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segunda-feira, 4 de abril de 2016

Família contribui para obesidade infantil





Considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) um dos maiores problemas de saúde pública da atualidade, a obesidade infantil acarreta diversas consequências e expõe uma delicada questão social: o hábito alimentar incorreto da própria família, na maioria das vezes, está por trás da doença.

Segundo a endocrinologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Sandra Mara Ferreira Villares, a criança é um reflexo dos hábitos da família. “Para dar um bom exemplo de alimentação, todos devem comer corretamente. Não adianta a mãe organizar a refeição do filho e outros parentes trazerem docinhos para agradá-la. Muitas vezes, a alimentação inadequada é confundida com “dar amor”, explica.

Dados recentes divulgados pela OMS apontam que 41 milhões de crianças com até 5 anos de idade sofrem de obesidade ou estão com sobrepeso em 100 países. A projeção é que, em 2025, este número chegue a 75 milhões.

O problema é tão sério que pode levar a criança obesa a apresentar a complicações sociais e psicológicas, apneia do sono, doenças pulmonares obstrutivas e no futuro coronariana, além de diabetes tipo 2, hiperlipidemia (aumento de gordura no sangue) e esteatose, (aumento de gordura no fígado ), também faz parte da complicação da obesidade .

Para a médica, na alimentação, o mais prudente para prevenir a doença é fazer a criança ingerir leite, frutas e sucos sem adição de açúcar. Outro fator importante é ter atenção a quantidade e qualidade dos alimentos, sobretudo em relação aos considerados inadequados, como lanches, salgadinhos, doces e produtos industrializados.

A prática de atividades físicas, esportes e brincadeiras assume função primordial no controle do peso dos baixinhos. “Incentivar as crianças a praticar exercícios físicos é um bom modo de fazê-las ‘queimar as gordurinhas’, desde que sejam feitos com bom senso”, orienta a endocrinologista, que não aconselha o crossfit para a garotada. 



Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos pelo quinto ano consecutivo em 2015.
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Brasil apresentará nesta semana, no Uruguai, pesquisa propondo eliminar a vacinação contra a febre aftosa




O presidente do Grupo Interamericano para Erradicação da Febre Aftosa–GIEFA, Sebastião Guedes, viaja nesta semana para Punta del Este (Uruguai) para participar do encontro  da Comissão Sulamericana de Luta contra a Febre Aftosa. Entre os dias 7 e 8, os líderes dos criadores e autoridades sanitárias do continente irão avaliar os atuais índices de incidência da aftosa nos principais países detentores de rebanhos bovinos da América do Sul.


Na oportunidade, Guedes, que também é o vice-presidente do CNPC – Conselho Nacional da Pecuária de Corte, vai apresentar uma pesquisa iniciada em novembro último durante o fórum “2020 – O Futuro do Brasil sem Aftosa”, realizado em São Paulo com a presença de quase uma centena de representativas entidades da agropecuária brasileira e de lideranças do setor privado do Paraguai e Bolívia.


A referida pesquisa, cuja tabulação foi encerrada em Março, aponta que mais de 90% dos pesquisados desejam o fim progressivo da vacinação dos plantéis nacionais até 2020, pois consideram que a aftosa já está praticamente erradicada na maior parte do País e que, sem a vacinação, os pecuaristas poderão expandir as receitas com seus rebanhos e fazer com que se tornem mais competitivos no mercado mundial de carne bovina  no chamado “segmento ou circuito  não-aftósico”. Atualmente, o Brasil não participa desse mercado, hoje avaliado em U$ 12 bilhões, devido à insegurança dos países importadores – como Japão, Coréia do Sul, Singapura, México, Estados Unidos e Canadá entre outros – que não compram carne resfriada ou congelada de países que ainda usam a vacinação, pois têm dúvidas sobre a ocorrência  da aftosa no gado vacinado.


O Brasil pode seguramente ampliar a área livre de aftosa sem vacinação, pois 84% do nosso rebanho estão em estados de 10 a 22 anos sem ocorrência de focos. A vacinação pode ser retirada principalmente por áreas dos circuitos pecuários ou por redução em faixas etárias dos rebanhos. A expansão da área sem vacinação deverá também ampliar as exportações de carne suína para atraentes mercados importadores, onde o Japão ocupa grande destaque.


Pesquisas conduzidas pelo PANAFTOSA demonstram ausência de circulação viral no nosso continente. Para Guedes, hoje, a maior preocupação do setor pecuário é com a brucelose, raiva bovina, clostridioses   e outras doenças infecto contagiosas, e bem menos com a aftosa.

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