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terça-feira, 4 de dezembro de 2018

A reforma do Código Comercial e o Agronegócio


Está para votação, pela Câmara dos Deputados, o relatório do Projeto de Lei nº 1.572/2011, de relatoria do Deputado Vicente Cândido da Silva, que tem o condão de instituir novo Código Comercial.

Sem adentrar no mérito da necessidade de novo diploma comercial, considerações devem ser feitas quanto ao tratamento concedido ao Direito do Agronegócio pelo Projeto de Lei, que poderá implicar em verdadeiro retrocesso à disciplina jurídica e à própria atividade econômica que esta pretende tutelar – a atividade agrária.

O primeiro ponto a ser ressaltado é a própria inclusão do Direito do Agronegócio como parte integrante do Direito Comercial. Diferentemente das demais atividades empresariais, as atividades agrárias possuem uma peculiaridade, que é serem ditadas pelo fato natural, cuja influência deve ser determinante das relações jurídicas.

Essa especialidade, reconhecida pelo direito estrangeiro mais moderno, não foi reconhecida no Projeto do Novo Código Comercial. O agronegócio, no entanto, necessita de regime jurídico próprio para se adequar a essa realidade empresarial de duplo risco, o normal da atividade econômica e o especial, do ciclo biológico vegetal ou animal, de que se aproveita o empresário para a sua finalidade produtiva.

Na forma prevista pelo projeto, o Direito do Agronegócio é considerado como subespécie do Direito Comercial apenas no que diz respeito aos seguintes aspectos:


a. Contratos de financiamento e títulos de crédito destinados a financiamento da produção, comercialização, beneficiamento e/ou industrialização de produtos ou insumos agropecuários, bem como máquinas e implementos utilizados na atividade rural;


b. Precificação dos contratos, que poderão ser, inclusive, fixados em moeda estrangeira, contrariando a regra geral;


c. Cédula de Produto Rural (“CPR”) e outros títulos de créditos passam a ser regulados pelo Código Comercial, superando as legislações específicas;


d. Princípios aplicáveis ao agronegócio, a serem observados na solução de conflitos judiciais e interpretação dos negócios jurídicos celebrados;


e. Finalidade econômica do agronegócio, que deverá ditar a intervenção jurisdicional na solução de conflitos de interesses;


f. Alocação de riscos na cadeia agroindustrial, com limitação da possibilidade de revisão dos pactos e de repasse de riscos para a parte contratante mais vulnerável economicamente.


As relações elementares do agronegócio com a atividade de criação de animais, cultivo de vegetais e aproveitamento da terra, por outro lado, que representam os principais contratos de organização do setor e cuja regulamentação pelo estatuto da terra mostra-se absolutamente superada, foram temas omitidos pelo legislador, sem os quais não se poderá falar jamais de um direito do agronegócio pleno.

A par de todas as críticas que se pode fazer ao projeto de novo Código Comercial, portanto, especialmente quanto ao Direito do Agronegócio, a aprovação da redação é um erro, não só pelas falhas de regulamento, mas pela omissão de princípios, preceitos e definições essenciais para a modernização das relações jurídicas empresariais do agronegócio. A principal atividade econômica para o desenvolvimento no País merecia um tratamento melhor.








Nina Chaim Meloni - Advogada Especialista em Direito Ambiental; e Francisco de Godoy Bueno, sócio do Bueno, Mesquita e Advogados; e Vice-Presidente da Sociedade Rural Brasileira


WRBR 2018: bancos devem responder às expectativas dos clientes e a ameaça das BigTechs e FinTechs

Consumidores estão cada vez mais abertos aos players não tradicionais e os bancos de varejo precisam colaborar com seus competidores para personalizar a experiência do cliente

 
Paris - Além dos desafios tradicionais, os bancos de varejo em todo o mundo agora enfrentam o impacto pesado de novas formas de concorrência, tais como o ecossistema dos bancos abertos, as tecnologias emergentes e as crescentes expectativas dos clientes. Estes são os principais destaques do World Retail Banking Report 2018 (WRBR2018), tradicional Relatório Mundial de Bancos de Varejo, cuja nova edição foi lançada pela Capgemini e a Efma.

O relatório revela também que:

• A satisfação é baixa: apenas a metade dos clientes afirmou ser positiva a experiência nos diferentes canais do seu atual banco – 51,1% nas agências, 46,9% pelo smartphone e 51,7% pelo Internet banking -, apesar dos investimentos contínuos realizados pelas instituições;

• Os consumidores estão abertos às BigTechs: quase um terço dos clientes (32,3%) considera comprar produtos e serviços financeiros das BigTechs, incluindo-se aqui os 43% dos entrevistados pertencentes a Geração Y, 53% dos tech-savvy[1] (consumidores intensivos de tecnologia) e 70,2% daqueles que já estão propensos a mudar seu provedor principal;

• A personalização é a chave: a satisfação é nitidamente maior entre clientes que pró-ativamente receberam experiências digitais personalizadas (49,1%) em comparação com aqueles que não as receberam (39,5%).

A pesquisa também ouviu executivos do setor bancário em relação às principais causas da disrupção da indústria. O fator mais citado foi o aumento das expectativas dos clientes, com sete em cada dez executivos (70,8%) afirmando que experiências positivas em outras atividades fazem com que os clientes, agora, esperem mais de seus bancos. A maior parte dos executivos (58,3%) também disse que a pressão regulatória é uma importante causa da disrupção, enquanto 54,2% identificaram a crescente demanda por canais digitais como um fator relevante.

E, conforme os negócios entre indústrias tradicionalmente diferentes começam a se fundir, os bancos passam a enfrentar uma concorrência cada vez maior, especialmente de companhias não tradicionais que focam áreas de nicho da cadeia de valor do setor bancário. Além disso, o aumento da digitalização e a explosão de novas tecnologias estão mudando rapidamente os modelos de trabalho das instituições bancárias.

“Com FinTechs, BigTechs e outras companhias não tradicionais do setor financeiro encontrando seu lugar no mercado, o termo “banco de varejo”, hoje, se refere a tudo o que trata da experiência do cliente ao interagir com sua instituição financeira”, explica Anirban Bose, CEO da Unidade de Negócios Estratégicos de Serviços Financeiros da Capgemini. “À medida que um novo ecossistema aberto - composto por clientes, bancos tradicionais, companhias não tradicionais, reguladores e desenvolvedores - toma forma, há uma clara oportunidade para que os bancos alavanquem a transformação digital, de modo que sejam capazes de manter seus relacionamentos com os clientes ao reinventar a jornada do usuário e criar novos fluxos de receita”.

Apesar da realidade de regulamentação crescente, concorrência não tradicional, tecnologias emergentes e expectativas do cliente, os bancos não estão impotentes no que se refere a usar a mudança em proveito próprio. Uma significativa maioria dos executivos do setor bancário (70,8%) acredita que pode "gerar receitas não tradicionais" por meio da colaboração com os provedores FinTech e BigTech, seja para desenvolver um novo serviço ou para distribuir produtos de terceiros por meio de uma plataforma de mercado. A maior parte dos bancos acredita que há oportunidades inexploradas para se fazer um uso mais estratégico dos dados, visando à melhoria da experiência do cliente. Os executivos planejam usar tais informações para criar jornadas de usuários mais tranquilas (87,5%), desenvolver preços baseados em relacionamentos (75,0%), recompensas de fidelidade (58,3%) e criar produtos e serviços para o ciclo de vida de clientes (54,2%).

“A indústria de bancos de varejo está em um ponto de inflexão e precisa determinar seu papel, avançando no ecossistema das FinTechs. Há oportunidades para inovar por meio da colaboração e da reinvenção. É um momento empolgante para o setor, já que a regulamentação, a inovação, a concorrência e a colaboração se fundem para criar o banco do futuro”, afirmou Vincent Bastid, Secretário-Geral da Efma.


Metodologia do relatório

A edição deste ano do World Retail Banking Report traça as perspectivas atuais e a evolução potencial dos bancos tradicionais em meio ao contínuo surgimento de novos agentes, tais como as BigTechs e as FinTechs, no setor de serviços financeiros. O Relatório apresenta dados de uma pesquisa global que reúne entrevistas de mais de 10 mil clientes de varejo em 20 países, além de entrevistas com 60 executivos seniores de grandes bancos, em 23 mercados.
www.worldretailbankingreport.com.



Capgemini
https://www.capgemini.com/br-pt/. People matter, results count.
 


  



[1] Clientes que frequentemente usam canais on-line e móveis para realizar transações como compras de produtos eletrônicos, roupas, alimentos e mantimentos, para pagar contas, etc. São classificados como intensivos usuários de dispositivos tecnológicos. Os tech-savvys cruzam todas as gerações.


O que fazer para diminuir o consumo de combustível no seu seminovo? especialista ensina 5 truques


 Preço médio chegou a atingir recorde de R$ 4,72 nos postos do Brasil, mas diminuiu para cerca de R$ 4,55 nas últimas semanas, valor que ainda assusta motoristas

Especialista de carros afirma que maus hábitos ao volante podem fazer o carro “beber” mais, além de diminuir a vida útil do veículo


O preço da gasolina caiu 3,5% nas últimas semanas de acordo com dados divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gas Natural e dos Biocombustíveis (ANP). O valor médio por litro passou de R$ 4,72 em setembro para R$ 4,55 nas últimas semanas, mas ainda afeta o bolso dos motoristas brasileiros.

Em razão disso, os motoristas estão cada vez mais em busca de novas formas para economizar - seja com gasolina, etanol, diesel e até gás gnv. De acordo com Fabio Pinto, especialista em carros e CEO da Carflix (www.carflix.com.br), startup que conecta compradores e vendedores de seminovos selecionados, não existe mágica na hora de economizar o combustível, mas alguns maus hábitos e a falta de cuidado pode fazer o carro “beber” mais. “Dirigir de maneira correta, ter a manutenção em dia e tomar cuidado ao escolher o combustível na hora de abastecer são regras básicas, mas acima de tudo quem dirige precisa conhecer seu carro. É sempre importante destacar que cada modelo de carro possui características próprias e o motorista precisa ficar atento a todas eles”, explica.

O especialista separou 5 truques que podem ajudar os motoristas a pouparem dinheiro nas próximas paradas no posto. 


Cheque a calibragem dos pneus

Pode parecer que uma coisa não tem nada a ver com a outra, porém, o consumo de combustível está relacionado também com a calibragem errada dos pneus. É necessário ficar atento já que o seu carro pode não estar com a pressão recomendada pelo fabricante. Se você roda por estradas em mau estado de conservação, o ideal é conferir a calibragem pelo menos a cada 15 dias ou semanalmente. Pneus com pressão 10% abaixo do recomendado podem aumentar o consumo de combustível entre 6% e 10%, dependendo das características do veículo.

Além disso, muito peso também colabora para o consumo de combustível. Se o seu carro está pesado com bagagens e passageiros é essencial calibrar os pneus.


Mantenha o filtro de ar limpo

O uso do ar condicionado é um dos principais vilões do consumo de combustível. É importante verificar se o filtro de ar está sujo ou se precisa ser substituído. Em alguns casos, a falta de manutenção do filtro é o que reduz o fluxo de ar, gerando uma compensação que injeta mais combustível - esse aumento no consumo pode chegar a até 8%. Siga a quilometragem indicada pelo fabricante para a substituição do filtro de ar.


Fique de olho no local que abastece

A adulteração de combustível pode provocar graves danos no motor do seu carro e também aumentar o consumo de combustível do veículo. Dependendo do tipo de adulteração, o motorista só vai perceber algum problema ao checar a média de consumo no computador de bordo ou quando for abastecer novamente. Abasteça apenas em postos de confiança. Nem sempre o menor preço é a melhor opção.


Verifique a bobina de ignição

A bobina é responsável por gerar a corrente para as velas, que produzem a faísca que dará início a queima de combustível. Quando está com defeito, esse acessório pode causar perda de potência e consumo exagerado. O consumo aumenta porque não há tensão suficiente para queimar o combustível, e para compensar isso mais combustível será injetado.


Fique atento ao seu hábito de dirigir

Procure trocar a marcha em rotações mais baixas, sem forçar o motor em situações desnecessárias. A prática de andar com em ponto morto não é uma das formas de economia. Ande sempre com o carro engrenado, mesmo em descidas, para melhorar o consumo.






Carflix



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