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quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Próstata aumentada traz incômodos, mas tem tratamento



Geralmente acometendo homens acima dos 50 anos, causa da hiperplasia prostática benigna (HPB) pode estar ligada a questões hormonais e genéticas


O assessor de comunicação G.T. vivia muito cansado, mesmo ao despertar. Também pudera: não conseguia dormir ininterruptamente, tendo de acordar várias vezes para urinar. E com isso, durante a madrugada, tinha dificuldades para pegar no sono de novo. Em uma visita ao urologista, reclamou do problema. Por recomendação e a pedido do especialista, submeteu-se a exames e os resultados não deixaram dúvida: o volume de sua próstata estava maior, dificultando a passagem da urina pela uretra. Hoje, com medicamento, fez as pazes com o sono. 

A noctúria – quando se tem de acordar diversas vezes para urinar, interferindo na qualidade do sono – é um dos sintomas da hiperplasia prostática benigna (HPB), denominação complicada de um dos problemas mais comuns entre homens. Estudos da Sociedade Brasileira de Urologia mostram que a patologia pode acometer até 80% das pessoas do sexo masculino com 50 anos ou mais (equivalente a 14 milhões de brasileiros). 

Segundo Tiago Soares Bissonho, médico urologista do Hapvida Saúde, o aumento benigno da próstata pode estar ligado a questões hormonais e genéticas. “A doença é provocada pela proliferação de células musculares lisas e células glandulares das chamadas regiões periuretral e zona de transição da próstata, que causam o aumento volumétrico do órgão”, esclarece. Considerado por muitos cientistas uma condição natural e inflexível do envelhecimento masculino, a taxa de mortalidade por HPB é baixa e se refere, principalmente, as complicações pela falta de tratamento.  

Sintomas – De acordo com o especialista, os sinais da doença são os chamados sintomas do trato urinário inferior, que são divididos em armazenamento da urina, esvaziamento de bexiga e pós-miccionais: 


·         Sintomas de armazenamento: urgeincontinência (necessidade de esvaziar a bexiga rapidamente quando sente vontade, não conseguindo chegar ao vaso sanitário a tempo); frequência (mais de oito urinações por dia); urgência (quando a necessidade de urinar é inevitável, mas é possível chegar a tempo no vaso sanitário); incontinência por transbordamento (quando a bexiga fica tão cheia que chega a transbordar, ocorre vazamento de uma pequena quantidade de urina que causa a impressão de incontinência, quando na verdade é retenção urinária); e a já mencionado noctúria.

·         Sintomas de esvaziamento: hesitância (quando o primeiro jato de urina demora a sair); jato fraco (não há força suficiente para o mictar, isto é, urinar); intermitência (o jato de urina não é constante e ocorrem interrupções na micção); jato afilado (redução na capacidade na impulsão da urina) e gotejamento terminal (gotejamento involuntário da urina).

·         Sintomas pós-miccionais (pós-urinar): esvaziamento vesical incompleto (permanência de volume residual de urina anormal na bexiga após urinar) e gotejamento pós-miccional (gotejamento automático depois que o paciente terminou a micção).


Diagnose – O diagnóstico da hiperplasia prostática benigna é feito mediante perguntas direcionadas aos sintomas, para que o urologista dimensione a gravidade da doença, além do resultado de exames, como o toque retal (avalia o tamanho e forma da próstata), ultrassom, estudos do fluxo de urina e cistocopia (analisa o interior da bexiga). “Todo o processo possui o objetivo de fornecer uma avaliação completa, que contribui para a escolha do tratamento mais efetivo para cada caso”, ressalta Bissonho. 


Tratamento – O tratamento inicial, que na maioria dos casos são eficazes, pode ser realizado com dois tipos de medicação que são utilizados isolados ou combinados, sendo os mais prescritos na prática clínica os alfa-bloqueadores e os inibidores da 5-alfa-redutase. “Recentemente, novos medicamentos foram disponibilizados aos urologistas, os inibidores fosfodiesterase 5 (também usados para o tratamento de disfunção erétil) e agonistas beta 3-adrenérgicos”, explica o médico.

Nos casos em que os medicamentos não apresentam efeito, a alternativa é o procedimento cirúrgico, que são de dois tipos: transuretrais endoscópicos e cirurgia aberta.  “Nas próstatas com peso entre 30g e 75g, os métodos transuretrais (executados através da uretra) são os mais adequados. Já nas próstatas com peso de 80g ou mais, o procedimento torna-se mais difícil de ser realizado e os riscos de complicações aumentam. Neste caso, a cirurgia aberta é a mais indicada”, orienta Bissonho.

As possíveis complicações da HPB não tratada são a retenção urinária aguda, uso de sonda, infecção urinária, cálculos de bexiga, hematúria (sangramento na urina), descompensação vesical (bexiga sem funcionamento, com necessidade de uso de sonda para esvaziá-la), hidronefrose (dilatação dos rins) e insuficiência renal, podendo ser necessária a hemodiálise.





Possível evolução do vírus zika movimenta atenção do mercado farmacêutico



Virologista alerta para novos sorotipos da doença que impactariam possíveis diagnósticos


No ano de 2015, o Brasil registrou seu primeiro caso do vírus da zika, uma doença até então desconhecida e que gerou intensa preocupação nos brasileiros, mais especificamente na região Nordeste, onde os primeiros diagnósticos foram realizados. Dois anos depois, a ciência nacional e internacional ainda luta para a criação de uma vacina que possa proteger definitivamente a população. Apesar de ainda não concluída, as pesquisas na área continuam avançando e apresentando novos cenários.

Um deles, projetado pelo professor do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP, Edison Luiz Durigon, é de que podem surgir, em um futuro próximo, sorotipos diferentes do vírus zika, pois o patógeno em pacientes brasileiros está se modificando rapidamente. Segundo os pesquisadores, atualmente só existe um tipo de zika e, se infectada, a pessoa se torna imune. Porém, caso a mutação persista, podem surgir o zika 2,3,4 e assim por diante. Isso pode dificultar a obtenção de uma nova vacina e ainda comprometer a eficácia dos testes de diagnósticos já desenvolvidos.

Atualmente, os pesquisadores já conseguiram desenvolver um teste molecular para diagnóstico e a comprovação de que o vírus é o responsável por causar uma síndrome congênita, que pode causar, em alguns casos, a microcefalia. Também já foi possível desenvolver vacinas experimentais e validar um teste sorológico que consegue detectar anticorpos contra o vírus no sangue, mesmo passada a infecção.

“Finalmente, depois de dois anos, podemos dizer com orgulho que nós conseguimos um teste sorológico realmente eficaz para detectar o zika. Já validamos em mais de mil amostras da população de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, e em 800 amostras de pacientes de Salvador (BA), entre eles mulheres que tiveram filhos com e sem microcefalia, pacientes que já tiveram febre amarela e dengue”, afirmou Luiz Durigon, pesquisador do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP, em entrevista ao portal da Agência Fapesp.

A zika, assim como a dengue, é um assunto sempre em pauta no cenário de pesquisa na área da saúde e impacta de diversas maneiras a comunidade farmacêutica que é acionada para buscar soluções que auxiliem a população. Na opinião da Sindusfarma, a indústria farmacêutica tem como foco pesquisar e descobrir novos produtos que reduzam ou eliminem doenças causadas pelo desenvolvimento natural das grandes metrópoles.

“No caso do vírus transmitido pelo mosquito aedes aegypti temos algumas empresas que estão pesquisando vacinas e tratamentos para combater essas doenças. O laboratório Sanofi Pasteur lançou no ano passado uma vacina que se mostrou promissora. Já o Butantan, laboratório público do Estado de São Paulo, está em fase adiantada de pesquisas”, comentou Nelson Mussolini, presidente executivo do Sindusfarma.

Durigon afirma que o próximo passo é coletar amostras no estado de São Paulo, que possam mostrar o real número de infectados até o momento. “Como até 80% dos casos podem ser assintomáticos, sem o teste sorológico torna-se impossível saber o real tamanho da epidemia e a porcentagem da população que ainda é suscetível ao vírus”, pontua. 
 

Como está a indústria?
 
Para se conseguir avanços nos resultados de pesquisa, é fundamental contar com soluções tecnológicas que complementem o que já foi encontrado na área acadêmica. Uma das empresas que está pronta para absorver essa demanda, quando houver, é a Steq, que possui em seu portfólio um variado número de soluções alinhadas às demandas farmacêuticas.

A empresa conta que alguns dos aparelhos utilizados em pesquisas são racks ventilados, gaiolas e micro isoladores, para alojamento especial de animais, utilizados nas fases iniciais e finais no desenvolvimento de novas vacinas.  Isoladores que protegem os animais infectados com algum tipo de microorganismo; freezers para conservação de amostras, além de geradores de vapor de peróxido de hidrogênio para sanitização de diferentes áreas, auxiliando no controle ambiental e autoclaves com métodos de desativação, assegurando a descontaminação de todo o material utilizado em laboratórios antes do descarte.

Na opinião de Priscila Mellone, gerente de marketing e vendas da Steq, “o mercado farmacêutico é beneficiado quando existe expressiva demanda global por medicamentos, mas só é efetivamente impactado quando o governo apoia a intensificação das ações de prevenção e combate às doenças”, conclui.

Todas estas tendências do mercado e da indústria farmacêutica serão apresentadas na FCE Pharma, que acontece entre os dias 22 e 24 de maio de 2018, no São Paulo Expo. Credencie-se para evento e tenha acesso a conteúdos exclusivos e de relevância para o setor.





“O sol forte e calor na …”



Uma das cenas que mais marcantes do cinema é da atriz Marilyn Monroe em O pecado Mora ao lado, quando ela se delicia com o vento que sai de um duto do metrô de Manhattan e levanta o vestido branco eternizado.

Trinta anos depois, a atriz Kelly LeBrock, em a Dama de Vermelho, também aproveitou o vento que entrava por baixo do lindo vestido vermelho. Que mulher não deu uma sacudida na saia num dia de forte calor?

O forte calor aumenta a temperatura do órgão genital feminino que é a região mais quente do corpo e provoca suor e odor. Segundo a Dra. Marisa Patriarca ginecologista e professora da pós-graduação da UNIFESP, é também nessa época que a mulher deve ter mais atenção com higiene e cuidados com a saúde íntima. 

As praias e as piscinas ficam mais cheias e que delícia ficar com o biquini molhado. Segundo a Dra Marisa Patriarca, isso é um perigo à saúde genital feminina porque a calcinha molhada é um local propício a proliferação de leveduras, como a candidíase, que podem determinar corrimento e coceiras.

A vagina é um local naturalmente quente e úmido do corpo, assim, quando a temperatura e umidade aumentam são fatores que influenciam no aparecimento de infecções constantes.

O corpo funciona em equilíbrio, e na vagina não é diferente. Aliás, a região vulvovaginal é uma das regiões do corpo mais propensas a desequilíbrios, que causam desconforto e coceira. 


DICAS DA DRA. MARISA PARA CURTIR O CALOR SEM COMPROMETER A SAÚDE VAGINAL.


1. Atente-se ao tempo utilizando o mesmo biquíni molhado. Quanto mais exposta à umidade excessiva, mais a vagina está propensa a proliferação dos fungos. O uso de secador nas roupas de banho úmidas é uma ótima opção.

2. Prefira o uso de calcinhas de algodão, elas permitem maior fluxo de transpiração. As calcinhas de lycra dificultam a troca de umidade e devem ser evitadas. Procure dormir sem calcinha para diminuir a proliferação de bactérias que não gostam de oxigênio.

3. Fique atenta quanto ao uso de sabonetes íntimos. Muitas mulheres se dão bem, para outras, o sabonete íntimo não funciona bem e pode agravar o caso. De qualquer forma, seu uso excessivo pode alterar o pH vaginal e a barreira cutânea da genitália externa. Nessas situações, dê preferência aos sabonetes neutros, de glicerina.

4. A depilação da zona genital está liberada, mas preste atenção aos limites do seu corpo. A sensibilidade cutânea é diferente em cada mulher, não há regras, o importante é não se expor à riscos. Fique atenta a higiêne do local onde você realiza depilação com cera e não faça se a cera é reutilizável que pode levar a contaminação.

5. Coceiras, corrimento e odor desagradável, diferente do habitual, podem indicar alteração da flora vaginal e o exame e as orientações do ginecologista nortearão o tratamento ideal para cada mulher.


E, se depois desses cuidados, o calor pertubar, Dra. Marisa aconselha as mulheres “sacuda a saia com vontade e deixe o ventinho arejar. “






Dra. Marisa Teresinha Patriarca - ginecologista e obstetra. Professora de ginecologia do curso de pós-graduação da Unifesp. Tem mestrado e doutorado pela Unifesp. É médica assistente, doutora e coordenadora do Setor Multidisciplinar de Pesquisa em Patologia da pele feminina do Departamento de Ginecologia da Unifesp. Chefe do Setor de Climatério do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo (IAMSPE)



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