Ferramentas digitais quando bem aproveitadas são uma excelente aliada para um cérebro mais ativo
“O que eu ia fazer no celular mesmo?”, “por que eu
entrei neste site?”, “peraí, deixa eu lembrar...”. Você já percebeu que quanto
mais tempo você fica na internet, mais lapsos de memória você tem?
Isso pode não ser apenas coincidência, mas
sim um sinal de que o uso excessivo de celular já está alterando a sua
capacidade de reter memória a longo prazo.
Em 2020 a tecnologia tem sido uma ferramenta
indispensável para aproximar crianças da educação e manter idosos conectados ao
mundo, mas o seu uso indiscriminado pode trazer prejuízos em diferentes faixas
etárias.
Preciso me preocupar?
De forma geral, o celular e o computador podem ser
grandes aliados no processo de aprendizado e não devem ser vistos como
inimigos.
O ponto de atenção está no uso excessivo destes
recursos, o que, para o cérebro, pode ser prejudicial para a formação de
memórias de curto, médio e longo prazo como explicou Patrícia Lessa, Diretora
Pedagógica do Supera.
“Os recursos tecnológicos nos proporcionam um
volume grande, veloz e superficial de informações. Como a quantidade de
estímulos é grande e o cérebro não tem tempo suficiente para assimilar todos
eles, o uso excessivo deles pode prejudicar a formação de memória”, disse.
Mas a partir de que ponto os
esquecimentos podem apontar para algo mais sério?
Segundo Solange Jacob, Diretora Acadêmica
do Supera, é necessário se preocupar a partir do momento em que os lapsos
de memória se tornam mais frequentes; principalmente, em atividades que eram
consideradas rotineiras.
“Em alguns casos, algumas disfunções
comportamentais e dificuldades na linguagem também podem ser considerados
indícios de alguma demência mais séria”, alertou.
Tecnologia e estimulação cognitiva de
mãos dadas
Durante a pandemia, milhares de alunos
do Supera em todo o Brasil contaram com recursos digitais para
continuarem estimulando o cérebro de forma correta.
O uso de tecnologias feito
pelo Supera tem oferecido ao aluno experiências com alta qualidade,
focadas na oferta de atividades que proporcionam novidade, variedade e desafio
crescente ao cérebro, o que aumenta sua capacidade de performance a médio e
longo prazo.
É muito simples entender como a memória funciona
quando usamos como exemplo um celular e um livro. Para ler um livro, por menor
que seja, precisamos dedicar 100% de nossa atenção, em uma narrativa contínua
com começo, meio e fim.
Quando lê um livro o leitor não tem em suas páginas
distrações como propagandas ou pop ups, ou seja: se mantém ali, inteiro,
dedicando seu tempo integralmente ao que está escrito.
As informações assimiladas desta forma são mais
facilmente retidas pelo cérebro e facilitam na criação de memória a longo prazo
o que nem sempre acontece com o celular que oferece estímulos diferentes a todo
momento.
“A tecnologia mostrou sua força em 2020 e por isso o
meio do caminho é o ideal. Não é aconselhável, sobretudo para idosos e
crianças, utilizar a recursos tecnológicos como única forma de instrução por um
longo período. Quando falamos da saúde do cérebro, os recursos tecnológicos e
não tecnológicos devem ser utilizados de forma híbrida e na mesma intensidade,
respeitando os tempos de pausa, mesmo em plataformas de Ensino à distância. Se
isso for observado a tecnologia pode ser uma grande aliada do cérebro” disse
Patrícia.
Como eu retenho informações?
O processo de armazenagem das informações no
cérebro que é dividido em três fases: aquisição, estocagem e recuperação:
Aquisição: quando prestamos atenção, os cinco sentidos
entram em ação, pois é preciso ouvir, sentir, cheirar, ver ou tocar.
Estocagem: nesta etapa, o cérebro processa as
informações no hipocampo, que por sua vez envia esta mensagem para o córtex.
Esta região do cérebro determina quais informações devem ser armazenadas e
quais devem ser descartadas.
Recuperação: trata-se da lembrança, quando a massa
cinzenta é vasculhada à procura de informações espalhadas pelo córtex.
O desempenho e a capacidade da memória são
influenciados por diversos fatores, entre eles destacam-se o desenvolvimento
fisiológico do cérebro, a aquisição de conhecimento, o contexto ambiental e o
uso de estratégias do próprio conhecimento.
Os principais sinais são situações frequentes de
falta de atenção, esquecimentos rotineiros, cansaço mental e dificuldades de
estabelecer uma organização, tanto da rotina quanto do ambiente.
A importância da ginástica para o
cérebro
Além de todas as dicas que já demos aqui, para
turbinar o cérebro e mantê-lo sempre jovem, a orientação é evitar rotinas e
situações que coloquem o cérebro no piloto automático. O ideal é esforçar-se e
encarar novos desafios diariamente.
“Aprender a tocar um instrumento diferente,
estudar, ir ao cinema, fazer amigos, participar de discussões, escrever e fazer
ginástica cerebral são alguns exemplos de atividades que ativam os neurônios e
restabelecem as conexões entre eles”, disse Solange.
Para manter o cérebro ativo e jovem, a ginástica
para o cérebro tem apresentado resultados concretos na vida de quem a prática.
Dentre os seus benefícios estão maior capacidade de
memória, atenção, concentração, memória, agilidade de raciocínio e coordenação
motora.
Além de melhorar as habilidades cognitivas, a
prática da ginástica cerebral mantém o cérebro jovem, pois é responsável por
estimular as conexões neurais, garantindo um desempenho efetivo da memória e do
pensamento.