Divulgação Rafaela Furlan e Claudia Waldmann |
Qual imagem você quer ter do seu filho ou filha quando adulto? Muito provavelmente como uma pessoa autoconfiante, independente e feliz com as próprias escolhas, sendo capaz de estabelecer fortes laços com outras pessoas.
Para isso, as soft skills precisam ser
desenvolvidas desde a infância. Essas habilidades são um conjunto de
características do comportamento que ajuda pessoas a se comunicarem melhor,
terem uma autogestão das emoções, resolverem conflitos, tomarem boas decisões e
entenderem de forma construtiva diferentes pontos de vista.
Habilidades focadas no comportamento, elas são
essenciais, em grande parte, para o sucesso interpessoal e profissional. De
acordo com um estudo do Stanford Research Institute e Carnegie Mellon
Foundation, 85% do sucesso nos negócios a longo prazo depende de soft skills bem desenvolvidas e
apenas 15% de habilidades técnicas.
Mas por que adaptar um conceito tão comum do
mercado de trabalho para o universo infantil? O mundo está mudando rápido
demais e precisamos encontrar ferramentas para nos adaptarmos.
Na era da depressão e do burnout, as soft skills
são uma peça-chave para que as crianças consigam se adaptar melhor a este
ecossistema em constante mudança sem prejudicar seu estado mental. Mas primeiro
é necessário determinar quais habilidades interpessoais as crianças precisam. Alguns
exemplos: mentalidade de crescimento para focar em soluções; coragem e autoconfiança
para enfrentar situações de insegurança; autoconhecimento para entender suas
próprias emoções; gentileza e empatia para se conectar com outros.
E o que os pais podem fazer dentro de casa para
incentivar essas habilidades? O principal é o exemplo. Comece a prestar
atenção nas suas próprias atitudes como referência para a criança: imagine uma
situação de estresse durante um passeio de final de semana, você respira ou explode?
Aqui, já estamos falando da inteligência emocional.
Mais um exemplo: imagine que algo não saiu como
planejado. Como você lida com essa situação? Você reclama e não tenta achar
outra solução ou enxerga aquela situação como oportunidade para buscar um
caminho diferente? Agora estamos falando da mentalidade de crescimento.
Outras vivências que podem ajudar no
desenvolvimento são os esportes coletivos e individuais: observe como a criança
lida com as frustrações e recompensas, como ela desenvolve a empatia pelos
colegas em um momento de pressão e, principalmente, como encontra soluções.
Por fim, existem os livros: busque histórias que inspirem atitudes, que expliquem suas emoções e os ajudem a realmente enxergar suas características como superpoderes. Sem dúvidas, teremos uma geração muito mais empática e autoconfiante no futuro.
Rafaela Furlan - administradora de empresas, pós-graduada em Marketing, empreendedora e mentora de soft skills. Publicou o livro “O polvo das pernas coloridas” em coautoria com a educadora parental Claudia Waldmann para desenvolver habilidades comportamentais na infância
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