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quinta-feira, 31 de agosto de 2017

A esperança vive!



Segundo relatório recentemente divulgado pela Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), o deslocamento forçado de pessoas em todo o mundo, causado por guerras, violência e perseguições, atingiu em 2016 o número mais alto já registrado em todos os tempos. São 65,6 milhões de pessoas que tiveram de fugir de suas casas, cidades e países.

Brasileiro que emigrou para os Estados Unidos, fiquei muito tocado pelas estatísticas relativas aos refugiados. Já não é fácil deixar seu país em condições boas como as que vivenciei ao mudar em 2014 para a cidade de Coral Gables, onde fui bem recebido na Universidade da Flórida, no mercado de trabalho e na comunidade. Embora perfeitamente integrado, são inevitáveis alguns acessos de banzo, este sentimento atávico que herdamos da alma e da inigualável cultura africana, essência de nosso jeito único de sentir saudade.

Fico imaginando, então, o quanto deve ser penosa para as famílias de refugiados a experiência de uma abrupta mudança, sem terem se preparado para isso, movidas unicamente pela emergência de sobreviver. Essas pessoas desembarcam em nações distantes de sua terra, sem emprego, sem falar o idioma e sem perspectivas. Merecem, portanto, gestos nobres de solidariedade, fraternidade e atenção, para que possam reconstruir suas vidas e exercitar de modo pleno as prerrogativas da cidadania.

Nesse contexto, são preocupantes e devem ser rejeitadas as manifestações de xenofobia que parecem surgir de modo pontual em alguns países. É algo a ser contido no nascedouro! Com certeza, o preconceito, a intolerância e a discriminação de etnia, gênero, sexo, credo e ideologia não fazem parte da agenda a ser cumprida na busca de um mundo melhor. A pauta do Planeta está muito bem definida nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, que visam mitigar a miséria, melhorar a saúde, a educação e a qualidade da vida e combater as desigualdades.

Felizmente, num contraste com manifestações xenofóbicas isoladas, parece haver crescente sentimento universal sobre a importância do acolhimento e da interação harmoniosa entre todos os seres humanos. Como brasileiro e, agora, habitante dos Estados Unidos, sou um privilegiado no tocante à convivência em sociedades pluralistas. Meus dois países e, de modo ainda mais acentuado, meus dois Estados — São Paulo e Flórida — têm em comum uma forte presença de imigrantes e a convivência pacífica e fraterna de pessoas diferentes, mas unidas sob os ideais de liberdade, oportunidades de trabalho e respeito aos direitos e deveres de todo cidadão.

Tais virtudes, tão presentes nas Américas, renovam a cada dia as perspectivas de que o mundo possa superar a inusitada crise de refugiados e buscar soluções para os conflitos que seguem causando mortes, miséria e deslocamentos populacionais. A esperança está viva nas pessoas e povos de boa vontade! 





Emilio Bonduki - mestrando em Gestão de Negócios Criativos pela Universidade da Flórida, é Consultor de Moda e Negócios para The Webster, em Miami,





Kaspersky Lab alerta: hackers exploram vulnerabilidade do Instagram para obter informações pessoais de usuários



Pesquisadores da companhia fornecem detalhes técnicos do exploit


Como reportado pelo Instagram ontem (30/8), cibercriminosos exploraram um bug da rede social que permitia que eles roubassem perfis de usuários do Instagram, incluindo celebridades. Os pesquisadores da Kaspersky Lab perceberam o bug e notificaram o Instagram na terça-feira, dia 29 de agosto, e compartilharam uma breve análise técnica com a rede social.

Os pesquisadores descobriram que a vulnerabilidade existe na versão móvel 8.5.1 do Instagram, lançada em 2016 (a versão atual é 12.0.0). O processo de ataque é relativamente simples: usando o aplicativo desatualizado, o atacante seleciona a opção redefinir senha e captura a solicitação usando um proxy web. Eles então selecionam uma vítima e enviam uma solicitação ao servidor do Instagram carregando o identificador ou nome de usuário exclusivo do alvo. O servidor retorna com uma resposta JSON com as informações pessoais da vítima, incluindo dados confidenciais, como e-mail e número de telefone.

Os ataques são bastante intensivos no quesito mão-de-obra: cada um deve ser feito manualmente, uma vez que o Instagram usa cálculos matemáticos para evitar que os invasores automatizem o formulário de solicitação.

Os hackers foram vistos em um fórum clandestino, negociando credenciais pessoais por perfis de celebridades na rede social.

“É muito importante que usuários de redes sociais usem todos os recursos de segurança oferecidos pelas plataformas a seu favor, a fim de dificultar ainda mais ataques como esse. Recursos como a dupla autenticação, alertas de logins desconhecidos, uso de senhas únicas, são boas práticas recomendadas a todos”, afirma Fabio Assolini, analista sênior de segurança da Kaspersky Lab no Brasil.

A Kaspersky Lab aconselha que usuários que ainda utilizam versões antigas do software as atualizem imediatamente para a versão mais recente disponível. Outras dicas úteis para se manter seguro em mídias sociais incluem o uso de endereços de e-mail diferentes para diferentes plataformas sociais, relatando quaisquer preocupações ou irregularidades para a rede social. E, acima de tudo: se você receber e-mails sobre uma restauração de senha que você não iniciou, alerte a rede social imediatamente.





Kaspersky Lab





Depressão no trabalho: o mal do século



 De acordo com a OMS, até 2020, a depressão será a maior causa de afastamento do trabalho, no mundo


Segundo a Organização Mundial de Saúde – OMS, até 2020, a depressão será a maior causa de afastamento do trabalho, no mundo. No Brasil a situação é gravíssima e clama por atenção dos envolvidos. Informações colhidas junto ao site do Senado Federal, revelam que a depressão é hoje a segunda causa de afastamento do trabalho no território brasileiro, só perdendo para as Lesões por Esforço Repetitivo (LER), também denominados Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT). 

Conhecida como o mal do século, a depressão é responsável por retirar do mercado de trabalho milhares de profissionais todos os anos. No ano passado, 75,3 mil trabalhadores foram afastados em razão do mal, com direito a recebimento de auxílio-doença em casos episódicos ou recorrentes. Eles representaram 37,8% de todas as licenças em 2016 motivadas por transtornos mentais e comportamentais, que incluem não só a depressão, mas também o estresse, a ansiedade, os transtornos bipolares, a esquizofrenia e os transtornos mentais relacionados ao consumo de álcool e cocaína.

De acordo com Maria Inês Vasconcelos, advogada Trabalhista, especialista em direito do trabalho, uma pesquisa realizada pela Universidade de Brasília (UnB) em parceria com o Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) revela que 48,8% dos trabalhadores que se afastam por mais de 15 dias do trabalho sofrem com algum transtorno mental, sendo a depressão o principal deles. “Dentro desse enfoque, a depressão vira uma questão social, deixando de se encaixar como um problema meramente corporativo, assumindo feições de verdadeira epidemia”, explica.

Para os que não sabem, de acordo com o Art. 20 da Lei Nº 8.213 /91, a depressão pode ser incluída como doença profissional, desde que comprovado o nexo com o trabalho. Isto quer dizer que, se restar demonstrado que foi o ambiente laborativo, com todas as suas características nocivas, a plataforma disparadora da depressão ou o agravador da patologia, em determinadas circunstâncias, o patrão pode ser declarado culpado.

“Para que não paire dúvidas, os prejuízos decorrentes desses afastamentos e dessas indenizações são incalculáveis, não sem considerar que a depressão é por sua natureza, uma patologia, que tem nuances próprias, sendo a reincidência uma de suas marcas”, ressalta Maria Inês Vasconcelos.

Além de representar custos elevadíssimos para o patrão, a depressão do trabalhador causa problemas de toda ordem dentro de uma instituição, comprometendo de forma direta o resultado financeiro da empresa. É o caso dos bancos. Dentre os setores que mais produzem trabalhadores deprimidos, podemos destacar realmente os bancos brasileiros, que são realmente máquinas de adoecimento, na medida em que levam seus funcionários ao limite emocional e físico. 

No setor bancário, a reorganização do trabalho, aceleração tecnológica, a onda de privatizações, fusões e programas de demissão incentivada, acrescidos pela pressão para o atingimento de metas, as longas jornadas, e constante medo do corte demissional, bem como assédio, são as principais causas da depressão. Pode-se dizer, que os bancos fabricam deprimidos.

Para os especialistas, que ainda engatinham na solução desse problema, os programas de qualidade de vida adotados pelas empresas poderiam atenuar os casos de doença e ajudar no processo, seja na forma de suporte necessário ao funcionário deprimido seja pela prática de ações gerais de prevenção à saúde e melhoria do bem-estar. 





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