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segunda-feira, 19 de abril de 2021

Transtornos psíquicos que podem afetar as crianças em meio a pandemia

Na lista de perguntas que as crianças fazem aos adultos, entraram mais alguns itens nos últimos tempos: o que é o Coronavírus? Porque temos que ficar em isolamento social? O que é quarentena?

Imagina a mente dos pequenos com tanta informação, dúvidas e sendo obrigadas a ficar em casa e ter sua rotina totalmente modificada, sem o contato com a escola e com os amigos. Sem poder sair para brincar ou ir as festas, onde mantinham uma vida social sadia, gastando energia e interagindo com as pessoas. E ainda sendo obrigados a se adaptar a uma nova rotina em função de um “tal vírus”.

Desta forma, o fato de estarem confinados em casa, limitados em suas ações, tem trazido, para muitos, mudança de humor e de comportamento que começam a assustar os pais e responsáveis. Relatos demonstram que a sobrecarga emocional em meio a estas mudanças sociais está alterando bastante a relação pais e filhos.

Ao sair de sua zona de conforto e serem confrontados com o medo, dúvidas e muitas informações, é natural que o comportamental abalado seja percebido. Uma vez que, a intensidade das emoções é muito grande e elas nem sempre possuem condições cognitivas de se expressarem em palavras. Diante do turbilhão de emoções, a observação destas mudanças na fala e no gestual, pode auxiliar os pais a perceberem o quanto o momento atual está impactando os filhos.

Transtornos de ansiedade, angústia, medo excessivo, choro sem explicação, alterações bruscas de humor, oscilação no apetite, irritabilidade e agressividade incomuns e até alterações no sono são alguns sinais de alerta aos responsáveis de que algo está em desequilíbrio. As emoções e sensações internas passam a ser manifestadas pelo corpo - já que expressar pela linguagem nem sempre é de domínio das crianças.

Os pais devem estar atentos a estas alterações comportamentais e buscar meios de amenizar a tensão do momento. Um erro muito comum é tentar proteger a criança, escondendo as informações. Esta atitude não ajuda e conflita com a facilidade que hoje as crianças possuem de, através dos meios eletrônicos, obterem as notícias. O ideal é ser transparente com seu filho. Falar sobre o vírus e os motivos pelos quais temos a necessidade do isolamento, sem levar medo ou pânico. De forma lúdica, introduza o assunto e mostre que é uma situação momentânea, mas necessária para que possamos voltar a realizar, de forma saudável, as nossas atividades.

Acolha seu filho, leve carinho e busque ouvir mais. A oportunidade do isolamento nos dá a chance de desacelerar e olhar mais a nossa volta, podendo dar ás crianças condições de expressar melhor seus sentimentos.

Um ambiente harmonioso é possível - desde que os pais também estejam se cuidando mentalmente. O momento atual, onde todos estão juntos, pode estimular a criatividade, estimular brincadeiras em conjunto, melhorar o diálogo e facilitar a aproximação e o convívio da família.

Portanto, o isolamento social em função da pandemia está modificando rotinas e comportamentos, tanto dos adultos quanto das crianças. Aproveite para abrir o diálogo com seu filho e permita-se perceber suas emoções e sentimentos. Sensações que a rotina sempre nos roubou. Minimize o medo e a angústia mostrando o quanto o sacrifício é necessário para se evitar o contágio pelo vírus. Assim, o dia poderá ficar mais divertido se desenvolverem atividades juntos e incluírem um pouco mais de leveza, diálogo, cumplicidade e harmonia no dia a dia da família.

 



Dra Andréa Ladislau * Doutora em Psicanálise * Membro da Academia Fluminense de Letras - cadeira de numero 15 de Ciências Sociais * Administradora Hospitalar e Gestão em Saúde * Pós Graduada em Psicopedagogia e Inclusão Social * Professora na Graduação em Psicanálise * Embaixadora e Diplomata In The World Academy of Human Sciences US Ambassador In Niterói * Professora Associada no Instituto Universitário de Pesquisa em Psicanálise da Universidade Católica de Sanctae Mariae do Congo. * Professora Associada do Departamento de Psicanálise du Saint Peter and Saint Paul Lutheran Institute au Canada, situado em souhaites.


Para ajudar no desconforto postural, pessoas têm procurado ajuda da Quiropraxia

 Um ano de home office, dores pelo corpo e má postura preocupam especialistas

 

Depois de um ano de Home Office, uma reclamação é constante: dores pelo corpo. O desconforto muitas vezes é motivado pela má postura, sobrepeso, falta de água e pelo sedentarismo. Para auxiliar, muitas pessoas têm procurado ajuda de médicos e especialistas, como é o caso dos Quiropraxistas.

Reconhecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS), a quiropraxia é uma profissão que tem foco na melhora de todo sistema neuro musculoesquelético, o que por consequência, trata e corrige a má postura e diversas desordens que causam problemas de saúde, isso se dá por meio de técnicas e aplicação de ajustes em diferentes partes do corpo, restaurando assim o alinhamento natural da coluna e otimizando o funcionamento em sua integralidade. “Muitos desconfortos são causados por um mau funcionamento das vértebras, seja por má posição, ou por uma conesiopatologia (ao se movimentar a vértebra não o faz corretamente) isso causa uma disfunção e uma má comunicação entre o sistema nervoso e o resto do corpo. O sistema nervoso se divide em sistema nervoso central e sistema nervoso periférico, são responsáveis por controlar a respiração, os batimentos cardíacos, a digestão, entre outros”, explica Diego de Toledo, Quiropraxista e diretor da clínica Kumara Chiropratic Health Life.

Com a quiropraxia é possível identificar o problema e tratá-lo de forma adequada. O profissional faz o diagnóstico, após avaliar e testar todo o organismo, e o histórico do cliente, são realizados os ajustes, utilizando a técnica mais indicada. Os ajustes melhoram a nutrição celular e a circulação local, gerando resultados rápidos, no alívio das dores e eventualmente a médio prazo, no sistema cardiovascular, cardiopulmonar, endócrino e até mesmo nos sistemas circulatório e digestivo.

A Quiropraxia contribui ainda na recuperação do foco mental, uma vez que quando o sistema nervoso está em desiquilíbrio, aumenta a irritabilidade e ocasiona a perda da concentração. Também melhora a mobilidade, já que se ganha amplitude de movimento através dos ajustes. “Eliminamos qualquer restrição que exista nas vértebras, desde que ainda não exista danos irreversíveis, nos ossos e tecidos” diz o Quiropraxista.

Segundo Toledo, a quiropraxia faz com que o organismo funcione melhor, pois a disfunção articular causa uma compressão nos nervos, discos, e, interferindo na transmissão das informações do cérebro para nosso corpo. “Com os ajustes, tiramos essa compressão, aliviando os sintomas de dor, irradiação, formigamentos e, consequentemente, melhoramos a função do sistema nervoso, que passa por toda extensão da coluna até os membros, tecidos e órgãos”, conclu.

 

 

Kumara Chiropractic Health Life


Dia da Tontura(22/4). A doença atinge 30% população mundial

“Sim, somos ainda poucos neurologistas capacitados para análise e tratamentos. Infelizmente, o termo “labirintite” vulgarizou a patologia, pois há mais de 40 tipos de doenças por trás de cada sintoma”, reflete Dr. Saulo Nader, neurologista e membro titular da ABN – o médico foi apelidado pelo carinhosamente pelos pacientes e internautas como Doutor Tontura.    

Segundo Nader, em pesquisas recentes cerca de 30% da população mundial sofre de tontura ao longo da vida (dados brasileiros apontam até 42%). O médico ressalta ainda que milhares de pessoas recebem diariamente diagnósticos erroneamente descritos como labirintite.  

“A tontura também é sintoma do terrível inimigo invisível, COVID-19. Ano passado, estudos internacionais apontaram que 16% dos pacientes tiveram algum episódio neste sentido. Recentemente, a revista especializada Lancet Psychiatry publicou que um em cada três infectados tiveram alterações neurológicas em até seis meses depois do ocorrido.  AVC, perda de memória, ansiedade e depressão foram as mais frequentes”, explica o neurologista. 

 

Isolamento x tontura 

E neste momento de quarentena e isolamento social, o emocional das pessoas está muito abalado, consequentemente, as pessoas mais propensas podem sofrer, por exemplo, de tontura perceptual.  

“Ela está muito correlacionada com ansiedade ou estresse excessivo, acompanhada de sintomas como sensações diferentes na cabeça, piora da tontura em ambientes com muita poluição visual ( agora esse pânico de ser infectado na rua, nos supermercados), atordoamento, mal estar e insegurança, receios de caminhar mesmo dentro de casa. Com o tempo, as pessoas viram reféns da tontura delas, e se privam de fazer muitas coisas, impactando totalmente em sua qualidade de vida”, finaliza Doutor Tontura.

 

 

 

Dr. Saulo Nardy Nader - Um dos principais neurologistas do Brasil dedicados aos estudos e tratamentos das doenças Vertigens, Tonturas e Desequilíbrios (as erroneamente conhecidas como “labirintites”). Engajado nas redes sociais por levar informação de credibilidade para toda sociedade brasileira sobre essa temática, o médico foi apelidado carinhosamente pelos seus inúmeros pacientes e internautas como Doutor Tontura. Nader em seu canal do YOU TUBE “NeurologiaePsiquiatria TV”: Atualmente, é chefe de equipe de internação do Hospital Israelita Albert Einstein e Membro Titular da Academia Brasileira de Neurologia. Além das palestras e aulas comandadas periodicamente durante o ano em Congressos e no HCFMUSP, o médico atua na coordenação do Departamento Clínico de Vertigem da Academia Brasileira de Neurologia (ABN).


Cirurgias bariátricas devem ser realizadas mesmo com pandemia?

Dr. Daniel Riccioppo releva impactos da não realização do procedimento neste momento


Ainda que a rede pública e particular estejam sobrecarregadas por conta da pandemia de Covid-19, alguns procedimentos como a cirurgia bariátrica precisam de atenção e em muitos casos, a não realização do procedimento pode impactar negativamente a saúde das pessoas.

É o que diz o artigo publicado pelo periódico científico The Lancet escrito por 23 cientistas, inclusive um brasileiro, que identificou em muitos casos o adiamento da cirurgia pode implicar em malefícios para a saúde.

O gastrocirurgião Daniel Riccioppo aponta para a relação que a obesidade possui entre outras comorbidades. "O excesso de peso em si está relacionado a doenças cardiovasculares, hipertensão, doença renal e até câncer. Pessoas com obesidade severa que tem diabetes grave, descontrolada, por exemplo, não deveriam adiar a cirurgia mesmo com a pandemia, desde que respeitando-se as determinações vigentes do protocolo governamental", disse. "A perda de peso significativa que ocorre nos primeiros meses após a cirurgia, assim como a rápida melhora das doenças associadas à obesidade, poderiam inclusive diminuir riscos relacionados a uma possível infecção futura pelo vírus da covid-19".

Devido a isso, o Conselho Federal de Medicina (CFM) diz que cirurgia bariátrica devem continuar com os seus procedimentos e serem feitas, de preferência, em instituições que atendam aos casos de Covid-19 em salas cirúrgicas isoladas e ambiente controlado.

De acordo com levantamento da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), com base no DataSUS do Ministério da Saúde, 63% dos óbitos por Covid-19 estão associados a pessoas com doenças associadas à obesidade, como o diabetes, hipertensão e cardiopatias. Por isso, a continuidade do procedimento da bariátrica é fundamental neste  momento.



Daniel Riccioppogastrocirurgião. Formado em medicina em 1998 pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, possui Doutorado pela USP em Cirurgia Digestiva na área de Cirurgia da Obesidade. É cirurgião da Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica da Disciplina de Cirurgia do Aparelho Digestivo, no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, onde é responsável pelo ambulatório de reganho de peso e cirurgia revisional após cirurgia bariátrica.


O jejum intermitente é uma opção de dieta para pessoas com diabetes e doenças da tireoide

Especialista alerta para acompanhamento profissional

 

Diabetes, doenças tireoidianas e obesidade podem ter indicação do jejum intermitente, dieta que conquistou milhares de pessoas e que vem sendo difundida devido aos resultados rápidos de perda de peso.

Um dos pontos positivos do jejum intermitente é a praticidade, ou seja, é uma estratégia mais simples para se encaixar na rotina, já que é mais fácil controlar quantas horas a pessoa fica sem se alimentar do que contar calorias.

Além da perda de peso, para quem gosta de comer muito à noite e tem refluxo, por exemplo, o jejum intermitente é uma boa estratégia, já que ocorre uma melhora significativa nos sintomas de refluxo.

Porém, segundo a endocrinologista Dra. Lorena Lima Amato, o jejum intermitente está contraindicado para pessoas com diagnóstico de hepatopatia grave, doenças crônicas graves assim como a maioria dos cânceres.


Como fazer – A periodicidade por semana vai depender de quantas horas dura o jejum, do perfil do paciente e o que se adequa à rotina de vida dele. “O jejum deve ser iniciado quando a pessoa achar que faz sentido para ela e que a faz sentir bem, mas é fundamental que tenha a orientação de um profissional nutricionista ou endocrinologista para iniciar esse tipo de dieta”, alerta Dra. Lorena.

 

 

Dra. Lorena Lima Amato - A especialista é endocrinologista pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), com título da Sociedade Brasileira de Endocrinologia (SBEM) e endocrinopediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria. É doutora pela USP e professora na Universidade Nove de Julho.

https://www.instagram.com/dra.lorenaendocrino/


Mês marrom: até 60% dos casos de cegueira podem ser evitados

Especialista reforça a importância de manter-se atento à saúde ocular, adotando hábitos capazes de melhorar as condições de saúde da visão e tratar eventuais problemas

 

Estamos no Abril Marrom. Data criada em 2016 e destinada a conscientização da população para prevenção, diagnóstico, tratamento precoce e reabilitação da cegueira. A catarata, por exemplo é uma das principais causas de deficiência ocular e cegueira no Brasil e no mundo. Estima-se que 65 milhões de pessoas tenham essa doença, segundo censo realizado pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) em 2019. Outras condições oculares, como miopia, hipermetropia e astigmatismo, correspondem a 49% das doenças visuais em todo o mundo. Mas o dado que mais chama a atenção é de que 60% dos casos de cegueira têm como ser prevenidos.

O médico oftalmologista Fábio Kira Ora comenta algumas das doenças mais recorrentes entre os brasileiros, como a catarata e a miopia, e quais são os tratamentos indicados e práticas preventivas. Veja a seguir.



Catarata, a principal causa de cegueira no mundo

Geralmente a catarata surge quando ocorre o envelhecimento natural do cristalino, que é como se fosse uma lente dentro do olho. Essa doença se desenvolve e compromete a visão. 

“A catarata é mais comum a partir dos 55 anos porque está associada ao envelhecimento, mas também existem outras causas para a doença, como traumatismo nos olhos, complicação de alguma outra condição ocular, o uso inadequado de medicações, excesso de exposição solar e até diabetes", destaca o Dr. Ora, especialista em catarata. 

O tratamento é a cirurgia, que não é indicada em todos os casos. Só um profissional pode indicá-la mediante a testes e exames.



Miopia, a dificuldade para enxergar longas distâncias

As pessoas com miopia têm dificuldade em enxergar a longas distâncias. As causas da doença são variadas, mas a exposição excessiva e muito próxima de telas de computadores, smartphones e outros dispositivos pode comprometer a saúde ocular. A falta de luz do sol e luz natural também podem agravar a situação. 

Como essa é uma doença tratável, é importante visitar rotineiramente um oftalmologista para avaliar a saúde da visão e identificar a oportunidade de adotar melhores hábitos. “Para quem constata a miopia com alto grau e não se adapta ao uso de óculos ou lentes de contato e não pode ser submetido a uma cirurgia a laser na córnea, as cirurgias refrativas são as mais indicadas”, destaca o especialista. “Uma ótima sugestão é recorrer à tecnologia de ponta das lentes implantáveis e com menor risco, como a Evo Visian ICL (implantable contact lens), da Advance Vision.  Em geral, o cirurgião de catarata é o profissional com maior expertise para fazer esse tipo de implante de lente ICL, pois ele já está habituado a trabalhar com esse modelo técnico de procedimento”, finaliza.

 

 

 

Advance Vision

 

Em 2020, acidentes de trabalho registraram mais de 16 mil casos

Números referem-se apenas aos membros superiores, partes do corpo mais sujeitas a acidentes; SBCM alerta para prevenção


A data de 28 de abril é marcada pelo Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho e as estatísticas mostram cenário alarmante: a cada minuto, uma pessoa se machuca no Brasil durante o serviço.

Dados da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, do governo federal, mostram que, em 2019, ano pré-pandemia, foram concedidos 44.632 auxílios doença por acidente de trabalho, envolvendo os membros superiores, como as mãos, que estão entre as partes do corpo mais sujeitas a acidentes. Em 2020, ano em que muitas atividades pararam temporariamente e o home office teve grande adesão, os números caíram mais da metade, mas ainda assim, são relevantes: 16.278 casos, o que equivale a 44 acidentes por dia.

“Os acidentes nos membros superiores são bastante comuns, principalmente pela exposição dos mesmos, pois eles são nosso instrumento de trabalho, com as quais manejamos as máquinas e instrumentos, ao mesmo tempo que é com eles que nos protegemos”, ressalta o presidente da SBCM (Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão), Dr. Henrique de Barros Pinto Netto. “Muitas vezes, o uso incorreto dos equipamentos de proteção individual ou o não uso dos mesmos aumenta o risco de lesões.  As mãos e punhos têm estruturas complexas, de grande importância em nosso corpo, pois são formados por muitos ligamentos, ossos, nervos que propiciam sensibilidade e comandam os movimentos dos músculos e tendões, importantes artérias que irrigam os membros, bem como a cobertura cutânea de todas estas estruturas. Por essas razões, são muitas as lesões que podem levar ao afastamento no trabalho”, acrescenta.

O especialista pontua que a maior incidência dos acidentes e traumas das mãos e de demais partes dos membros superiores atinge a população economicamente ativa e o afastamento dessas pessoas de suas atividades provoca um sério impacto econômico-social. “Além do trauma físico e a limitação que isso pode causar na pessoa, outro problema que envolve a questão é o custo desse tipo de acidente que, em boa parte dos casos, englobam o atendimento médico e tratamento, indenização do acidentado, horas perdidas no trabalho e substituição do funcionário. Todos esses pontos acarretam em custos para o governo, para a empresa, mas principalmente para o trabalhador acidentado, que será afastado de seu trabalho, causando um impacto econômico em sua casa e, em casos de acidentes mais graves, carregará as sequelas para o resto da vida”, fala o especialista.

O presidente da SBCM salienta que é fundamental que haja uma ação dupla de conscientização, tanto por parte das empresas, seguindo rigidamente as normas de segurança, fazendo treinamentos e manutenção nos equipamentos, quanto por parte do trabalhador, também cumprindo as normas de segurança, utilizando corretamente os equipamentos de proteção, além de redobrar a atenção. “As mãos são essenciais para qualquer coisa que fazemos, por isso, o máximo de cuidado com elas é fundamental”, conclui Dr. Henrique.

 



SBCM - Sociedade Brasileira de Cirurgia de Mão

http://www.cirurgiadamao.org.br/


Implante de prótese de joelho elimina a dor e devolve a mobilidade e a qualidade de vida aos pacientes com osteoartrose

A imagem não representa um paciente real

 

Com o avanço da tecnologia, medicina robótica auxilia os cirurgiões a ter a máxima precisão nos procedimentos de artroplastia total do joelho, possibilitando uma recuperação mais rápida no pós-operatório


A osteoartrose, também conhecida como osteoartrite ou artrose, é caracterizada pela degeneração progressiva das diversas estruturas da articulação do joelho, incluindo a cartilagem, superfície óssea, ligamentos e meniscos. De acordo com estudos da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), é considerada a mais prevalente doença musculoesquelética e atinge cerca de 4% da população brasileira. Para os casos mais avançados, a artroplastia total do joelho, ou implante de prótese ortopédica, é a melhor opção de tratamento, mas muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre o procedimento.

Embora a artrose esteja mais relacionada ao avanço da idade - entre 70% e 80% da população com mais de 65 anos possui a enfermidade, segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) -, tem sido observado casos cada vez mais precoces. Por isso, as recomendações para a cirurgia se baseiam na dor e na limitação de movimento do paciente e não na idade. Um levantamento da SBOT aponta que, entre a população jovem adulta, cerca de 20% dos indivíduos na faixa dos 30 anos foram diagnosticados com a doença até 2017. As principais causas são a obesidade e o excesso de exercícios físicos de alto impacto e repetitivos, que levam ao desgaste da articulação do joelho.

Os sintomas mais comuns da osteoartrose são dores, rigidez e dificuldade nos movimentos, pois a cartilagem que amortece os ossos do joelho amolece e se desgasta, resultando em atrito entre os ossos. As cirurgias para implante de prótese têm sido realizadas com sucesso em todas as idades, dos adolescentes com artrite juvenil aos pacientes idosos com artrose degenerativa, propiciando a melhora da função, redução da dor e, consequentemente, melhoria da qualidade de vida do paciente.

Com o avanço da tecnologia, a medicina robótica passou a auxiliar os cirurgiões a ter a máxima precisão nos procedimentos de artroplastia total do joelho, possibilitando uma recuperação mais rápida do paciente, assim como o retorno à rotina de atividades diárias, no pós-operatório. Entre as premissas de uma artroplastia de sucesso está a precisão submilimétrica nas incisões para a substituição da articulação. Recém-chegado ao país, o ROSA® Knee System, um sistema cirúrgico assistido por robô, tem ajudado os cirurgiões a otimizar a eficiência do planejamento e execução das cirurgias.

Desenvolvido pela multinacional americana Zimmer Biomet, o sistema fornece uma análise contínua de dados para auxiliar na tomada de decisões complexas, permitindo que os cirurgiões usem a tecnologia de computador e software para posicionar os instrumentos cirúrgicos com grande precisão, durante os procedimentos. "Com o ROSA® Knee System, esperamos cumprir nossa missão com os pacientes do Brasil. Nosso objetivo é oferecer soluções que, aliadas ao trabalho das equipes médicas, possam ajudar as pessoas a viverem melhor, recuperando sua mobilidade e qualidade de vida", afirma Thais Carneiro Martins, gerente de produtos da Zimmer Biomet Brasil.

 

Sobre o ROSA® Knee
O ROSA® Knee é um sistema cirúrgico assistido por robô, projetado para ajudar os cirurgiões na realização da cirurgia de substituição total do joelho, com recursos para auxiliar nas ressecções ósseas, bem como avaliar o estado dos tecidos moles para facilitar o posicionamento do implante no período intraoperatório. O sistema fornece uma análise contínua de dados para auxiliar na tomada de decisões complexas e permite que os cirurgiões usem a tecnologia de computador e software para posicionar instrumentos cirúrgicos, permitindo grande precisão durante os procedimentos. O ROSA® Knee apresenta o protocolo de imagem X-Atlas™ - que fornece imagens pré-operatórias baseadas em raios-X para criar um modelo 3D e plano da anatomia óssea de um paciente - e mapeamento intraoperatório em tempo real da anatomia e movimento de um paciente, para ajudar os cirurgiões a personalizarem procedimentos e otimizarem a colocação do implante.



Zimmer Biomet
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Qual o papel do colesterol?

 Entenda mais sobre os diferentes tipos e a importância do controle desses índices


O colesterol é um tipo de gordura fabricada pelo fígado e que tem papel importante no funcionamento geral do organismo. A substância está presente na parede das células, nos hormônios e nos ácidos biliares – aqueles que ajudam na digestão dos alimentos. Parece bom e simples, não é mesmo? Mas quando o resultado do exame de sangue chega, começa a confusão: afinal, qual a diferença entre colesterol bom, ruim e total? O que significam as siglas LDL e HDL? E para que servem os triglicerídeos? Para responder essas dúvidas, o endocrinologista credenciado da Paraná Clínicas, Dr. Caoê Linsingen (CRM-PR 24.267, RQE 17.646), preparou um pequeno guia:

 

O que é o perfil lipídico ou lipidograma?

“É a dosagem da soma de todo o colesterol e as suas frações, que se diferem por apresentar diferentes densidades no sangue”, explica o médico. Ou seja, é o exame que mede o colesterol total do paciente, formado pela parcela boa e pela parcela ruim de gordura presentes no sangue. “É preciso verificar as frações de forma separada. O valor do colesterol total, por exemplo, pode estar dentro do recomendado, mas ser composto, principalmente, pela parcela ‘ruim’, ou o paciente pode ter um colesterol total elevado, porém com uma parcela ‘boa’ invejável”, completa Dr. Caoê.  

 

O que é o colesterol LDL?

Em inglês, significa Low Density Lipoprotein – que traduzido para o português quer dizer Lipoproteína de Baixa Densidade. O LDL é bastante conhecido como “colesterol ruim” porque é a parcela que se acumula nas artérias e pode dificultar, ou até mesmo interromper completamente, a passagem do sangue. “Precisamos dele, mas na quantidade correta. Em excesso, ele participa da formação de placas que levam a aterosclerose e pode causar o temido infarto do coração ou Acidente Vascular Cerebral (AVC)”, indica o médico. Os índices ideais variam de acordo com o perfil do paciente.

 

O que é o colesterol HDL?

É a High Density Lipoprotein – que em tradução livre quer dizer Lipoproteína de Alta Densidade. O HDL é comumente chamado de “colesterol bom” e é responsável por atuar na reciclagem da outra parcela do colesterol, chamada de “ruim”. Segundo Dr. Caoê, não há problema em ter o HDL elevado. “O que precisa ser realmente controlado é o não-HDL, ou seja, a soma de todas as parcelas ‘ruins’”, completa.

 

E o que são os triglicerídeos?

Segundo o endocrinologista, é “um tipo de gordura usada como reserva de energia. E é a fração do colesterol que tem maior resposta à dieta e atividade física”. Assim como o LDL, os triglicerídeos contribuem para a formação de obstruções nas artérias e também podem gerar inflamação do pâncreas e o acúmulo de gordura no fígado. Ou seja, manter os índices de triglicerídeos sob controle é muito importante para a saúde do paciente e para a estabilidade do colesterol total.

 

Quem corre mais riscos?

Sedentários e com dietas ricas em alimentos ultraprocessados, frituras, embutidos, carne vermelha, bacon e laticínios têm mais chances de apresentar índices elevados de colesterol. “Pacientes com comorbidades como hipertensão, diabetes, obesidade e tabagismo favorecem a aterosclerose”, explica o endocrinologista. Mas existem pacientes que, mesmo com comportamento e dieta saudáveis, acabam apresentando índices elevados.

“Cerca de 70% do colesterol é fabricado pelo nosso próprio fígado, somente cerca de 30% vêm da alimentação. Depois de passar pelo sangue, o colesterol é reciclado pelo fígado para formar a bile, mas essa capacidade de eliminação varia de pessoa para pessoa. A genética influencia muito, então podem existir casos de pacientes atletas com dieta super regrada e, mesmo assim, com colesterol LDL elevado” completa o médico.

Quando as mudanças comportamentais não são suficientes para atingir os valores ideais do colesterol de acordo com o grupo de risco do paciente, é preciso recorrer ao uso de medicamentos. “As estatinas compõem a principal classe de remédios para controle do colesterol e são seguras quando bem indicadas”, completa o endocrinologista.

 


Paraná Clínicas

www.paranaclinicas.com.br


Síndrome de Down: Conheça os principais cuidados com a saúde bucal do paciente

Segundo dados da Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down, estima-se que no Brasil um em cada 700 nascimentos ocorre o caso de trissomia 21, que totaliza em torno de 270 mil pessoas com síndrome de Down. No mundo, a incidência estimada é de um em um mil nascidos vivos e a cada ano, cerca de 3 a 5 mil crianças nascem com síndrome de Down e os portadores dessa síndrome devem ter o mesmo tratamento de qualquer outra pessoa, mas com atenção especial para alguns fatores, por exemplo na saúde bucal, por isso, o dentista. Eduardo Castro, da rede OdontoCompany, separou algumas informações e dicas:


Visitas ao dentista: A primeira abordagem deve ser feita antes dos seis meses de vida,  para uma avaliação e orientações. Todo paciente com down precisa de uma periodicidade média de três em três meses de retorno para consulta de manutenção e intensificação de novas orientações. "Uma dica é quando for ao dentista, levar a escova de dentes do seu filho com você para que o profissional possa observar como ele escova os dentes. Desta forma o profissional será capaz de fazer uma demonstração de como deve ser a escovação e dar conselhos sobre como mudar ou melhorar a técnica utilizada no ato”, explica. 


Principais alterações sistêmica que podem interferir na saúde bucal do paciente: Hipotireoidismo, diabetes mellitus e hepatite crônica ativa são alguns exemplos de patologias autoimunes, cuja incidência está aumentada em pessoas com síndrome de Down podendo interferir na saúde geral, assim como na saúde bucal, por esse motivo é  fundamental o diagnóstico precoce para que sejam intensificados os cuidados com a saúde bucal do paciente.


Alteração na composição saliva: O fluxo salivar de pacientes com síndrome de Down é, em média, 50% menor do que em pacientes sem a síndrome. Esta redução está vinculada, preferencialmente, ao metabolismo da glândula parótida, onde pela hipossalivação podem ficar mais suscetíveis a algumas doenças bucais, sendo importante avaliação profissional para definir a possível necessidade de saliva artificial.


Aparelhos ortodonticos: Um dos fatores que acometem com assiduidade os pacientes com a síndrome de Down são os apinhamentos dentários, ou seja, os dentes trepados, tortos. Desta forma, muitas vezes o uso de aparelhos ortodônticos é fundamental, pois, além da correção dentária, permitem melhora na função mastigatória assim como evitam que se machuquem mordiscando as bochechas ou lábios, por exemplo. Todos os tipos de aparelho ortodôntico podem ser utilizados, mas caso tenha indicação, os melhores são os alinhadores ortodônticos pela praticidade e simplicidade na sua mecânica. 

 


OdontoCompany

https://odontocompany.com/


Terapias ajudam a minimizar os impactos do estresse e da ansiedade na saúde bucal

Cirurgiões-dentistas se especializam para oferecer aos pacientes práticas terapêuticas que auxiliam no tratamento odontológico


Acupuntura, Terapia Floral, Homeopatia. Essas são algumas terapias integrativas e complementares que têm sido utilizadas para auxiliar os pacientes em tratamentos odontológicos, especialmente nesse momento de pandemia em que muitas pessoas chegam aos consultórios relatando problemas como estresse, ansiedade e depressão.  

A manifestação desses transtornos pode afetar direta ou indiretamente a saúde bucal, como explica o cirurgião-dentista Helio Sampaio Filho, presidente da Câmara Técnica de Acupuntura do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP). “Esses três estados podem provocar alterações fisiológicas, como a diminuição do fluxo salivar. Isso pode fazer surgir, por exemplo, alguns distúrbios, tais como: halitose, lesões na mucosa bucal (aftas), aumento da presença de biofilme que leva ao aparecimento ou agravação de gengivite e cárie dental”.

Para Mabel Conde, presidente da Câmara Técnica de Terapia Floral do CROSP, muitas emoções disfuncionais podem ocasionar problemas na cavidade oral, assim como no sistema estomatognático de modo geral. “Nessas situações, o uso de ferramentas como as essências florais pode proporcionar o equilíbrio dessas emoções, ajudando a resolver a causa dos problemas apresentados e, consequentemente, aliviando os sintomas”.

Estresse e ansiedade também são responsáveis por muitos casos de bruxismo e dores envolvendo a pressão da mandíbula e dos músculos da face. ”No dia a dia da clínica, temos recebido pacientes com problemas que vão de dores orofaciais a fraturas de restaurações e próteses, durante esse período que tem gerado insegurança e medo”, relata Helio.

De acordo com a cirurgiã-dentista Jussara Giorgi, presidente da Câmara Técnica de Homeopatia do CROSP, infelizmente, as pessoas também descuidaram da higiene bucal nessa pandemia. “A cavidade oral é um reservatório do Sars-CoV-2 e, por isso, deve e precisa ser cuidada. Nesse contexto, a promoção individualizada de higiene oral deve ser valorizada para a recuperação e manutenção da saúde oral das pessoas”, afirma.


Práticas integrativas são aplicadas pelos próprios cirurgiões-dentistas

O paciente odontológico acometido por transtornos emocionais pode ser beneficiado pelas práticas integrativas aplicadas por profissionais de Saúde Bucal habilitados, antes, durante ou após o tratamento dentário. A opção pelo uso da terapia pode ser feita após criteriosa anamnese, que é um um levantamento de dados a respeito da saúde geral e bucal do paciente.


·         Acupuntura

A Acupuntura é uma das terapêuticas mais antigas do mundo e a especialidade foi reconhecida pelo Conselho Federal de Odontologia (CFO) em 2015. “A Acupuntura é um método prático, seguro, com baixo custo e sem efeitos deletérios ao organismo”, afirma Helio Sampaio Filho.

Parte integrante da Medicina Tradicional Chinesa (MTC), a Acupuntura tem como objetivo estabelecer a homeostase do organismo, restabelecendo o equilíbrio geral em seus aspectos físicos, emocionais e espirituais (conceito de saúde em si) através da inserção de finas agulhas em pontos que se encontram em canais de energia (Qi) distribuídos por todo o corpo. 

“Desta forma, segundo a Organização Mundial da Saúde, a Acupuntura poderá tratar ou complementar os estados de estresse, ansiedade, depressão e muitas de suas manifestações como dores musculares, apertamento dental, bruxismo, xerostomia (boca seca), entre outros”, diz o cirurgião-dentista.

Helio ressalta, no entanto, que não cabe ao cirurgião-dentista acupunturista diagnosticar a desordem emocional e sim auxiliar no tratamento principal, descrito por um profissional médico, como um psiquiatra.


·         Terapia Floral

Os  cirurgiões-dentistas são habilitados pelo CFO a fazerem uso das essências florais na sua rotina de atendimento, podendo neste momento pandêmico, ser realizado à distância. “O uso dessas essências possibilita retomar à saúde, integrando os padrões emocionais e fisiológicos, produzindo um equilíbrio emocional que possibilita também ao corpo físico curar-se”, explica Mabel. Segundo a cirurgiã-dentista, além de atuar clinicamente nos sintomas físicos apresentados, o profissional sugere a fórmula floral necessária para que as emoções sejam reequilibradas e a saúde física restabelecida, levando o paciente ao conforto físico, mental e emocional. 

Para ela, desde que a Terapia Floral foi reconhecida pelo CFO como uma Prática Integrativa e Complementar na Odontologia, em 2008, a classe odontológica passou a ter em mãos uma ferramenta que não apresenta efeitos colaterais e que auxilia na resolução de sintomas físicos que podem ter sido desencadeados pelas mais profundas emoções, muitas vezes despercebidas pelo paciente, trazendo equilíbrio e bem-estar alinhados ao tratamento convencional.

“Nós da Câmara Técnica de Terapia Floral do CROSP, temos sido procurados por colegas que ainda não fazem uso da Terapia Floral, para tratarmos questões emocionais que apareceram anteriormente e/ou concomitantemente aos problemas bucais, principalmente diante da atual situação de pandemia”, afirma Mabel.


·         Homeopatia

Amplamente empregada em vários países, a Homeopatia vem ganhando espaço também na Odontologia, sendo reconhecida como especialidade pelo CFO em 2015. “A Homeopatia tem a capacidade de devolver o equilíbrio ao paciente e, assim, deixá-lo em condição de se recuperar de inúmeras situações de dano em sua saúde", analisa Jussara Giorgi.

Ela explica que a abordagem homeopática individualiza cada caso para a prescrição necessária. “Precisamos saber quem ele é, como pensa, como age e reage em determinadas situações e assim vamos decifrando onde reside seu problema”.

Segundo a presidente da Câmara Técnica do CROSP, todas as manifestações psicogênicas - distúrbios de origem psíquica - podem ser abordadas pela terapêutica homeopática. “Se o problema tem solução com medicamentos, a Homeopatia poderá participar”, conclui Jussara.

 



Conselho Regional de Odontologia de São Paulo - CROSP

 www.crosp.org.br


Para pacientes idosos, focar no que importa é muitas vezes o melhor remédio

Uma mulher na casa dos 80 anos queria brincar com os bisnetos quando eles vinham visitá-los, mas a dor no joelho torna isso difícil para ela. Um homem de quase 70 anos disse que gostava de sair para jantar, mas estava limitado pelas diretrizes de preparação de refeições que precisava seguir por causa da diabetes.

Ambas as pessoas têm várias doenças crônicas. Eles também têm objetivos de vida, coisas que querem fazer para viver suas vidas plenamente, como brincar com os netos e sair para comer. Compreender esses objetivos e barreiras ajuda os médicos a alinhar os cuidados com o que é mais importante para seus pacientes, ao mesmo tempo que elimina cuidados de saúde indesejados, disseram os autores de um relatório publicado em 24 de março no JAMA Network Open.

O relatório, a primeira descrição sistemática das prioridades de cuidados de saúde de idosos, descreve um processo estruturado denominado Prioridades de Saúde do Paciente que os profissionais de saúde podem seguir para identificar os objetivos de vida de idosos com múltiplas condições crônicas, bem como suas preferências de cuidados de saúde.

"Há uma consciência crescente da necessidade de fazer a transição dos cuidados de saúde, especialmente para pessoas com várias condições crônicas, do tratamento de doenças isoladas para cuidados de saúde alinhados com as prioridades dos pacientes", disse Mary Tinetti, MD, investigadora principal do Paciente Priorities Care Study, e Gladys Phillips Crofoot Professora de Medicina (Geriatria) na Yale School of Medicine (YSM).

Durante o estudo, os profissionais de saúde pediram a 163 pacientes com 65 anos ou mais e com várias doenças crônicas para identificar o que eles mais valorizam na vida, como se conectar com a família, ser produtivo ou permanecer independente. Eles então perguntaram quais atividades específicas e realistas eles mais gostariam de realizar e que refletissem seus valores. Os participantes também foram solicitados a descrever as barreiras que os impediam de atingir seus objetivos, como consultas médicas desnecessárias, uso de muitos medicamentos ou preocupações com a saúde, como fadiga e falta de ar.

"Os medicamentos, consultas de saúde, testes, procedimentos e tarefas de autogestão envolvidos no tratamento de várias condições crônicas, exigem investimentos de tempo e esforço que podem ser onerosos e conflitantes com o que os pacientes desejam e são capazes de fazer", disse Tinetti.

O estudo foi conduzido entre pacientes de 10 médicos de cuidados primários de uma prática multi-site em, Connecticut, que convidou os pacientes a participar durante as visitas de rotina. Os participantes deveriam ter 65 anos ou mais e ter pelo menos três doenças crônicas que foram tratadas com pelo menos 10 medicamentos prescritos. Eles também precisavam estar sob os cuidados de dois ou mais especialistas, ou ter visitado o pronto-socorro pelo menos duas vezes, ou ter sido hospitalizado uma vez, no último ano. Dos 236 pacientes da clínica, 163 concordaram em participar. A maioria dos participantes era branca, do sexo feminino, com cerca de 78 anos e apresentava quatro doenças crônicas. Quase metade tinha ensino médio ou menor escolaridade.

Os participantes foram solicitados a identificar seus valores com perguntas como: "O que aproveitar a vida significa para você?" e "Quando você tem um bom dia, o que acontece?" Seus profissionais de saúde trabalharam com eles para garantir que seus cuidados estivessem focados em alcançar esses objetivos. Os participantes também foram questionados sobre quais problemas de saúde mais interferiam em seus objetivos e quais aspectos de seus cuidados de saúde eles consideravam úteis e que consideravam inúteis ou onerosos.

Os 163 participantes identificaram 459 objetivos de resultado, o mais comum dos quais era compartilhar refeições com amigos e familiares (7,8%); visitar os netos (16,3%); fazer compras (6,1%) e fazer exercícios (4,6%). Vinte participantes (4,4%) disseram que gostariam de poder ficar em suas casas e viver de forma independente. As barreiras comuns para seus objetivos eram dor (41%); fadiga, falta de energia ou sono insatisfatório (14,4%); instabilidade (13,5%); e falta de ar e tontura (6,1%).

Trinta e dois participantes (19,8%) consideraram que estavam tomando medicamentos em excesso, enquanto 57 (35,0%) relataram sintomas incômodos com os medicamentos, mas não mencionaram medicamentos específicos. Além disso, 43 (26%) participantes disseram que as visitas aos seus médicos e especialistas de cuidados primários foram úteis, embora 15 (9%) tenham dito que têm muitas visitas ou médicos. "Estou cansado de ir a tantos médicos."

Entender o que é importante para os pacientes pode ajudar na comunicação médico-paciente e na tomada de decisões, disse Tinetti. "Se as metas de resultados de um paciente não forem alcançáveis e realistas devido ao seu estado de saúde, uma conversa pode incluir: ‘Eu me preocupo que você não consiga continuar levando seus amigos ao teatro’. Eu me pergunto se existem outras maneiras de satisfazer seu desejo de ver shows e conectar-se com seus amigos que poderiam ser mais realizáveis", afirma.

Um site recém-lançado (MyHealthPriorities.org) surgiu da iniciativa Patient Priorities Care. As pessoas podem usar a plataforma para identificar suas prioridades e discuti-las com a equipe de saúde.

"Quando não há um provedor de saúde disponível para fazer a identificação das prioridades de saúde, agora existe essa opção do site autodirigido", disse Jessica Esterson, MPH, diretora de projeto na Seção de Geriatria do YSM. "Queremos espalhar essa capacidade para o maior número possível de adultos mais velhos. Ao fornecer o site diretamente a indivíduos, expandimos muito seu alcance e potencial."

O site orienta as pessoas no processo de identificação das prioridades de saúde no atendimento às prioridades do paciente. No final, eles terão um resumo para apresentar a seus médicos que descreve suas prioridades de saúde, as atividades que desejam que seus cuidados os ajudem a realizar com base no que estão dispostos e são capazes de fazer.

 


Rubens De Fraga Júnior - professor da disciplina de gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná. Médico especialista em geriatria e gerontologia.

 

Fonte: Mary E. Tinetti et al. Outcome Goals and Health Care Preferences of Older Adults With Multiple Chronic Conditions, JAMA Network Open (2021). DOI: 10.1001/jamanetworkopen.2021.1271


Tontura: por que é muito mais do que labirintite? 7 mitos e verdades sobre as várias doenças relacionadas a esse sintoma

Campanha "Não fique tonto. Procure um otorrinolaringologista" ressalta a importância de identificar as verdadeiras causas das doenças do labirinto


Em 22 de abril é celebrado o Dia da Tontura, sintoma que acomete 42% da população adulta da cidade de São Paulo, segundo estudo publicado pela Revista Brasileira de Otorrinolaringologia. Embora 67% dos sintomáticos sejam afetados em suas atividades diárias, apenas 46% dos pacientes da pesquisa procuraram auxílio médico. 

A campanha "Não fique tonto. Procure um otorrinolaringologista" tem como objetivo despertar a atenção da população para os problemas relacionados a esse sintoma e incentivar a busca por avaliação médica. Ela acontece durante a Semana da Tontura, de 19 a 23 de abril.

"O impacto da tontura no indivíduo e na população é real. Sentir tontura não é normal e pode afetar o dia a dia de crianças, adultos jovens ou idosos. Por isso, o segredo é não desprezar seus sintomas, nem se automedicar. Procure um otorrinolaringologista para o correto diagnóstico e tratamento das doenças que causam vertigem e tontura" afirma o Dr. Márcio Salmito, otorrinolaringologista, coordenador do Departamento de Otoneurologia da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF). 

Você sabe quando procurar um especialista? Para esclarecer algumas dúvidas, a ABORL-CCF, por meio do Departamento de Otoneurologia, preparou uma lista com 7 mitos e verdades sobre as verdadeiras causas das doenças do labirinto. 


  • A doença mais comum que causa tontura e vertigem é a labirintite.

Mito. A labirintite não está nem entre as 10 causas mais frequentes de doenças labirínticas. A labirintite (verdadeira) é uma inflamação do labirinto, geralmente associada a alguma outra infecção (otite, meningite). 


  • Ao sentir vertigem ou tontura, é melhor já tomar o remédio disponível nas prateleiras da farmácia.

Mito. A automedicação pode mascarar o problema central, fazendo com que haja um quadro persistente. 


  • Qualquer médico pode tratar as doenças do labirinto. 

Mito.  A otorrinolaringologia possui uma área específica, a otoneurologia, para estudar as doenças do labirinto. Por isso, o otorrino é o mais capacitado para fazer o diagnóstico, entender se o sintoma indica alguma doença do labirinto e propor o tratamento correto. 


  • Os sintomas, como vertigem e tontura, podem não ser doenças.

Verdade. Fatores externos, como hábitos e comportamentos, podem influenciar no sintoma de tontura e vertigem, como a ingestão de alimentos que têm muito açúcar ou cafeína, o tabagismo e até o etilismo (ingestão de álcool).


  • O labirinto é um órgão.

Verdade. O labirinto é um órgão (parte interna do ouvido) que tem como funções a audição e sensor dos movimentos da cabeça. 


  • A tontura pode não ser labirintite. 

Verdade. Entre as principais doenças, estão:



Vertigem Posicional Paroxística Benigna (VPPB). É a doença mais comum causadora de vertigem. Causada pelo desprendimento de pequenos cristais de cálcio, denominados de otólitos, responsáveis por fornecer informações sobre a posição e movimentos da nossa cabeça. É uma das várias doenças diferentes que acabam recebendo o nome de labirintite quando não adequadamente diagnosticada. Sintoma: vertigem que pode ser acompanhada por náuseas (provocada por movimentos da cabeça).



Cinetose. Conhecida como “mal do movimento” (motion sickness), é caracterizada pela dificuldade do labirinto em processar diferentes informações. Sintomas: náusea e enjoo, tornando- se mais evidente em viagens de carro ou avião, agravados pelo movimento sequencial do olhar.



Doença de Menière. Ocorre por consequência do aumento da pressão dos líquidos da orelha interna, geralmente relacionada com outras doenças, como diabetes, hipertensão e doenças autoimunes. Sintomas: zumbido, vertigem, perda auditiva e pressão no ouvido, acompanhados de mal-estar e náusea/enjoo.



Neurite vestibular. Distúrbio do sistema vestibular causado, geralmente, por um vírus que afeta o nervo vestibular, uma estrutura responsável por enviar informações do labirinto para a cabeça. Sintomas: forte vertigem, náusea, desequilíbrio e dificuldade para caminhar.


  • Em 22 de abril, é celebrado o Dia Nacional da Tontura.

Verdade. Desde 2018, 22 de abril é considerado o Dia Nacional da Tontura, data de nascimento do médico otorrinolaringologista Robert Barany, único otorrino a ganhar um prêmio Nobel, o que ocorreu por suas descobertas a respeito do funcionamento do sistema vestibular, do qual o labirinto é o órgão. 




ABORL-CCF


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