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terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

A conta de água aumentou? Especialista mostra como identificar sinais de vazamento em casa

Aprenda a detectar escoamentos sorrateiros para evitar danos e desperdício de água


Vazamento de água é bastante comum, mesmo em residências mais novas. Além de um grande incômodo, com potencial para danificar a estrutura ou os móveis de uma casa, pode impactar no bolso e deixar a conta de água mais alta.

Além de mofo na parede, rachaduras e umidade, a detecção do problema pode ser feita com checagens rápidas. “É possível descobrir a origem verificando os dispositivos hidráulicos aparentes, como válvulas de descarga, torneiras, chuveiros e caixa d’água. Ao notar um gotejamento ou fluxo contínuo de água, mesmo com o registro fechado, é sinal de que há algo errado”, explica André Amado, gerente da Rede de Prestadores da Allianz Assistance, líder em assistência 24 horas.

Para identificar e interromper o vazamento antes que ele fique fora de controle, André reuniu algumas dicas. Confira:


Monitore o medidor de água

Além do aumento considerável no valor da conta de água ser um indicativo, o proprietário pode monitorar o medidor de água, conhecido também como relógio. Para quem está com suspeita do problema, com a máquina de lavar e a lava-louças desligadas, basta fechar as torneiras e anotar o número que está no medidor. Após uma hora, observe se os números mudaram. Em caso positivo, a casa está com um vazamento.


Cheque as torneiras

Para muitos moradores, o vazamento mais comum é o das torneiras. Isso costuma acontecer devido ao desgaste da borracha. Se mesmo com o dispositivo fechado observar o gotejamento, é indicado a troca dos vedantes. Com as ferramentas corretas, é possível fazer a troca.

Uma vez que a falha esteja no cavalete, que é a parte que conecta o cano à rede de distribuição de água, não é recomendada qualquer intervenção que não seja de um profissional.


Vazamentos no banheiro

Outro contratempo muito corriqueiro em casa é o vazamento do vaso sanitário. Isso pode desperdiçar centenas de litros de água e, consequentemente, desperdiçar muito dinheiro. No entanto, além de comum, é muito fácil de descobrir. Aos que possuem a caixa acoplada, é possível identificar que algo está errado pelo som e principalmente pelo visual da caixa, quando a água começa a escorrer.

Para evitar maiores prejuízos, você pode realizar um teste secando a parte de dentro do vaso sanitário com um papel higiênico ou papel toalha, e manter um pedaço de papel seco na parte interna. Caso o papel fique molhado, é sinal de vazamento. Esse teste pode ser feito tanto para quem possui caixa acoplada quanto válvula hídrica.


Realize uma inspeção visual

Observar mais de perto as paredes e tetos de cada ambiente da casa pode prevenir diversos vazamentos que ainda não estão aparentes. No caso de uma coloração incomum, é possível que tenha um defeito oculto no encanamento.

Geralmente, as pessoas percebem quando os tetos estão quase desabando. Realizando essa inspeção minuciosa, é possível identificar início de mofo e até impedir quedas ou arqueamento da construção.


Esteja ciente de vazamentos internos

Nem todos os escapes de água são óbvios. Ele pode estar acontecendo sem que o morador perceba. Esses casos não aparentes podem acontecer dentro da parede, por exemplo. Essa situação pode ocorrer nas tubulações instaladas dentro da parede ou no cavalete do relógio medidor. Assim, o mais indicado é solicitar o serviço especializado de ‘caça vazamentos’, eles têm ferramentas e conhecimento para diagnosticar e resolver a ocorrência sem maiores danos.

 


Allianz Assistance
https://www.allianz-partners.com/pt_BR/produtos-e-solucoes/assistencia.html


LENDA URBANA? DESCUBRA ALGUNS MITOS E VERDADES QUANDO O ASSUNTO É CELULAR

Será mesmo que funciona colocar o celular no arroz após ele cair na água? Pasta de dente ajuda a nivelar o vidro quebrado do aparelho? Tela rachada prejudica o uso do smartphone? Para esclarecer de uma vez por todas essas dúvidas, Tatiana Moura, sócia e técnica da Fix Online, apresenta os principais questionamentos dos consumidores e revela o que realmente funciona e o que não passa de mitos populares


:: Afundar o celular no arroz depois de deixá-lo cair na água, funciona?

Quem nunca colocou o celular no arroz após deixá-lo cair na água que atire a primeira pedra! Sem julgamentos, é compreensível o desespero para que ele volte a funcionar normalmente. Afinal, apesar de ser um aparelho tão pequeno, carrega uma vida inteira com ele, não é mesmo? Mas de acordo com a sócia e técnica da Fix Online, empresa especializada da troca e vidro de celulares, Tatiana Moura, isso não passa de um mito popular. "O arroz irá absorver apenas a água superficial do aparelho, mas ele não consegue sugar o que entrou nas peças do celular. E é exatamente esta parte que acaba sendo danificada", explica.

De acordo com Tatiana, quando o celular cai na água o procedimento correto a ser seguido é simples. "Desligue o aparelho e leve-o a uma assistência técnica". A técnica afirma que qualquer atitude contrária a essa pode prejudicar o conserto.


:: Pasta de dente nivela os rachados do vidro do aparelho. Será que é verdade?

Caso o celular não possua nenhum tipo de película protetora, é real o risco de trincar a tela. A queda não é o único responsável por este tipo de dano, ações rotineiras como colocar e retirar o celular do bolso ou o contato com superfícies não lisas também podem gerar alguns arranhões. Para esses pequenos danos, a lenda urbana é que aplicar pasta de dente preenche os riscos, tornando-os imperceptíveis. "Já vi alguns vídeos na internet afirmando que os componentes da pasta conseguiriam nivelar a tela, mas o que realmente pode acontecer é que o verniz protetor do LCD seja danificado ou até mesmo que o produto entre nos pequenos buracos do aparelho", conta a profissional da Fix Online.

Felizmente, já existe no mercado uma pasta polidora específica e apropriada para diminuir o dano dos arranhões. O procedimento é simples e pode ser feito em casa. Com o auxílio de um pano macio ou algodão, basta aplicar o produto, deixá-lo agir por aproximadamente três minutos e retirar o excesso. "Vale ressaltar a importância do uso das películas protetoras. Com um pequeno investimento, dores de cabeça como essa podem ser evitadas", complementa a profissional.


:: Tela rachada prejudica o funcionamento do aparelho. Mito ou verdade?

É bastante comum ver pessoas utilizando o celular mesmo com o vidro rachado, mas de acordo com Tatiana Moura, o uso do aparelho quebrado não é indicado. "Após a queda, mesmo que o aparelho esteja funcionando normalmente, há riscos tanto para o telefone, quanto para quem o está manuseando", alerta. Isso porque, com o tempo de uso, o trincado pode vir a aumentar de espessura e profundidade, afetando a funcionalidade do celular. Pequenos farelos de vidros também podem ser soltos, expondo o usuário a cortes.

Quando isso acontece, o consumidor costuma entrar em desespero, achando que terá que trocar tudo e pagar um absurdo pelo serviço, mas a técnica da Fix Online faz um alerta: "Apesar da grande maioria das assistências trocarem tudo, em 95% dos casos a quebra é apenas do vidro e não do LCD", revela. A troca somente do vidro, gera uma economia de 70% no orçamento.


:: Carregadores baratinhos podem danificar a bateria do celular. Será mesmo?

"Em hipótese alguma deve se comprar um carregador que não seja de boa qualidade ou sem garantia", aconselha Tatiana. O item pode causar sérios danos ao celular, como provocar encaixes imperfeitos, inchaço da bateria e superaquecimento do conector de carga, além de colocar a vida do usuário em risco, já que ele não possui sistemas de segurança embutido, podendo causar explosões, choques e incêndios.

Outra questão que a técnica da Fix Online destaca é a economia a longo prazo que um carregador de boa procedência proporciona. "Um carregador de baixa qualidade tem vida curta, então por mais que se pague barato nele, em questão de dias será necessário trocá-lo de novo", explica.

O uso do carregador de baixa qualidade também pode ocasionar na perda de eficiência da bateria do celular. "Um bom carregador entende quando a bateria do aparelho está cheia e para, automaticamente, de enviar energia para ela. Já os outros continuam mandando energia o tempo todo em que o celular estiver conectado na tomada, o que prejudicará a vida útil da bateria", aponta Tatiana.


:: Dormir com o celular na tomada é perigoso. Mito popular?

Nos tempos atuais, é difícil encontrar quem não dorme com o aparelho ao lado. Seja por cair no sono enquanto navega pelas redes sociais, por preocupação em não ouvir o alarme ou simplesmente pela proximidade da tomada, se tornou hábito. Mas e as histórias de aparelhos explodindo, pode acontecer mesmo? De acordo com a técnica da Fix Online, as chances são pequenas, mas todo cuidado é bem-vindo. "Os fabricantes de smartphones já evoluíram bastante quanto as baterias, mas ainda podem vir a superaquecer, assim como todo eletrônico".

Não há problema algum em ter o celular por perto enquanto ele recebe as ondas de energia do carregador, mas, para evitar qualquer tipo de problema, Tatiana indica que algumas medidas sejam tomadas. "Utilize um criado-mudo ou posicione o aparelho a uma certa distância do travesseiro. Se alguma falha acontecer, como um problema com o carregador, o celular conseguirá ser ventilado e a temperatura equilibrada".

 


Grupo FixOnline

 

Saiba o que a sua letra mostra sobre você

A grafologia é o estudo da personalidade, por meio de marcas inseridas inconscientemente na escrita. Para identificar a condição mental, física e comportamental do indivíduo, é necessário analisar todos os detalhes das letras, como a pressão, formato, inclinação, espaço, largura e direção.

As interpretações de textos e assinaturas, ajudam a detectar traumas, vícios, transtornos, autoestima, caráter, dependência química, estado emocional, aptidões, etc. A técnica pode ser utilizada em diversas áreas, desde empresas para processos seletivos, averiguação de autenticidade de documentos e assinaturas, até ações criminais.

A partir da grafologia conseguimos também traçar patologias, identificar bloqueios, contribuir para o sucesso pessoal e profissional. Com a análise da assinatura, é possível saber se é legítima ou não e no caso de crianças, com estudo dos desenhos e o início da caligrafia, pode-se perceber traumas psicológicos, gagueira, transtorno de sono, etc. Infelizmente, no Brasil o método não é reconhecido como na França, Estados Unidos, Alemanha e Inglaterra”, diz a grafóloga e psicóloga Célia Siqueira.

Segundo Célia, inicialmente algumas características podem ser identificadas pelo formato da escrita, como:

- Escrita proporcional: Clareza, ordem, polidez e lealdade.

- Escrita confusa: Confusão e imaginação desregrada.

- Escrita ordenada: Calma, clareza, tranquilidade e satisfação pessoal.

- Escrita desordenada: Pretensão e muita vaidade.

- Escrita desproporcional: Falta de juízo, pretensão e entusiasmo.

- Escrita caligráfica: Desejo de ordem, clareza, precisão e organização.

- Escrita angulosa: Firmeza de decisão, objetividade, coragem, liderança e exigência.

- Escrita arcadas: Atitudes elaboradas, reflexiva, forte autocontrole e tendência ao distanciamento.

- Escrita curvilínea: Timidez, ambição e introspectividade profissional.

- Escrita simplificada: Ponderação, racionalidade, calma, domínio das emoções e naturalidade.

- Escrita tipográfica: Originalidade, inteligência, produtividade, artístico e formalização. 

- Escrita Guirlanda: Maleabilidade, sociabilidade elevada, receptividade e sensibilidade.

- Escrita filiforme: Impaciência, maternal, exigência, habilidade e autocrítica.

Célia Siqueira atende em seu espaço localizado na zona sul de São Paulo, o “Instituto Célia Siqueira”, e também presta consultoria online para pessoas e organizações de outros estados e países.

www.institutoceliasiqueira.com

 

5 erros (e como evitá-los) no aprendizado e ensinamento de idiomas

Tecnologia oferece vantagens para ultrapassar paradigmas obsoletos


Metodologias variadas, tempo vs. constância, o importante é se fazer entender... Rita Santoyo, especialista em Didática da empresa de educação Babbel, apresenta as chaves-secretas para aprender línguas de maneira eficaz.

 

Qual foi o seu primeiro contato  com uma língua estrangeira? No colégio, em uma escola de línguas? Como foi sua experiência de aprender um novo idioma? "Aprender é um processo em constante mudança. As instituições de ensino precisam evoluir e se adaptar à vida moderna, aproveitando as vantagens que a tecnologia nos oferece para mudar paradigmas obsoletos", explica a especialista em Didática da Babbel, Rita Santoyo Venegas. A linguista indica os cinco erros a evitar no ensino e aprendizagem de uma língua e propõe formas adequadas de garantir que seja uma experiência agradável e frutuosa.


Erro 1: Acreditar que existe apenas uma metodologia adequada.

Anos atrás, acreditava-se que a ênfase na repetição e na precisão linguística era o mais importante na aprendizagem de uma língua. Esta abordagem não levou em consideração que existem pessoas com diferentes capacidades de aprendizagem. Pessoas com inteligência auditiva altamente desenvolvida, por exemplo, aprendem melhor com músicas e podcasts. Pessoas que gostam de se mover, por conta de  sua inteligência cinestésica, aprendem melhor com atividades que utilizam o corpo, como danças e rotinas físicas.


Erro 2: Se não houver tempo, não vale a pena tentar.

Embora seja verdade que aprender uma segunda ou terceira língua exija esforço, dedicação e tempo, muitas pessoas acabam se desanimando porque acham que, se não têm muito tempo disponível, não vale a pena tentar. Contudo, o mais importante é ser constante. É melhor passar quinze minutos por dia estudando um idioma do que só estudar se for uma hora por dia.Erro 3: Usar apenas um material de aprendizagem.

Os professores costumam usar os livros didáticos como a principal fonte de ensino de um idioma. Esses livros são cuidadosamente escritos por especialistas para fornecer aos alunos a base de que precisam para aprender um idioma. No entanto, "a variedade é o tempero da vida, especialmente quando se aprende um idioma", diz Rita Santoyo. Felizmente, hoje existem muitas opções para aprender línguas: aplicativos, filmes, livros e podcasts. Todos esses materiais ajudam os alunos a exercitar diferentes habilidades, como compreensão, leitura e escrita, e a experienciar o idioma que estão aprendendo em um contexto autêntico. Ao entender que ensino e aprendizagem são processos que necessitam de diversidade,  a Babbel começou a se estabelecer como uma experiência multifacetada, oferecendo não apenas aulas elaboradas por especialistas em línguas, mas trazendo também uma ampla variedade de materiais multimídia, como vídeos, podcasts e – muito em breve – aulas live  com professores reais. 


Erro 4: Ter medo de cometer erros.

Durante muito tempo se considerou que os erros deveriam ser evitados a todo custo e que o mais importante é falar e escrever uma língua perfeitamente. Porém, agora sabemos que o mais importante é que se fazer entender, mesmo que a fala ou escrita ainda seja imperfeita.


Erro 5: Aprendizagem descontextualizada.

Outro erro que se comete ao aprender ou ensinar uma língua estrangeira é tentar aprender palavras ou frases isoladas do contexto em que são usadas. Portanto, muitos alunos sentem-se desmotivados, uma vez que não há um objetivo claro ou uso comunicativo. A aprendizagem será significativa se enquadrada em situações específicas onde cada termo faz sentido. Por isso, as aulas da Babbel são sempre acompanhadas por diálogos que simulam situações cotidianas, onde os alunos veem como usar o que aprenderam no fim de uma lição. Da mesma forma, as experiências pessoais dos alunos são importantes no estudo do idioma porque essa conexão incentiva uma relação afetiva com a língua estudada. "Aprender uma língua estrangeira amplia horizontes e ajuda a compreender melhor o outro e o mundo, além de enriquecer nossa própria experiência de vida. Se modernizamos nossos métodos, podemos  nos adaptar ao estudo muito mais facilmente", finaliza Rita Santoyo.


5 exercícios para idosos praticarem em cas

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Atividade física frequente na terceira idade previne doenças no coração, nas articulações e até melhora o humor


O grupo da terceira idade com certeza foi um dos mais afetados durante este período de isolamento social que estamos passando. Além das dificuldades de se encontrar com família e amigos, muitos idosos que tinham o hábito de se exercitar em academias, ou até mesmo com caminhadas ao ar livre, já não tem essa opção.

“O exercício físico é essencial para pessoas de todas as idades, mas é ainda mais importante para quem já está na terceira idade,” esclarece Marcella Santos, especialista em gerontologia e enfermeira chefe do Grupo DG Sênior. “A movimentação do corpo de forma frequente ajuda na prevenção de doenças cardiovasculares, hipertensão, diabetes, doenças ósseas e articulares, além de aliviar dores e melhorar muito o humor”.

Marcella defende que, neste momento de estagnação, é ainda mais importante incentivar a atividade física e buscar exercícios que possam ser praticados longe de ambientes cheios. E, no momento, as melhores alternativas são as ‘caseiras’.

“Para praticar exercícios em casa”, explica a especialista, “é necessário primeiro ter certeza de que você tem condições físicas adequadas para a prática e manter em mente que muitos exercícios não são possíveis para todos. Caso haja dúvidas, basta conversar com seu médico.” Ela ainda destaca que deve ser realizada uma boa refeição antes das atividades, e beber bastante água enquanto se exercita.

Confira algumas dicas da especialista para preservar a saúde física dentro de casa.

 

  1. Marcha estacionária

A indicação para este grupo de idade é não sair de casa, portanto fazer uma ‘caminhada parada’ é uma ótima alternativa ao invés de caminhar na rua. Basta realizar um movimento que imita o andar, trazendo os joelhos até a altura da cintura, ou até onde conseguir, alternadamente, mantendo a postura ereta. Pode ser realizado de uma vez durante 30 minutos, ao longo do dia, separado em seções de 5 minutos a cada duas horas deitado ou sentado.

 

  1. Sentar e levantar

É muito importante trabalhar os músculos usados na hora de se sentar e se levantar, uma grande dificuldade para idosos. Sente-se em uma cadeira sem braços e tente levantar-se sem apoio, o que vai trabalhar os músculos da coxa. O ideal é realizar 3 séries de 15 repetições, com intervalos de 5 minutos. Se você sentir muita dificuldade pode começar com menos repetições e ir progredindo até o número indicado.

 

  1. Sentar e estender os joelhos

Ainda com a cadeira sem braços, pode-se também trabalhar os joelhos, levantando as duas pernas do chão esticando-as para frente e depois de volta ao chão. É uma ótima alternativa para quem encontra muita dificuldade no exercício de sentar e levantar. O ideal também são 3 séries de 15 repetições, mas lembre-se de criar intervalos entre elas.

 

  1. Levantar peso

Para manter a tonificação dos braços pode se realizar um levantamento de pesos leves, como de 500g ou 1Kg. Caso você não tenha pesinhos próprios em casa, produtos que tenham o peso equivalente também servem. Esse exercício deve ser realizado com a pessoa sentada, com os pés no chão. Então basta esticar os braços ao lado do corpo, segurando os pesos, e levantá-los até a altura dos ombros. Neste caso, 2 séries de 10 repetições são melhores para começar, já que é uma atividade um pouco mais pesada.

 

  1. Aperte e solte

Muitos idosos sofrem com a falta de fraqueza e falta de firmeza nas mãos. Para fortalecer esses músculos e as articulações dos dedos, é necessário fazer um exercício de apertar e soltar. Existem muitas bolinhas próprias para isso à venda, porém também pode ser realizado com uma bola de tênis ou até com algumas meias dobradas uma dentro da outra. Neste caso não há um limite de repetições, mas recomendo deixar a bolinha escolhida próxima a você durante o dia, e assim você pode apertá-la enquanto assiste à televisão, por exemplo.


CRISES DE ESTAR NO MUNDO

Heráclito de Éfeso (2500 anos) é complexo. Dele, popularizou-se que “não se pode percorrer duas vezes o mesmo rio”. Heráclito entendia que a realidade era dialética, resultado do conflito, da tensão entre contrários. Ora, em sendo a realidade um resultado, ela estaria sempre no devir. A parábola do rio traduz seu pensamento: ao se retornar a um rio, ele já não terá as mesmas águas, então se entrará no que o rio se tornou, não no que foi noutro tempo.

O Livro de Areia, conto de Jorge Luiz Borges (1899-1986), me diz que eu posso tentar decifrar o livro que comprei do vendedor que me bateu à porta. Leio-o, tento decifrá-lo. Mas ele me diz infinitas coisas; e se volto a ele, percebo dizeres que não percebera; e se não cuido, escapam-me aspectos que notara. Parece que caio em uma trama: o livro e eu jamais chegaremos a uma conclusão sobre o que ele quer me dizer, ou sobre as leituras que faço dele.


Heráclito fala das contínuas mudanças nas coisas do mundo, nunca me permitindo encontrá-lo igual. Borges diz das relações necessariamente instáveis da minha relação com tudo, inclusive com as ideias que se me foram entranhando. Mas eu gostaria de falar ainda de uma terceira coisa que creio importante: o eu de uma condição humana que nunca está pronta; o eu resultante do meu passado, mas que também é o meu devir.


O mundo não para de se modificar (Heráclito). As certezas com que eu poderia pensar o mundo não se estabelecem (Borges). E eu? Fico eternamente inconcluso? Não é simples jamais estar rematado, pois nunca nos saberemos o suficiente para nos apaziguar. Penso sobre mim a partir de mim mesmo: não alcanço a condição de compreender o mundo, as coisas e as ideias, porque sou sempre mudança. Então, não me entendo a mim.


Eu, que me quero único, suponho-me inexplicável, acredito que isso só acontece comigo. Mas, não sou exclusivo: incertezas, emoções alteradas, sentimentos traiçoeiros, isso tudo sou eu, mas também o é cada humano. Sim, temos particularidades, mas mesmo aí entra a tentação da estrutura social, que me oferece modelos de adaptação às ideologias dominantes, aos modos de produção, aos costumes formatados. Quero ser igual.


Quero ser eu particular, mas desejo ser eu com reconhecimento dentro do sistema estabelecido: se sou um ser social, almejo uma receptividade pública. Para isso, sem contar com a estabilidade das coisas (Heráclito) em um mundo sempre se me apresentando de maneira diversa (Borges), não me reconhecendo igual a mim mesmo, tenho que me impor socialmente. Não sei o mundo. Mal me sei. Não suporto a tarefa, entro em crise.


Eis o que move a História. Interessa-me como me movo a mim mesmo. Não admitimos, mas nossas crises têm um padrão. Nas sociedades primitivas havia rituais de passagem; os indivíduos submetiam-se a celebrações demarcativas do seu status na comunidade. Sua condição social lhe era dada pelo rito. Já inexistem ritos claros que nos situe; há competição anônima por um lugar não sabido. Pomo-nos a competir por uma posição no sistema, mas não sabemos exatamente o que disputamos, nem com quem.


Tenho, em crise, que me fazer disputante de um lugar social incerto. Não será simples me governar quando, na puberdade, meu corpo mudar de repente; ou quando, adolescente, me exigirem os códigos de ingresso na vida adulta; ou quando, adulto, me ditarem as normas impessoais do que se chama de “ganhar a vida”, ou quando, depois de contribuir com o “mercado”, me pedirem para cair fora. Agora, se eu souber que não devo nada disso nem a mim nem a ninguém, tudo será mais divertido, até as crises de estar no mundo.

 


Léo Rosa de Andrade

Doutor em Direito pela UFSC.

Psicanalista e Jornalista.


O que fazer para manter a autoestima no mercado corporativo?

Diz o dicionário: autoestima é a qualidade de quem se valoriza, se contenta com seu modo de ser e demonstra, consequentemente, confiança em seus atos e julgamentos. Mas não é de ontem que nós, mulheres, sabemos o quanto somos alvos de preconceitos no mercado de trabalho e como isso pode impactar diretamente em nossa vida como um todo. Seja pela diferença salarial, pela falta de empatia sobre a maternidade, ou pela diferença no valor médio de salário para altas posições de trabalho como gerência ou diretoria de uma empresa ou simplesmente por não acreditarem em nosso potencial. Então, fico pensando: o que fazer para manter a autoestima no mercado corporativo que nos coloca tantos desafios e empasses diariamente?

Essa, com certeza, não é uma pergunta fácil de ser respondida. Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), apresentados no estudo “Estatísticas de Gênero”, as mulheres trabalham, em média, três horas a mais por semana do que os homens, combinando trabalhos remunerados, afazeres domésticos e o cuidado com pessoas (filhos, pais, companheiros etc).  Haja fôlego e entusiasmo para fazer tudo isso e ainda se olhar no espelho e sorrir, mas, se por algum motivo não está sorrindo para si mesma, por favor, este texto é – principalmente – para você.


Eu não estou aqui para fazer uma “guerra dos sexos”, pelo contrário, apenas quero mostrar como nós, mulheres, somos fortes.

Vocês sabiam que apesar de tudo isso que citei acima nós ainda somos mais dedicadas aos estudos? E eu vou contar uma história, que poderia ter me derrubado, mas, que na verdade, tornou-se uma das minhas fortalezas e que me faz pensar no quanto essa questão da educação é verdade.

Meu sonho era fazer medicina, porém, sem condições financeiras para tal, resolvi fazer instrumentação cirúrgica para entender melhor a área. Certa vez, durante uma cirurgia cardíaca que começou às 07 da manhã e terminou por volta das 17h, o médico cirurgião perguntou se eu tinha gostado da experiência. Eu não só tinha amado, como disse ao doutor que um dia gostaria de me tornar uma médica como ele, mas o que eu não esperava é que o especialista, ao invés de me incentivar, fez pouco caso do meu sonho. Disse que eu nunca conseguiria, afinal, era mulher e não tinha condições para chegar em tal patamar. Sugeriu que eu cursasse sociologia, psicologia, biologia, ou qualquer outro curso que não fosse medicina. E, de certa forma, eu o agradeço. Não pela desvalorização que sofri, mas porque ele me deu forças para não desistir, e assim eu ressignifiquei meu sonho. Cursei psicologia e, mais tarde, odontologia. Entendi que o sucesso e a realização profissional ainda estariam por vir. E é a maneira como decidimos enfrentar qualquer dificuldade que fará a diferença e definirá se elas serão apenas sofrimentos ou oportunidades de aprender a evoluir. Por isso, devemos ser resilientes, ter força e coragem para recomeçar, mudar os planos e ressignificar o que e quando for preciso.

Eu sempre acreditei, desde o início da minha trajetória profissional, que toda mulher não deve desistir de trilhar seu próprio caminho. Mesmo que vivamos em um cenário em que o homem ainda ocupe uma posição de destaque, é muito importante que jamais nos esqueçamos da nossa força, do nosso conhecimento adquirido ao longo da vida e da nossa capacidade de equilibrar muitos pratos ao mesmo tempo, não é mesmo?


Somos resilientes por natureza

Cuidamos do trabalho, da casa, dos filhos, dos pais, dos estudos e de nós. Sim, precisamos cuidar de nós. Precisamos olhar no espelho e sentir orgulho e gostar de quem somos.

É aí que aproveito para dar um conselho: a autoestima está muito ligada ao tempo que dedicamos para o autocuidado e para as nossas necessidades. A maneira como iniciamos e terminamos cada dia influencia diretamente todas as áreas de nossa vida. Portanto, pra sermos felizes precisamos dedicar uma parte do nosso dia a nós mesmas e acredito que isso só é possível se tivermos uma rotina definida com um comportamento que te eleve fisicamente e espiritualmente. Um exemplo de como eu exercito a minha autoestima? Pois bem, eu acordo todos os dias às 04h30 e a primeira coisa que faço são as minhas gratidões. Depois disso, sigo com meus exercícios físicos e, então, me sinto preparada para os compromissos profissionais. Mas, é importante que cada mulher crie a sua rotina, com erros e acertos, o importante é não desistir.

Nós precisamos de muita inteligência emocional em nosso dia a dia, e quanto mais a gente exercitar isso, maior será o nosso sucesso. Se você ainda não se valoriza como deveria, trace metas, objetivos, tenha foco e estimule seus pensamentos e a autoanálise para perceber que você merece tudo aquilo que deseja. Esse é o início de uma mudança de hábitos, de pensamentos e da sua comunicação externa, ou seja, a forma como você passa sua imagem para as pessoas, seja elas do seu meio familiar, pessoal ou profissional. Como eu sempre digo: o sucesso é uma decisão e manter sua autoestima faz parte desse processo.

 



Clemilda Thomé - foi uma das primeiras empresárias no Brasil a se tornar bilionária ao vender sua empresa NEODENT para uma multinacional suíça. Hoje, é uma das mulheres de negócio mais influentes do país. Participa ativamente da gestão de suas empresas, no Conselho de Administração da DSS Holding, mas tem como seu maior legado, a promoção da educação, que ela acredita ser o maior agente das mudanças e desenvolvimento do país. Exatamente por esse foco, Clemilda, faz parte do Instituto Sou 1 Campeão que oferece cursos voltados para performance física, prosperidade financeira e equilíbrio emocional, ao lado de seu esposo e Treinador Comportamental Mamá Brito e do ídolo do MMA mundial Rogério Minotouro. Um dos únicos institutos capacitados para oferecer esse tripé do conhecimento como o caminho completo e necessário para ajudar pessoas a executarem planos de vida e de negócios.


Autoterapia: como lidar sozinho com suas emoções?

Psicóloga ensina técnica que permite controlar pensamentos negativos com clareza e discernimento


Quem nunca foi dominado por pensamentos negativos, que despertam sentimentos como ansiedade, insegurança e estresse? Para a psicóloga Sabrina Amaral, da Epopéia Desenvolvimento Humano, é possível se libertar desses sentimentos acessando um lado do cérebro que avalia as coisas com clareza, objetividade e aponta o melhor caminho a seguir. E a entrada para esse caminho chama-se Autoterapia.

De acordo com a especialista, todos nós temos um ‘sábio interior’ e, antes de se desesperar com os acontecimentos, recomenda o uso de ferramentas que possam ajudar a acessá-lo, como a Autoterapia – uma técnica inspirada no método socrático, que provoca na pessoa um momento de reflexão profunda ao buscar respostas para uma série de questionamentos. “Toda emoção exagerada, comportamento indesejado e atitudes sabotadoras resultam em pensamentos disfuncionais. Esses pensamentos costumam ser rígidos, generalizantes e exagerados e nós acreditamos que são verdadeiros, fato quase inquestionável: é assim, pronto, acabou”, revela.


O que se faz durante a Autoterapia?

Como já mencionado, ao inspirar-se nas ideias de Sócrates, filósofo da Grécia Antiga, a proposta da Autoterapia é definir problemas, identificar pensamentos, examinar situações e analisar comportamentos. “A Autoterapia é uma ferramenta extremamente eficaz na prática clínica e que pode ser utilizada em qualquer tipo de transtorno ou dificuldade e não há contraindicações, por isso, você pode adotá-la na sua vida pessoal, profissional e em qualquer situação do dia a dia”, afirma a psicóloga, que explica como aplicar a técnica logo abaixo:


“Questione, não suponha!”

O primeiro passo é entender: seus pensamentos não são fatos, e sim, ideias e, portanto, como qualquer ideia, podem ser questionados. Depois, pegue um papel e escreva no topo qual é o pensamento que você quer desafiar e inicie a sabatina:

  1. Quais são as evidências (provas concretas e não ‘achismos’) a favor deste meu pensamento? E contra ele? (Faça uma lista)
  2. Estou baseando este pensamento em fatos ou em sentimentos? (os sentimentos tendem a nublar nossa mente e impedem uma visão mais clara da situação)
  3. Este pensamento está ‘polarizado’ em extremos de tudo ou nada, ou existem nuances que eu não estou enxergando aqui? Quais são?
  4. Será que eu estou interpretando mal as evidências? Posso estar fazendo suposições?
  5. Outras pessoas poderiam ter interpretações diferentes da minha se estivessem na mesma situação? Quais?
  6. Estou olhando para todos os fatos ou apenas aqueles que apoiam meu pensamento?
  7. Poderia o meu pensamento ser um exagero desta parte que é verdade?
  8. Alguém passou este pensamento ou esta crença para mim? Estou num efeito esponja?
  9. Meu pensamento é realista? Ou é o pior cenário possível? (cuidado com a tendência de ‘catastrofizar’ as coisas)

Quanto mais você praticar, mais automático este processo vai ficar, até o ponto em que você nem vai mais precisar de papel para praticá-lo. Porém, tome cuidado para não entrar numa paranoia de questionar a tudo e a todos o tempo todo. Concentre-se em fazer o desafio apenas daqueles pensamentos que causam sofrimento a você, com parcimônia.


Além disso, siga os passos abaixo para garantir uma prática correta e construtiva do método:

  • Tenha uma lista de perguntas em uma colinha; 
  • Seja sincero e entenda que tudo possui mais de um lado, não existe verdade absoluta; 
  • Comece desafiando aqueles pensamentos que trazem mais sofrimento pra você;
  • Observe que ao identificar padrões de pensamentos mais frequentes em sua vida, ficará cada vez mais fácil de combatê-los; 
  • Não tenha medo de desafiar suas crenças, lidar com a frustração faz parte do processo; 
  • Seus pensamentos influenciam diretamente na forma como você se sente e se comporta, portanto, definem seus resultados; 
  • Se ficar muito pesado para lidar com aquilo que você encontrar, é fundamental procurar ajuda de um terapeuta online ou presencial.

Por fim, a psicóloga ressalta que nem sempre conseguimos acessar este campo sem ajuda de um profissional, é nestas horas que o acompanhamento de um psicólogo faz toda a diferença. “A Autoterapia não substitui a análise de um profissional especializado. Use a ferramenta com sabedoria e busque ajuda sempre que necessário. E lembre-se: você não é seus pensamentos!”

 



Sabrina Amaral - psicóloga, psicoterapeuta e hipnoterapeuta Omni, practitioner em PNL e coach da mente. Membro IBHEC (International Board Of Hypnosis Educational & Certification). Pós-graduada em Gestão Estratégica de Pessoas, especializou-se em Transe Conversacional com Elisabeth Erickson, Neurociência aplicada ao comportamento humano e Psicologia Positiva. Saiba mais sobre o trabalho da especialista clicando aqui. Também é embaixadora da Rede Mulher Empreendedora em Campinas e voluntária na Humanitarian Coaching Network que provê serviços de coaching para líderes da ONU e UNICEF. Sabrina acredita na transformação do ser humano e, após uma vivência de duas décadas na gestão de processos de RH, fundou a Epopéia Desenvolvimento Humano que se propõe a levar à tona o que o cliente tem de melhor com o intuito de ajudá-lo no processo de se tornar pleno, inteiro e feliz.

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Cuidados para o retorno presencial às escolas

Diversos Estados do país autorizaram a retomada das aulas físicas, mas alunos, pais e educadores devem reforçar procedimentos para evitar a disseminação de Covid-19

 

Ao menos 15 Estados brasileiros definiram que o retorno às aulas presenciais ocorrerá ao longo deste mês de fevereiro. Após quase um ano de isolamento imposto pela pandemia de Covid-19 e de aulas essencialmente virtuais, os alunos começam a regressar de forma escalonada às escolas. O cenário, no entanto, ainda gera preocupação em muitos pais, que temem pelo aumento do risco de contágio aos filhos, especialmente quando se trata dos alunos mais novos.

Em São Paulo, o Governo definiu que a retomada das aulas presenciais poderia ocorrer a partir de 8 de fevereiro na rede estadual e 15 de fevereiro na rede municipal de ensino. Nas escolas particulares, a volta às aulas foi autorizada a partir de 1º de fevereiro, com liberdade para que cada instituição definisse o critério para a mudança no formato de ensino.

Uma das principais recomendações adotadas durante todo o isolamento permanece: o distanciamento físico. Em São Paulo, os alunos retornarão em um formato de rodízio, que deverá obedecer ao limite de 35% da capacidade dos espaços na rede pública e de até 70% nas escolas privadas.

A seguir, a otorrinolaringologista Leila Tamiso, do Hospital Paulista, esclarece as principais dúvidas de pais e educadores quanto ao retorno de crianças e adolescentes ao convívio escolar presencial.


- Que cuidados os pais devem observar neste retorno às aulas? Quais materiais não devem ser compartilhados, por exemplo?

Os pais e responsáveis devem ter o cuidado em orientar bem as crianças e adolescentes não apenas para o uso do álcool em gel nas mãos, mas também para que façam a troca frequente das máscaras e para que não compartilhem nenhum tipo de material com o colega. Além disso, é necessário reforçar com os filhos para que retirem a máscara apenas em ambiente aberto ou arejado no momento da troca e alimentação.

Obviamente, nenhum material deve ser compartilhado. Cada aluno deve ter o seu material próprio, que não deve ser dividido, assim como outros objetos. Isso porque, normalmente, o vírus do Covid-19 fica de 24h a 72h ativo nas superfícies. Depende muito do tipo da superfície, mas é possível que ele chegue a até 72h ainda ativo.


- Além do Covid-19, que outras doenças são geralmente transmitidas por crianças em idade escolar?

Há várias e, geralmente, a transmissão ocorre via oral e pelas mãos. Entre as mais frequentes estão estomatite, infecção de garganta - tanto a viral quanto a bacteriana -, caxumba, catapora, gripe, resfriado e diarreia. Nos casos de caxumba e catapora, importante frisar que a contaminação pode ser evitada a partir da imunização através de vacina.


- No caso de irmãos em idade escolar distinta, se um deles contrai algo na escola, o que não deve ser compartilhado de jeito nenhum em casa?

No caso destes irmãos, nenhum dos materiais deve ser compartilhado em casa. Além dos itens escolares, não devem dividir copos, talheres, toalhas e roupas. Recomenda-se também não ficarem muito próximos e, principalmente, não compartilharem a máscara.


- Que orientações daria para os professores e profissionais de educação que lidarão com dezenas de crianças ao mesmo tempo neste retorno? Quais são os principais cuidados?

Recomendo fortemente que utilizem o face shield (proteção para o rosto), e que mantenham o distanciamento seguro. Além disso, deve haver um esforço para que não haja manipulação de nenhum material dos alunos, deixando cadernos e todos os outros itens escolares com cada um deles, sem levar nada para casa para correção.

Quando possível, deve-se dar preferência às correções online, com imagens dos materiais a serem avaliados. Os educadores devem ficar atentos ainda para evitar o compartilhamento de objetos entre as crianças e adolescentes no ambiente escolar, além do uso do álcool em gel nas mãos constantemente e a troca de máscaras geralmente a cada três horas ou após um lanche ou intervalo.

Os professores e profissionais podem chamar a atenção para o manuseio de portas, maçanetas e corrimãos, ressaltando que os alunos lavem as mãos ou usem álcool em gel com frequência. Importante também promover a correta ventilação das salas de aula, mantendo portas e principalmente janelas para melhorar a circulação do ar. Friso novamente que o Covid-19 fica de 24h a 72h ativo em superfícies.



Hospital Paulista de Otorrinolaringologia


Gestantes e mães encarceradas enfrentam dificuldades em acessar direitos e recebem punições mais severas por seus crimes

Pixabay
Estudo mostra que política de desencarceramento é impactada por falta de informações e questões de gênero

As questões de gênero afetam as mulheres nas mais variadas situações, inclusive, no acesso a direitos e decisões e acordos como no cumprimento da política de desencarceramento, o Habeas Corpus Coletivo 143.641/SP, que propunha prisão domiciliar às gestantes e mães com filhos de até 12 anos de idade ou deficientes. O desconhecimento de dados sobre a população feminina carcerária e a dupla condenação recebida por mulheres que cometem crimes - pelo que praticaram e em função do gênero -, foram identificadas na análise de 177 processos referentes a 190 mães encarceradas na Penitenciária Feminina de Piraquara.

O resultado desse trabalho integra uma pesquisa desenvolvida junto ao Centro de Pesquisa Jurídica e Social (CPJUS) da Universidade Positivo (UP), com 11 pesquisadores, coordenados pelas professoras Maria Tereza Uille e Olívia Pessoa. Da análise das informações obtidas, constatou-se que o Habeas Corpus Coletivo 143.641/SP foi insuficiente para promover o desencarceramento de mães e gestantes e que muitos dados relacionados à gestação e maternidade não são informados ao longo dos autos processuais, dificultando a visibilidade e o cumprimento dos direitos destas mulheres. Prova disso é que em 31% dos processos não há informações nem sobre essas mulheres terem ou não filhos. “Se não tem essa informação, como o Estado se responsabiliza por essa criança que teve a mãe aprisionada?”, questiona a professora Olívia Pessoa, coordenadora do CPJUS/UP.

Nos autos de prisões estudados que continham essa informação, dentre a totalidade de presas, a média de cada mãe, à época da prisão, era de dois filhos, sendo que 19% tinham apenas um filho, 21% tinham dois filhos, 17% possuíam três e 6% tinham a prole constituída por cinco ou mais. Sobre a faixa etária, 34% possuem filhos de até 6 anos, 28% com filhos de até 12 anos incompletos, 15% com até um ano incompleto, 7% foram presas ainda gestantes e 16% com filhos entre 13 e 18 anos. Ainda, em 60% dos processos, não há informações sobre quem eram os principais responsáveis pelos filhos, antes ou após o aprisionamento. “É como se o Estado não olhasse para essa criança, eximindo-se de prover os cuidados mínimos, como designar um responsável para olhar por esse menor, uma vez que essas informações não estão no processo”, avalia.

Embora a maternidade seja circunstância que autoriza a prisão domiciliar desde o ano de 2016, a pesquisa constatou que, em quase metade dos processos, não há pedido de liberdade provisória ou prisão domiciliar e, entre eles, apenas 66% mobilizaram o argumento da maternidade. Em 52% dos casos, a liberdade provisória foi concedida, sendo que entre eles, em mais de dois terços o juiz sequer mencionou a presença de filhos ou da gestação e apenas 12% dos pedidos de prisão domiciliar foram deferidos. A conclusão é que, apesar dos esforços legislativos e da decisão proferida no Habeas Corpus Coletivo, a ausência de informações e a baixa mobilização da maternidade e da gestação no curso do processo judicial têm atuado como obstáculos ao exercício de direitos às mães presas.

 

Penalizadas pelo gênero

Dos dados existentes foi possível traçar que o perfil socioeconômico destas mulheres, em sua maioria, são jovens, com ensino fundamental incompleto. Quase metade delas são brancas e, entre aquelas para as quais havia essa informação, tinham, em média, dois filhos e renda de até dois salários mínimos.

Sobre as circunstâncias do crime e da apreensão, quase metade das mulheres foram presas em razão de crimes relacionados ao tráfico, com quantidade de droga muito baixa. Contudo, as penas aplicadas são, em sua maioria, superiores a 4 anos, e o regime inicial fechado. A pesquisa revelou, ainda, que em quase 80% dos casos a prisão se deu em flagrante e sem a realização de diligências posteriores em 45% dos casos, o que pode sugerir que são mulheres que atuam como pequenas traficantes. Apesar disso, em apenas 25% dos casos houve a tipificação pelo tráfico privilegiado. Outro indicador de disfuncionalidade do sistema é a ausência da realização da audiência de custódia em quase metade dos casos (47%). A audiência é um ato do Direito Processual Penal em que o acusado por um crime, preso em flagrante, tem direito a ser ouvido por um juiz, de forma a que este avalie eventuais ilegalidades em sua prisão.

Olívia explica que as implicações dessa carência de informações são várias. “O Estado não saber quem é aquela mulher que está encarcerada é tornar aquela pessoa apenas um número e não utilizar a fonte tão importante que é um processo para identificar quem são aquelas pessoas e, a partir desse dado, poder trabalhar em ações de políticas públicas para que tenham um impacto na vida daquela mulher encarcerada. Saber qual é a ocupação dessa mulher para dar uma alternativa financeira que não seja o crime”, defende. A pesquisa mostra que, para 80% das mulheres, não há dados sobre a ocupação – e não constam informações sobre a renda de 85% delas. “É olhar para a pessoa em um aspecto normativo de aplicação da lei, sem entender o contexto socioeconômico em que ela está inserida. Sem essas informações, o Estado não consegue desenhar ações efetivas”, avalia.

 


Universidade Positivo

universidade.up.edu.br/

 

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