A velha
máxima "o perigo mora ao lado" pode ser realocada para "o perigo
está na entrada" se trouxermos essa realidade para os condomínios
residenciais.
Lembrando que a busca por um ambiente que reúna segurança, lazer
e privacidade acarretou um aumento exponencial deste setor, o tema "segurança"
ganha relevância e este modelo de moradia passa a demandar por novo olhares se
analisarmos os números.
Somente nos
últimos anos, foram registrados e legalizados mais de 57 mil condomínios
somente no Estado de São Paulo. Já na região metropolitana, temos mais 30 mil e
na capital paulista 24 mil, conforme apontam dados da Associação das
Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo (AABIC).
Quando
analisamos a quem compete o principal aspecto do interesse que existe em morar
em um condomínio, que é a segurança, vemos que o tradicional modelo de
responsabilidade de um condomínio, que envolve o síndico e os condôminos,
maiores facilitadores no processo de segurança justamente por não aceitar
certos procedimentos, alegando que está sendo tirada sua privacidade, precisa
ser revisto.
Neste
ponto, quero abordar sobre o Compliance Ético, termo muito utilizado no meio
empresarial e que trata deste ponto que passou a ser frágil nos condomínios.
Explico! Compliance, igual a comprometimento, estar de acordo, é o conjunto de
disciplinas para fazer cumprir as normas legais e regulamentares, as políticas
e as diretrizes estabelecidas, bem como evitar, detectar e tratar qualquer
desvio ou inconformidade.
E a Ética
trata daquilo que pertence ao caráter, um conjunto de regras e preceitos que
medem o nível moral de um indivíduo, de um grupo social ou de uma sociedade. A
aplicação do compliance ético na segurança de um condomínio pode ser a
diferença do seu nível de proteção.
Ter
colaboradores com esse perfil de atenção aos procedimentos implantados e
condôminos que respeitam as regras estabelecidas, faz com que os processos de
segurança interna tenham melhor fluidez e, portanto, maior eficiência.
Desenvolver a ética nos serviços do condomínio traz inclusive benefícios financeiros,
pois haverá uma equipe mais comprometida e atenta.
Através de
um trabalho especializado que se inicia na seleção e treinamento da equipe,
passando pela validação de fornecedores, com a gestão e auditoria dos
contratos, e um planejamento eficaz da tecnologia aliados à implantação de
regras e procedimentos claros, é possível ter um condomínio ético e mais
seguro. Vamos pensar nisso?
Paulo Musa -
especialista em Segurança da ICTS Security, consultoria e gerenciamento de
operações em segurança, de origem israelense.
ICTS Security