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terça-feira, 31 de julho de 2018

Mais de 11 milhões de crianças devem se vacinar contra a poliomielite e sarampo





Campanha começa no dia 06 de agosto e vai até o final do mês. Objetivo é aumentar coberturas vacinais para evitar a reintrodução dessas doenças, já eliminadas no país


Todas as crianças de um ano a menores de cinco devem se vacinar contra a pólio e sarampo, independente da situação vacinal. A nova Campanha Nacional de Vacinação Contra a poliomielite e sarampo começa na próxima segunda-feira, 6 de agosto, e vai até o dia 31/08. No total, 11,2 milhões de crianças devem ser vacinadas. O dia D de mobilização nacional será sábado, 18 de agosto, quando os mais de 36 mil postos estarão abertos no país. A meta é vacinar, pelo menos, 95% das crianças para diminuir a possibilidade de retorno da pólio e reemergência do sarampo, doenças já eliminadas no Brasil. A madrinha da campanha deste ano é a Xuxa, eterna rainha dos baixinhos.

Na coletiva de lançamento da campanha, o ministro da Saúde, Gilberto Occhi, enfatizou que saúde é responsabilidade de todos. “Não é uma responsabilidade exclusiva do Ministério da Saúde, nem das secretarias, dos profissionais ou dos médicos. Às vezes enfrentamos uma situação como essa, que nos traz um alerta, porque temos uma falsa impressão de que a doença foi eliminada do país. Mas é a cobertura vacinal elevada que faz a doença desaparecer. E é por isso que devemos continuar vacinando nossos filhos, para manter essas doenças longe do Brasil”, ressaltou Gilberto Occhi.

Para atender a esse público, que é mais suscetível às doenças e suas complicações, foram adquiridas 28,3 milhões doses das vacinas, um total de R$ 160,7 milhões. Todos os estados do país já estão abastecidos com 871,3 mil doses da Vacina Inativada Poliomielite (VIP), 14 milhões da Vacina Oral Poliomielite (VOP) e 13,4 milhões da Tríplice viral, que protege contra sarampo, rubéola e caxumba.

A campanha de vacinação deste ano é indiscriminada, ou seja, pretende vacinar todas as crianças dessa faixa etária no país, para manter coberturas homogêneas de vacinação. Para a poliomielite, as que não tomaram nenhuma dose durante a vida, receberão a VIP. Já os menores de cinco anos que já tiverem tomado uma ou mais doses da vacina, receberão a VOP, a gotinha. Em relação ao sarampo, todas as crianças receberão uma dose da vacina Tríplice viral, independente da situação vacinal, desde que não tenham sido vacinadas nos últimos trinta dias.

“Neste tipo de campanha, em um curto espaço de tempo, temos a oportunidade de vacinar 95% dessas crianças. Assim, criarmos uma barreira sanitária, uma imunidade de grupo. Rapidamente teremos a oportunidade de garantir que, mesmo que os vírus da pólio e sarampo entrem no país, não encontrem uma fonte de infecção”, explicou a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Carla Domingues. Ela também ressaltou que é uma oportunidade de corrigir falhas vacinas. “ As crianças, por terem o sistema imunológico mais frágil, podem não responder imunologicamente à vacina”, esclareceu a coordenadora.

Nos estados que registraram surtos de sarampo, a vacinação foi antecipada como medida de bloqueio para interromper a circulação do vírus. Em Roraima, a campanha iniciou em março e envolveu pessoas de 6 meses a 49 anos. Já em Manaus (AM), aconteceu em abril e o público vacinado foi de 6 meses a 29 anos de idade. E, em Rondônia, a vacinação está em andamento para crianças de 6 meses a menores de cinco anos. Durante a mobilização nacional, esses estados devem convocar novamente as crianças, na mesma faixa etária, de um a menores de cinco anos.

O Ministério da Saúde oferta todas as vacinas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) que estão disponibilizadas no SUS. Ao todo, são 19 para combater mais de 20 doenças, em todas as faixas etárias. Por ano, são cerca de 300 milhões de doses de imunobiológicos distribuídos em todo o país.


CAMPANHA PUBLICITÁRIA

Para mobilizar a população, o Ministério da Saúde conta, neste ano, com o apoio da Xuxa, a eterna rainha dos baixinhos. Não é a primeira vez que ela é madrinha de uma campanha de vacinação do Ministério da Saúde. Nos anos 1980, Xuxa também estrelou uma campanha de vacinação que bateu recordes e foi reconhecida até pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

O servidor do Ministério da Saúde, Ricardo Gadelha, que vive com sequela da poliomielite porque não tomou vacina, mandou um recado aos pais e responsáveis. “Hoje, eu sou pai, tenho dois filhos e sempre vacino os meus porque eu não desejo essa sequela de pólio a nenhum dos nossos brasileiros. Filho protegido, sem dúvida alguma, é filho vacinado. Não quero mais ver essa marca da pólio em nenhuma das crianças do nosso Brasil”, afirmou Gadelha.
As peças para TV, rádio, impressos e redes sociais, serão exibidas de 1º a 31 de agosto. O filme, gravado em 3D, faz uma viagem ao passado, nas décadas de 80/90, quando nasceu o Zé Gotinha e também quando o Brasil assumiu o compromisso de eliminar o sarampo e a poliomielite. Xuxa e o Zé Gotinha contarão com o apoio da Galinha Pintadinha e dançarinos do game Just Dance.


QUEDA NA VACINAÇÃO 

Desde que observou redução nas coberturas vacinais do país, o Ministério da Saúde tem alertado sobre o risco da volta de doenças que já não circulavam no Brasil, como é o caso do sarampo. Entre as principais causas, pode-se apontar o próprio sucesso do Programa Nacional de Imunizações, que conseguiu altas coberturas vacinais durante os seus 44 anos de existência. Outros fatores são: desconhecimento individual de doenças já eliminadas; horários de funcionamento das unidades de saúde incompatíveis com as novas rotinas da população; circulação de notícias falsas na internet e Whats App causando dúvidas sobre a segurança e eficácia das vacinas; bem como a inadequada alimentação dos sistemas de informação.

Para os estados que estão abaixo da meta de vacinação, o Ministério da Saúde tem orientado os gestores locais que organizem suas redes, inclusive com a possibilidade de readequação de horários mais compatíveis. Outra orientação é reforçar as parcerias com creches e escolas, ambientes que potencializam a mobilização sobre a vacina por envolver professores e a família. A Pasta ainda alerta para a importância de manter os sistemas de informação devidamente atualizados.


SARAMPO

O Brasil recebeu, em 2016, da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), o certificado de eliminação da circulação do vírus do sarampo, e atualmente empreende esforços para manter o certificado, principalmente por meio do fortalecimento da vigilância epidemiológica, da rede laboratorial e de estratégias de imunização.

No mundo, há registros de casos de sarampo em alguns países da Europa e das Américas. Em 2017, foram 173.330 casos registrados. Em 2018 (até maio), 81.635 casos confirmados, a maioria em países do Sudeste Asiático e Europa. Atualmente, o Brasil enfrenta dois surtos de sarampo: em Roraima e no Amazonas. Até o dia 25 de julho, foram confirmados 822 casos no Amazonas e em Roraima. Além disso, alguns casos isolados foram identificados nos estados de Rio de Janeiro (14); Rio Grande do Sul (13); Pará (2), Rondônia (1) e São Paulo (1).  O reaparecimento da doença está relacionado às baixas coberturas e a presença de venezuelanos no país, comprovado pelo genótipo do vírus (D8) identificado, que é o mesmo que circula na Venezuela.


POLIOMIELITE 

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), três países ainda são considerados endêmicos (Paquistão, Nigéria e Afeganistão). O Brasil está livre da poliomielite desde 1990. Em 1994, o país recebeu, da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), a Certificação de Área Livre de Circulação do Poliovírus Selvagem.






Amanda Mendes
Agência Saúde

Salas de cirurgia são um terreno fértil para olho seco


 O objetivo do estudo mexicano foi determinar a prevalência e a gravidade da síndrome do olho seco em um grupo de residentes de diferentes especialidades cirúrgicas



O olho seco afeta cerca de 10-20% da população, e a maioria das pessoas com a doença tem mais de 50 anos.

Mas se você trabalha em um ambiente estéril e seco, como uma sala de cirurgia, corre um risco ainda maior - de até 56%, de acordo com uma nova pesquisa que avaliou a prevalência do olho seco em residentes cirúrgicos com uma idade média de apenas 27,8 anos.

“Os oftalmologistas há muito sabem que atividades que diminuem a  taxa de intermitência normal de piscadas podem aumentar a prevalência da síndrome do olho seco. Por exemplo, longas horas gastas em um computador, é um fator de risco bem estabelecido para o olho seco”, afirma o oftalmologista Virgílio Centurion, diretor do IMO, Instituto de Moléstias Oculares.

Mas o uso de dispositivos digitais não é a única atividade que reduz a taxa de intermitência, levando ao olho seco. “Um estudo, realizado no Western National Medical Center, descobriu que os residentes de especialidades cirúrgicas estão igualmente expostos aos fatores de risco, incluindo a diminuição da taxa de intermitência, que causa danos à superfície do olho”, afirma a oftalmologista Sandra Alice Falvo, que integra o corpo clínico do IMO.

De acordo com o estudo, as salas de operação são ambientes de ventilação fechados nos quais os cirurgiões e outros membros da equipe realizam atividades que exigem concentração e fixação intensas em detalhes, como o uso de um microscópio.

“A presença de residentes cirúrgicos na sala de operação torna-os suscetíveis ao desenvolvimento do olho seco, devido às condições ambientais a que estão expostos, o que causa desconforto ocular. Essa condição afeta a qualidade de vida e o desempenho dos residentes, devido aos sintomas irritativos, à modificação da função visual e aos efeitos sobre a saúde geral e o bem-estar”, explica Sandra Falvo.





IMO, Instituto de Moléstias Oculares.


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