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segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Cistos cerebrais são mais comuns do que se imagina



Pense nesta situação: você foi ao médico e, por algum motivo, ele pediu um exame de imagem do seu crânio, como uma ressonância magnética ou uma tomografia computadorizada. No resultado você descobre que está com um cisto no cérebro e entra em pânico. Calma! Descobrir acidentalmente cistos cerebrais é muito corriqueiro.

O cisto mais comum encontrado no cérebro é o aracnoide, que também pode se desenvolver na medula espinhal. Estima-se de 1 a 1.5% da população irá desenvolver um cisto aracnoide, sendo mais prevalente em homens que em mulheres.

Segundo o neurocirurgião, Dr. Iuri Weinmann, do Centro Neurológico Weinmann, o cisto aracnoide se desenvolve no espaço entre o cérebro e a membrana aracnoide, uma das três membranas (meninges) que revestem o encéfalo e a medula espinhal. “O cisto aracnoide, normalmente, é uma bolsa composta de líquido cefalorraquiano. As paredes do cisto não permitem a drenagem do líquido, portanto, o volume se acumula em seu interior”.


Maioria dos pacientes é assintomático
 
O cisto aracnoide pode ser primário - quando é congênito ou presente ao nascimento -; e secundário quando se desenvolve mais tarde. Na maioria dos pacientes os cistos aracnoides são achados nos exames de imagem por acaso, justamente porque não geram sintomas.

“Entretanto, em alguns casos, dependendo da localização e do tamanho, o cisto provocará alguns sintomas que podem levar o paciente a procurar um médico. Quando ele se desenvolve no cérebro pode causar dor de cabeça, tontura, enjoo, vômitos, letargia, convulsões, problemas na visão, audição, marcha, equilíbrio, atrasos no desenvolvimento (em crianças) e demência (em adultos)”, comenta Dr. Iuri.

Já quando o cisto se desenvolve na coluna, pode causar dores nas costas, escoliose, enfraquecimento e espasmos musculares, falta de sensibilidade nos braços ou pernas e problemas para controlar a urina ou as fezes.


Causas são diversas
 
Os cistos aracnoides congênitos são os mais comuns e surgem, na maior parte dos casos, devido a alguma malformação durante o desenvolvimento intrauterino. Já nos cistos aracnoides secundários as causas são variadas, como traumas encefálicos ou na coluna, complicações de cirurgias no sistema nervoso central, meningites ou tumores.



Cistos sintomáticos são cirúrgicos
 
A maioria dos cistos aracnoides não requer cirurgia, apenas acompanhamento clínico para avaliar o crescimento. Mas, os que causam sintomas precisam ser retirados.

“Alguns cistos podem levar ao aumento da pressão intracraniana, levar a crises convulsivas frequentes, assim como podem se romper. Nestes casos, a cirurgia é indicada. Em crianças, os cistos podem afetar o desenvolvimento e, com isso, também podem ter indicação cirúrgica”, afirma Dr. Iuri.

Entretanto, segundo o neurocirurgião, o tratamento cirúrgico de um cisto aracnoide vai depender da localização, do perfil do risco operatório, da disposição do paciente em passar por uma cirurgia e da chance de recorrência.

“Atualmente, a retirada dos cistos aracnoides é feita por meio de cirurgia endoscópica que permite a retirada do cisto ou ainda a criação de uma derivação para saída do líquido. Por se tratar de uma técnica minimamente invasiva, a recuperação é mais rápida e os riscos menores quando comparados a uma cirurgia convencional”, diz Dr. Iuri.


Prognóstico
 
Na maioria dos casos, após a cirurgia, o paciente se recupera e terá uma vida normal, necessitando apenas fazer um acompanhamento do pós-cirúrgico, assim como para avaliar a chance de recorrência.







FEBRE AMARELA

 Informações importantes aos Ginecologistas e Obstetras

SOGESP informa especialistas a como proceder com as pacientes

Conceito: Doença causada por um arbovírus  do gênero Flavivirus  que é transmitida por um mosquito

Forma silvestre: É endêmica no Brasil, pois o vírus é mantido na natureza por transmissão entre primatas não humanos (PNH) pelos  mosquitos  principalmente dos gêneros Haemagogus e Sabethes (no Brasil)

Forma urbana: Uma pessoa picada por mosquito em zona de mata, com febre amarela silvestre pode iniciar surto da FA urbana, que será transmitida principalmente pelo Aedes aegypti

Epizootia: quando com  condições ideais para transmissão da FA silvestre, um número maior de PNH adoece e morre, representando  um  evento sentinela do recrudescimento da doença

No momento: Existem casos de FA silvestre no estado de São Paulo, sendo consideradas áreas de risco para a transmissão da doença:  Zona Norte e Sul da cidade de SP ( Bairro Marsilac, Jd Ângela e Parelheiros) e Zona Oeste  (Bairro Raposo Tavares) e Mairiporã


Proteção contra a Febre Amarela

Repelentes: Uma das formas importantes de evitar as arboviroses transmitidas pelo mosquito Aedes, entre elas, a Febre Amarela é o hábito do uso de repelentes, com  preferência pela Icaridina, nas áreas expostas do corpo. Hábito esse que deve ser praticado principalmente nos meses de verão e em todas as áreas consideradas ou não de risco

Vacina: É a medida mais importante e eficaz para prevenção e controle da doença. A vacina consiste de vírus vivos atenuados cultivados em embrião de galinha. É bastante  eficaz, com imunogenicidade de 90% a 98% de proteção contra a doença. Os anticorpos aparecem entre o sétimo e o décimo dia após a aplicação da vacina, mantendo a proteção para toda a vida

Esquema vacinal: Consiste em uma dose única a partir dos 9 meses de vida
Doença vacinal: Como a vacina tem vírus vivo atenuado com a replicação viral no organismo podem aparecer manifestações locais e sistêmicas, com gravidade variável de leves a graves, inclusive provocando óbito
  • Manifestações locais: Dor, eritema e enduração por 1 a 2 dias
  • Manifestações sistêmicas: Febre, mialgia e cefaleia leves, duração de 1 a 3 dias
  • Hepatite, Insuficiência renal, Hemorragias
  • Hipotensão, choque, manifestações respiratórias e cutâneas.
  • Obs: A doença vacinal não parece ser mais grave numa gestante

Em razão dos riscos x benefícios:

Gestantes não devem receber a vacina, na rotina:  em razão da possibilidade de replicação viral e passagem por via transplacentária ao feto, que pode  vir a apresentar a doença.

Gestantes que moram em áreas com confirmação de circulação viral (epizootias, casos humanos) devem ser vacinadas, com a dose padrão.

Gestantes que vão viajar para áreas de risco: devem ser desaconselhadas a viajar. Caso seja viagem não passível de cancelamento, a gestante deve ser vacinada, com a dose padrão.

Em situação de vacina aplicada em mulher que não tinha conhecimento da gravidez: existem relatos de vacinação indevida, sem que tenha havido teratogênese  ou comprovada doença fetal.

Mulheres amamentando crianças (principalmente crianças com menos de 6 meses ): Não devem ser vacinadas rotineiramente

Mulheres amamentando que moram em região de risco ou vão viajar para áreas de risco: Devem ser vacinadas. Será necessária a suspensão do aleitamento materno por dez dias após a vacinação. É importante orientação para  manter a produção do leite materno e garantir o retorno à lactação

Gestantes ou Lactantes com doenças auto-imunes, em uso de quimioterápicos ou imunossupressoras Não podem tomar a vacina. Se mora em área de risco, há necessidade de conversar com seu médico para avaliar a vida média do medicamento e a possibilidade de suspende-lo para prazo prévio à vacinação

Quando suspeitar que uma mulher esteja com febre amarela ?
Suspeitar da doença em mulheres que vivem em áreas de risco ou viajaram recentemente para áreas de risco nos últimos 15 dias, pois o período de incubação (tempo entre a infecção pela picada do mosquito e o aparecimento de quadro clínico) médio varia entre 3 e 6 dias, podendo ser de até 10 a 15  dias.  E que apresentem até sete dias de quadro febril acompanhado de dois ou mais dos seguintes sinais e sintomas: cefaleia (principalmente de localização supraorbital), mialgia, lombalgia, mal-estar, calafrios, náuseas, icterícia e/ou manifestações hemorrágicas

O quadro clínico da FA pode variar desde infecções oligosintomáticas até  quadros graves e fatais. Os quadros assintomáticos ocorrem em aproximadamente metade dos casos

Formas leves: febre, cefaleia retro-orbitária, dores musculares, calafrios, náusea, tonturas. Duram 2 a 4 dias. Ocorrem em cerca de 20% a 30% dos casos
Formas moderadas: além dos sintomas da forma leve há icterícia, sangramentos como epistaxe ou gengivorragia

Formas graves: dor abdominal, sangramentos mais intensos, disfunção renal com oligúria, alterações neurológicas com letargia, confusão ou agitação mental, comprometimento hemodinâmico, choque e óbito.  Acometem entre 15% a 60% das pessoas com sintomas que são notificadas durante epidemias, com evolução para óbito entre 20% e 50% dos casos.

Doença bifásica: Os casos de evolução maligna podem começar como forma leve, apresentar período de remissão dos sintomas de 6 a 48 horas entre o 3º e 5º dias de doença, seguido de agravamento da icterícia, insuficiência renal e fenômenos hemorrágicos

Obs: Os relatos mostram que a FA apresenta quadros e proporção de casos graves semelhante em gestantes e não gestantes.
 

Conduta na suspeita de febre amarela: Medicar com sintomáticos os casos leves e considerar internação hospitalar nos com média ou grave intensidade. Solicitar exames inespecíficos para avaliar sistemas comprometidos e estabelecer conduta. Solicitar exames específicos para diagnóstico de certeza diferenciando de outras patologias infecciosas. Notificar os casos.
 



Referências:
Ministerio da Saúde. SAS:Febre Amarela . Guia para profissionais da saúde. 1ª edição. Brasília, 2018. http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/febre-amarela.
Febre Amarela - informativo para profissionais de saúde.Sociedade Brasileira de Infectologia. Associação médica Brasileira. https://amb.org.br/wp-content/uploads/2017/02/FA_-_Profissionais_13fev.pdf





Médico responde às dúvidas das mulheres que querem engravidar após a laqueadura



Há meios para reverter a laqueadura, mas as chances de a cirurgia dar certo dependem de alguns fatores. Em alguns casos, o mais indicado é fazer uma fertilização in vitro

Algumas mulheres recorrem à laqueadura tubária quando não desejam mais ter filhos. Parte delas, um tempo depois, arrepende-se de ter realizado o procedimento e busca meios para reverter a laqueadura. A cirurgia para reversão até existe: chama-se reanastomose tubária microcirúrgica, mas as chances de ela dar certo dependem de alguns fatores.

"Em mulheres que desejam religar as trompas de falópio para engravidar naturalmente, porém realizaram a laqueadura há mais de cinco anos, a chance de a cirurgia ser bem-sucedida varia entre 30% e 80%", observa o médico especialista em reprodução humana, Dr. Marcelo Costa Ferreira (CRM/SC 7223 e RQE 2935), da Clínica Fecondare.

O motivo de haver tanta diferença entre o menor e o maior índice está ligado ao fato de que cada organismo reage de uma maneira à intervenção. "A idade da mulher também influencia nas chances de o procedimento transcorrer bem", lembra o especialista. No entanto, o principal fator está relacionado ao estado geral das trompas de falópio após a laqueadura e à técnica utilizada para realizar-se a laqueadura.

"É mais fácil restaurar as trompas quando elas não foram extraídas e quando a amarração, o corte ou a cauterização da tuba para impedir o óvulo de chegar ao útero é feito no meio", explica o Dr. Marcelo. "No caso de a interrupção ser na parte terminal, a reparação torna-se praticamente impossível".

Por isso, antes de recomendar à paciente que se submeta à cirurgia, o médico precisa fazer uma avaliação criteriosa do caso, considerando, inclusive, a idade da mulher, já que a capacidade reprodutiva feminina diminui progressivamente conforme o tempo passa.

O parceiro também deve ser envolvido nesse processo. "Antes de atestar que é possível recanalizar as tubas uterinas de uma paciente, deve-se analisar, também, a saúde reprodutiva do homem e verificar se ele possui quantidade suficiente de espermatozoides para viabilizar uma gravidez espontânea", explica o especialista em reprodução humana. Caso o número de gametas seja menor do que o recomendado, pode ser que só seja possível conceber um bebê por intermédio da fertilização in vitro. Assim, a cirurgia para reverter a laqueadura pode ser desnecessária.

Especialista recomenda a fertilização in vitro para as mulheres que planejam engravidar após a laqueadura

Nesse caso, a alternativa para ter um filho biológico é realizar uma fertilização in vitro, em que a possibilidade de gravidez é maior.

A chance de uma mulher engravidar tendo o embrião implantado no útero é de até 40%. "O tempo médio necessário para realizar todo o processo, a partir do momento em que o casal opta por fazer a fertilização, é de 45 dias, considerando que o sêmen contém a quantidade necessária de espermatozoides, o útero tenha condições de abrigar o embrião e a mulher responda conforme o esperado à indução da ovulação", comenta o médico especialista em reprodução humana, Dr. Marcelo Costa Ferreira.
Todos esses pré-requisitos e outros exames que avaliam a condição geral de saúde do casal são avaliados no decorrer do tratamento.

Nem sempre a gravidez ocorre no primeiro implante de embriões. Nesse caso, os médicos recomendam repetir o procedimento mais duas vezes, no máximo. "É possível que, mesmo após três tentativas, não haja confirmação da gestação, tornando necessária a realização de outro tipo de tratamento", ressalta o médico.






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