Parceria busca auxiliar empresas Freepik |
Ferramenta é utilizada no projeto Comércio Brasil, desenvolvido pelo Sebrae e a Fundação Instituto de Administração (FIA). Objetivo é de que pequenas e médias empresas tenham uma nova alternativa para manter seus estabelecimentos em funcionamento
Em momentos de crise, a união faz a força e as
parcerias são fundamentais para manter as atividades em funcionamento. A
pandemia trouxe um cenário desolador para pequenas e médias empresas. De acordo
com o Relatório Global sobre a Situação das Pequenas Empresas, desenvolvido
pelo Facebook, o fechamento dessas empresas aumentou significativamente no
início de 2021, sendo que 24% declararam fechamento em fevereiro deste ano
contra os 16% da média global de outubro de 2020. É a maior taxa de
encerramento de atividades desde maio do ano passado, quando foram registrados
29% de fechamento.
Em São Paulo, o projeto Comércio Brasil
desenvolvido entre o Sebrae e a Fundação Instituto de Administração (FIA) busca
a conexão e facilitar o relacionamento entre micro e pequenas empresas e
compradores (atacado, varejo e representantes comerciais) desde 2016 como forma
de identificar oportunidades de negócios e, consequentemente, manter a abertura
e o crescimento de empresas. A novidade dessa parceria é a possibilidade de
conexão entre empresas fornecedoras e compradoras e o apoio mútuo por meio de
permutas.
No início do ano, a XporY.com se tornou a
plataforma de permutas oficial do Sebrae e será usada como ferramenta
disponível para o projeto Comércio Brasil, que está em atividade desde 2020 em
São Paulo. O objetivo é fornecer às empresas que participam do projeto uma
alternativa de negócios que não envolva dinheiro, já que muitas empresas passam
por dificuldades em movimentar seus estoques e sofrem com a ociosidade dos
serviços, deixando os fluxos de caixa parados.
De acordo com o sócio-fundador da XporY.com,
Rafael Barbosa, as permutas multilaterais são alternativas importantes para que
empresas atingidas pela crise provocada pela pandemia possam continuar
movimentando seus negócios. “Dessa forma, o empresário, profissional liberal ou
autônomo, além de movimentar seus negócios e acabar com a ociosidade, adquire
produtos ou serviços que podem ser usados na manutenção ou compra de
matérias-primas para manter as atividades da empresa, sem o uso de dinheiro”,
explica Barbosa.
Inicialmente, a opção por fazer negócios por meio
de permutas será sugerida aos participantes do projeto por meio dos agentes de
mercado, profissionais especializados em identificar oportunidades de negócios
e que realizam a intermediação entre as empresas fornecedoras e os compradores.
Essas empresas terão a oportunidade de cadastrar suas ofertas gratuitamente na
plataforma de permutas, ganhar maior alcance de divulgação para novos possíveis
compradores e realizar transações com outras empresas interessadas em seus produtos
ou serviços.
“Após essa etapa, a oferta estará disponível para
que qualquer interessado entre os mais de 10 mil membros cadastrados na empresa
possa adquirir. Após fechar a venda, o ofertante recebe créditos em moedas
digitais, que serão usados para adquirir qualquer produto ou serviço que esteja
disponível para negócio”, explica Barbosa.
Projeto Comércio Brasil
De acordo com o coordenador de processos da FIA,
Gustavo Buoro, as permutas multilaterais são alternativas para que as empresas
também possam criar novas redes de relacionamento. “A fundação se torna uma
entidade facilitadora nessa relação, apresentando as oportunidades que a
ferramenta oferecida pela XporY.com pode proporcionar no âmbito do projeto”,
destaca Buoro.
O coordenador ainda destaca que o projeto é
realizado em ciclos de seis meses e busca contemplar 2.140 empresas por ciclo.
Na primeira etapa, o projeto contrata pessoas que atuarão como agentes de
mercados e seleciona as empresas fornecedoras. Nos cinco meses restantes, são
feitas quatro reuniões individuais e uma geral mensalmente com o objetivo de
estreitar os relacionamentos entre as empresas fornecedoras e compradores. Cada
agente de mercado é treinado para atuar na plataforma de permutas e fica
responsável pelo atendimento de até 20 fornecedores.
“O objetivo é que essas empresas tenham condições
de atender às demandas das empresas compradoras e, assim, consigam alavancar
suas vendas por meio do projeto e também usando o apoio e a estrutura do
Sebrae. A expectativa é que esse projeto se fortaleça e, com isso, tenha
condições de manter as atividades e o crescimento”, conclui Gustavo Buoro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário