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quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea: 14 a 21 de dezembro

Campanha alerta sobre a importância de um gesto que pode salvar vidas


A Afip Medicina Diagnóstica participa da Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea, entre os dias 14 e 21 de dezembro. O objetivo é conscientizar sobre a importância de um gesto capaz de salvar vidas. O Brasil é o terceiro maior banco de doadores de medula óssea do mundo, com cerca de 3,5 milhões de cadastrados, de acordo com Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME).

Vítor de Carvalho Queiroz, médico hematologista da Afip Medicina Diagnóstica, explica que os principais beneficiados com o transplante de medula são os portadores de doenças hematológicas como leucemias, linfomas, mielodisplasias (quando a medula para de produzir células saudáveis) e anemias graves, sejam adquiridas ou congênitas. Outras doenças, porém, também podem ser tratadas dessa forma, entre elas doenças do metabolismo, doenças autoimunes e outros tipos de tumores, pontua.

Veja abaixo 5 dúvidas do público sobre a doação de medula óssea, respondidas pelo especialista.


  • Como posso me tornar um doador?

Queiroz afirma que, para ser um possível doador, o primeiro passo é se cadastrar no hemocentro mais próximo. Dessa forma, você fica cadastrado no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME).


  • Quando eu me cadastro no REDOME estou fazendo uma doação de medula?

Não. A doação de medula óssea não é realizada no momento do cadastro. No hemocentro são coletados dados pessoais e uma simples amostra de sangue, para identificação de HLA, um teste que identifica a compatibilidade entre receptor e doador, próprio para o transplante.

Caso seja encontrado algum receptor compatível no banco de dados, o doador será convocado para entrevista e explicação do procedimento, podendo então aceitar ou recusar a doação. O processo todo é feito sob sigilo, e os dados do doador não são informados ao paciente. 


  • Quem pode doar?

 

É preciso ter entre 18 e 55 anos de idade, estar em bom estado geral de saúde, não ter doença infecciosa ou incapacitante e não apresentar doença neoplásica (câncer) ou hematológica.

 

  • Como a medula é coletada para o transplante?

Há dois tipos de coletas de medula óssea: por aférese ou cirúrgica. Ambos os procedimentos são realizados em ambiente hospitalar vinculado a um serviço de hemoterapia especializado em transplantes. A escolha pelo tipo de procedimento é feita pelo médico que acompanha o paciente que vai receber a medula.

Na coleta por aférese, o doador faz uso de uma medicação por 5 dias para estimular as células-tronco hematopoiéticas circulantes no sangue. Após o período de estímulo, a coleta é realizada por meio de uma máquina de aférese, que colhe o sangue da veia do doador.

A máquina de aférese filtra e centrifuga o sangue do doador, separando as células-tronco hematopoiéticas. Os elementos do sangue que não são necessários ao paciente são devolvidos ao doador, e as células-tronco hematopoiéticas são congeladas para infusão no paciente que será submetido ao transplante. O procedimento dura cerca de 4 a 6 horas e não há necessidade de anestesia.

Na coleta cirúrgica, é necessária anestesia geral e internação por 24 horas. A medula é retirada do interior dos ossos da bacia do doador por meio de punções com agulha própria. O procedimento dura em torno de 90 minutos, e a medula óssea do doador se recompõe em 15 dias. Os doadores podem voltar às atividades normais uma semana após a doação.


  • A doação é um procedimento de risco?

“O procedimento é considerado de baixo risco, com intercorrências controláveis e relacionadas a anestesia. Por isso, a saúde do doador é checada antes e após o procedimento, com exame físico e exames de laboratório”, explica, Queiroz.

No caso da coleta cirúrgica, pode haver dor após o procedimento, mas é controlável com uso de analgésicos simples. “Há casos de dor de cabeça e cansaço, porém em 15 dias a medula óssea estará completamente recuperada, e os sintomas melhoram nos primeiros dias após a coleta”, esclarece o médico.

 


Afip Medicina Diagnóstica

www.afipdiagnostica.com.br 


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