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domingo, 7 de dezembro de 2025

O que é mito, o que é verdade e quando NÃO fazer harmonização, botox e procedimentos corporais


Com a chegada das festas de fim de ano, cresce a corrida por procedimentos estéticos capazes de oferecer resultados rápidos para quem deseja estar “no seu melhor” nas festas de final de ano. Assim, a procura por harmonização facial, botox, drenagens e técnicas corporais disparam entre novembro e dezembro — mas nem tudo o que viraliza nas redes é seguro, eficaz ou indicado para todos.

De acordo com Segundo o cirurgião plástico Dr. Leandro Gregório, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, o desejo por mudanças imediatas pode levar muitos pacientes a decisões precipitadas, especialmente influenciadas por trends de beleza. “As pessoas chegam pedindo ‘efeito festa’ ou ‘resultado em três dias’. Mas cada procedimento tem limites biológicos e riscos que precisam ser respeitados”, afirma. 


O que é moda, o que funciona e o que evitar em procedimentos estéticos

VERDADE: Botox é excelente para suavizar rugas — mas não muda formato de rosto

O botox (toxina botulínica) reduz contração muscular e melhora linhas de expressão, mas não afina o rosto, não aumenta lábios e não substitui preenchimento.

“Quando usado para finalidades que não são suas, os resultados ficam artificiais e podem comprometer expressões naturais”, explica o especialista.

MITO: Harmonização facial entrega transformação imediata com zero risco

Preenchedores podem melhorar contorno, volume e simetria, mas carregam riscos como inchaço, assimetria e, em casos raros, obstrução vascular.
Além disso, exageros são um problema crescente.
“O que vemos nas redes é um padrão muito distante do natural. Harmonizar não é transformar o rosto — é equilibrar”, destaca o cirurgião.


REVERSIBILIDADE: nem sempre é tão simples quanto parece

Preenchedores de ácido hialurônico são reversíveis com hialuronidase, mas isso não significa que o processo é trivial.
E preenchedores permanentes NÃO são reversíveis.
“A pressa por resultado rápido é inimiga da segurança”, reforça.


Drenagem linfática funciona — para o que se propõe

É eficaz para reduzir inchaço e melhorar sensação de leveza, mas não emagrece.
“O corpo retém mais líquido após noites mal dormidas, álcool e excesso de sal. A drenagem ajuda a reorganizar esse fluxo linfático.”


Radiofrequência melhora tônus da pele

Indicada para flacidez leve, estimula colágeno e ajuda no contorno corporal, mas não substitui cirurgias.


Lipo HD X Lipo tradicional: qual é a diferença?

O médico conta que a lipo HD define músculos e esculpe linhas anatômicas, a lipo tradicional reduz volume, mas nenhuma delas é “tratamento de emergência”. “Cirurgia exige tempo de recuperação, semanas sem sol e acompanhamento rigoroso. Não é procedimento para véspera de festa”, reforça.


Quando NÃO fazer procedimentos

O médico alerta que dias antes de viagens longas ou de praia não é recomendado realizar nenhum procedimento e nem quando a intenção é “compensar excessos” do ano ou quando o inchaço está acentuado por alterações hormonais intensas.


Por que o fim do ano aumenta a pressa estética?

O especialista explica que final de ano ativa fatores emocionais e sociais: fotos em família, reencontros, viagens, roupas mais leves e comparação constante com padrões irreais nas redes.

“Esse combo gera uma demanda súbita por mudanças rápidas, mas é justamente quando devemos agir com mais cautela”, diz o cirurgião que completa: “Moderação, naturalidade e segurança precisam voltar a ser padrão. O resultado bonito é aquele que respeita o tempo do corpo”.

 

Dr. Leandro de Paula Gregório - cirurgião plástico. Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Especialista pelo Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo. Graduado em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), também tem residência médica em Cirurgia Geral e do Trauma pelo Hospital Odilon Behrens, em Belo Horizonte. Atua com foco em cirurgias estéticas e reconstrutoras, com especial foco em contorno corporal, cirurgias pós-bariátricas e procedimentos estéticos e reconstrutoras das mamas e cirurgias estéticas da face. É autor e coautor de diversos trabalhos científicos apresentados em congressos nacionais e internacionais de cirurgia plástica, além de ter participado de treinamentos (fellowship) e projetos de pesquisa em instituições de destaque no Canadá (Universidade de Montréal), França (Hôpital Pitié-Salpetrière, Paris) e Estados Unidos (Children’s Hospital of Pittsburgh, Pensilvânia). Atua nos hospitais Nove de Julho, Blanc, São Luiz Itaim – Rede D’Or e Vila Nova Star.


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