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segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

OS 5 PRINCIPAIS ESPORTES QUE CAUSAM LESÕES NO QUADRIL



As atividades físicas trazem muitos benefícios para a saúde, mas se não for praticada com o acompanhamento de um profissional pode acarretar diversos problemas para o corpo

Dr. Fellipe Takatsu pontua as modalidades, as causas mais frequentes das lesões e cuidados necessários


O exercício físico oferece melhoras fisiológicas, estéticas, mentais, psicológicas e sociais, mas se praticada de forma irregular a história muda e a atividade trará apenas problemas ao seu corpo. Dependendo do exercício, inclusive, deixará lesões no seu quadril, que é um local que absorve também bastante impacto. Para falar sobre o assunto, o Dr. Fellipe Takatsu - médico e especialista em cirurgia do quadril -, destacou os cinco principais esportes que causam lesões na área, falando um pouco das causas, movimentos e cuidados.


1- Levantamento de peso

A prática de atividades físicas não supervisionadas por um profissional da área, é um dos principais causadores de lesões no quadril. Um esporte com bastante impacto para a região, por exemplo, é o levantamento de peso, que caso seja feito de forma errada, pode ocasionar a lesão lábio acetabular. O principal movimento causador da lesão é a flexão excessiva do quadril com peso e movimentos que proporcionem uma grande rotação interna.

Os sintomas de que você está fazendo algo de errado é a manifestações de dor de moderada a forte intensidade progressiva, que piora aos esforços. Em alguns casos, é necessário o tratamento cirúrgico.


2- Corrida

Com o crescente do número de praticantes de atividade física nos últimos tempos - ainda mais se falando de corrida -, aumentaram também as queixas de lesões no consultório, de pacientes que praticam a atividade excessivamente sem preparo prévio. Aqui, a principal patologia encontrada é a fratura de estresse.

Fraturas de estresse são lesões ósseas, devido a uma sobrecarga repetitiva anormal sobre um osso previamente normal. A prática de corrida de longas distâncias e corredores que praticam em excesso, sem tempo de descanso para o corpo, é a principal causa deste tipo de fratura. É muito mais comum em mulheres do que homens e o fêmur representa cerca de 8% do local acometido.
O tratamento depende da localização e do traço de fratura do osso, sendo necessário uma avaliação por um especialista e individualização dos casos.


3- Futebol

Sendo o principal esporte praticado em nosso país, o futebol é uma atividade de muito contato físico, que predispõe os atletas a diversas lesões músculo-tendíneas durante sua prática. Estas podem ser divididas em:

Grau I: representa uma distensão / estiramento das fibras musculares devido a um freio abrupto do movimento. Provoca inchaço local + dor leve a moderada, porém não incapacita a atividade física na hora e a maioria continua os exercícios.

Grau II: representa uma ruptura parcial das fibras musculares, levando a uma dor de moderada a grande intensidade, inchaço + hematoma local, sendo na maioria das vezes incapacitante e levando o atleta a parar a atividade na mesma hora.

Grau III: apresenta uma ruptura total das fibras musculares levando a um "GAP" (defeito) palpável ao exame físico, dando a uma incapacidade de mobilização e a deambulação do atleta.


4- Rugby e Futebol Americano

Esses dois esportes vêm ganhando cada vez mais espaço em território nacional, devido a popularização das ligas internacionais no Brasil. Junto com eles vem algumas lesões importantes no atleta e a principal é a subluxação, ou seja, luxação do quadril.

É causada por um trauma de forte intensidade no joelho com o quadril em flexão e adução, levando a uma força de compressão posterior do quadril e uma luxação desta.

A luxação do quadril é mais comum em homens e é associada a traumas de forte intensidade, sendo caracterizada por uma dor intensa aguda, que incapacita a deambulação. É considerada uma urgência ortopédica e necessita da re-colocação (redução) por um especialista o quanto antes. Podendo levar a sequelas como necrose da cabeça femoral, luxação crônica, alterações neurológicas e artrose precoce.


5- Lutas

Em decorrência da grande variedade atual de artes marciais disponíveis, diversas são as lesões no quadril causadas por estas, sendo as do tipo contusão e fraturas as mais comuns.

Contusão: se caracteriza por uma pancada local, onde cursa com alterações inflamatórias como hematoma, dor e calor local.

Fratura: consiste em uma linha de fratura óssea no fêmur ou no acetábulo, que cursa com a incapacidade de apoio do membro fraturado, dor de forte intensidade e deformidade local.

São lesões que as manifestações clínicas podem ser parecidas e só podem ser diferenciadas e diagnosticadas através de exames de imagem como a radiografia simples. Dependendo da gravidade da lesão pode ser necessário o reparo cirúrgico da fratura, sendo de suma importância a avaliação em caráter de urgência do trauma.


Prevenção das lesões

Visando a prevenção destas lesões esportivas descritas acima, o Dr. Fellipe Takatsu listou abaixo alguns cuidados necessários:

1. Aquecimento: promove um aumento da vascularização periférica e reduz as lesões músculo-tendíneas.

2. Correção postural: é de suma importância para evitar lesões e dores musculares após os exercícios físicos.

3. Hidratação: nosso corpo necessita de manter-se hidratado para a função vascular e muscular durante os esforços físicos, por isso, beba água.

4. Tipo de calçado: é importante passar por uma avaliação para ver o tipo de calçado e o modo como distribui o peso do corpo, assim evitará se machucar durante a prática de seus exercícios físicos.








Dr. Fellipe Takatsu - Graduado em Ortopedia e Traumatologia no Hospital Dr. Mario Gatti, referência em Campinas, especialização em Cirurgia do Quadril pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo ( Pavilhão Fernandinho Simonsen ). Atualmente é assistente voluntário do Grupo de Quadril da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), é membro do Corpo Clínico e realiza cirurgias no Hospital Sírio Libanês, Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Hospital Israelita Albert-Einstein, Hospital AACD, Hospital Samaritano de São Paulo e Hospital Santa Isabel. É Membro Titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) e da American Academy of Orthopaedic Surgeons (AAOS).


O Dia do Esportista e a atenção aos cuidados do coração



No dia 19 de fevereiro é comemorado o Dia do Esportista, data que tem como objetivo não só homenagear e incentivar os atletas, mas também conscientizar a prática do esporte para o desenvolvimento de uma vida mais saudável. Sabemos que a prática de exercício físico associada à uma alimentação regular é um requisito essencial para manter uma boa qualidade de vida.

Equilíbrio, agilidade, cooperativismo, resistência muscular, paciência e concentração não são os únicos aspectos que devem ser levados em consideração ao falar de um atleta. Mais importante do que superar seus próprios limites é estar atento ao seu real estado de saúde.

A diretora do departamento de Educação Física da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP), Lígia Antunes Corrêa comenta sobre a importância de atletas de todas as modalidades realizarem um check up cardiológico periódico, pois qualquer indivíduo está sujeito a sofrer uma parada cardíaca se não houver devida preparação e acompanhamento. 

A especialista chama atenção para aqueles que têm histórico de doença cardíaca na família estejam sempre atentos à sua saúde cardiovascular, principalmente se tiverem mais de 35 anos, pois é a partir dessa idade que o ataque fulminante se torna o principal motivo de óbitos durante as atividades físicas.
  
Para os atletas profissionais, ou seja, aqueles que são remunerados, o acompanhamento médico é imprescindível para a preparação e desenvolvimento dos treinos e competições, pois é ele quem irá determinar qual é a real situação cardiológica do atleta e também quem auxiliará na prevenção de possíveis doenças. “É importante que o esportista respeite os limites do seu próprio corpo e saiba tirar o melhor proveito de suas aptidões”, afirma a especialista.




Câmara Municipal quer aplicação imediata da Lei que orienta gestantes sobre o risco da ingestão de álcool aos bebês



  Recente estudo americano traz números assustadores dos estragos da Síndrome Alcoólica Fetal 

Em 2016, a Câmara Municipal de São Paulo aprovou a Lei 16.563, de autoria do vereador Gilberto Natalini (PV), que dispõe sobre diretrizes para a conscientização da Síndrome Alcoólica Fetal.

A Lei foi produto de esforços da comunidade médica, particularmente de especialistas da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP) que constataram o altíssimo índice de desinformação entre as gestantes consumidoras de bebidas alcoólicas, sobre o efeito desta droga no feto.

Aliás, já há comprovação científica de que a exposição pré-natal a qualquer tipo e quantidade de bebida alcoólica pode acarretar problemas graves e irreversíveis ao bebê. Eles podem revelar-se logo ao nascimento ou mais tardiamente e perpetuam-se pelo resto da vida. A Síndrome Alcoólica Fetal (SAF) apresenta diversas manifestações, desde malformações congênitas faciais, neurológicas, cardíacas e renais, mas as alterações comportamentais estão sempre presentes.

O objetivo da legislação é combater a desinformação, possibilitando que as futuras mães saibam os riscos a que estão expondo seus bebês. Ocorre que a lei não vem sendo aplicada, portanto não gera os efeitos esperados.
Sendo a SAF um grave problema de saúde pública, a Câmara acaba de encaminhar ao secretário municipal de Saúde, Wilson Pollara, Ofício nº 46 /2018, solicitando medidas para o cumprimento urgente da normativa.

Novo estudo americano traz resultados assustadores

          Recente estudo divulgado nos Estados Unidos, com cerca de 14 mil crianças filhas de mães que beberam durante a gravidez, traz resultados assustadores; e já está mudando os protocolos de ação dos médicos.
         As crianças de San Diego e outras três cidades americanas foram acompanhadas durante anos e suas mães entrevistadas. Deste grupo, somente duas tinham diagnóstico inicial de Síndrome Alcoólica Fetal. No entanto, após a pesquisa, concluiu-se que 222 eram portadoras da SAF. 
Os médicos dos Estados Unidos já estão orientando as mães a não ingerir uma só gota de álcool, seja de qual bebida for, não apenas durante a gestação, mas a partir do momento em que decidem engravidar.

Não há dose de segura, conforme tem destacado constantemente a Sociedade de Pediatria de São Paulo. O álcool atravessa a placenta e isso pode gerar transtornos irreversíveis, dos mais graves a situações como atrasos de desenvolvimento, de aprendizado, entre outros.

 “Bebês com SAF podem ter alterações bastantes características na face, as chamadas dismorfias faciais. Além disso, em alguns quadros ocorre baixo peso ao nascer devido à restrição de crescimento intrauterino, e o comprometimento do sistema nervoso central. Essas características são altamente sugestivas para o diagnóstico no período neonatal”, comenta Claudio Barsanti, presidente da SPSP.

No decorrer do desenvolvimento infantil, o dismorfismo facial atenua-se, o que dificulta o diagnóstico tardio. Permanece o retardo mental (QI médio varia de 60 a 70), problemas motores, de aprendizagem (principalmente matemática), memória, fala, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, entre outros. Adolescentes e adultos demonstram problemas de saúde mental em 95% dos casos, como pendências com a lei (60%); comportamento sexual inadequado (52%) e dificuldades com o emprego (70%).

Sobre a SAF

A SAF contabiliza, mundialmente, de 1 a 3 casos por 1000 nascidos vivos. No Brasil não há dados oficiais do que ocorre de norte a sul sobre a afecção; entretanto, existem números de universos específicos.

Para ter uma ideia, no Hospital Municipal Maternidade-Escola de Vila Nova Cachoeirinha, um estudo com 2 mil puérperas e seus filhos apontou que 33% bebiam mesmo esperando um bebê. O mais grave: 22% consumiram álcool até o dia de dar à luz.

“É fundamental ressaltar que o melhor caminho é realmente a prevenção” completa a Dra. Conceição Aparecida de Mattos Ségre, do Grupo de Prevenção dos Efeitos do Álcool na Gestante, no Feto e no Recém-Nascido da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP). “Não há qualquer comprovação de uma quantidade segura de bebida alcoólica que proteja a criança de qualquer risco. Neste caso, a gestante ou a mulher que pretende engravidar deve optar por tolerância zero à bebida alcoólica”.

Características

O conjunto de efeitos decorrentes do consumo de álcool, em qualquer dosagem ou período da gravidez, é chamado de “espectro de distúrbios fetais relacionados ao álcool”, que inclui a SAF. A frequência dessas implicações varia conforme etnia, genética e até mesmo a quantidade ingerida. Isso não significa que todos os bebês expostos serão afetados, mas a probabilidade é alta.


Campanha SPSP 
A Sociedade de Pediatria de São Paulo, em conjunto com a Sociedade Brasileira de Pediatria, mantém a campanha permanente #gravidezsemalcool visando conscientizar as futuras mamães sobre o risco da ingestão de qualquer quantidade de álcool durante a gestação.

A iniciativa estimula o combate à Síndrome Alcoólica Fetal (SAF). Tem apoio institucional da Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Estado de São Paulo (SOGESP), contando ainda como parceiras a Academia Brasileira de Neurologia, Associação Paulista de Medicina, Associação Brasileira das Mulheres Médicas, Marjan Farma e Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), além da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.



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