço de assessoria de imprensa. 

A ideia é participar de matérias jornalísticas, de forma orgânica, sendo TVs, Rádios, Jornais impressos, Portais e revistas. Saiba mais sobre este serviço aqui.

 

Faça campanha no Google: depois de verificar se o site é seguro, outra estratégia de comunicação é criar campanhas no Google Ads para manter seu site nas primeiras posições de busca do Google. 

Dessa forma, é possível que mais pessoas te encontrem e se tornem possíveis clientes.

 

Blog: ter uma aba de blog no seu site, assim como temos aqui na Comunica PR, é uma outra forma de também atrair possíveis clientes, só que por meio de conteúdos. 

Pense em temas que atendam as dores dos seus clientes e responda as principais dúvidas sobre ele. 

Neste item, também vale ressaltar que as estratégias de SEO são bem-vindas.

 


Beatriz Destefani Augusto - jornalista e sócia-fundadora da Comunica PR, agência de Relações Públicas


Com falta de espaços nos aviões, frete internacional registra 30% de aumento, apontam Despachantes Aduaneiros

 Entraves no setor marítimo e demanda por carga aérea são os principais vilões do disparo, que pode crescer ainda mais e impactar economia e comércio exterior brasileiro


Segundo a IATA – Associação Internacional de Transporte Aéreo ou International Air Transport Association -, em seu último relatório no início de abril, a demanda de carga aérea mundial aumentou 9% em fevereiro em relação aos níveis pré-pandemia, para se ter uma referência sem os efeitos do Covid19 nessa comparação.

No Brasil, os dois principais aeroportos cargueiros convivem com movimentos atípicos de alta neste início de 2021. Guarulhos sentiu reflexos em suas operações na exportação, após atingir 12.300 toneladas em fevereiro, em seu último anúncio. Já Viracopos, em Campinas (SP), registrou seu segundo maior mês de março da história na exportação, com mais de 9 mil toneladas movimentadas, mantendo a tendência de alta neste início de ano, com crescimentos de 63,9%, 37,7% e 50,6%, respectivamente, em janeiro, fevereiro e março.


Outros fatores - As fronteiras com o Brasil estão fechadas, comércios bilaterais interrompidos - a exemplo da França - e o número de voos reduzidos. Com isso, exclui-se a possibilidade de utilização do porão de voos de passageiros para carga. “Nesse momento é que ocorre uma migração para os aviões cargueiros. Tudo isso somado, esgotam-se os espaços nas aeronaves e, naturalmente, os preços para os embarques dispararam, e já atingem 30%", afirma Marcos Farneze, presidente do SINDASP (Sindicato dos Despachantes Aduaneiros de São Paulo), categoria responsável por cerca de 95% do comércio exterior brasileiro.

O comércio exterior da China disparou em março. São números percentuais elevados sobre um gigante movimento. As Importações cresceram 38,1% em 12 meses, enquanto que as vendas de produtos chineses no exterior aumentaram 30,6%. Segundo operadores, as tarifas de frete aéreo da China tem aumentado regularmente e frequentemente.


Marítimo - Já no setor marítimo não é diferente: faltam contêineres. O encalhe do meganavio Ever Given, que causou um engarrafamento de uma semana no Canal de Suez, no Egito, por onde passam 12% do comércio global, causou enormes transtornos em uma das principais rotas do transporte marítimo mundial e provocou um verdadeiro efeito dominó na logística internacional. Portos nos EUA e na Europa ficaram cheios e os containers não estão rodando como deveriam.

Todos esses impactos, somados ao aumento de movimento mundial, serão sentidos de uma forma ou de outra na economia, Além disso, podem elevar custos na exportação de alimentos. Os produtores de carnes e frutas estão no topo desse problema, pois suas operações se concentram na movimentação de cargas em contêineres, principalmente os refrigerados, exemplifica Farneze.

 

Como ter um negócio nos EUA sem sair do Brasil

Aumento no uso de caixas eletrônicos é incentivo para investidores canalizarem recursos para este tipo de negócio


Embora o mundo ainda esteja em compasso de espera com as primeiras medidas a serem tomadas pelo governo de Joe Biden, que tomou posse em 20 de janeiro, o volume de investimentos estrangeiros nos Estados Unidos deve continuar em alta.

Segundo indicadores da consultoria A. T. Kearney, pelo oitavo ano consecutivo, os Estados Unidos lideram como país mais atrativo para investimentos estrangeiros, seguido por Canadá, Alemanha, Japão e França. Completam a lista dos dez primeiros colocados, pela ordem: Reino Unido (6º), Austrália (7º), China (8º), Itália (9º) e Suíça (10º).

Brasileiros estão aproveitando o momento econômico favorável no país para diversificar investimentos. Desde imóveis, galpões, fintechs até caixas eletrônicos, há um novo perfil de investimentos feitos por brasileiros nos Estados Unidos.

Para Francisco Moura Junior, sócio da ATM Club, o Brasil é o segundo maior mercado de cartões do mundo, de acordo com pesquisa do Banco Mundial. Especialista em investimentos internacionais e também gestor de investimentos em caixas eletrônicos nos Estados Unidos, ele defende a longevidade e rentabilidade da rede de caixas no curto prazo. “Com o serviço de banco on-line em ascensão, os bancos estão diminuindo o número e/ou a estrutura das agências bancárias em todo o mundo”, aponta.

Ele acredita que investir no setor de caixas eletrônicos nos EUA é algo inovador e que “muitas vezes não é divulgado no Brasil, pois nem sempre os investidores têm informação sobre novos investimentos no exterior, estando no Brasil. É um mercado que precisa ser explorado e enxergamos no segmento de caixas eletrônicos uma possibilidade de ter rendimento em dólar”.

Para Nilo Mingrone, também sócio da ATM Club, no Brasil ainda prevalece a exclusividade do uso de cartão de débito na rede de caixas eletrônicos do próprio banco que emitiu o cartão. Entretanto, ele avalia que o mercado global aposta na facilitação tecnológica que já está sendo aplicada em caixas eletrônicos em todo o mundo, com a aceitação de todas as bandeiras e cartões.

Mingrone destaca que nos Estados Unidos, onde a população já adota uma postura mais autossuficiente na execução de operações financeiras via caixas eletrônicos, a realidade dos ATM’s (caixas eletrônicos) já é impressionante. “A cidade de Nova York, por exemplo, está se unindo a uma tendência que já domina o resto do país. Menos agências bancárias ou menores”, explica.

Presente em cidades como Orlando, Miami, Nova Iorque, Nova Jersey e São Francisco, o ATM Club tem uma rede hoje de aproximadamente 500 pontos de atendimento e o investidor pode formar uma rede própria de acordo com o aporte inicial. Francisco Moura Junior recomenda um investimento inicial de U$ 50 mil, o que equivale a cinco ATM’s. “O valor do investimento mínimo é de U$ 10 mil, sendo U$ 7,5 mil do ATM com locação por cinco anos e U$ 2,5 mil de capital de trabalho que é o dinheiro que circula, ou seja, está na máquina ou na conta e é aportado uma única vez”, explica o empresário.

Moura recomenda o investimento em cinco máquinas para que o investidor atinja um retorno aproximadamente em torno de 8% no primeiro ano. “No segundo ano, a estimativa é de retorno de 10% e a partir do terceiro ano, o ROI é de 1% ao mês”, pontua.

Ele ainda ressalta que o negócio passa segurança ao investidor porque não existem aportes mensais para cobrir eventuais riscos ou prejuízos que venham a ocorrer, pois o giro é feito por meio das transações feitas nos caixas.

Nos Estados Unidos, quando uma pessoa retira dinheiro em um caixa eletrônico, paga uma taxa média de U$ 2,99 por saque sendo que 30% é transferido para o local em que o caixa eletrônico está instalado, U$ 0,75 relativos ao capital de giro fornecido pelo investidor para distribuição eletrônica de dinheiro, que são utilizados para serviços de manutenção e administração, e o valor restante é para o próprio investidor. Dessa forma, o proprietário do caixa eletrônico receberá diariamente U$ 1,25 por transação.

Outro aspecto que o empresário destaca em relação à segurança para o investidor é o acompanhamento do desempenho da rede de ATMs em tempo real, via internet, por meio de um software.

 

 


Francisco Moura - Vasta experiência com mais de 15 anos no mercado de seguros no Brasil e na América Latina. Formado em Ciências Atuariais pela PUC / SP e em Gestão e Planejamento de Marketing e Vendas pela Universidade Anhembi Morumbi. Empresário em série, nos EUA, participou ativamente da criação de várias empresas em diversos segmentos dentre eles: restaurantes, valet parking e gestão de garagens, importadora de medicamentos e o principal negócio, chamado ATM CLUB, com receita nos últimos três anos que ultrapassa US $ 4 MM.

 


Nilo José Mingrone - Vasta experiência com mais de 30 anos no segmento jurídico corporativo. Autor de vários artigos sobre Direito Empresarial. Direito Empresarial pela ESEADE Buenos Aires. Ex-Presidente dos Comitês de Direito Societário e Prerrogativas da Subseção OAB . Co-autor do livro "Investimentos no Brasil - Aspectos Legais". Também é um dos fundadores do ATM CLUB.

 


ATM Club

http://atmclub.cash

Facebook: atmclubusa

Instagram: atmclub_usa

LinkedIn: https://www.linkedin.com/company/atmclub/


Projeto viabiliza bibliotecas digitais para 149 acervos públicos do País

Instituições disponibilizarão livros em formatos digitais por meio de iniciativa inédita e gratuita entre Tocalivros e Recode


Há um pouco mais de um ano as pessoas folheavam livros e percorriam os corredores cheios de histórias nas bibliotecas de todo o Brasil. Com o distanciamento social causado pela pandemia da COVID-19, os frequentadores desses espaços, que já eram poucos, agora se resumem a nenhum. A crise sanitária sem previsão de encerramento acelerou algo que já era inevitável: a digitalização dos acervos. Quem está ao lado de gestores de todo o país para tornar o catálogo digital mais acessível é a Tocalivros e a Recode, com o projeto Biblioteca Digital Tocalivros.

A iniciativa que levou 18 meses para sair do papel uniu a Tocalivros – plataforma brasileira de livros digitais – e a Recode, ONG que promove a empoderamento digital da população, a fim de disponibilizar gratuitamente uma ferramenta personalizada para 149 bibliotecas públicas nesta primeira fase do projeto. A ferramenta permite que os associados de cada uma delas tenham acesso ao acervo digital da Tocalivros com mais de 2 mil audiolivros e 5 mil eBooks.

Além de levar conteúdo e entretenimento para dentro das casas de inúmeras pessoas, a plataforma é totalmente personalizável, sendo possível a criação de playlists para divulgação em diversas redes, ideal para clubes de leituras. Os gestores também podem customizar a ferramenta com banners e a escolha do acervo conforme o público, além do acesso tanto no site quanto pelo aplicativo disponível em iOS e Android.

A plataforma é acessível, totalmente configurável com a opção de ouvir e ler off-line e sem limites quanto a acessos ou associados. Nesta primeira fase do projeto, a adesão da plataforma foi gratuita tanto para as bibliotecas quanto aos usuários e terá duração de pelo menos um ano.

Segundo Ricardo Camps, sócio-diretor da Tocalivros, os benefícios de uma biblioteca digital vão além de dispensar um espaço físico. “O digital chega onde o espaço físico não consegue. Ela está no celular, no computador, dentro de casa, onde você quiser. Não tem o peso de carregar um livro porque está dentro do aparelho em todos os lugares”, contextualiza.

Trata-se de um marco na história do setor do livro e da leitura no Brasil com um trabalho de empoderamento digital e na formação de novos leitores. Isso porque, de acordo com a bibliotecária e Analista de Projetos na ONG Recode, Hanna Gledyz, grande parte das bibliotecas realizam “um trabalho de resistência frente a tantas dificuldades de acesso, modernização e garantia de seus serviços, principalmente neste período da pandemia”. 

A previsão é que uma segunda fase de inscrições seja aberta ainda em 2021. Todas as parceiras poderão se inscrever em um novo formato a ser definido, mas por ora, as que tiverem interesse podem entrar em contato pelo e-mail bibliotecas@tocalivros.com. O projeto também conta com o apoio da FAPESP/FINEP.



Sobre a Recode
Fundada há 25 anos, a Recode está presente em 9 países com 1.152 centros de empoderamento digital e já atingiu mais de 1,752 milhão de pessoas. Atuam em parceria com centros comunitários, escolas públicas e bibliotecas que oferecem metodologia para desenvolver nos jovens habilidades digitais e competências socioemocionais, estimulando o protagonismo e o potencial da nova geração como agentes de transformação social.


Sobre a Tocalivros:
Há seis anos no mercado de audiolivros, a Tocalivros possui em seu acervo mais de 2 mil audiolivros e 5 mil eBooks para levar aonde quiser. E a facilidade ocorre também nos planos e assinaturas: individual ou ilimitada. Atualmente, na assinatura, o usuário tem acesso a todos os audiolivros por apenas R$ 14,90 ao mês e os primeiros 15 dias são por conta da Tocalivros. O aplicativo está disponível em iOS e Android. Mais informações no site www.tocalivros.com.

Instagram: @tocalivros e @tocalivrosocial

 

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