Segundo dados da Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down, estima-se que no Brasil um em cada 700 nascimentos ocorre o caso de trissomia 21, que totaliza em torno de 270 mil pessoas com síndrome de Down. No mundo, a incidência estimada é de um em um mil nascidos vivos e a cada ano, cerca de 3 a 5 mil crianças nascem com síndrome de Down e os portadores dessa síndrome devem ter o mesmo tratamento de qualquer outra pessoa, mas com atenção especial para alguns fatores, por exemplo na saúde bucal, por isso, o dentista. Eduardo Castro, da rede OdontoCompany, separou algumas informações e dicas:
Visitas ao dentista: A primeira
abordagem deve ser feita antes dos seis meses de vida, para uma avaliação
e orientações. Todo paciente com down precisa de uma periodicidade média de
três em três meses de retorno para consulta de manutenção e intensificação de
novas orientações. "Uma dica é quando for ao dentista, levar a escova de
dentes do seu filho com você para que o profissional possa observar como ele
escova os dentes. Desta forma o profissional será capaz de fazer uma
demonstração de como deve ser a escovação e dar conselhos sobre como mudar ou
melhorar a técnica utilizada no ato”, explica.
Principais alterações sistêmica que podem
interferir na saúde bucal do paciente: Hipotireoidismo, diabetes
mellitus e hepatite crônica ativa são alguns exemplos de patologias autoimunes,
cuja incidência está aumentada em pessoas com síndrome de Down podendo
interferir na saúde geral, assim como na saúde bucal, por esse motivo é
fundamental o diagnóstico precoce para que sejam intensificados os cuidados com
a saúde bucal do paciente.
Alteração na composição saliva: O fluxo
salivar de pacientes com síndrome de Down é, em média, 50% menor do que em
pacientes sem a síndrome. Esta redução está vinculada, preferencialmente, ao
metabolismo da glândula parótida, onde pela hipossalivação podem ficar mais
suscetíveis a algumas doenças bucais, sendo importante avaliação profissional
para definir a possível necessidade de saliva artificial.
Aparelhos ortodonticos: Um dos
fatores que acometem com assiduidade os pacientes com a síndrome de Down são os
apinhamentos dentários, ou seja, os dentes trepados, tortos. Desta forma,
muitas vezes o uso de aparelhos ortodônticos é fundamental, pois, além da
correção dentária, permitem melhora na função mastigatória assim como evitam
que se machuquem mordiscando as bochechas ou lábios, por exemplo. Todos os
tipos de aparelho ortodôntico podem ser utilizados, mas caso tenha indicação,
os melhores são os alinhadores ortodônticos pela praticidade e simplicidade na
sua mecânica.
OdontoCompany
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