Nova funcionalidade do Banco Central levanta debate sobre sustentabilidade dos pagamentos recorrentes no setor de infoprodutos digitais
A chegada do PIX Automático, anunciado pelo Banco
Central como evolução das transferências instantâneas, trouxe entusiasmo ao
setor financeiro, mas acendeu um sinal de alerta relevante para um mercado que
movimentou aproximadamente R$ 2,5 bilhões, de acordo com dados da Associação
Brasileira de Startups (Abstartups). Trata-se dos infoprodutores,
empreendedores que comercializam cursos, mentorias e outros produtos digitais.
A funcionalidade, que começou a ser implementada em 16 de junho, transfere para
o vendedor o risco de inadimplência em transações recorrentes, o que pode
comprometer a previsibilidade financeira do negócio.
“A lógica é simples, se o cliente não tiver
saldo em conta, a tentativa de débito é feita por algumas vezes. Se todas
falharem, a cobrança é encerrada e o infoprodutor não recebe”, explica Reinaldo Boesso, CEO e cofundador da fintech TMB. Segundo o especialista, ao contrário dos tradicionais cartões de
crédito, que contam com garantias e intermediários financeiros, a
funcionalidade não assegura a compensação da cobrança, o que pode prejudicar o
fluxo de caixa de quem depende de receitas recorrentes.
De acordo com levantamento do Banco Central, o PIX
já movimentou mais de R$ 17 trilhões em 2023, superando cartões de débito e
crédito. A nova modalidade automática surge como alternativa às assinaturas
tradicionais, porém sem o amparo contratual das operadoras de cartão. “Não há
contrato entre a fintech e o banco do consumidor, nem cobrança ativa. Isso
deixa o infoprodutor vulnerável”, avalia Boesso.
O problema ganha maior escala no contexto dos
cursos digitais de alto ticket médio, que custam, em média, R$ 1.997, segundo
dados da TMB. Já o limite médio do cartão de crédito do brasileiro é de R$
1.401, conforme dados do SPC Brasil. Esse descompasso impulsionou o crescimento
de soluções como o boleto parcelado, que permite a aquisição sem comprometer o
limite do cartão e com cobrança recorrente garantida.
Boesso afirma que o risco do PIX Automático pode
ser minimizado com um modelo estruturado de financiamento, que inclua contrato
assinado, controle de parcelas e sistemas automatizados de cobrança. “O
infoprodutor que entender que o meio de pagamento impacta diretamente a saúde
financeira do negócio toma decisões não apenas pela praticidade”, reforça o
executivo.
A TMB, que cresceu 11.700% em sua base de clientes
desde 2021, aposta em soluções que aliam tecnologia e segurança jurídica para
tornar as vendas parceladas mais previsíveis. A fintech, que opera
majoritariamente via boleto parcelado, afirma ter aumentado em 355% a aprovação
de crédito com o uso de inteligência antifraude e score personalizado, o que
ajudou a dobrar o faturamento de diversos parceiros.
Embora o PIX siga sendo o meio de pagamento mais
popular do país, com 149 milhões de usuários cadastrados e mais de 4 bilhões de
transações mensais, o cenário para pagamentos recorrentes ainda é desafiador.
“O Brasil precisa amadurecer na oferta de meios de pagamento que combinem
acessibilidade com segurança. Para o infoprodutor, o barato pode sair caro se
não houver estratégia”, conclui Boesso.
A principal oferta da TMB é o boleto parcelado como
alternativa ao cartão de crédito. No total, a empresa disponibiliza desenhar o
melhor modelo de crédito, onde o cliente pode escolher aquela que mais faz
sentido para o seu negócio. Além do apoio financeiro, a TMB tem uma estrutura
robusta que garante a resolução de toda burocracia, como cobranças, protestos,
processos judiciais, renegociações, etc. Para mais informações, acesse o site ou pelo @tmb.temmaisnoboleto.
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