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sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

Verão exige cuidado extra com os pets


Veterinária de Jundiaí explica que casos de hipertermia, alergias e doenças virais aumentam nessa época e que a falta de atenção dos tutores pode levar os animais à óbito




A estação mais quente do ano está se aproximando. Nesta época, os animais podem sofrer com as altas temperaturas e também com doenças como a parvovirose, cinomose e doença do carrapato.

O principal cuidado com os animais na época mais quente do ano é com a hipertermia que as altas temperaturas podem ocasionar. “Quando a temperatura corporal do animal se eleva muito pode descompensar o organismo”, explica Julia Oliveira Camargo, médica veterinária e proprietária do Hospital Veterinário Dog Saúde, localizado em Jundiaí-SP. 

Os animais também sentem calor, assim como os seres humanos. Em alguns casos, quando eles têm pelos longos, sentem ainda mais. De acordo com a veterinária, cães e gatos fazem a troca de calor pelas extremidades, como pela boca e pela língua, por exemplo. “Por isso, caso o seu animal fique muito ofegante, fique atento e tire-o do sol imediatamente”, esclarece.

Julia reitera que para evitar o problema, os passeios devem ser feitos sempre até às 10h da manhã ou após as 16h. “Se você for passear com seu cãozinho em ruas asfaltadas, coloque antes a mão no asfalto e verifique se não está muito quente para a pata dele”, explica. Isso porque o asfalto quente pode machucar e queimar o coxim do animal. “Muitas pessoas nem percebem isso, o que é extremamente arriscado para os pets”, diz.

Segundo ela, em casos extremos, a hipertermia pode causar até a morte dos animais. Raças braquicefálicas como Pug, Bulldog Francês, Bulldog Inglês e Boston são as que sofrem um risco maior. 

“Para que o animal possa se hidratar frequentemente, ele deve ter fácil acesso à água fresca”, reitera a especialista.  Animais com muito pelo e braquicéfalos são os que possuem maior dificuldade para trocar calor e por isso são mais propensos a ter desidratação. Nesses casos, além da água, potes de água com gel, ventilador e tapetes gelados são indicados para refrescar e trazer mais conforto.




Tosar e proteger

A médica veterinária sugere que os tutores levem seus animais para tosar, pois isso pode ajudar na retenção do calor. Além disso, é preciso ficar atento com os animais com pelagem muito branca no sol, pois possuem alto risco de câncer de pele. “Para evitar o problema, assim como os humanos, eles devem usar protetor solar na pele.”, destaca Julia.


Alergias e doenças virais

No verão as doenças virais, como parvovirose e cinomose, também aumentam significativamente. “Os tutores devem ter clareza de que essas doenças podem ser evitadas se os animais estiverem vacinados”, destaca a proprietária do Hospital Dog Saúde. 

“Ao contrair uma doença viral como essas, os animais correm o risco de serem levados à óbito; por isso a prevenção é tão importante”.


Doença do carrapato

O Brasil é um país tropical, com um ambiente muito favorável para a propagação de pulgas e carrapatos. O clima do país, especialmente no verão, contribui para o surgimento de doenças como a erliquiose e babesiose (conhecida popularmente como “doença do carrapato”).

O carrapato pode ser contraído no momento em que os cães saem para passear, quando vão aos parques, hotéis para cachorro ou mesmo para o banho e tosa. “O que muitas pessoas não sabem é que os sintomas podem demorar a aparecer no animal, pois a doença pode ficar apenas incubada e se manifestar em até 2 anos após a picada”, explica Julia.

A veterinária conta que, por isso, o diagnóstico precisa ser rápido, para que seja possível tomar as ações necessárias para o tratamento. “Exames de sangue como hemograma e PCR são indicados para diagnosticar a doença”, diz. 



Sintomas como tristeza, apatia e inapetência são alguns dos mais comuns. “Se você perceber que o seu pet anda mais triste e quieto, leve-o ao veterinário”, indica a veterinária. O tratamento após o diagnóstico da doença é por uso de antibiótico e medicação suporte durante 28 dias consecutivos.

A doença do carrapato é bastante comum e pode matar. “Por isso sempre preste atenção aos sintomas para que ela seja descoberta o mais rápido possível”, enfatiza a profissional.





Julia Oliveira de Camargo (CRMV 38.373) - Médica Veterinária pela Universidade Anhembi Morumbi e proprietária do Hospital Veterinário Dog Saúde, localizado em Jundiaí-SP (http://dogsaudejundiai.com.br

 

Adoção responsável: cães e gatos exigem cuidados essenciais com a saúde ao ganharem um novo lar


Veterinária dá dicas das primeiras medidas a serem tomadas para garantir o bem estar do pet que será levado para casa


Optar por adotar um animal é uma das atitudes mais importantes para diminuir o número exorbitante de cães e gatos abandonados e sujeitos a mal tratos em todo o país. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), existem mais de 30 milhões de animais abandonados vivendo nas ruas do Brasil. Destes, mais de 20 milhões são cachorros. Porém, é crucial que a adoção seja responsável e ofereça os cuidados básicos e fundamentais para assegurar o bem estar do animal e também dos membros da família.

De acordo com a médica veterinária da Esalpet, Leocádia Chalita de Lima, o primeiro passo para quem acabou de adotar um pet é providenciar o controle de pulgas e carrapatos e a vermifugação dos animais. “São medidas fundamentais para garantir o conforto do pet e prevenir diversos tipos de zoonoses, doenças que podem ser transmitidas dos animais para os seres humanos”, explica a especialista. Para garantir a saúde de cães e gatos adotados, é fundamental também que o dono certifique que o animal recebeu todas as vacinas necessárias. “Somente o esquema vacinal completo confere a imunização do animal deixando-os livres de doenças infectocontagiosas e com boa qualidade de vida”, esclarece.

Outro cuidado primordial que contribui com o aumento da expectativa de vida dos animais é a castração. Segundo a profissional, o procedimento cirúrgico colabora não só com o controle de reprodução animal mas também protege de futuras doenças no aparelho reprodutivo como tumores e infecções. “A castração é recomendada tanto para fêmeas quanto para machos a partir dos 6 meses de idade, lembrando que nas fêmeas o procedimento deve ser realizado antes do primeiro cio”, detalha a especialista.
Para completar, a médica veterinária lembra que outros cuidados básicos podem fazer toda a diferença para a saúde e bem estar dos pets. “Garantir uma alimentação regrada e balanceada, procurar um veterinário a qualquer sinal ou mudança de comportamento e manter a higiene em dia sem dúvida vão garantir uma adaptação muito mais sadia e tranquila para o cão ou gato em um novo lar”, completa Leocádia Chalita de Lima.
 

Pets criados em espaços pequenos: dicas e cuidados


Recreação e atividades lúdicas auxiliam no controle da ansiedade; Animais podem desenvolver fobias e transtornos emocionais


Residir em apartamentos e casas pequenas é algo comum nas grandes cidades e os pets precisam acompanhar seus tutores nesse novo costume. A adaptação a ambientes reduzidos exige uma série de cuidados, a fim de evitar riscos como obesidade e transtornos emocionais. A principal dica é induzir a prática de exercícios físicos, seguindo uma rotina de acordo com o tipo e a raça do animal. No caso de cachorros de grande e pequeno porte, é fundamental levá-los para passear de uma a duas vezes por dia e, se possível, aproveitar o momento para estimular o contato com outros animais.

Já os gatos, embora sejam aparentemente bem diferentes, seguem com a mesma prática, já que qualquer pet pode desenvolver fobias e depressão se permanecerem por muito tempo trancados dentro de casa. Inclusive, quando acostumados desde pequenos, os felinos adquirem o hábito de passear com seus donos sem medo ou agressividade.

Por fim, mas não menos importante, outra dica é incluir na rotina brinquedos e exercícios lúdicos, que ajudam no alívio do estresse. Com o dia-a-dia corrido, muitos tutores não encontram tempo para essas necessidades básicas dos animais e uma das apostas é deixá-los em creches apropriadas, que contam com programação e atividades que estimulam a interação com outros bichos, o que é fundamental para o processo psicológico do animal.  





 Animal Place
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