Campanha alerta
sobre a importância de um gesto que pode salvar vidas
A Afip Medicina Diagnóstica participa da Semana de
Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea, entre os dias 14 e 21 de
dezembro. O objetivo é conscientizar sobre a importância de um gesto capaz de
salvar vidas. O Brasil é o terceiro maior banco de doadores de medula óssea do
mundo, com cerca de 3,5 milhões de cadastrados, de acordo com
Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME).
Vítor de Carvalho Queiroz, médico
hematologista da Afip Medicina Diagnóstica, explica que os
principais beneficiados com o transplante de medula são os portadores de
doenças hematológicas como leucemias, linfomas, mielodisplasias (quando a
medula para de produzir células saudáveis) e anemias graves, sejam adquiridas
ou congênitas. Outras doenças, porém, também podem ser tratadas dessa forma,
entre elas doenças do metabolismo, doenças autoimunes e outros tipos de
tumores, pontua.
Veja abaixo 5 dúvidas do público sobre a doação de
medula óssea, respondidas pelo especialista.
- Como
posso me tornar um doador?
Queiroz afirma que, para ser um possível doador, o
primeiro passo é se cadastrar no hemocentro mais próximo. Dessa forma, você
fica cadastrado no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME).
- Quando
eu me cadastro no REDOME estou fazendo uma doação de medula?
Não. A doação de medula óssea não é realizada no
momento do cadastro. No hemocentro são coletados dados pessoais e uma simples
amostra de sangue, para identificação de HLA, um teste que identifica a
compatibilidade entre receptor e doador, próprio para o transplante.
Caso seja encontrado algum receptor compatível no
banco de dados, o doador será convocado para entrevista e explicação do
procedimento, podendo então aceitar ou recusar a doação. O processo todo é
feito sob sigilo, e os dados do doador não são informados ao paciente.
- Quem
pode doar?
É preciso ter entre 18 e 55 anos de idade, estar em
bom estado geral de saúde, não ter doença infecciosa ou incapacitante e não
apresentar doença neoplásica (câncer) ou hematológica.
- Como
a medula é coletada para o transplante?
Há dois tipos de coletas de medula óssea: por
aférese ou cirúrgica. Ambos os procedimentos são realizados em ambiente
hospitalar vinculado a um serviço de hemoterapia especializado em transplantes.
A escolha pelo tipo de procedimento é feita pelo médico que acompanha o
paciente que vai receber a medula.
Na coleta por aférese, o doador faz
uso de uma medicação por 5 dias para estimular as células-tronco
hematopoiéticas circulantes no sangue. Após o período de estímulo, a coleta é
realizada por meio de uma máquina de aférese, que colhe o sangue da veia do
doador.
A máquina de aférese filtra e centrifuga o sangue
do doador, separando as células-tronco hematopoiéticas. Os elementos do sangue
que não são necessários ao paciente são devolvidos ao doador, e as
células-tronco hematopoiéticas são congeladas para infusão no paciente que será
submetido ao transplante. O procedimento dura cerca de 4 a 6 horas e não há
necessidade de anestesia.
Na coleta cirúrgica, é necessária
anestesia geral e internação por 24 horas. A medula é retirada do interior dos
ossos da bacia do doador por meio de punções com agulha própria. O procedimento
dura em torno de 90 minutos, e a medula óssea do doador se recompõe em 15 dias.
Os doadores podem voltar às atividades normais uma semana após a doação.
- A
doação é um procedimento de risco?
“O procedimento é considerado de baixo risco, com
intercorrências controláveis e relacionadas a anestesia. Por isso, a saúde do
doador é checada antes e após o procedimento, com exame físico e exames de
laboratório”, explica, Queiroz.
No caso da coleta cirúrgica, pode haver dor após o
procedimento, mas é controlável com uso de analgésicos simples. “Há casos de
dor de cabeça e cansaço, porém em 15 dias a medula óssea estará completamente
recuperada, e os sintomas melhoram nos primeiros dias após a coleta”, esclarece
o médico.
Afip
Medicina Diagnóstica
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