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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

Todo homem precisa saber um pouco mais sobre testosterona


A preocupação sobre a necessidade de reposição hormonal é um tema universal e recorrente em nossos dias. Os exemplos são da Associação Americana de Urologia (AUA) – 2018 - e da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) – 2017 -, que publicaram normas e recomendações para boas práticas no uso da testosterona. Ambas preconizam o diagnóstico e tratamento de reposição de testosterona de forma eficaz e segura.

Nos Estados Unidos, a AUA fez uma revisão sistemática e criteriosa a partir de pesquisas de artigos científicos publicados no período de 1980 a 2017, que rendeu 15.217 referências e envolveu  aproximadamente 350.000 homens. Dessa análise, ficou evidenciado que os testes de testosterona e prescrições quase triplicaram nos últimos anos. Muitos homens estão usando testosterona sem uma indicação clínica precisa. Alguns estudos estimam que até 25% dos homens que recebem terapia com testosterona não têm testosterona testada antes do início do tratamento. Dos homens que são tratados com testosterona, quase metade não tem seus níveis de testosterona verificados após o início da terapia. Estima-se que até um terço dos homens que são colocados em terapia com testosterona não atendem aos critérios para serem diagnosticados como deficientes em testosterona.  

Os sinais e sintomas do Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino (DAEM) podem ser sexuais e não sexuais, como diminuição ou perda de libido (perda do interesse sexual); disfunção erétil; ereções matinais menos frequentes e de menor qualidade; obesidade abdominal; baixa densidade mineral óssea; depressão; fadiga; perda de pelos corporais; redução da sensação de vitalidade ou de bem-estar; anemia; presença de níveis alterados de colesterol, triglicérides e glicemia.

O declínio da função gonodal é parte do processo normal de envelhecimento masculino. Estima-se que os níveis de testosterona em homens com mais de 40 anos diminuam a uma taxa de 1% ao ano. O diagnóstico do DAEM requer a presença de sinais e sintomas característicos em combinação com níveis baixos de testosterona. Para isso, deve-se realizar a coleta da amostra de sangue para dosagem da testosterona pela manhã e são necessárias pelo menos duas dosagens em dias diferentes, quando a primeira dosagem for baixa. Quando se faz o diagnóstico de hipogonadismo (baixos níveis de testosterona), os níveis séricos de hormônios luteinizantes e prolactina devem ser medidos.

Vale ressaltar que, recentemente, a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) emitiu nota apoiando a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), reforçando a publicação do Conselho Federal de Medicina (CFM), que não reconhece a especialidade intitulada “Modulação Hormonal”. Esse posicionamento vem ao encontro da Resolução do CFM, segundo a qual a reposição de deficiências de hormônios e de outros elementos essenciais se fará somente em caso de deficiência específica comprovada e que tenha benefícios cientificamente comprovados. Portanto, a reposição hormonal é um ato médico e somente pode ser feita por profissionais médicos, preferencialmente um especialista.






Marco Aurélio Lipay - doutor em Cirurgia (Urologia) pela UNIFESP, titular em Urologia pela Sociedade Brasileira de Urologia, membro Correspondente da Associação Americana de Urologia e autor do Livro Genética Oncológica Aplicada a Urologia.


Conheça os efeitos da diabetes na saúde sexual masculina


 Doença comum entre a população mundial pode afetar de diferentes maneiras o emocional e físico de pacientes


Cuidar da saúde é também uma maneira de se preocupar com a vitalidade sexual, afinal de contas, sexo é importante para a qualidade de vida. Entre as diversas doenças que podem influenciar a performance sexual masculina, a diabetes se destaca.

A doença tem como principal sintoma o crescimento da glicose no sangue, dificultando a circulação corporal, afetando a irrigação de alguns tecidos e órgãos corporais, como o membro sexual masculino. Sendo assim a diabetes se torna a enfermidade mais temida por homens por estar relacionada com a disfunção erétil. 

Segundo o cirurgião especialista em urologia, rins, próstata e prótese, e fundador da Lifemen®, rede de clínicas que reúne serviços especializados na área de saúde sexual masculina, Dr. Emilio Sebe Filho, “a diabetes afeta os vasos sanguíneos que irrigam o pênis, causando entupimento das artérias do membro e prejudicando a ereção”.

Ainda segundo o urologista, os sintomas atingem os pacientes de diversas maneiras.  “Por estar atrelada à vida sexual, a diabetes também pode afetar significativamente o lado emocional dos pacientes”, completa.

Além da impotência sexual, problemas relacionados a sensibilidade peniana são regulares. “Por a glicose ser um composto que consegue afetar o funcionamento de muitos sistemas corporais, quando em níveis elevados ela é também responsável por prejudicar os estímulos nervosos que acontecem em diversas partes do corpo, afetando o prazer sexual e mudando significativamente a qualidade de vida” afirma. 

Para tratar a diabetes e evitar que ela afete a vida sexual masculina, é importante que o paciente sempre busque auxílio médico e especialistas em saúde sexual. “Existem alguns tratamentos para a disfunção erétil, como a terapia de ondas, onde o órgão sexual masculino é submetido a uma onda acústica que aumenta a circulação sanguínea local, promovendo processos de neovascularização e reparação do tecido. E para se ter um resultado satisfatório e duradouro, é importante que o indivíduo procure controlar a diabetes, fazendo assim o protocolo completo”, afirma o Dr. Emilio.






Lifemen®
www.lifemen.com.br


Criança sem cicatriz vacinal não precisa revacinar contra tuberculose


Nova orientação do Ministério da Saúde está alinhada com a OMS e o CTAI, após comprovação da eficácia da vacina contra tuberculose em crianças que não ficam com cicatriz


Crianças que não apresentarem cicatriz vacinal após receberem dose da vacina contra tuberculose (BCG) não precisam ser revacinadas. A nova recomendação do Ministério da Saúde está alinhada com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e Comitê Técnico Assessor de Imunizações (CTAI) após estudos comprovarem a eficácia do imunobiológico também em crianças que não ficam com cicatriz depois da vacina. A orientação foi encaminhada aos estados e municípios na última sexta-feira (1º/2).

“Seguimos a recomendação da OMS com relação a BCG porque a ausência da cicatriz vacinal não significa que a criança não está protegida contra a doença”, explicou a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Carla Domingues.


A medida foi discutida com especialistas em 2018, durante reunião do Comitê Técnico Assessor de Imunizações (CTAI) com base no último Position Paper da OMS, publicado no ano passado. Instituído em 1991, o CTAI é integrado por representações de várias instituições ou organizações reconhecidas nacional e internacionalmente, como a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm); Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI); Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP); Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI); Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo); Organização Pan-Americana da Saúde (Opas); Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco); entre outros.

A principal maneira de prevenir a tuberculose em crianças é com a vacina BCG, ofertada gratuitamente no SUS. Ela deve ser dada às crianças ao nascer nas maternidades, ou na primeira visita da criança no serviço de saúde, o mais precocemente possível. A vacina também está disponível na rotina dos serviços para crianças menores de cinco anos de idade. A vacina, que necessita de apenas uma dose, protege as crianças das formas mais graves da doença, como a tuberculose miliar e a meníngea.





Cobertura vacinal contra a Tuberculose

A vacinação é a forma mais eficaz de prevenir doenças, por isso o Ministério da Saúde tem alertado periodicamente a população sobre a importância de manter a vacinação em dia.

A vacina BCG é uma das vacinas com maior adesão. Em 2017 registrou 96,2% de cobertura vacinal em todo o país, acima do preconizado pelo Ministério da Saúde que é de, pelo menos, 90%. Em anos anteriores a taxa da cobertura vacinal ultrapassada os 100%, sendo: 2011 (107,94%); 2012 (105,7%); 2013 (107,42%); 2014 (107,28%); 2015 (105,08%); 2016 (95,55%). Os gestores têm até o mês de abril para atualizar no Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (SIPNI) a situação vacinal local, mas dados preliminares já indicam uma cobertura em 2018 de 87,5%.

“Não podemos descansar com relação à vacinação. Só com altas coberturas vacinais é que conseguimos manter bem longe das nossas crianças doenças como a tuberculose, que pode até matar”, enfatiza Carla Domingues.

O Ministério da Saúde oferta gratuitamente nas mais de 36 mil salas de vacinação do SUS todas as vacinas recomendadas pela OMS no Calendário Nacional de Vacinação. Atualmente, são cerca de 300 milhões de doses de imunobiológicos, por ano, para combater mais de 20 doenças, em todas as faixas etárias. Há ainda vacinas especiais para grupos em condições clínicas específicas, como portadores de HIV, disponíveis nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE). 





Amanda Mendes
Agência Saúde


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