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domingo, 7 de dezembro de 2025

Além do TPO, especialista alerta para outros riscos de segurança nos salões de beleza

CEO da Ruse Esmalteria, Débora Menino, alerta que clientes se preocupam com polêmicas e deixam de observar esterilização, selagem e testes aprovados pela Anvisa.

 

Enquanto a discussão sobre o uso de TPO em esmaltes domina comentários e vídeos nas redes sociais, profissionais do setor alertam que a preocupação do público pode estar direcionada para o lugar errado. A CEO da Ruse Esmalteria, Débora Menino, defende que a verdadeira ameaça à saúde não está na substância química, mas na ausência de protocolos rígidos de biossegurança nos salões de beleza. 

“Vejo muita gente apavorada com o TPO, mas não verifica se o estúdio onde faz a unha segue normas básicas exigidas pela Anvisa”, afirma Débora. “A mesma pessoa que critica o TPO fuma cigarro, come salgadinhos ultraprocessados, bebe refrigerante e esquece de observar o mais importante: se os instrumentos usados nela estão realmente esterilizados.” 

Segundo a CEO, a maior parte dos consumidores não sabe sequer o que exigir de um salão seguro. Isso abre espaço para práticas perigosas, que podem transmitir fungos, bactérias e até vírus — riscos muito mais concretos e imediatos do que os associados ao TPO. 

Débora destaca que existem sinais claros que indicam se o estabelecimento realmente segue protocolos de biossegurança:

 

Esterilização de verdade e aprovada pela Anvisa

Um salão responsável precisa possuir autoclave profissional, a única tecnologia capaz de eliminar totalmente microrganismos. E mais: a máquina deve passar por testes de eficácia, que comprovam que o ciclo de esterilização funcionou. 

“Muita gente não sabe que existe teste para verificar se a esterilização realmente aconteceu. E deveria perguntar isso sem constrangimento algum”, explica a CEO.

 

Selagem individual em papel grau cirúrgico

Instrumentos metálicos só podem ser esterilizados se forem embalados individualmente em papel grau cirúrgico, próprio para autoclave. “Se o salão usa saquinhos comuns ou coloca tudo junto, não está esterilizando nada. Está apenas simulando segurança”, afirma.

 

Controle e registro dos ciclos de esterilização

Estúdios sérios mantêm controle de cada ciclo da autoclave, incluindo datas, horários e resultados dos testes biológicos.

“É como um prontuário de higiene. Sem isso, o cliente está no escuro.”

 

Limpeza prévia dos instrumentos

Antes da autoclave, existe um protocolo obrigatório: 

1.    uso de detergente enzimático,

2.    limpeza em cuba ultrassônica,

3.    lavagem com detergente comum,

4.    e secagem completa, sem qualquer resíduo de umidade.

 “Cada etapa importa. Se pular uma, o processo perde eficácia”, alerta Débora.

 

Polêmica do TPO ofusca o essencial, diz especialista

Para Débora Menino, o debate sobre o TPO está sendo desproporcional quando comparado aos riscos reais que os clientes enfrentam diariamente em salões comuns.

 

“Tem gente mais preocupada com TPO do que com instrumentos mal esterilizados. E isso é perigoso. Biossegurança deveria ser a primeira pergunta que o cliente faz ao entrar no salão, não a última.” 

A CEO reforça que a escolha do local pode — literalmente — proteger ou colocar em risco a saúde do consumidor. “Beleza não é só estética: é responsabilidade. Sua segurança começa observando o básico.”


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