Pesquisar no Blog

segunda-feira, 8 de dezembro de 2025

Linha que salva: o metrô que liga São Paulo a seus principais hospitais

Estação AACD-Servidor, da Linha 5-Lilás. Foto: divulgação interna. 

 No trajeto da Linha 5–Lilás, o metrô se tornou parte invisível da rotina hospitalar paulistana, encurtando distâncias entre casa, tratamento e esperança

 

 

Há uma linha do metrô em São Paulo cujo papel vai além de transportar passageiros: ela conecta vidas. No percurso da Linha 5–Lilás, operada pela ViaMobilidade, estão concentrados alguns dos principais hospitais da capital, públicos e privados, que recebem milhares de pessoas diariamente. Para muitos pacientes, acompanhantes e profissionais da saúde, o trajeto lilás é o elo silencioso entre o diagnóstico e a cura.

Com 17 estações e integração com as linhas 1-Azul, 2-Verde e 9-Esmeralda, a Linha 5 transporta cerca de 600 mil passageiros por dia útil. Entre eles, estão usuários em busca de atendimento no Hospital São Paulo, Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE), Hospital Santa Cruz, Hospital Edmundo Vasconcelos, AACD e Hospital do Rim — instituições de referência que, em muitos casos, têm estações praticamente à porta.

Entre esses passageiros está Daniela Fuseto, auxiliar de enfermagem do HSPE e usuária da Linha Lilás desde sua inauguração. Ela conta que passou a depender do metrô para chegar ao trabalho e a consultas na região da Chácara Klabin e AACD. “Uso a Linha Lilás desde que inaugurou a estação Vila das Belezas e, de lá para cá, só foi melhorando até chegar à AACD-Servidor. O metrô facilita muito a minha vida; tornou meu dia a dia mais leve e mais rápido”, explica. Daniela afirma ainda que a rotina no transporte trouxe novas relações: “A Linha Lilás trouxe mais tempo e mais qualidade de vida para mim, e ainda ganhei amigos nessa jornada: os agentes Márcio Rocha e Rosângela Alves. Dois queridos, simpáticos e muito atenciosos, que levarei para a vida”.

Outra história marcada pelos trilhos lilases é a de Hélio Costa Rodrigues, morador de São Mateus, na zona leste, que utiliza diariamente o metrô para realizar fisioterapia na AACD. Ele relata que o apoio dos agentes da Linha Lilás foi fundamental em momentos difíceis do tratamento. “Eu uso a Linha 5–Lilás desde 2024 e ela foi muito importante na minha vida. Os agentes da linha foram meus anjos da guarda. Passei por momentos maravilhosos, mas também por dias difíceis, em que pensei que não ia dar em nada. A equipe do agente Márcio levantou minha autoestima, e por isso sou muito grato”, afirma. Seu trajeto envolve múltiplas integrações até chegar ao centro de reabilitação: “Pego o monotrilho até Vila Prudente, depois sigo pela Linha Azul até a Chácara Klabin e, de lá, vou pela Linha Lilás até a AACD. Nessa rotina, só tenho a agradecer a toda equipe do metrô”.

Hélio Costa Rodrigues
Foto: arquivo pessoal
.

Desde o início da concessão, a ViaMobilidade vem realizando investimentos em manutenção preventiva, acessibilidade e modernização tecnológica. Entre as melhorias estão escadas rolantes, elevadores, sinalização e sistemas de orientação ao passageiro, fundamentais para quem circula com mobilidade reduzida ou acompanha pessoas em tratamento.

Segundo Antônio Márcio Barros Silva, diretor das Linhas 5 e 17, o foco da concessionária é oferecer um serviço que acolha quem depende do metrô em situações sensíveis. “Nosso compromisso é oferecer uma viagem segura, previsível e acolhedora, especialmente para quem precisa do metrô para chegar a um hospital. Mobilidade também é cuidado”, destaca.

A relação entre o metrô e os hospitais paulistanos reflete o cotidiano de uma cidade que pulsa entre a pressa e a esperança. Para Nathália Martins, gerente executiva de atendimento da ViaMobilidade, cada deslocamento carrega uma história única: “Cada passageiro que desembarca perto de um hospital carrega uma história. Uns vão trabalhar, outros vão se cuidar. Todos buscam, de alguma forma, chegar ao mesmo destino: o bem-estar”, afirma. 

Mais do que um meio de transporte, a Linha 5–Lilás se consolida como um corredor humano de solidariedade, resiliência e movimento, onde São Paulo se encontra entre o barulho dos trilhos e o silêncio das preces, sempre seguindo na direção da vida.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Posts mais acessados