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quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Saiba como identificar e tratar a desidratação



 Muitas vezes o cansaço, a dor de cabeça e até mesmo o mau-humor parecem a chegada de um resfriado ou uma doença causada por vírus e/ou bactéria. Isso pode levar a uma diarreia ou vômitos, e uma das consequências pode ser a desidratação, que é basicamente a perda da água do corpo, incluindo eletrólitos vitais como sódio, cloreto e potássio.
A água é tão essencial que representa cerca de 60% do peso corporal em adultos e até 75% do peso corporal em bebês1. “Precisamos dela para funções importantes como a regulagem da temperatura do corpo, a manutenção da saúde da pele e das articulações, a digestão dos alimentos, a remoção de resíduos e para auxiliar o cérebro a trabalhar em sua melhor forma”, afirma Patrícia Ruffo, nutricionista e Gerente Científico da Divisão Nutricional da Abbott no Brasil.
A desidratação em um estágio mais elevado pode causar complicações sérias, como convulsões, insuficiência renal e queda no volume de sangue, o que consequentemente afeta a pressão arterial do indivíduo.

SAIBA QUEM ESTÁ EM RISCO

·         Bebês e crianças: a desidratação pode afetar qualquer pessoa, não importa a idade — se mais velho ou mais jovem —, mesmo se forem completamente saudáveis. Algumas pessoas estão especialmente propensas à desidratação, como bebês, crianças jovens e idosos. “A desidratação se torna uma preocupação quando uma pessoa perde apenas 3% da água do corpo”, ressalta Patrícia. Para um bebê de 2,25 kg isso se traduz em apenas 236,5 ml (cerca de um copo de água pequeno), portanto, a desidratação pode acontecer rapidamente.

·         Adultos idosos: quando se trata de adultos idosos, eles podem ter um baixo volume de fluidos por vários motivos diferentes. “O primeiro é que eles podem simplesmente se esquecer de tomar água. Conforme a sensação de sede se torna menos aguçada com a idade, alguns podem até mesmo nem perceber que não beberam líquido suficiente”, lembra a nutricionista.

Existem outras causas de desidratação, como por exemplo: tomar medicações como diuréticos que acabam desidratando a pessoa ou evitar beber líquidos suficientes simplesmente para reduzir as idas frequentes ao banheiro. 

SINTOMAS SUTIS

Embora a desidratação possa tornar a maioria das pessoas irritáveis e letárgicas, outros sintomas podem variar de idade para idade. “Bebês podem não produzir lágrimas, ter a boca seca ou uma febre de baixo grau, e podem parar de molhar as fraldas. Os adultos podem apresentar tontura ou sentir sede, dor de cabeça, constipação ou pele seca, e a urina pode ser mais escura e concentrada do que o normal (geralmente transparente ou de cor amarela muito clara)”, alerta.
“Como os bebês são afetados rapidamente pela perda de fluidos, é fundamental ligar para o pediatra assim que suspeitar de uma desidratação e continuar com a alimentação normal, conforme necessário”, diz Patrícia.

FLUIDOS EM PRIMEIRO LUGAR – E ALIMENTOS CONTAM!

Caso as evidências apontem para a desidratação, um copo de água é um bom começo, mas também é possível prosseguir com uma solução de reidratação oral. “Quando perdemos fluido devido ao suor, ao calor, à diarreia e ao vômito, os corpos também perdem eletrólitos — como sódio, potássio e cloreto — necessários para manter o equilíbrio de fluidos e manter o sistema nervoso e músculos funcionando de forma adequada”, explica. A reidratação oral pode ajudar a restaurar estes eletrólitos perdidos.
“Também é importante ter em mente que a hidratação não se trata apenas do que bebemos. Os fluidos somam aproximadamente 80% da ingestão diária de água, enquanto os alimentos somam os 20% adicionais. Por isso, opte por alimentos ricos em água como frutas, vegetais, aveia, sopa, iogurte entre outros”, finaliza. 




Referências:

1.Barry M. PopkinKristen E. D’Anci, and Irwin H. Rosenberg. Nutrition Reviews. Water, Hydration and Health. 2010. Disponível em: https://academic.oup.com/nutritionreviews/article-abstract/68/8/439/1841926?redirectedFrom=fulltext

 

 

 

Fibromialgia: entenda a doença que provoca dores generalizadas no corpo


A enfermidade não tem cura e atinge principalmente mulheres, entre os 30 e 55 anos


Há alguns meses a cantora pop norte-americana Lady Gaga cancelou sua agenda de shows por conta de uma doença que acomete muitas pessoas pelo mundo: a fibromialgia, uma síndrome clínica que provoca dores musculoesqueléticas generalizada e não tem cura.

Segundo Diogo Pereira, reumatologista do Hapvida Saúde, as causas da fibromialgia ainda são desconhecidas, mas existem vários fatores que estão frequentemente associados a esta síndrome. “Eventos graves na vida, traumas físicos ou mesmo psicológicos, estresse emocional e depressão podem agravar ou desencadear os sintomas da doença”, explica o médico.

A doença, além de muita dor no corpo, causa também fadiga, sono não reparador (a pessoa acorda cansada, com a sensação de quem não dormiu), cefaleia, problemas de memória e concentração, ansiedade, dormências, alterações intestinais e tonturas.

Os sintomas podem ser amenizados com a ajuda de exercícios físicos aeróbicos supervisionados para alívio do estresse, fisioterapia, analgésicos de ação central, drogas antidepressivas e antiepiléticas, que além de serem benéficas na dor crônica melhoram a qualidade do sono.

Estima-se que cerca de 2% a 3% dos brasileiros sofram de fibromialgia, mas as mulheres são as mais impactadas. “Não se sabe ainda o porquê do sexo feminino ser mais atingido pela doença, mas de todos os casos, de 80% a 90% são mulheres com idade entre 30 e 55 anos”, conta o especialista.


Leite materno pode fazer glândula responsável pela imunidade dobrar de tamanho


Especialista explica por que e dá dicas de outras medidas que podem ajudar



 Que o leite materno é um superalimento para o bebê, todo mundo concorda. Diversos estudos têm demonstrado o quanto ele pode fazer diferença, não somente na primeira infância, mas durante toda a vida. É possível, inclusive, comprovar como a ação do aleitamento pode modificar o organismo, para melhor. “Pesquisas feitas por meio de medidas ultrassonográficas mostram aumento do órgão chamado ‘timo’ em crianças de 4 meses de idade com amamentação exclusiva no peito, em comparação com as que não mamavam. O timo é um dos órgãos responsáveis pela imunidade e formação de anticorpos”, explica o otorrinolaringologista do Hospital CEMA, Gustavo Mury.

O aumento da glândula é bem substancial, chegando a dobrar de tamanho. “Isso mostra o quanto os componentes do leite materno são importantes na formação e amadurecimento do sistema imunológico infantil”, diz o médico. Além desse crescimento do timo, um estudo divulgado no jornal oficial da Academia de Pediatria Americana mostrou redução nas infecções de garganta, ouvido e seios paranasais – as mais comuns na infância – em crianças que se alimentaram exclusivamente no peito até os 6 meses de idade. Os benefícios da amamentação vão além dos primeiros meses, reduzindo o número de consultas médicas e episódios de rinossinusites até os 6 anos de vida.

O ato de sugar também tem um importante papel no desenvolvimento estomatognático – composto pelos músculos, dentes, ossos e nervos da cabeça e pescoço -, levando ao crescimento harmônico do maxilar e arcos dentários. “Enquanto a respiração, a deglutição e a mastigação devem se desenvolver paralelamente na criança, existem diferenças no aprendizado destes movimentos coordenados entre aquelas amamentadas no peito e na mamadeira”, detalha o especialista. O hábito alimentar da mamadeira pode levar ao desenvolvimento de modos de sucção não nutritivos, gerando má oclusão dentária que repercute na vida adulta, caso não seja diagnosticada a tempo.

Além disso, os nutrientes e minerais presentes no leite materno são mais facilmente absorvidos pelos bebês, contribuindo com a mineralização dos dentes, aumento da imunidade e supressão da propagação de bactérias na boca e parte superior do aparelho respiratório. A amamentação ajuda ainda na prevenção de alergias. Um levantamento feito em mais de mil artigos científicos publicados pelo mundo, entre 1983 e 2012, mostrou redução dos riscos para o desenvolvimento da asma até os 2 anos de idade nas crianças que mamaram no peito. “Embora de forma não tão clara, parece existir benefício até a idade escolar na redução desses índices”, diz o otorrinolaringologista.

Como medida complementar para fortalecer a imunidade das crianças pequenas, o médico recomenda a lavagem nasal com soro fisiológico. “Ela deveria ser feita em todas as idades como um hábito diário, da mesma forma que escovar os dentes, pois é uma medida que complementa o combate às infecções das vias aéreas, sendo mais eficaz que o uso de antibióticos no tratamento de sinusites”. Ter uma alimentação saudável, praticar esportes, evitar o tabagismo, manter a casa sempre limpa, evitar contato com produtos químicos e consultar regularmente o médico são algumas das medidas que auxiliam na prevenção de doenças na primeira infância. A amamentação, nesse cenário, deve sempre ser incentivada. “O aleitamento materno é ainda a forma mais simples e com melhor custo-benefício para prevenir infecções e alergias. É a melhor proteção que se pode dar para o bebê”, finaliza o médico do CEMA.





 

Instituto CEMA


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